CAPÍTULO 8 – O CONSELHO DOS ALIADOS

Aioria estava deitado na sua cama, pensando no fim de tarde maravilhoso que tivera.

Shaka: Finalmente vocês se acertaram.

Aioria: De quem você ta falando?

Shaka: Você sabe muito bem. Da Marin, é claro.

Aioria: Como você sabe de mim e da Marin?

Shaka: Aioria, você pensa que eu sou idiota? Eu já tinha percebido os olhares entre vocês há muito tempo. E eu quase não saía da minha casa.

Aioria: Então quer dizer que muita gente já sabe.

Shaka: Muita gente sabia que você e a Marin se amam. Agora até os cavaleiros que acabaram de chegar do Olimpo já sabem que vocês estão juntos, porque alguém fez o favor de contar pra todo mundo.

Seiya: Ah, qual é, eu não falei por mal.

Aioria: Só podia ser você mesmo Seiya...

Seiya: A Marin ta no templo da Saori né?

Aioria: Ta. Os cavaleiros de bronze que tão de sentinelas avisaram que Atena organizou os cavaleiros para dormir em todas as casas. Aqui na minha casa tem uns dez colchonetes, contando com o de vocês dois.

Shaka: Na minha casa também devem ter vários. É melhor dormirmos agora. Amanhã eles vão fazer um conselho e decidir a melhor estratégia a ser usada nessa guerra.

Seiya: "Onde deve ta a Seika? Amanhã eu vou perguntar pra Marin, com certeza ela sabe".

Depois da conversa, os três adormeceram. Todos pareciam dormir tranqüilamente no Santuário, mas alguém não estava tendo bons sonhos.

Um homem de armadura azul e preta joga Shun novamente contra a parede. Shun está muito fraco, com a armadura quebrada e sem as correntes. O homem se aproxima dele, que está quase desmaiado no chão. Ele pega uma lança que estava pendurada na parede, aponta na direção do coração de Shun, prepara-se para atirar a lança... Estraçalha a parte da armadura de Andrômeda que protegia o coração (que já estava toda rachada) de Shun com a ponta da lança...

Uma espada dourada e brilhante estava indo na direção de alguém... Ela foi arremessada por alguém... Na direção de alguém fraco e com a armadura completamente destruída... Na direção de Saori!

Ikki acordou muito nervoso depois dessas duas premonições.

Ikki: "A Saori também... Então os dois vão morrer? O que eu posso fazer pra salvá-los? Por que eu recebo esses avisos?".

Ikki ficou pensando nessas premonições por muito tempo. Ele tinha dois deveres agora além de salvar a Terra. Proteger Shun e Saori. Depois de pensar muito no assunto, ele conseguiu dormir.

O sol já estava nascendo, e os deuses e alguns cavaleiros já estavam de pé no salão do templo.

Afrodite: O sol nasceu. Vamos começar o conselho.

Deméter: Sim, não podemos perder tempo. Mas não acho que seja justo somente nós Deuses participarmos desse conselho. Acho que cada um de nós deve escolher cavaleiros para participar também.

Atena: Sim, eu acho justo, pois os cavaleiros também têm o direito de dar suas opiniões. Eu escolho Aioros e Dohko.

Abel: "Atena e seus cavaleiros...".

Poseidon: Estou plenamente de acordo. Escolho Sorento e Kanon.

Afrodite: Também concordo. Escolho Romilda e Lilith.

Deméter: Escolho Renatus e Phael. E você Abel, o que acha?

Abel: Acho que já estamos perdendo tempo demais. Vamos começar logo.

Deméter: "Abel está agindo de uma forma muito estranha... Só não tenho certeza do motivo".

Geki: Amanheceu.

Ban: Já podemos subir?

Nachi: Não. Vamos esperar até que Atena ordene.

Ichi: Olhem! Tem duas moças vindo pra cá.

Jabú: Aquela ali eu conheço.

As duas chegaram onde os cincos cavaleiros de bronze estavam, na frente da escadaria que levava a casa de Áries.

Shunrey: Olá cavaleiros de bronze.

Eiri: Eles são cavaleiros de bronze Shunrey?

Shunrey: São sim.

Eiri: Esses eu não conheço.

Ban: O que as senhoritas desejam?

Shunrey: Falar com o Shiryu e o Hyoga. Podemos?

Ichi: Acho que sim. Atena está num conselho com os outros deuses e não vai acabar tão cedo.

Nachi: Eu vou lá chamar os dois. Eles tão na casa de Áries né?

Jabú: Sim.

Então Nachi subiu até a casa de Áries e levou-os até o começo da escadaria, onde Shunrey e Eiri estavam.

Shunrey: Shiryu, que bom te ver são e salvo! – ela correu até ele e o abraçou, emocionada.

Shiryu: Fique calma Shunrey. Eu estou ótimo. – ainda abraçado com ela. – Vamos sair pra conversar. Atena não vai precisar de mim hoje.

Hyoga chegou até Eiri e os eles se cumprimentaram com dois beijos no rosto.

Hyoga: Faz tempo que não nos vemos.

Eiri: É mesmo...

Hyoga: Eu tava com muita saudade de você.

Eiri: Eu também.

Hyoga: E a Mino, por que não veio?

Eiri: Ela teve que tratar algumas coisas no orfanato, mas não deve demorar. Amanhã ela já deve estar aqui. Podemos ficar aqui por um tempo?

Hyoga: Claro, vamos adorar receber vocês. Quer sair comigo? Tenho muitas coisas pra te contar.

Eiri: Quero, estou muito curiosa pra ouvir o que você tem pra me dizer.

Atena levou todos a uma sala, e nela havia uma enorme mesa redonda, com várias cadeiras.

Atena: Vamos começar. Sentem por favor.

Então os deuses e seus cavaleiros, menos os de Abel, que ele não quis levar, sentaram-se em uma cadeira.

Atena: Sejam bem-vindos à sala de reunião.

Afrodite: É muito bonita. – disse Afrodite olhando os adornos nas paredes e nas pilastras.

Atena: Acomodem-se para começarmos o conselho. Poseidon, comece.

Seiya tinha acabado de acordar.

Seiya: O conselho já começou Shaka?

Shaka: Sim. Atena acabou de entrar na sala de reunião, e levou o Aioros e o Dohko para participar também.

Seiya: Tenho certeza de que eles se sairão bem.

Shaka: Eu também, Atena fez uma ótima escolha.

Seiya: Agora eu vou procurar a Marin. Quero que ela me leve onde minha irmã está.

Shaka: Creio que você só vai conseguir falar com a Marin amanhã.

Seiya: Por que?

Shaka: Você está vendo o Aioria aqui? Ele já saiu com a Marin, e só deve voltar à noite.

Seiya: Que droga... Vou ter que esperar mais um dia...

Poseidon: Bom, não temos muitas opções.

Kanon: Não sabemos o que nosso inimigo planeja.

Romilda: E isso nos deixa sem ação.

Phael: Esse silêncio é um perigo.

Lilith: Mas não devem demorar pra fazerem alguma coisa.

Aioros: Já fizeram. O Hermes já apareceu pra tentar matar Atena. E deixou aquela mensagem.

Sorento: Eu vi. Hermes quis dizer que eles atacarão novamente. E não deve demorar muito.

Renatus: Não podemos nos separar. Se estivermos juntos eles pensarão duas vezes antes de tomarem alguma atitude.

Dohko: Excelente! Isso mesmo cavaleiros! Estão na linha de raciocínio certa.

Atena: Eu acho que a nossa presença não é necessária. – brincou a deusa da sabedoria.

Deméter: É verdade. Eles são mais inteligentes que nós. – Concordando com Atena.

Afrodite: Eles são ótimos.

Poseidon: Se todos os cavaleiros fossem como eles venceríamos sem muita dificuldade.

Abel: O mal dos humanos é achar que são superiores aos deuses.

Nesse momento todas as atenções se voltaram a Abel.

Shiryu e Shunrey estavam em um quiosque de frente para o mar, um pouco longe do Santuário.

Shunrey: É bom ver esse movimento de pessoas. Lá nos cinco picos eu fico tão sozinha...

Shiryu decidiu contar logo sobre a nova batalha, embora soubesse qual seria a reação de Shunrey. Ele tomou um gole de suco e olhou para ela.

Shiryu: Em breve eu estarei sempre ao seu lado.

Shunrey: Como assim em breve? Você não vai voltar comigo pros cinco picos? – Ela já estava começando a perceber o que Shiryu iria lhe dizer.

Shiryu: Vou voltar com você, mas não agora.

Shunrey abaixou a cabeça.

Shunrey: É outra batalha, não é?

Shiryu: É. Eu tenho que lutar. É a última batalha.

Os olhos de Shunrey se encheram de lágrimas.

Shunrey: A última batalha... Sempre foi a última batalha... Desde aquela luta contra o Seiya no torneio intergaláctico. Shiryu, eu não gosto nem de lembrar daquele dia... Você quase morreu. Depois foram os cavaleiros negros, os cavaleiros de prata... Você teve que se cegar em uma dessas lutas. Depois vieram várias outras batalhas, e você quase morreu nelas também. – Shunrey falava num tom baixo, com a voz trêmula. – Não estou pedindo que seja um covarde, mas eu tenho medo, muito medo de você morrer dessa vez. – Várias lágrimas começaram a correr dos olhos de Shunrey.

Shiryu se levantou da sua cadeira, ajoelhou ao lado da cadeira de Shunrey e segurou suas mãos.

Shiryu: Shunrey, eu entendo o seu lado, mas tenho que lutar. Se eu e meus amigos não tivéssemos enfrentado todas essas batalhas, não estaríamos aqui agora. Mas você está certa. Não acho justo que você fique sozinha nos cinco picos esperando por um cara que não pode te dar toda a atenção que você merece. Se você me disser que não vai mais esperar por mim, eu vou entender, apesar de te amar muito.

Shunrey: Shiryu. É claro que eu te espero, eu te amo do jeito que você é, e me orgulho muito da sua coragem e do seu caráter. Desculpe-me por te cobrar tanto. Só quero te pedir uma coisa...

Shiryu: O que?

Shunrey: Vá, lute, vença e volte. Estou te esperando.

Ela se levantou da sua cadeira, e os dois se beijaram por um longo tempo.

Atena: Abel, não entendo o motivo de tanto orgulho.

Abel: Com certeza eles virão para a Terra em breve. Então não adianta pensar apenas em se defender. O confronto é inevitável. – disse ignorando o comentário feito por Atena.

Poseidon: Você tem razão. Então o que faremos?

Abel: Temos que ser realistas. Nossos cavaleiros, com exceção dos de Deméter e Afrodite, estão fracos, e não têm condições de combate.

Deméter: Eu também percebi isso. Qual é o seu plano.

Abel: Assim como nós, eles também estão fracos, e não terão condições de abrir portais para a Terra tão cedo.

Afrodite: Onde você pretende chegar?

Abel: Temos que descansar e treinar até nos recuperar e aperfeiçoar. Um mês é tempo suficiente para isso. Durante esse tempo, os deuses ainda não terão condições de abrir os portais e vir atacar. Vocês que vieram do Olimpo sabem quais são os deuses que teremos que enfrentar?

Já havia anoitecido. Hyoga e Eiri estavam vendo as estrelas em um lugar não muito longe do Santuário.

Eiri: Nossa... Foram muitas batalhas! Imagino pelo que você deve ter passado...

Hyoga: Foram momentos difíceis, mas valeu a pena.

Eiri: Você não se arrepende de nada?

Hyoga: Só me arrependo de ter te visto tão pouco.

Eiri: Hyoga... Eu também estava morrendo de vontade de te ver. Por isso eu vim pra cá. Eu precisava te ver de qualquer jeito.

Hyoga: Você está querendo dizer que...

Eiri: Que te amo. Você mexeu muito comigo na última vez que nos vimos. Olhe, uma estrela cadente! Será que essa noite vai ter o mesmo desfecho daquela noite em que apareceu uma estrela cadente?

Hyoga: Não. Desta vez vai ser bem diferente...

Hyoga se aproximou de Eiri e a beijou.

Phael: Ares...

Lilith: Éris...

Romilda: Hera...

Renatus: Aquele desgraçado do Hades...

Atena: Não acredito... Ele está vivo?!

Deméter: Infelizmente sim. O irresponsável do Dionísio também está contra nós.

Poseidon: Dionísio é um idiota que não pensa nos próprios atos.

Afrodite: O meu ex-marido também está contra nós.

Poseidon: O Hefesto também?! Não me diga que...

Afrodite: Sim, ele está forjando várias armaduras.

Atena: E os outros?

Afrodite: Estão neutros até agora.

Abel: E podem se tornar nossos inimigos a qualquer momento. A situação é grave. Temos que treinar todos os cavaleiros antes das batalhas.

Todos concordaram.

Abel: Que assim seja.

Atena: Então o conselho está terminado.

Quando o conselho acabou, Aioria, Marin, Shiryu, Shunrey, Hyoga, Eiri e todos os outros cavaleiros estavam no pátio do templo quando todos saíram da sala de reunião e Poseidon falou:

Poseidon: Cavaleiros da Aliança, o dia de hoje serviu como uma confraternização entre vocês. Daqui para frente não haverá mais nenhum dia de tranqüilidade como esse. Estejam preparados para tudo, defendam seus ideais com suas vidas.

Quando Poseidon termina de falar, cada cavaleiro grita o nome de seu Deus protegido.

Aê galera, valeu pelos comentários, que bom que vocês gostaram do 7º capítulo. Esperamos que vocês gostem deste capítulo também. Continuem comentando, gostando ou não. Até o próximo capítulo, valeu!!!