Forbidden Love
Autora: Sayuri Maxwell
Sinopse: O príncipe herdeiro de um dos tronos mais importantes deve fazer uma difícil escolha que traçará o destino de seu país.
Comentários da autora: Non adianta, mim não gosta de escrever POV. Mim prefere 3ª pessoa. Enton, a partir desse capt, vossa querida Sayuri vai narrar! –aplausos- E xiiim, vamos ter romance nesse capítulo! -joga confetes para o alto- Se ficar muito meloso, non me matem, a culpa é da taxa elevada de açúcar no meu sangue. -anda comendo muito chocolate- Ah, outro detalhe: não se preocupem, a fic vai ter xim 3x4. Só que não no começo. Eles só vão aparecer depois da Releka. Okay? Nha! T-T (lagrimas de felicidade) Domou arigatou gozaimasu pelas reviews! Infelizmente eu no posso mais respondê-las aki (Ilia-chan, arigatou pelo aviso!). Mas podem ter certeza de que eu adorei todos! n.n
Capítulo 03 – Preciso te ver
– ...e então exigiremos também uma parte do território... Heero? Heero, você está me ouvindo! – indagou Odin, vendo a falta de concentração de seu filho.
– Hn?
– Como eu imaginei, você não estava prestando atenção. Eu estava falando sobre as vantagens que vamos obter com o acordo de paz com o Reino de Sank. O que está acontecendo com você? Sempre prestou atenção nesses assuntos, por que hoje está com a cabeça distante?
Heero olhou para seu pai, inexpressivo, não escutando uma palavra sequer. Parecia que sua mente havia bloqueado toda e qualquer coisa que não fosse relacionada àquele misterioso garoto que vira no dia anterior. Precisava vê-lo novamente, falar com ele, conhecer a sua história... Heero riu de si mesmo; estava parecendo uma donzela apaixonada. E pior, estava realmente gostando disso.
– Vou sair. – disse, levantando-se da cadeira.
– Sair? Mas você já saiu ontem! Você nunca foi de sair todos os dias! Aonde está indo?
Sem responder, o jovem príncipe saiu da biblioteca, onde costumava discutir assuntos políticos com seu pai, e rumou até o estábulo. "Por que estou fazendo isso? Ele provavelmente nem estará lá!... Ah, mas eu preciso arriscar". E, confiando nesse pequeno fio de esperança, Heero cavalgou Wing até a velha taberna.
– Mil e novecentos, dois mil. Pronto, esse é o último. – disse Duo, entregando o dinheiro arrecadado pelos garotos para seu mestre.
– Ótimo, ótimo. Agora vamos ver o que o meu amor conseguiu. – Zechs sorriu, e o mais novo revirou os olhos.
– Espero que isso seja o suficiente. – Duo entregou a ele a bolsa de moedas de ouro.
– Hmm... Você poderia ter conseguido mais. Sabe muito bem que você tem capacidade para conseguir no mínimo três vezes mais do que os outros garotos, isso porque eu estou sendo modesto.
– Ah, dá um tempo. Aquele visconde me alugou a noite inteira, o que queria que eu fizesse? Desse um "chega-pra-lá" nele e perdesse um dos meus melhores clientes? Não, obrigado.
– Tudo bem, dessa vez passa. Mas hoje eu quero que você se esforce. Pegue dois, três clientes de uma vez. Você sabe que homens têm essas fantasias malucas...
Duo tremeu ao imaginar ter que aturar mais de um por vez.
– Ahn... Vou pensar. Agora eu preciso dormir mais um pouquinho...
– Dormir? – o loiro indagou. – Esqueceu de mim?
– Mas eu tô acabado! Olhe só pra mim, se eu aparecer lá com essas olheiras, ninguém vai me querer!
– Então dessa vez não vou exigir tanto de você... Mas pelo menos uma vez. Vem cá. – disse o lorde, estendendo a mão para o garoto e sorrindo.
Sem ter escolha, Duo deixou-se levar pelo loiro até a cama do mesmo. "Espero que seja mesmo só uma vez…"
"Eu sabia que era uma idéia estúpida! Ele não está aqui.", Heero repreendeu-se mentalmente. Estava se sentindo um completo tolo, parado no meio da taberna, procurando por alguém que provavelmente nem se lembrava de sua existência.
– Olha só, que milagre! – disse a velha dona da taberna, por detrás do balcão de atendimento. – Você nunca vem aqui dois dias seguidos.
– É que eu fiquei com saudades desse seu vinho maravilhoso, Srta. Carmélia. – disse o príncipe, disfarçando sua decepção.
– Então não faça cerimônia, venha beber um pouco! – Carmélia gesticulou para que ele se aproximasse do balcão.
Heero sentou-se em um dos bancos, enquanto esperava o vinho; pelo menos a viagem não teria sido de toda inútil.
– Er... Srta. Carmélia, só por curiosiade, aquele garoto apareceu por aqui hoje?
– Garoto? O Duo?
– É, ele mesmo.
– Não, meu jovem. Duo deve estar servindo o mestre dele agora.
– Como assim?
– Desculpe, querido, é tudo o que posso falar.
– Entendo. Obrigado mesmo assim.
– De nada. Aqui está seu vinho.
"Servindo o mestre dele? Seria Duo Maxwell um escravo ilegal? Preciso averiguar isso". A escravidão naquele reino já havia sido ilegalizada há algumas décadas, mas sempre existiam aqueles que não cumpriam as leis. E se esse tal mestre daquele garoto fosse uma dessas pessoas, Heero ficaria mais do que feliz em prendê-lo. "Como príncipe, é meu dever investigar isso!... Ou talvez eu esteja apenas querendo um pretexto para encontrá-lo novamente... De qualquer forma, eu vou descobrir!"
Após vários copos de vinho, o jovem príncipe finalmente convenceu-se de que Duo não iria aparecer por ali aquele dia.
– Aqui está o dinheiro. – disse, deixando algumas moedas em cima do balcão. – E mais uma vez obrigado, Srta. Carmélia.
– É sempre um prazer recebê-lo aqui, querido.
Satisfeito e empolgado com sua nova missão, Heero saiu às pressas da taberna, e não viu quem estava à sua frente a tempo de desviar.
Duo jogou-se em sua própria cama, exausto. Tudo o que precisava agora era fechar os olhos e... pensar naquele garoto da taberna! "Ah, cara, isso já está me deixando nervoso! Por que eu não paro de pensar em alguém com quem eu nem troquei uma palavra sequer? Devo estar ficando louco... Ou então estou trabalhando demais. É, é isso. Vou pedir uma folga. Se bem que eu acho quase impossível conseguir uma..."
Decidido a não mais pensar nesse assunto, o garoto fechou os olhos e se cobriu até a cabeça. Porém a imagem daqueles olhos azuis que o encaravam de um jeito tão misterioso o impedia de dormir. "Maldição. Vou tomar um banho, pra relaxar".
Após o dito banho, Duo se olhou no espelho. "Eu tô um trapo. Que coisa horrível!", pensou, ao ver seu reflexo. "Não é à toa que aquele garoto ficou me olhando. No mínimo estava achando que eu era um desabrigado. Isso, Duo, lá vai você de novo pensando nele... Talvez eu deva voltar à taberna hoje... Não. De jeito nenhum eu vou atrás dele".
cinco minutos depois-
"Não acredito que estou fazendo isso!", pensou, irritado, ao tentar descer pela janela. Felizmente o lorde estava dormindo; Zechs não poderia nem desconfiar de sua ausência, ou então o castigo seria cruel! "Ainda bem que ele desistiu da idéia de colocar grade nas janelas". As paredes tinham várias plantas trepadeiras, facilitando a descida do garoto. Duo sabia que estava se arriscando demais, que talvez o garoto nem estivesse lá, mas precisava saber o porquê de ele o afetar tanto. Andou cuidadosamente até o estábulo.
– Ei, garotão, vou precisar da sua ajuda. – falou com seu cavalo, Shinigami. – Seja silencioso, okay?
Agora era só rezar para que nenhum dos outros garotos o visse. Eles não perderiam a chance de prejudicá-lo. Se bem que as casas dos garotos ficavam um pouco afastadas da mansão, então as chances de sair sem ser notado eram maiores. "É, acho que ninguém me viu.", pensou, satisfeito, ao chegar na estrada principal do reino. Tinha que voltar cedo, antes que Zechs acordasse e procurasse por ele.
A taberna não ficava muito longe da propriedade do lorde, então não demorou mais que alguns minutos para Duo chegar lá. Ao deixar Shinigami no estábulo, notou um belíssimo cavalo branco que nunca havia visto por lá. "Nossa, parece ser de gente importante". Ousou tentar tocá-lo, e foi correspondido com um aceno da cabeça do cavalo, como se estivesse lhe dando permissão. Duo sorriu e ficou alguns segundos acariciando o pêlo lustroso, até se lembrar do porquê de estar ali.
– Sinto muito, amigão, vou ter que lhe abandonar. Mais tarde eu volto pra brincar com você.
Duo respirou fundo e saiu do estábulo, calmamente. Não queria parecer ansioso. "Vamos lá, Duo. É só entrar, confirmar que ele não está ali e que essa idéia foi idiota e voltar pra casa. Simples", afirmou mentalmente, ao caminhar. Porém, ao se aproximar da entrada da taberna, viu um vulto sair apressado e vir em sua direção, não lhe dando tempo de esquivar. Os dois se chocaram, e Duo caiu sentado no chão.
– Ei, olha por onde anda, palhaço! – reclamou o garoto de trança. Contudo, quando olhou para cima, a primeira coisa que viu foram aqueles olhos azuis que tanto o atormentavam.
Heero não conseguia respirar. Era ele! Era o garoto que procurava! "Seu estúpido, tinha que ter esbarrado logo nele? Bom, não fique parado que nem um dois de paus! Ajude-o!".
– Me... me desculpe. – disse, pela primeira vez, estendendo a mão para ajudá-lo a levantar.
– Tudo bem. – disse Duo, segurando a mão oferecida, com uma incomum timidez. – Eu... estava meio distraído, a culpa também foi minha.
Duo levantou-se, com a ajuda do outro garoto, e tirou pó imaginário de suas roupas, não sabendo o que mais fazer. Encontrara quem queria e agora não tinha idéia do que dizer. "Parabéns, Duo, belo trabalho! Você está fazendo papel de idiota".
Heero notou o desconforto do outro. Sua situação não era muito diferente; estava nervoso, porém não deixava transparecer. Resolveu quebrar o clima tenso.
– Sou Heero. – disse, sem pensar, estendendo mais uma vez sua mão.
– Duo. – respondeu o garoto, hesitando um pouco, mas logo cedeu e apertou a mão de Heero. – Heero não é o nome do príncipe?
E agora? Devia contar ou não sua verdadeira identidade? Ninguém naquelas redondezas sabia que ele era Heero Yuy...
– É, pois é... Coincidência.
Heero ficou encarando-o, como da primeira vez que o viu. O rosto de Duo estava abatido, como se não dormisse há dias. Havia traços profundos de cansaço, mas nada que diminuísse sua beleza. E como ele era lindo...
Duo sentiu-se desconfortável perante a intensidade com que Heero o olhava. Era como se ele pudesse ver a sua alma. "Que sensação mais estranha!". Sem perceber, Duo se pôs a analizar o outro garoto, prestando atenção em cada detalhe. Heero era lindo! Olhos azul-cobalto levemente puxados, cabelos cor de chocolate, que eram meio rebeldes, dando-o um charme especial e um corpo que, apesar de compacto, parecia forte o suficiente para dobrar uma barra de aço.
Subitamente, Heero percebeu que ainda estava segurando a mão do outro e a soltou, sentindo suas faces ficarem levemente coradas. A situação entre os dois estava extremamente desconfortável, o silêncio estava sufocando o príncipe, mas ele não sabia o que dizer. "'Ah, sabe o que é? É que eu vim aqui pra te ver...' Por favor, né? Eu não posso dizer isso, soaria patético".
Duo não agüentava mais aquele silêncio constrangedor. Precisava fazer alguma coisa.
– Bem, eu... preciso... falar... com a Srta. Carmélia, então... até mais ver. – disse, retomando seu caminho em direção à entrada da taberna, mas foi impedido pela mão de Heero segurando seu braço.
– Espera, eu... gostaria de conversar com você, se for possível.
– Er... claro, sem problema. Vamos lá pra dentro.
Os dois entraram na taberna e sentaram em uma das mesas do fundo, onde não tinha ninguém por perto pra prestar atenção na conversa (Heero tentando evitar o olhar de Carmélia; o que ela diria se o visse ali novamente?).
– Bom, sobre o que você queria conversar? – perguntou Duo, sentindo uma estranha ansiedade.
Heero decidiu que essa seria uma boa hora para começar a sua... "missão".
– Eu estive conversando com a Srta. Carmélia hoje mais cedo, e... ela comentou algo sobre você ter de servir o seu mestre...
– Estavam conversando sobre mim!
– Bem, eu... É, estávamos. Eu fiquei intrigado quanto a esse fato.
– Por acaso você é algum tipo de policial?
– Bom... Mais ou menos. Duo, me diga... Esse seu "mestre" está lhe obrigando a trabalhar como um escravo ilegal?
Duo surpreendeu-se com a pergunta. O que iria dizer? 'Ah, sim, eu sou um escravo sexual'...?
– N-não, que é isso...? O meu... chefe gosta de ser chamado de mestre, só isso. Eu não sou... um escravo. – "Pelo menos não teoricamente".
– E quem é esse chefe?
– Eu... não posso dizer.
– Olha, não precisa ficar com receio. Eu não vou deixar ele te machucar... – disse o príncipe, olhando-o com ternura.
"Ele já me machucou o bastante...", pensou Duo, brincando com a ponta de sua trança; um típico sinal de que estava muito nervoso.
– Por que se importa tanto? – perguntou, olhando para o chão.
– Eu... não sei. – respondeu Heero, sinceramente. – Eu sinto uma estranha conexão entre nós... Sei que parece bobagem, mas... Você me fascina, Duo.
O jovem prostituto poderia ter derretido ali mesmo. "E-eu o... fascino?". Seus olhos violetas demonstravam espanto e sua boca estava entreaberta. Quem era aquele garoto, afinal? De onde ele saíra? Por que aparecera do nada em sua vida e o afetara daquele jeito?
– Você deve estar achando que eu sou algum tipo de maníaco pervertido, então... Eu vou embora. Desculpe-me por ter te incomodado. – disse Heero, levantando-se, não acreditando no que dissera antes.
– Não, espera... – Duo levantou-se também. – Eu não estou achando nada disso. É que... nunca me disseram isso antes. Eu... também sinto... o mesmo. – disse, tomando coragem para olhar diretamente nos olhos azul-cobalto.
Heero sentiu seu coração falhar uma batida. Seria possível mesmo? Então, ele poderia arriscar um gesto mais ousado? Decidiu arriscar. Estendeu sua mão lentamente, tocando o rosto do garoto com toda a suavidade, como se qualquer gesto brusco pudesse quebrar aquele encanto em que os dois se encontravam.
Duo estremeceu perante o toque tão delicado. A última vez em que fora acariciado daquele jeito fora no dia anterior à morte de sua família, quando sua mãe o colocara para dormir. "Mamãe...", a lembrança trouxe lágrimas aos seus olhos.
– Duo... Por que está chorando? – perguntou Heero, preocupado.
– Ah, por nada... Besteira minha. – respondeu o garoto de trança, limpando as lágrimas teimosas. – É que... eu me lembrei da minha mãe. Faz muitos anos que eu não a vejo...
– Isso não é besteira. E onde ela está?
– No cemitério...
Heero se chutou mentalmente. "Bela mancada, Yuy!"
– Duo, me desculpe, eu... Eu não sabia...
– Tudo bem. – Duo pegou a mão de Heero e a colocou novamente em seu rosto. – Por favor... continue.
O príncipe sorriu e voltou a acariciar o rosto do garoto, dessa vez mais confiante. Ele parecia tão frágil, tão... puro, tão necessitado de afeto. Quem quer que fosse esse "mestre", não estava cuidando direito dele.
Duo suspirou e fechou os olhos; aquela sensação era tão boa. Por que Zechs nunca o acariciara daquele jeito? Suas mãos eram sempre exigentes, ávidas... Apressadas.
Heero notou que Duo estava muito mais relaxado. Seus olhos estavam agora fechados; seus lábios entreabertos eram muito convidativos... Sem conseguir mais se conter, o jovem herdeiro do trono fechou a pequena distância entre os dois, experimentando pela primeira vez o doce sabor dos lábios de uma pessoa amada. "Pessoa amada? Eu... amo Duo?".
Comentários da autora: Muito meloso? XD Se sim, é porque eu acabei de beber coca-cola, então a taxa de açucar foi lááá pra cima. Culpem o refrigerante! n.nU
Anyways, esse capítulo foi o mais longo até agora, ne? É que eu decidi que tinha que ter beijo. Tava demorando demais já. Bom, me contem o que vocês acharam, sim? Mim precisa saber! Será que agora vai ficar tudo bem? Será que eles vão ficar juntos para sempre? Será que vão se separar? Hmm... Perguntas e mais perguntas. E só eu sei a resposta de todas elas! Mwahahaha!
Kisu, kisu, ja ne, minna-san!
Sayuri Maxwell
