CAPÍTULO – 2
ADEUS, MEU AMOR...
"O amor é como uma estrela a brilhar no universo infinito,
É algo inexplicável, é o sentimento mais delicado...
E não há nada mais bonito que o amor
Vivido entre eu e você."
Bem no meio da aldeia, numa bela casa amarela, rodeada de um lindo jardim, moravam a Jovem Nadeshico, seu marido Fujitaka e seus dois filhos Touya e a pequena Sakura... eles estavam dormindo tranqüilamente, quando mais que de repente Nadeshico acorda assustada...
"Ahhhhhhhhh!..." Gritou Nadeshico, sentando prontamente na cama
Nadeshico! O que foi querida? O quê aconteceu? - Perguntou Fujitaka, acordando sobressaltado com o grito de Nadeshico.
- Eu... eu... eu tive um mau pressentimento, alguma coisa ruim está para acontecer! - Disse ela, ao marido.
- Calma meu amor... isso deve ter sido somente um pesadelo... Por favor, fique calma! - Pediu Fujitaka, abraçando forte, mas com carinho, sua mulher.
Mas Fujitaka sabe que Nadeshico é uma mulher com grandes poderes e mais: se ela está assustada, é porque algo realmente está para acontecer...
Na floresta, prontos para o ataque, se encontram Ziond e sua tropa...
Atenção, homens! ao meu comando... Atacar!... Ordenou Ziond, já avançando com sua tropa em direção a aldeia... Eu quero a criança, entenderam? A criança... Gritou.
Na aldeia os moradores acordaram assustados com o barulho...
Mas o que está acontecendo, que barulho é esse? Perguntou Fujitaka, indo depressa olhar pela janela. Não acredito... é um ataque! Disse ele, desesperado.
- Eu sabia... eu senti... murmurou Nadeshico, como para si mesma.
- Por favor querida, fique calma! Agora precisamos fazer alguma coisa... Antes que machuquem alguém! Disse Fujitaka, se vestindo apressadamente. Vá ficar com Touya e Sakura, Nadeshico, cuide deles, proteja - os...
- O que você vai fazer? Perguntou ela com medo.
- Vou tentar ajudar o povo... Respondeu ele.
Quando Fujitaka já se dirigia para a porta, Nadeshico, gritou:
Espere!
O que foi? – Perguntou preocupado.
Eu amo você! E aconteça o que acontecer... estarei sempre ao seu lado! – Disse Nadeshico, abraçando – o desesperadamente. – Agora, tome cuidado... por favor! – Pediu, com lágrimas nos olhos.
Eu também amo você! E tomarei cuidado, não se preocupe... Disse ele, indo para fora da casa, mas antes parou para olhar mais uma vez, para o grande amor de sua vida. Ele só não sabia que aquela seria a última vez que olharia para ela...
Na aldeia o tumulto se formara, pessoas desesperadas correndo de um lado para o outro, os magos da aldeia tentaram usar seus poderes.. mas ficaram com medo de machucar algum inocente, enquanto Fujitaka tentava ajudar as pessoas, Ziond invadiu sua casa onde estavam Nadeshico e seus filhos Touya e Sakura...
O que você quer aqui? Gritou Nadeshico, assustada e abraçada a seus filhos.
- Eu quero a criança! Ziond respondeu secamente. – Saia da frente, Mulher!
- Não! minha filha, nunca! Gritou ela.
- Você não tem escolha... Disse ele.
- É o que veremos! Gritou Nadeshico, fazendo um movimento com as mãos, murmurando algumas palavras em uma linguagem desconhecida, fez surgir uma névoa que tampou a visão de Ziond. Então virou – se para Touya e disse: Touya... escute, querido: pegue sua irmã e fuja para a floresta dos espíritos... lá ninguém poderá machucar vocês... Pediu ela, entregando Sakura para Touya.
- Mas mamãe... e você? Perguntou o garoto, com lágrimas nos olhos e voz trêmula.
- Eu ficarei bem, filho... e lembre - se que eu amo você... Disse ela, dando um beijo na testa dele e em seguida em Sakura. Agora vá e proteja sua irmã... Disse ela, com lágrimas nos olhos vendo os dois se distanciarem.
- O que você fez? eu preciso da criança... Gritou Ziond, tentando ver através da névoa.
- Só passando por cima de mim... Gritou Nadeshico, se pondo na frente do vilão.
- Isso não será problema... disse ele, com sua espada na mão indo em direção a Nadeshico e dando - lhe um golpe certeiro em seu coração...
- Ahhhhhh!
Seu grito foi ouvido... mais do que isso... ele foi sentido por seu marido e seu filho...
Nadeshico... Não! Gritou Fujitaka, correndo para sua casa... Nadeshico? Oh não... não meu amor... não faz isso comigo! disse Fujitaka chorando e pegando sua mulher nos braços... – Por favor... Não me deixe!
- Meu amor... eu... te amo... cuide de... nossos filhos... Nadeshico, conseguiu murmurar antes de fechar para sempre seus belos olhos.
- Nãââooooooooo!... Gritou Fujitaka em desespero.
"Perdi meu amor, meu coração bateu forte...
Mas ele ainda existe dentro de mim...
Por isso choro lágrimas de tristeza...
Pois não te tenho mais..."
Nesse mesmo momento, Ziond já havia pego seu cavalo e corria atrás de Touya, que segurava fortemente a pequena Sakura em seus braços... quando Ziond estava quase o alcançando.
Touya conseguiu entrar na floresta dos espíritos... Ziond então, parou seu cavalo, pois ele sabe que na floresta dos espíritos só pode entrar aqueles que possuem poderes mágicos, e ele era apenas uma pessoa comum. Amaldiçoou sua sorte, pois a única coisa que poderia fazer agora, era esperar...
Uma hora você vai ter que sair dai moleque, e eu vou estar bem aqui te esperando... Disse ele, com sua espada na mão...
Chegando na floresta, Touya vê muitos espíritos. Ele não sente medo, pois já vê espíritos há muito tempo, um desses espíritos vem falar com ele...
Olá, criança! o que você faz aqui? Você está perdido? Perguntou, uma bela mulher envolta de uma luz dourada.
- Preciso de ajuda... os homens maus querem pegar minha irmã... Disse o menino, com voz chorosa.
- Fique calmo criança... não vamos permitir isso! Disse o espirito, percebendo o grande poder que emanava daquele bebê, que choramingava nos braços do menino.
De repente os galhos das árvores começaram a balançar com força. O vento estava muito forte, Ziond se perguntava o que devia estar acontecendo dentro daquela floresta, já havia escutado várias histórias sobre aquele lugar, várias delas chegavam a ser horripilantes. Quando ele olha em direção da floresta, vê muitos pássaros vindo em sua direção, a reação dele é imediata: pegar seu cavalo e correr para se salvar, deixando o caminho livre para Touya...
Muito obrigado! Agradeceu Touya.
- Vá em paz criança... Disse a bela mulher.
Touya, então, seguiu seu caminho de volta a sua aldeia, chegando lá...
Pai... Touya murmurou, ao ver seu pai sentado ao pé de uma árvore.
- Filho... eu... eu...tenho que te dizer uma coisa... Tentava dizer Fujitaka, com a voz embargada.
- Mamãe se foi... não é! Sussurrou o menino, com lágrimas escorregando pelo seu rosto.
- Sim, filho... infelizmente sim... Disse Fujitaka, sem conseguir esconder sua dor, e também deixando as lágrimas escorrerem livres por seu rosto.
Os dois se abraçam a pequena Sakura, e ficam ali por um tempo...
"Haja o que houver estaremos unidos,
Pois no amor não existe fronteiras,
Vidas não são separadas,
Vidas são unidas pelo amor mais sublime e verdadeiro..."
