O cemitério bruxo estava vazio, os passos de Hermione ecoavam entre as lápides frias. O número delas crescera tanto nos últimos anos, com a guerra contra Voldemort! Certamente, os cemitérios trouxas também recebiam mais vítimas; o Lorde das Trevas não intimidava-se em matar inocentes, pelo contrário, sentia prazer em tirar vidas trouxas.
Como rotina há quase um mês, ela trazia uma braçada de flores, que foi depositada no lugar das antigas e murchas. Suspirou ao reler o nome inscrito na pedra, e não pôde impedir as lágrimas de rolarem por seu rosto.
—Severo... eu vim te dar uma notícia, que certamente você ficaria feliz em receber... —a voz saía entrecortada, as palavras tentavam ganhar espaço junto aos soluços. —Hoje, quando nós completaríamos dois anos de casamento, eu descobri... —levou uma mão trêmula ao ventre— ...eu descobri que aqui dentro... eu estou grávida... meu amor, o nosso bebê está aqui dentro... e...
Não conseguiu mais falar, doía pensar que o perdera; doía ainda mais não tê-lo ao seu lado quando tomava conhecimento da nova vida dentro de si, fruto do amor entre eles.
Ergueu-se abruptamente. Teria que ser forte, e tiraria essa força do pequeno presente que seu amado lhe deixara.
