Forbidden Love

Autora: Sayuri Maxwell
Sinopse: O príncipe herdeiro de um dos tronos mais importantes deve fazer uma difícil escolha que traçará o destino de seu país.
Comentários da autora: n.n / Segundo capítulo! T-T ( - lágrimas de felicidade) Muito obrigada pelas reviews! Fiquei muito feliz! Well, gente, ao contrário do 1º, esse capítulo non vai ser Heero POV, tah? Vocês vão descobrir já, já de quem é o POV (u.u' como se fosse difícil prever). Anyways, vamos ao que interessa: responder às reviews e, depois, o capítulo.

Serennity: Migaaaa! n.n / Muito obrigada por deixar review, mesmo já tendo lido o capítulo! Você é demais! Beijão!

MaiMai: Muito obrigada pela review! Nha! Que bom que vc tbm gosta de fics de Gundam! Eu amo! XD Já deu pra perceber, né? Nhaaa! Enton vc acha q o Hee-love tá bom? Que ótimo! n.nU eu tava com medo de ter ficado meloso demais pra ele... E no se preocupe, o Duo vai se livrar do loirão sim... XD Só que não tão cedo! Se non, a fic no teria graça, ne? Bjinhus!

Ilia-chan: n.n Obrigada pela review! Nha, eu sei que História no é ruim... n.nU é que até hoje eu só tive professor monótono, sabe? Mas eu gosto de estudar mais sobre a Grécia e o Egito antigos. Adorooo! Nha, que bom que você compreende a minha falta de inspiração... n.nUU Não é fácil ser escritora! Beijinhos!

Yuukii: Oláá! n.n / Valeu pela review! Que bom q vc gosta! nn Aqui está o capt novinho em folha. Espero que goste. Bjinhus!

Darksoul: n.n / Pronto, aqui está o capítulo novo! E arigatou pela review! Bjus!


Capítulo 02 – Amante ou escravo?

– Onde você esteve? – perguntou meu mestre, ao me ver entrando em seu quarto.
– Por aí… - respondi, conseguindo apenas me concentrar na lembrança daqueles magníficos olhos azuis que pareciam incendiar o meu corpo e minha alma com a intensidade que haviam me olhado.
– Por aí, é? Por acaso já se esqueceu da sua obrigação? Já está quase na hora de você sair para trabalhar.
– Não, eu não me esqueci. Não se preocupe, meu lorde, estarei pronto em alguns minutos. – falei, não me preocupando em esconder o desgosto que eu sentia quando ele me tratava como um escravo.
– Ótimo. Ah, mais uma coisa. Hoje você passou o dia fora… Sabe que terá que me recompensar, não sabe? – o loiro perguntou, com um sorriso predador nos lábios delineados.
– Sei…
– Bom garoto. Agora vá se arrumar. Os outros estarão esperando por você no salão principal.

Saí em direção ao meu próprio quarto, sempre pensando naquele misterioso garoto que aparecera na taberna da Srta. Carmélia. Por que ele me afetara tanto? Ah, Duo, você sabe o porquê… Os olhos dele não transmitiam luxúria como todos os outros olhares que eu recebo, e sim uma coisa que eu não conseguia identificar. Seu olhar era intenso, sim, mas não do mesmo jeito que os outros. Quem era aquele garoto afinal?
Sou Duo Maxwell, nascido em uma família miserável, que foi exterminada por um grupo de terroristas do Reino de Sank quando eu acabara de completar 10 anos. Eu também teria morrido, se não fosse pela ajuda de Zechs Merquise. O lorde me viu jogado em um canto da estrada, sangrando devido às várias feridas, e me salvou. Fui levado à sua mansão, onde fui tratado por vários médicos até me curar completamente, alguns meses depois.
Na minha visão de criança, Zechs era um anjo misericordioso que havia salvo a minha vida e me acolhido em seu lar. Para completar, o lorde era belíssimo: longos cabelos loiros que caíam sobre seus ombros largos; olhos azuis cristalinos que demonstravam claramente sua superioridade em relação a mim; e um corpo que parecia ter sido esculpido pelas mãos do artista mais talentoso do mundo. Minha atração por ele foi inevitável e, quando eu me dei conta, já havia me tornado seu parceiro de cama, aos 11 anos. Pode parecer absurdo para vocês, leitores do futuro, mas naquela época as coisas eram diferentes, principalmente para um garotinho pobre e sem noção da realidade como eu era. Além do mais, Zechs era um jovem lorde de apenas 16 anos, então a diferença de idade não era tão grande assim.
Quando completei 12 anos, Lorde Merquise disse que eu precisava trabalhar. Como eu não sabia fazer nada além do que eu já vinha fazendo com o mestre – como ele gostava de ser chamado – há um ano, Zechs decretou que eu trabalharia como garoto de programa, como os outros garotos que moravam naquelas terras já faziam. Ele me explicou que eu faria o mesmo que eu fazia com ele, só que com outros homens, e ganharia dinheiro por isso. Não me pareceu uma idéia ruim, já que eu até gostava daquilo…
Com o tempo eu fui me dando conta de que aquela vida não era tão maravilhosa… Não era fácil para um moleque como eu ficar a noite inteira acordado satisfazendo as necessidades daqueles homens. E ainda me aparecia cada velho babão… Me dá arrepios só de lembrar. No começo todos me tratavam bem, já que eu era um novato no ofício. Porém depois, quando eu fui ganhando fama, começaram a aparecer os abusados, os sadistas, e os simplesmente cruéis. Ganhei várias cicatrizes, tanto no corpo como na alma…
Zechs Merquise deixou de ter a imagem de anjo para mim, e eu passei a notar que ele me tratava da mesma forma que os meus clientes. Apesar disso, eu não conseguia deixar de sentir algo a mais por ele. Talvez seja gratidão, por ele ter salvo a minha vida, não sei. Ele dizia que me amava mais que qualquer pessoa, e eu comecei a achar que o que eu sentia por ele também era amor. Passei meses ouvindo o mestre dizer que ele era a única pessoa capaz de me amar, pois ninguém se importaria com um prostituto. E eu acabei me convencendo disso.
Para mostrar o quanto me amava, o lorde contratou uma mulher para me dar aulas de etiqueta, me ensinou a ler e escrever e comprou roupas elegantes para mim. Passei a freqüentar as festas da high society e me envolvi com todos os tipos de gente importante. Só não cheguei perto da família real. Não que Zechs tivesse me proibido, mas por algum motivo eu queria distância deles. Acho que o meu respeito pelo rei falava mais alto que o dinheiro. Cheguei a ver o Rei Odin algumas vezes, mas nunca pude conhecer o príncipe, do qual tantas pessoas falavam com admiração.
Voltando ao tempo presente da história, eu terminei de me arrumar e caminhei até o salão principal, onde dezenas de outros garotos adolescentes me esperavam. Sei que nenhum deles gostava de mim, pelo fato de eu ser o preferido do mestre, mas eram ordens de Zechs Merquise que ninguém fosse "trabalhar" antes de mim. Era como se eu fosse uma espécie de coordenador do grupo.

– Ok, garotos, hoje o mestre quer, no mínimo, dois mil de cada um, então caprichem no charme. – transmiti as ordens do lorde para os demais.
– Hn. Ele tá exigindo cada vez mais da gente. – resmungou Sazuki, um dos mais antigos.
– Não reclame, Sazuki. O mestre não está exigindo demais de nós, e sim estimulando-nos para aperfeiçoar nossa capacidade de sedução. – respondi calmamente.
– Ah, claro, o queridinho tem que defender o mestre. – intrometeu-se Kurt, o mais irritado de todos. – E ainda fica usando palavras difíceis só pra mostrar que sabe mais que a gente.
– Não seja ridículo. – revidei, começando a perder a paciência. – A culpa não é minha se eu sou mais lindo que você… - comentei, displicentemente, com um sorriso travesso no rosto. Adorava provocá-lo.
– Ora, seu…
– Qual é o problema aqui? – a voz poderosa de Zechs interrompeu a discussão. – Por que ainda não foram? Duo, eles estão questionando as suas ordens?
– Er… não, eles só acham que o mestre está exigindo demais deles.
– Ah, eu estou exigindo demais… Como eu sou mau. Dou casa, comida e ainda exijo demais. Tsc, tsc, tsc, Zechs, você é um homem muito cruel. – disse o loiro, estreitando os olhos. – Deixem de ser preguiçosos! E quando Duo transmite alguma ordem minha, não é para discutir. Entenderam?
– Sim, mestre… - os garotos responderam, em coro.
– Ótimo. Agora tratem de trabalhar.

Os vinte e quatro garotos foram saindo em fila, preparando-se para mais uma noite sem sono. Nós trabalhavamos a noite inteira e chegávamos em casa quando já havia amanhecido. Os outros dormiam até de tarde, enquanto eu só podia dormir até 10h da manhã, que era a hora em que Zechs acordava. Eu o entregava o dinheiro de cada um dos garotos, incluindo o meu, tomava o café da manhã e normalmente passava o resto do dia satisfazendo as necessidades dele, para depois sair novamente para trabalhar. Eu era o garoto de programa que mais trabalhava.

– Duo, meu amor, não vai me dar um beijo de despedida? – perguntou meu mestre, sorrindo sedutoramente, fazendo os garotos ainda presentes morrerem de inveja.

Sem escolha, andei até o homem mais velho e depositei um leve beijo em seus lábios, logo virando-me para ir embora. Porém fui detido pela mão de Zechs segurando meu braço. Antes que eu pudesse esboçar alguma reação, ele me puxou de volta para um beijo propriamente dito, muito mais profundo e caloroso do que o que eu o havia dado.
No começo, eu achava que eu era uma pessoa anormal, pois nunca senti aquelas coisas todas que os romances diziam que as pessoas sentiam quando se beijavam. Nada de falta de ar, nada de fraqueza nos joelhos, muito menos de acerelação nas batidas cardíacas. Depois de alguns anos, eu deduzi que essas sensações não passavam de baboseiras, de recursos utilizados pelos românticos para deixar as histórias mais emocionantes. Na vida real não acontecia nada daquilo.
Quando finalmente consegui me desvencilhar do beijo, saí o mais rápido possível, antes que o loiro resolvesse me segurar novamente. A maioria dos garotos já estavam bem longe, cada um indo para o seu lado escolhido. Mas nenhum deles ia para o mesmo lugar designado a mim: a alta sociedade. Montei no meu cavalo negro, Shinigami, e parti em direção à estrada principal do reino. Demorou uns bons minutos antes de o cenário mudar de pequenas cabanas de camponeses para as grandes e vistosas mansões dos nobres. Apesar de Lorde Zechs Merquise ser um nobre, ele escolhera viver afastado daquela região, num local que ficava mais próximo à burguesia e aos camponeses.
As pessoas começaram a me reconhecer, e eu pude ouvir vários assovios por parte dos homens, e de algumas mulheres mais atiradas também. A maioria das mulheres naquela época eram recatadas e não se atreviam a demonstrar atração por algum homem em público.
Novamente aquele misterioso garoto me veio à mente. Por que eu estava pensando nele de novo? Será que ele era algum tipo de bruxo que havia me enfeitiçado? Nah… Nunca acreditei nessas coisas. Então qual era o motivo de aquele par de olhos azul-cobalto não sair da minha cabeça? Hey… eles eram azul-cobalto? Duo, Duo… Desde quando você é tão observador? Normalmente eu não presto muita atenção à aparência das pessoas, até porque a maioria dos indivíduos com quem eu tenho contato são clientes meus, e a aparência deles é o que menos importa. Principalmente se eles forem velhos acabados. É melhor não prestar atenção mesmo.
Deixei meu amado Shinigami no estábulo público que havia no centro do comércio e procurei me informar sobre a festa do dia. Parecia que, daquela vez, seria na mansão de um conde, cujo nome eu não me recordo. Ah, esses nobres de meia tigela que vivem querendo ser a notícia da semana adoram dar festas sem motivo especial. Colocando o típico sorriso no rosto, rumei em direção à tal mansão. Não precisava de convite para entrar; os anfitriões faziam questão da minha presença, já que muitos homens iam a essas festas em busca de diversão.
Como eu esperava, eram as mesmas caras de sempre. Parecia que aquelas pessoas não sabiam fazer outra coisa senão freqüentar bailes e festas todos os dias. À medida que eu ia passando, os rostos viravam-se para mim, alguns demonstrando luxúria, e outros, principalmente os das mulheres casadas com os meus clientes, cheios de desprezo. Consegui manter o sorriso falso e procurei por alguma pessoa amigável, com quem eu pudesse conversar antes de começar o meu jogo de sedução. Encontrei, no fundo do salão, um homem que não costumava freqüentar tantas festas. Era o comandante do exército real, um maravilhoso moreno, alto pra caramba, de olhos azuis-escuros e uma elegância que ele conseguiria manter mesmo se estivesse usando roupas de escravo. Por sinal, ele estava usando seu uniforme de comandante, que caia feito uma luva em seu corpo perfeito (1).

– Ora, ora, se não é Treize Khushrenada. – comentei, com um sorriso agora sedutor.
– Duo Maxwell, encantador como sempre. – respondeu o comandante, beijando a minha mão.
– Por mais que eu seja encantador, você nunca se rende aos meus charmes.

Treize riu, num tom baixo e sensual que deixaria qualquer um louco.

– Sabe como é, marido ciumento…
– Sei… E como ele está?
– Ótimo. Perguntou por você esses dias.
– Ah, é? E o que ele queria saber? Se eu já havia morrido para nunca mais tentar seduzir seu precioso marido?

O comandante riu novamente.

– Não, não. Wufei é ciumento, mas ele sabe que você o respeita. Ele quer que você o visite, para lhe mostrar a espada que ele herdou do avô.
– Uma espada? Que interessante.
– Pois é. Ele está ensinando um grupo de garotos a usarem a espada para se defender. Por que você não dá uma passada lá em casa um dia desses? Quem sabe Chang também não lhe dá uma aulinha de graça?

Treize Khushrenada e Chang Wufei eram secretamente casados há alguns anos, e eu era uma das poucas pessoas que sabiam disso. O príncipe era outra delas. Treize e o príncipe eram amigos há alguns anos, e o comandante confiava nele o suficiente para contar-lhe seus segredos. Eu sabia porque… Porque Treize foi obrigado a me contar o motivo do porquê ele nunca me dava bola… E, além do mais, eu não tinha preconceito. O envolvimento entre dois homens até que era aceito de certa forma na sociedade, mas o casamento não era visto com bons olhos. E como Treize havia conquistado uma posição importante no exército real, um escândalo como esse seria péssimo para sua carreira.

– Por mim eu até iria, mas vá lá convencer o mestre a me deixar sair de casa mais cedo.
– Merquise ainda mantém-se rigoroso com você, é?
– Eu não diria rigoroso, e sim egoísta. Ele só me deixa livre quando está totalmente satisfeito. E como aquele homem parece um adolescente cheio de disposição…
– Entendo.
– Mas eu já tô maquinando uns planos aqui pra deixá-lo menos disposto…
– Olha lá o que você vai fazer… Não cometa nenhuma loucura.
– Pode deixar, papai. – disse, fazendo o outro rir mais uma vez. – Bom, querido, você é lindo e eu poderia ficar aqui a noite inteira admirando a sua beleza, mas, sabe como é, tenho que trabalhar.
– Vou torcer para que aquele velho não apareça de novo.
– Argh, aquela vez foi traumática. – comentei, fazendo careta. – Se ele aparecer, faça de tudo para distraí-lo. Chega de velho! Quero alguém mais jovem hoje.

Dessa vez, o moreno gargalhou.

– Isso, ria da minha desgraça! – exclamei, fingindo mágoa.
– Que é isso, não estou rindo de você… Mas não se preocupe, eu vou distraí-lo, caso apareça.
– Obrigado. Bom, até mais. Ah, e diga ao Wu-man que eu tentarei visitá-lo esses dias.
– Direi. Até mais ver.

Não demorou um minuto após a despedida com o comandante Khushrenada para aparecer um dos meus clientes mais freqüentes, o Visconde William Duran. Não era muito velho, nem muito jovem. Devia ter uns quarenta anos na época. E olha que eu já aturei homens com mais de sessenta… Duran podia ser considerado atraente: olhos cor-de-mel, cabelos castanhos com alguns fios brancos já aparecendo, mas que davam um certo charme a ele, e um corpo ainda em forma. Mais uma vez coloquei meu melhor sorriso falso no rosto e virei-me para ele.

– Boa noite, Visconde. Há quanto tempo.
– Estava com saudades de você, meu querido. – disse, beijando a curva de meu pescoço.
– Opa, opa, aqui não. – afastei-me dele. – Você conhece as regras.
– Eu sei, eu sei, nada de exibicionismo. Então vamos logo para um lugar mais reservado, porque hoje eu vim muito bem preparado. – retrucou, mostrando-me uma sacola de tamanho médio, cheia de moedas de ouro. – Essa noite você é só meu.


(1) – Imaginem aquela roupa azul que ele normalmente usa em Gundam Wing. –baba no teclado- Ele fica tesão com aquele uniforme. E com qualquer outra roupa também.


Comentários da autora: Antes de mais nada: eu definitivamente non vou fazer lemon do Duo com esse cara, né, gente, pelo amor de Zeus. Outra coisita: ao contrário do que muitos podem estar pensando, eu não tenho nada contra o Zechs, muito pelo contrário, eu me amarro no loirão. Só que nessa fic ele era o persona perfeito pra fazer papel de vilão. Eu não teria coragem de colocar o Treize no lugar dele, tadinho do Wuffy-love… Nha… eu sei que non teve nada de 1x2… Esse capt foi uma explicação sobre o Duo-love, pra vocês saberem o porquê de ele ter essa… "profissão", ne. Mas no próximo capítulo vai ter mais romance, non se preocupem!

Ja ne, minna-san!

Sayuri Maxwell