Yaoi lemon

Gundam Wing, 3x4, 1x2, lime, lemon, universo alternativo, fofo, e tentativa de humor.

Observação 01: os personagens de Gundam Wing não me pertencem, e nem ganho nada com isso .

Observação 02: Esta fic também está postada no site do XYZ:

http/ www . xyzyaoi . cjb . net/ – um site recheado de fics yaois, e que está aos cuidados da nossa querida Dhandara!

Mas atenção – lembrem-se de juntar os pedaços separados, na hora de copiar a url, ok?

O Anjo da Casa ao Lado

AninhaSaganoKai

Cap 02

Chove.

Faz três dias que o clima está assim. Todos reclamam, porém eu gosto: creio que meu humor se afina mais com dias chuvosos ou outonais... correr debaixo de uma mansa chuva tem algo revigorante. Estou passando pelo parque quando vejo o causador de minhas insônias sentado num dos bancos, tão molhado quanto eu. Quase passei direto, mas o olhar distante e o semblante entristecido do meu anjo me atraíram para perto dele.

"Bom dia, Quatre."

Ele ergue seus olhos surpresos como que desperto de um transe. Pisca os olhos, e ao me reconhecer, sorri. Penso que estou no céu com um anjo molhado. Ele suspira.

"Bom dia, Trowa Barton."

"Trowa."

"Hã?"

" 'Trowa Barton' me faz sentir como um idoso.

Quatre sorri suavemente para mim.

"Então... Trowa."

Estremeci nessa hora ao ouvir meu nome pronunciado docemente por aquela boca.

"Qual o problema, Quatre? O que faz sentado nessa chuva?"

"O que faz você correndo nela?" – ele me pergunta, de volta.

"Sempre corro, não importa o tempo."

"Pensando. Sempre o faço, não importa em que circunstância."

E sorri meigo, com os olhos agora espelhando humor. Gostei das respostas rápidas – "loiros burros", são o que dizem, não é? Pois acabo de ter a certeza de que o meu anjo loiro tem, além de tudo, uma agudeza de raciocínio que me encanta.

Obviamente, noto que algo não está bem, com ele.

"Quer conversar? Ou desabafar?" – a sugestão escapa-me, sem que eu consiga controlar.

Ele me olha, indeciso se me diz ou não.

"Não quero alugar seu tempo."

Rápido, digo:

"Se for algo muito íntimo..."

E vejo a alegria tornar-se tristeza naqueles lindos olhos.

"Não... quero dizer, não é nada muito íntimo, só que... meu pai que não me deixa em paz!" – vendo-me sem entender, resolve começar do início: - "Vim para essa cidade descansar... Eu tive uma estafa, e o médico mandou me afastar do trabalho, na direção do conglomerado da família, só que meu pai acha que isso é bobagem de médico que não sabe o que diz, que..." – ele pára um pouco, suspirando: - "Meu pai me telefonou esses últimos três dias. Na verdade, passou o dia de ontem inteiro fazendo chamadas para mim - como eu não atendi, ligou-me à noite para me inteirar de como andam as coisas na empresa, e ..."

"E...?"

"... E eu quase tive um ataque histérico pelo telefone... acabamos brigando feio. Despluguei o telefone; só que, conhecendo meu pai, é capaz dele aparecer na porta de casa, e o que eu menos preciso agora é de um confronto com ele: eu vim para cá ter descanso de tudo e todos... e faz exatamente três dias que não consigo nem dormir direito...!"

Suas últimas palavras foram ditas em um sussurro:

"Pra casa não volto. Não quero arriscar. Então, se preciso for, fico aqui fora o dia inteiro."

Ele está com ar exausto, e provavelmente não se alimentou direito também. Tomo minha decisão.

"Vamos." – convido, já me virando para retomar o caminho, agora andando.

"Quê? Pra onde?'

"Para minha casa. Lá ninguém irá te incomodar." – viro-me para ele, e falo, enquanto o olho ali, tão frágil, sentado todo molhado naquele banco de praça. – "Que lhe parece? Aposto que, além de não dormir, você não tem se alimentado bem."

"... Tem certeza? Não quero atrapalhar.'

"Não irá." – eu afirmo, enquanto retomo o caminho .

Fomos para minha caminhando em silêncio.

Entramos pela área de serviço que fica ao lado da cozinha - lá havia toalhas e roupas limpas que eu deixei para quando voltasse.

"Aqui. Tire essas roupas molhadas.", ofereço.

Vou tirando minha camisa e me exibo ostensivamente, desejando em segredo que ele perceba meu corpo – que, modéstia às favas, é muito bem trabalhado. Pego umas toalhas para mim entrego a ele um robe atoalhado.

"Use isto por enquanto."

Ele vira as costas para mim enquanto tira as roupas molhadas e fazendo um esforço hercúleo, faço o mesmo e visto minhas roupas secas.

"Dê-me suas roupas: vou colocá-las na secadora."

Ele está com um lindo tom rosado em suas bochechas.

"Pronto. Agora, venha: vamos tomar café, depois eu te dou umas roupas minhas."

Foi uma refeição leve e rápida já que eu não estava preparado para receber visitas: ele me ajudou a preparar a refeição – panquecas, suco de laranja, frutas e mel.

Depois dela, vamos para meu quarto e lhe entrego um moletom e uma camisa.

"Sei que vai ficar grande..."

"Não, está ótimo, obrigado."

"Fique à vontade: estarei na biblioteca."

"A casa inteira de Trowa é sóbria, austera, limpa... os móveis são apenas funcionais, sem quadros, flores ou mesmo fotografias - aquele toque pessoal que deixa transparecer a personalidade dos habitantes... Bem, devo admitir que seriedade, sobriedade e austeridade são qualidades completamente atribuíveis a meu vizinho.", penso.

Visto as roupas.

Quando percebo a um canto, uma camisa pendurada em um pequeno gancho, não resisto e levo a camisa ao rosto: "Humm...O perfume dele é todo sol, almíscar, todo homem, todo ele... Quando Trowa se despiu lá embaixo, quase que não consegui me controlar: ainda bem que meu casaco é bastante comprido, senão eu teria passado uma vergonha daquelas!"

"Que corpo!", suspiro.

"Tórax largo, músculos bem definidos bem distribuídos em um corpo proporcional, cabelos castanhos... hoje sua comprida franja estava jogada para trás permitindo que visse bem seu rosto e olhos."

Verde jade.

"O desejei desde o primeiro instante que o vi. Tentei convidá-lo, apesar de todos me dizerem que ele não gostava de relacionar-se com ninguém, mas quando ele recusou... céus como doeu."

"O que você esperava, Quatre? Que ele caísse de paixão por você à primeira vista?" – pergunto-me, baixinho.

Minha consciência, ácida, responde-me, sem falsa modéstia.

"Sinceramente, sim: todos dizem que sou cativante. Então porque ele não?"

"Ele deve preferir morenas de seios grandes, pernas longas e torneadas...", escuto-me dizendo, baixinho.

"Droga... Porque justamente com ele fui descobrir que sou gay?"

Inferno de vida!

Desço para a biblioteca, que é mais como uma sala de estar com um aconchegante sofá em frente à uma lareira acesa, e um tapete felpudo que me faz ter pensamentos impróprios.

"Sente-se, aceita um chocolate quente?" – Trowa me pergunta, da escrivaninha em que estava sentado, em frente a um computador.

Sim, obrigado.

Percebi que Quatre não havia comido o bastante, por isso fiz o chocolate. Ele já parecia um pouco mais alegre: falava o tempo todo sobre a vizinhança, as coisas que aconteceram na cidade na última semana, etc...

"Você está muito bem informado."

"As pessoas daqui gostam de conversar."

"'Fofocar, você quer dizer." – Não consigo deixar de falar.

Ele soltou uma gargalhada.

"Digamos que isto também." – Então ele olha para mim, com aqueles lindos e maravilhosos olhos azuis: - "Mas você não é de falar muito."

"Não. Mas gosto de ouvir você, do som de sua voz."

"Ótimo, Barton! O que ele vai pensar de você?"

"..."

Por minha sorte, o anjo parece decidir esquecer o que eu disse:

"Trowa, o que você faz para se divertir?" – ele pergunta.

"Escrevo, ouço música, leio, e coleciono raridades em discos de vinil."

"Só?"

"É."

Para mais sorte minha ainda, ele não parece se deixar desanimar com a agudeza de minhas respostas, pois continua, tranqüilo:

"Eu gosto de dançar... Música eletrônica, sabe? Se deixar levar com a multidão, e não pensar em nada."

"Gente demais. Bebida demais, fumaça demais... barulho demais."

"E palavras demais: eu já falei com ele hoje mais do que no mês passado inteiro.", penso comigo. E novamente fui brindado com aquela risada graciosa.

"Trowa, você dança?"

"Porquê?"

"Dança?"

"Não."

"Respondendo ao seu "porquê", é que, pra quem não sabe dançar, esses lugares são extremamente chatos. Eu posso te ensinar a dançar, se quiser: é fácil."

"Não precisa; diga quando."

Os olhos do meu anjo, que tinham ficado ligeiramente tristes, com a minha resposta, voltam-se para mim, sem entender o sentido dela:

"Quando o quê?"

"O dia em que você quer sair para dançar – diga que eu vou com você."

"Ei, eu não te disse isso com intenção de te obrigar a ir comigo."

"Quando - e a que horas?"

Insisti, impertubável.

"Bem... Tem um lugar na cidade vizinha... Sexta, às dezoito? Podemos jantar lá e então ir até a danceteria."

"Tudo bem, eu passo para te pegar."

Ele me deu mais um daqueles luminosos sorrisos que fazem meu coração falhar uma batida.

O ambiente estava realmente acolhedor: ficamos lá em silêncio, ouvindo o crepitar do fogo.

Leves suspiros de satisfação era o que eu ouvia do meu convidado.

Dali a alguns minutos, quando me virei para falar qualquer bobagem para ele, vi uma das cenas que enquanto vida tiver não esquecerei: bem ali, apenas à alguns metros de distância, Quatre dormia suavemente, no sofá - o corpo relaxado, sem mais sinal daquela tensão louca que eu adivinhara, só por sua postura; a cabeça loira recostada no braço do sofá; um braço por cima do estômago, o outro, quase tocando os dedos no carpete do chão da sala.

Levantei e saí da biblioteca – fui buscar meu lap top e um cobertor para meu anjo.

Ao voltar, envolvi-o levemente no cobertor, ajeitei-me na poltrona ao lado do sofá e liguei o lap top.

Meus dedos correram sobre o teclado.

Finalmente o bloqueio criativo acabara.

Continua...

By AninhaSaganokai. da Autora:

Adorei os reviews! Assim, agradeço, de coração, à:

Serenity Le Fay – Aqui estou, e com mais um cap, Serenity! E sim, sou APAIXONADA por 3x4!

BelaYoukai - Menina… Imaginar um Deus como Trowa sem fala... Bem,como diria a Illy... "ENFARTA, CORAÇÃO", hehehe A Illy é LOUCA pelo Trowa!

Goddes of Death – Oie, Goddes! Se pode me chamar de Aninha? Claro! Pode sim! Mas Gooooddess... CADÊ o resto da tradução da fic "Dark and Light!"? A Illy-chan PRECISA ler o resto, senão... ela enfarta! E olha que a menina é cardíaca!

Brazinha! – OPA, essa fic promete, sim! Pode ir correndo conferir, Brazinha!

E mais: visitem, por favor, o site da Dhandara: http/www . xyzyaoi . cjb . net/

Ele é dedicado a fics yaois, e tem para todos os gostos e séries! Fics M-Preg, Yaoi, Lime, Comédia, Lemon, etc... As minhas fics sempre sairão nele primeiro, para depois serem postadas aqui no por favor…

… Mandem mais reviews! Eu estou louca para saber o que vocês acharam!

Beijos!

AninhaSaganoKai.