Os Oito Dragões - A Deusa da Criação

Capítulo 2 - O Dia que se Tornou Trevas

Apesar da desconfiança ela havia aceitado o convite. Quem sabe Narcisa não haveria resolvido acabar com aquela guerra familiar?

Agora Gina estava acompanhada de Rachel, a governanta da casa. Ela, tinha cabelos castanhos-avermelhados, olhos azuis-claros e diversas rugas de velhice. Era bem antipática, por mais que tentasse parecer o contrário, Gina percebia como ela realmente era.

Entretanto, ela nem prestava atenção na governanta, haviam perguntas e perguntas embaralhadas em seus pensamentos. Será que Narcisa tinha segundas intenções em conceder um almoço? Será que ela queria apenas unir as famílias e acabar com brigas jurídicas? Será que ela queria conhecer o netinho, que nos seus dois meses de vida ela fez questão de nem querer ver? Será que ela mesma sairia viva de lá? Não sabia o que viria de uma pessoa como Narcisa Malfoy. Não mesmo.

Por não confiar em sua sogra, não levou o pequeno Eduard Malfoy Weasley para a Mansão Malfoy. Ela era uma pessoa completamente desequilibrada, bem capaz de matar uma mãe e uma criança para não herdarem uma fortuna. Gina pensara em levar o bebê, como Narcisa pedia na carta, afinal, ela não seria capaz de matá-los e ir presa por isso. Então pensou melhor: será que ela não pagaria esse preço por seu orgulho? Essa pergunta duvidosa que fez a si.

Adentrou o grande portão de ferro de Wiltshire, ao lado da governanta. O lugar parecia mais um forte, os muros eram extremamente altos e de grande tijolos de pedra. Jardins de várias árvores escuras predominava no lugar, o caminho em que ela passava, que levaria a entrada da mansão, parecia mais um bosque. Ao longe ela via uma parte da mansão, podia-se ver que era de paredes de pedra, parecida com paredes de castelos como Hogwarts, e pelo que calculara tinha cinco andares. Realmente alta e espaçosa. Gina não se via morando em lugar tão grande, desperdício para alguém 'pequenina', como ela se sentia perto daquela mansão que nem havia visto direito.

A governanta seguia caminhando ao seu lado, séria como era. Gina estava em outra galáxia em seus pensamentos, ainda achando tudo muito estranho. Lembrava-se do momento, nesse caso na tarde anterior, em que uma belíssima coruja cinzenta entregou uma carta a ela, depois saiu voando pela janela.

"Gina,

Convoco-lhe solenemente para um almoço na minha mansão amanhã a tarde.

Desculpe-me por todo o descaso, mas ainda não tive tempo de ver meu querido netinho e gostaria de conhecê-lo e de conversar com você, para resolvermos problemas desagradáveis pendentes.

Será muito bom ter um netinho na família para continuar a geração, senão tudo acabaria após a morte de meu filhinho...

Apareça na mansão por volta do meio-dia. Não aceitarei um não como resposta!

Se quiser ser buscada em casa mande uma coruja.

Um abraço da sogrinha,

Narcisa"

Gina lembrava-se que após ler a carta na verdade sentiu-se assustada. Gina? Abraço da sogrinha? Querido netinho? Tudo inho, ainda por cima! Quanta falsidade! Ela jamais levaria sua criança para lá, apenas levou a si mesma para ver se Narcisa realmente queria resolver 'problemas desagradáveis pendentes', como disse. Gina sabia muito bem que ela e seu filhinho quem eram realmente esses 'problemas'. Então matá-los podia ser o resolver esse problema. Por isso mesmo não aceitou carona e foi por si só para lá.

-Vire por aqui! - a governanta disse virando entre as árvores.

Gina foi despertada de súbito de seus pensamentos. Ficou assustada e quase hesitou por ter que entrar por um caminho entre as árvores, desconfiada. Iria por um caminho contrário da mansão. Mas percebeu que estaria tudo bem ao ver que do outro lado de algumas árvores havia um descampado com um chafariz. Pisava em um chão de pedras mais firmes agora. O sol iluminava forte no céu, pela posição em que o via passava pouco do meio-dia.

Poderia estar comemorando na casa de Lisa agora mesmo, almoçando, mas se metera nessa roubada...

-Por que viramos aqui? - Gina perguntou desconfiada.

-Já verás... - a governanta respondeu misteriosa, assustando Gina com seu tom de voz.

Passaram pelo lado do chafariz. Um vento gelado bateu naquele instante, fazendo os pêlos de Gina arrepiarem-se. Ela olhou para o chafariz, em seu topo um anjinho com asas de demônio espirrava água pela boca. Ele também segurava um arco e flecha, apontando para ela. Não gostava nem um pouco de estátuas, por um instante sentiu os olhos do anjo a seguindo, mas ao olhar novamente para ele, estava normal. Gina então sentiu um frio na espinha.

Quando a garota olhou para o lado não viu a governanta. Fitou melhor seu redor e Rachel não estava em lugar nenhum. Gina começou a tremer assustada e olhou de volta para as árvores de que saíram. Ela não estava lá também.

-Ra... Rachel? - ela perguntou ao vento.

Olhou novamente para o anjo do chafariz, tendo a impressão de que ele a espreitava novamente. Andou para o lado e viu, tinha certeza, seus olhos a seguira. Então a água tão clara que saia do chafariz se tornou carmesim. Ela deu um grito de terror. Aquilo só podia ser realmente uma armadilha da víbora da sua sogra! Era sangue!

Então ela ficou paralisada. Logo o sangue, que era apenas um divertimento naquela história, feito por quem havia criado aquela cena, parou de espirrar. Aquela pessoa surgira com seus olhos cinzentos a fitando, em cima do anjo. As pernas estavam bem juntas, se apoiando com facilidade nele. O sorriso irônico não era o mesmo, era cruel, extremamente cruel. Um estranho sorriso de Draco.

Era Draco! Mas como?

-O que faz aqui, pequena garota? - ele perguntou.

-Malfoy?... - ela parecia distante - Você está aqui, como? Retornou do mundo dos mortos?

-O Dragão da Terra está de volta! - ele exclamou - Agora Draco Malfoy e o deus Alimydis são um só. Eu!

-Quem? - ela perguntou confusa.

-As Trevas dominarão o mundo! O Mal se sobreporá ao Bem agora mesmo. - ele disse levantando as mãos para o céu.

Uma luz negra subiu de suas mãos. Uma escuridão que logo começava a tomar o céu. Em menos de um minuto tudo se tornou um breu. Ao cair um raio e iluminar tudo, com sua luz azulada, Gina viu que não havia mais nada em cima do anjo, no chafariz. Aonde estaria Draco Malfoy?

Gina rodou para ver se enxergava algo. Mas fez a maior burrada, pois perdera seu censo de direção. Agora não sabia mais como poderia voltar e fugir dali, estava metida em uma grande enrascada. Então lembrou-se de sua varinha, quando a tirava devagar do bolso da calça o pior aconteceu, a varinha deslizou de sua mão.

-Ah, que droga! - ela exclamou - Por que isso acontece justo comigo?

Abaixou para ver se encontrava a varinha, mas não achava! Gina estava perdida, em todos os sentidos. Levantou sem obter resultados, mas ficava mais desesperada a cada segundo passado.

"Graças a Deus não trouxe o meu bebê para cá!" - Gina pensou. "Obrigada!", ela agradeceu em pensamento.

Mas ao ouvir passos atrás de si sentiu o desespero. Começou a correr para qualquer direção, sem qualquer noção de para onde estava indo. Depois de correr muito tropeçou. Um raio caiu... dois raios caíram... Três raios caíram em seguida, iluminando o local onde estava com a luz azulada. Encontrava-se ao lado de duas árvores, e a sua frente via... não podia ser!

Com um quarto e um quinto raio seguido ela pôde confirmar o que via. Tumbas, cruzes e mais tumbas e cruzes! Estava em um cemitério? Os Malfoy tinham um cemitério em seu território particular? Mais medo invadiu as veias de Gina. O que realmente estava acontecendo?

Deu um grito ao sentir seu braço ser puxado. Um raio caiu e ela viu uma cena horrível. Um morto-vivo a puxava, tinha metade da pele em sua cabeça, a outra metade era o crânio amostra, no pouco que conseguiu ver a parte da sua pele que aparecia estava muito velha, e ele também não tinha nenhum dos olhos. Ela ficou horrorizada e empurrou o zumbi. Pode vê-lo cair no chão, mas logo atrás dele saiam mais e mais mortos de seus túmulos.

Não adiantaria correr agora, então ela tentou pular na árvore que estava do seu lado esquerdo. Ela não era muito alta e Gina conseguiu agarrar-se num galho. Mas um raio, que com certeza era proposital, acertou a árvore, fazendo o galho com Gina cair. Rapidamente ela estava no chão, em uma queda dolorida. O zumbi que estava caída no chão começou a puxar seu calcanhar, ela via tudo em flashes de luzes dos raios que caíam a quase todo segundo agora.

Ela deu um chute na cara do zumbi e se livrou dele temporariamente. A um centímetro dela estava o galho que se quebrara junto com a sua queda. Agora tinha ele em mãos. Quando pegou-o e foi se levantar sentiu o tornozelo preso novamente. Chutou o morto vivo, mas não adiantou, então levantou com ele em seus pés mesmo. Conseguiu se erguer, mas levou uma mordida na perna do morto-vivo, que doeu muito. Sentiu o calor do sangue começar a sair.

Com raiva deu uma paulada no morto, que caiu no chão novamente. Mais dois vinham atrás. Nos flashes de luz azul ela duelava contra eles. Deu uma pancada com o galho no da esquerda, que caiu de joelhos no chão, mas nesse tempo o da direita já a segurava por trás. O da esquerda levantou e deu uma mordida no braço de Gina, que também começou a sangrar. A força dos dentes dos mortos era muita, havia magia da boa ali.

Então ela deu uma rasteira no da frente, o derrubando no chão. Depois abaixou em um movimento giratório e virou o galho para o de trás. O atingiu com força e o derrubou também. Apontou o galho com superioridade para os dois. Mas quando olhou para frente se fora toda a superioridade. Em sua frente dezenas de mortos-vivos como aqueles para enfrentar. O pior de tudo é que eles vinham em bandos maiores, sedentos por sangue.

-Essa não! - ela exclamou aterrorizada.

Tentou aparatar de lá mas não deu, já havia ouvido falar que aqueles terrenos eram protegidos contra aparatações. Não daria para fugir, eles vinham muito rapidamente em sua direção e estavam a poucos passos de direção.

Então com um pé na frente e um atrás, segurando fortemente com as duas mãos o galho, fez uma posição de luta e se preparou para o pior...

Que estava por vir...

...X...

-Ela não está nada bem...

Uma voz ecoava no fundo daquela mente. Uma voz feminina.

-Deite-a no sofá. - disse outra voz, essa que se aproximava.

-Então vá acender as tochas com sua varinha, filha. - disse a voz feminina, reconhecida como de Lisa.

De repente veio tudo naquela mente que acabara de ser despertada. Luna sentou-se assustada no sofá, respirava inconstantemente em altos e baixos suspiros.

-Luna, Luna, você está bem?

Ela via o rosto de Harry iluminado a sua frente, através de uma luz meio azul e esbranquiçada que saia da varinha dele.

-Ela acordou? - Lisa veio próxima dos dois, logo todos vinham atrás.

-Ela está acordada e parece não estar muito bem. - disse Harry - Teve algum pesadelo? Ou estava apenas desmaiada?

-Draco Malfoy ressuscitou! - ela exclamou - O deus Dragão Alimydis também...

Harry apagou sua varinha após as tochas nas paredes estarem acesas. Agora uma penumbra amarelada de fogo iluminava todo o cômodo.

-Luna! - Melissa correu até perto dela - Não me diga que você teve a continuação do sonho da Pansy e do caixão agora?

-Exatamente. - disse a loura dos grandes olhos azuis.

Os olhos dela então começaram a se molhar, magoados. As lembranças do sonho da Purificação vieram até sua mente como um soco em sua barriga. Havia uma ligação entre esses distintos sonhos, agora que Draco Malfoy retornara estava chegando a hora do outro sonho se tornar realidade. E de acordo com esse sonho ela perderia Harry... Sentia-se tonta e chorava, caindo deitada no sofá.

-Saiam todos de cima da garota. - Lupin disse se aproximando.

Então Melissa e Harry levantaram do sofá e se distanciaram. Lupin sentou ali e colocou delicadamente a mão no ombro de Luna.

-Calma... - ele quase sussurrou.

Luna sentia medo de Draco Malfoy agora. Harry virava pó diversas vezes em sua mente. A lembrança dele desintegrando-se e desvanecendo no ar vinham diversas, e diversas, e diversas vezes em sua mente. Então sentiu uma mão apertando seu ombro, era Lupin. Uma sensação agradável que fez com que ela olhasse para ele, mas não que parasse de chorar.

-Calma, garota. - ele então passou a mão no cabelo dela - Conte porque está assim que se acalmará. E não chore mais.

Ela assentiu com a cabeça.

-Venha cá, Lupin. - disse Tonks - Deixe-a sozinha no sofá. É melhor para ela, eu acho...

-Tudo bem. - ele disse levantando.

Agora Luna sentia-se mais tranqüila, parou de pensar somente na cena da morte de seu marido. Concentrou-se no sonho que teve, enxugando suas últimas lágrimas. "Eu prometi a mim mesma que não choraria mais por meus sonhos. E não vou." - pensou. Então tomou fôlego e começou a falar:

-Acho que todos aqui sabem que sou uma Yumemi, uma Contempladora de Sonhos. Infelizmente tenho a maldição de sonhar com as piores coisas que acontecem no futuro, mas muitas vezes isso é útil. Acho que pode ser útil para impedir que tudo aconteça. Mas agora eu não sonhei, eu presenciei uma cena. A cena do retorno de Draco Malfoy e do deus Dragão. - ela disse em tom forte.

-Mas não pode ser verdade. - disse Harry - Como o deus Dragão foi revivido se os Dragões da Terra não têm nenhuma Esfera?

-Eles tem uma Esfera. - respondeu Luna - A Esfera da Terra. Pansy Parkinson quem o ressuscitou.

-Pansy Parkinson? - exclamou Hermione - Então era tudo verdade, eles estão de volta. - "Meu Ronykitito está de volta e eu preciso o salvar." - ela pensou.

-Vou contar tudo mais detalhadamente. Eu andava por um lugar que... - e assim ela o fez, contou tudo do início ao fim do sonho - Então antes de eu acordar foi anunciado o retorno do Dragão da Terra.

-Nossa! - exclamou Molly - Será que é tudo verdade mesmo?

-É. - afirmou Harry - Gina deve estar correndo grande perigo nas áreas da Mansão Malfoy.

...X...

E ela realmente estava, só que o perigo não era grande. Era gigantesco.

Mais e mais mortos vinham em sua direção e ela não tinha para onde correr. Só restava lutar, por mais difícil que fosse, ela era um Dragão do Paraíso, poderia vencer. Além de tudo era uma Mestra do Fogo, poderia usar sua magia de flamas para derrubar aqueles zumbis.

Quatro vinham de uma vez para cima dela, que via mais ao fundo de todos mortos-vivos uma figura flutuando, brilhando mais alto no ar. Era Draco, que estava controlando todas aquelas criaturas. Ficou furiosa em ver que era ele quem a colocara naquela enrascada, não que já não soubesse disso, não havia visto que ele tinha poder sobre um por um dos mortos.

Toda a fúria saíra de seu âmago para aquele galho que carregava. Pouco depois ele estava em chamas. Mas as chamas não o deterioravam, eram chamas mágicas, o envolvia por completo e não feria Gina, a criadora da magia.

Um dos quatro mortos segurou o braço esquerdo de Gina, mas ela o empurrou violentamente, girando o galho e derrubando não apenas ele, mas juntamente outros três deles. Caíram no chão e ficaram em chamas, até se tornarem pó, rapidamente. Mais cinco vinham em seguida, Gina abaixou e deu uma rasteira no que liderava o grupo, incendiando-o em seguida. Os outros quatro vieram de uma vez só, em um movimento rápido, um deu um salto e a segurou por trás. Ela ficou furiosa e usou toda sua força de Dragão o empurrando com os dois cotovelos. Logo o zumbi sumiu de vista.

Ainda haviam quatro problemas para resolver a sua frente. Deu um soco no primeiro o derrubando de joelhos, depois o cortou no meio fazendo as chamas do galho o atravessar, como estava muito podre não resistiu. Depois deu meio giro, atingindo os outros três que restavam e queimando-os.

Sentiu-se muito irritada ao ver que pelo menos mais quatro dezenas deles vinham logo atrás. Saiu correndo fazendo um movimento giratório em sua frente, como de uma hélice de helicóptero. O fogo fazia um ruído grosso e que mudava de tom a todo instante, girando e se distanciando, girando e se aproximando... Na medida que entrava dentre os mortos ia queimando-os ou fazendo-os voar longe. Não era mais possível vê-la pouco depois, estava dentre todas aquelas chamas.

Quando menos se esperava sua sombra surgira no meio daquele alaranjado, daquela fumaça. Draco Malfoy estava em sua frente, flutuando.

Ela olhou raivosamente para ele, mas ele sorriu com ironia, apontando para trás de Gina. Ela olhou para lá também e viu que tinha feito um certo estrago, metade dos mortos que derrubara estavam ao chão. Mas a outra metade estava novamente em pé, e começavam a vir em direção de Gina, mesmo envoltos por um pouco de vivas flamas alaranjadas. Ela então resolveu usar outra técnica.

Agora girava seu bastão da mesma maneira, mas sem sair do lugar. Conforme Gina fazia aquele movimento bolas de fogo voavam até os mortos, fazendo barulhos de bolas lançadas ao ar em alta velocidade. A cada décimo de movimento uma das bolas de fogo voava e atingia um morto, derrubando-o no chão. Mais ou menos em um minuto todos estavam caídos, queimando... Queimando...

O céu clareou muito em seguida, ficando cinzento, não mais negro. Ela conseguia enxergar bastante coisa agora, a luz que vinha do céu era cinza-azulada, como quando está anoitecendo e o tempo está nublado.

Ela olhou novamente para Draco e sorriu. Mostrava no sorriso que era poderosa o suficiente para superar suas armadilhas. Malfoy sorriu de volta, com seu olhar irônico, descendo lentamente até a frente dela, batendo palmas leves. Rapidamente ele estava na frente dela, ainda batendo suas palmas.

-Que tipo de coisa você fez aqui? - perguntou Gina, ela não estava falando muito irritada com ele por ainda estar boba e não acreditar que ele estava vivo - Como? Tantos mortos assim...

-Eram a coleção particular do meu pai. - respondeu Draco - Trouxas que ele torturou e matou, guardando neste local meio escondido nos jardins da mansão. - explicou melhor - Subestimei o seu grande poder e achei que jamais seria capaz de derrotar a todos eles.

-Mas fui! - ela respondeu irritada - Queria me matar, é?

-Mais ou menos. - ele respondeu - Mas ia me arrepender muito.

Ele em seguida segurou Gina pelo braço. Ela ficou mole como manteiga, sentia muita saudade dele. Fez a mão dela subir até seu rosto e passar os dedos sobre seu lábio. Ela se entregou para a saudade em seguida. Ele foi se aproximando do rosto dela, que estava com os olhos fechados agora. Seus lábios tocaram nos dela...

Parou por aí.

Gina sentiu a entrada para o seu pulmão fechar-se, doía muito. Ela arregalou os olhos e se sentiu acima do ar, Draco a agarrava forte pelo pescoço. Estava desesperada, tentou falar mas sua voz não saia. Ele a mataria agora? Seu Draco Malfoy não era aquele. Seu Draco Malfoy jamais teria coragem de fazer algo para ela.

'Agora Draco Malfoy e o deus Alimydis são um só. Eu!',ele havia dito isso ainda quando estava em cima do anjo do chafariz. Aquele não era apenas Draco, era Draco e o deus Dragão, que se chamava Alimydis, se ela não estivesse enganada.

-Você acha que eu ainda te amo? - ele perguntou, já segurava o pescoço dela com menos força, para ela poder responder.

-Não. - Gina respondeu - Mas Draco ainda me ama.

-Draco? - ele perguntou - Acho que não.

-Ama sim! - ela exclamou.

-Cale a boca! - ele a jogou violentamente contra o chão, dando um chute no estômago dela - Vamos ao que interessa? Me diga onde está Melissa Jhonson.

-Não é Melissa Jhonson, é Melissa Black agora. - ela retrucou do chão, sem forças para levantar - Eu não vou dizer.

"Ele não pode saber que ela está morando no Dragonfly's Ville..." - ela pensou de uma maneira natural, preocupada...

-Não precisa me dizer mais nada. - ele sorriu - Você acha que um deus não é capaz de ler pensamentos?

-Droga! Maldito! - ela exclamou levantando.

-Agora vou até lá recuperar as Esferas com a Criança Predestinada. - ele sorriu ironicamente - Prepare-se para seu fim.

Ele tirou a varinha do bolso e apontou para Gina. A mataria e dessa vez não haveria escapatória. Ela fechou os olhos e esperou. Mas passou certo tempo e nada aconteceu. Quando os abriu novamente viu que nada aconteceria e que Draco-Alimydis havia sumido.

-Ele não teve coragem! - ela exclamou. "Ainda há um Draco Malfoy dentro dele." - completou em pensamento.

Então aproveitou que não havia mais barreiras e procurou por sua varinha. Logo estava novamente em frente daquele chafariz, a varinha estava ali bem no chão. Ela sorriu ao ter sua varinha de volta em mãos. Teria que correr para Dragonfly's agora mesmo e salvar Melissa das garras dos Dragões da Terra. Com certeza Draco não iria para lá sozinho. Mas ela tinha uma vantagem, sabia qual das casas do bairro bruxo era a de Melissa.

Tirou sua bolinha Chave de Portal Toca-Hogwarts das vestes, sempre a carregava com si para alguma emergência. Iria par'A Toca através dela e usaria Flú para chegar na casa de Melissa.

...X...

Algum tempo havia se passado e nada de Gina estar de volta. Todos esperavam-na impacientes. Mais cinco minutos de demora e eles iriam partir atrás dela. A pouquíssimo tempo atrás o céu havia clareado um pouco, tranqüilizando todos, assim uma luz azulada, ainda que bem escura, invadia pouco do cômodo pela janela.

-Ela está demorando muito... - resmungou Harry, chutando o chão.

Estava sentado no sofá ao lado de Hermione e Luna, o carrinho de bebê ao lado do sofá. Os outros estavam na cozinha, discutindo o que poderia acontecer com a ressurreição do mais terrível dos Dragões da Terra. Mas aqueles três, e o bebê naturalmente, pouco se interessavam por aquele assunto agora. Pensar no que aconteceria parecia sugar suas vidas. Era algo impensável para eles, pelo menos naquele momento.

-Estou ficando verdadeiramente preocupada. - resmungou Luna.

-O pior é que nesse escuro se formos para aquela mansão correremos mais riscos, talvez até a atrapalhemos. - Hermione preocupava-se - Vem logo para casa senhorita Gina Weasley! - resmungou quase que para o nada.

Porém, aquelas palavras pareceram uma ordem expressa. Uma explosão surgiu na lareira e entre ela a garota ruiva estava bem suja, também com as vestes pouco rasgadas, conseqüência da luta contra os zumbis. Ela sorriu ao ver os quatro ali, seus amigos e seu filho, naquela sala.

-Gina! Você não morre mais! - Harry exclamou ao vê-la surgir na lareira.

-Não morro mesmo. - ela respondeu sorrindo, em resposta - Eles podem tentar o quanto quiserem, mas não vão conseguir.

-Tentaram matar você, minha filhinha? - Molly veio correndo da cozinha, caminhou em passos apertados até ela passando a mão no rosto dela e abraçando - Bem que eu não queria que você fosse nesse almoço...

Em seguida todos vieram da cozinha para a sala, ver o retorno da garota que os preocupava muito por sua ausência. Até então.

-Vocês não sabem a enrascada por que passei. Tive que enfrentar cerca de cem, ou mais, mortos-vivos sedentos por sangue. - ela ergueu o braço e o contraiu, como se fosse mostrar músculos - Mas a Gina aqui é fortinha o suficiente para derrotá-los.

-Mas como surgiram esses mortos? - perguntou Sirius - Não podem ter surgido do nada.

-Eles eram cadáveres da coleção particular de Lúcio Malfoy. - disse Gina - Uma espécie de coleção de trouxas que ele matou e guardou em sua mansão. Da sua carreira gloriosa de Comensal da Morte, sabem?

-Ai, que horror! - exclamou Tonks.

-Gina, - Luna interrompeu - não vai me dizer que esses mortos levantaram de suas tumbas, sem nenhuma força superior os controlando.

-Realmente, não posso. - Gina respondeu com um olhar muito sério.

Luna chegou até mesmo a ver Draco Malfoy refletido dentro daqueles olhos castanhos, que a olhavam confiante. A ruiva não precisava mover um milímetro de seus lábios para que Luna captasse a resposta no ar. Então tudo que vira era verdadeiro!

-Não me diga que era ele? - ela perguntou sabendo que Gina a entenderia perfeitamente - Eu sabia que havia sido uma visão. Sabia que essas trevas foram feitas por ele.

-E foram. - disse Gina - Draco Malfoy ressuscitou.

Todos ficaram em silêncio em seguida. Luna estava certa, dizia a verdade, mas havia sido de tanto custo acreditá-la.

Por que a verdade sempre é o mais difícil de se enxergar?

Essa era a pergunta que todos faziam a si, repetitivamente. O retorno de Draco significava o caos de volta, e significava também, segundo o sonho de Luna, que Pansy Parkinson já estava de volta antes mesmo dele.

-Precisam fazer algo. - Melissa assustou-se, apavorava-se só de lembrar das feições dos Dragões da Terra - Eles vão querer...

-Sim, você está em extremo perigo. - Gina disse aflita - Malfoy quer pegá-la, para conseguir as Esferas.

-Mas agora perdi minha capacidade de Criança Predestinada. - disse Melissa - Eles não sabem, mas conversei com Claire atualmente. Ela me disse que só havia uma chance de eu conseguir as Esferas para um dos lados, e ela já se foi.

-Mesmo assim. - disse Gina - Eles não sabem e querem você. Sirius, você vai precisar fugir daqui agora mesmo com Melissa. E sem contar para ninguém do esconderijo.

-Por que isso? - perguntou Sirius - Como assim?

-Draco não é apenas Draco. - respondeu Gina.

-É o deus Dragão também, não é? - Luna perguntou aflita.

-Você viu isso em sua visão? - perguntou Gina - Ele me disse estar unido a um tal de deus Dragão Alymi... mi...

-Alymides! - lembrou-se Luna - Eles se fundiram e agora são um só.

-Ele estava fora de si. - Gina pareceu distante - Me tratou de uma maneira que jamais trataria.

-Porque não era apenas ele. - concluiu Hermione.

-Então estamos verdadeiramente encrencados. - Harry resmungou.

-É. - concordou Gina.

-Dumbledore precisa ser avisado. - lembrou-se Lisa.

-Se ele já não souber. - retrucou Harry - Ele sabe tudo mesmo.

-Chega de pirraça, Harry! - bronqueou Molly.

-Venha Melissa, já sei para onde fugiremos. - disse Sirius.

-Onde? - ela perguntou sem nem prestar atenção e levar um olhar repreensivo de seu pai - Está certo...

-Oh meu Deus, Sirius! Leve-a para um lugar seguro... - Lisa choramingou, abrindo os braços, em seguida Melissa a abraçou.

-Pode deixar, querida. - Sirius se aproximou dela e após Melissa dar um beijo na bochecha da mãe, ele a deu um selinho.

-Então vamos. - disse Sirius, cochichando algo no ouvido da filha em seguida.

-Deveremos aparatar para lá? - perguntou ela em voz alta.

-É o jeito. - Black disse em resposta.

-Tchau! - Melissa disse a todos.

-Eu sinto que tenho que dizer algo para você, Lupin, antes de ir... - Sirius o olhava com uma estranha expressão.

-O quê? - Lupin perguntou curioso.

-Tome cuidado. - ele disse simplesmente.

Lupin pareceu assustar-se com aquela frase, mais parecida com uma ordem. Tremeu os lábios e respondeu.

-Está bem.

-Agora vamos pai, o tempo está passando e eles podem chegar.

-Vamos. - ele respondeu segurando a mão da filha.

Os dois foram embora em seguida, deixando um clima de tensão naquela sala mal-iluminada. Agora Draco não a encontraria, por mais que ele não soubesse que seus planos eram de completa inutilidade.

Lisa sentia um desespero dentro de si. Quando tudo era para estar bem, quando a família era para estar reunida e em paz, essas coisas sempre aconteciam. A paz era algo muito desestabilizada na vida de Lisa Brynsen. Era algo que ela tanto procurava no alto dos degraus da fatídica escada de sua vida, da qual ela só tropeçava degraus e degraus abaixo, direto para o abismo. O abismo de sua solidão. Deixou escapar uma lágrima de seu olho esquerdo, enxugando em seguida para tentar disfarçar sua dor, não gostava de sempre acabar sendo vítima.

-Não chore, seja forte. - Molly estava ao lado de Lisa e a abraçou levemente - Eu sei o que é ter falta de estabilidade na família.

-Não vou chorar, tudo vai ficar bem. - disse Lisa.

-Se Deus quiser... - resmungou Luna - Mas parece que Ele não quer.

-Quer sim, pense duas vezes antes de falar, menina! - brigou Molly.

-Agora mandaremos a carta para Dumbledore, ele irá nos ajudar a pensar em algo para deter Malfoy. - Gina disse esperançosa.

Mas em seguida o pequeno Eduard começou a chorar em altos berreiros. Artur então tomou a palavra:

-Melhor cuidar de seu bebê enquanto eu escrevo essa carta.

-Lisa, posso ir até o seu quarto para cuidar do Eduard? - perguntou Gina.

-Claro. - Lisa respondeu olhando vagamente para o chão, visivelmente balançada pelos sentimentos dentro de si.

-Vamos até lá, bebê? - Gina começou a empurrar o carrinho casa adentro.

-Aonde posso escrever a carta? - perguntou Artur.

-Naquela escrivaninha, tem papel e caneta. - Lisa apontou para uma pequena escrivaninha ao lado da porta, era em madeira cor de marfim, muito bem acabada e detalhada.

Artur se dirigiu até a escrivaninha e então começou a redigir a carta, enquanto todos os outros estavam muito quietos e pensativos. Cada um ali perdia-se em sua individualidade, seus pensamentos sobre o fim ou a possível salvação do mundo. Mas ninguém pensava no que poderiam fazer. Lisa se jogou em um lugar do sofá e se desanimou. Ninguém ali era capaz de animá-la agora. Todos estavam para baixo demais, não seriam capazes de animar ninguém. Lupin e Tonks estavam abraçados, os únicos ânimos capaz de transmitirem era o amor que sentiam um pelo outro.

Mas cortando todo aquele momento de silêncio, que conseqüentemente tornava-se melancolia, ouviu-se o sino no portão. Alguém estava a espera deles lá fora. Sentiram um medo, mas não deveria ser Draco, nem os Dragões. O inimigo normalmente não bate na porta antes de entrar.

-Eu vejo quem é. - disse Lupin, caminhando até a porta.

Parou em frente a porta, girando lentamente a maçaneta, puxando-a para dentro da casa e... Nada havia lá fora além de escuridão.

-Deve ser apenas o vento... - ele disse ainda com a porta aberta, olhando para dentro. Mas não sabia que estava enganado e que aconteceria o que achava absurdo.

Antes de ser pego de surpresa, a voz de Sirius ecoou novamente em sua mente: "Tome cuidado". Olhou para fora novamente e arregalou os olhos assustando-se.

Foi lançado com força em direção de todos, caindo inconsciente aos pés de Tonks. Todos voltaram suas atenções para a cena. Artur até mesmo levantou da escrivaninha para ver o que acontecia, deixando de lado a carta. A bruxa abaixou diante do amado, ele tinha um ferida na parte de trás da cabeça e estava desmaiado.

Os quatro Dragões da Terra então adentraram. Draco Malfoy despontava o grupo, com seu olhar mais frio do que normalmente, carregando uma maldade maior do que poderia carregar. A seu lado estava Pansy Parkinson, claramente mais magra e com seu olhar desprezivelmente superior e cruel. Mark estava logo atrás, seus olhos azuis carregavam aquela maldade estranha, a qual Harry não conseguia entender, e Luna sentia dó e raiva, ao mesmo tempo. Cho Chang estava ao lado dele, suas tranças negras cada vez mais compridas, e um olhar entediado, parecia estar estressada com toda aquela história, apenas querendo estar em casa. Porém ela tinha que estar ali obrigatoriamente, cumprindo uma tarefa que a vida lhe destinou.

-O que vocês fazem aqui? - Harry perguntou furioso, avançando com passos pesados em direção de Draco.

-O que deve ser feito. - Draco levantou a mão, abrindo sua palma quando Harry estava mais próximo.

Aquilo era uma magia, poderosa demais para qualquer bruxo comum, até mesmo para Harry que era fora do comum. Ele não conseguia avançar um passo para perto de Draco, a energia que saía da sua palma parecia criar uma barreira para que ele não mais se aproximasse.

-Fique por aí mesmo. - disse o louro.

-Agora vamos ao que interessa, cadê sua filha? - Pansy perguntou olhando para Lisa - Precisamos dela para nos ajudar um pouco.

Lisa levantou e olhou furiosa para Pansy.

-Olhe aqui, sua vadia, nem que eu soubesse eu lhe diria. - em seguida ela cuspiu na direção deles, acertando o chão - Vocês são desprezíveis e burros, não adianta querer saber, não vou contar, já que não sei.

-Tudo bem. - respondeu Pansy aparatando e surgindo atrás de Tonks, a levantando e segurando com força seu pescoço, tirando a varinha do bolso e apontando contra ela - Se vocês não disserem onde a Criança Predestinada está, ela estará morta aqui, agora mesmo.

-Calma garota. - pediu Molly - Não precisa fazer isso, é verdade o que dizemos, ninguém aqui sabe onde ela está, porque ela e Black fugiram sem contar o destino.

-E deixem de ser burros. - Luna pareceu furiosa por um instante, depois voltou a ter calma - A Yumemi de vocês é uma grande porcaria, porque eu e Claire já sabemos perfeitamente que Melissa não mais tem os poderes de Criança Predestinada.

-Na primeira vez que é usado esse poder, ele é anulado. - disse Hermione - Ou seja, Melissa Black é uma bruxa comum, desde que vocês tentaram usá-la a seus favores.

-O que está acontecendo aqui? - Gina surgiu na sala.

Por um momento dois olhares se cruzaram. Os olhares verdadeiros.

O cinza de um dos olhares pareceu congelar-se e assustar-se por um instante, assustar-se com amor. Os olhos castanhos adentraram nos olhos cinzentos, e por um momento a emoção pareceu tomar conta de duas almas. A alma de uma garota que ardia como o fogo, que brilhava como suas chamas, com toda sua alegria, vivacidade, amor e bondade. A outra alma, cinzenta, por um momento ardeu em chamas, deixou incendiar-se pelas flamas vívidas da alma da garota. O que era cinza e sem sentimentos deixou queimar o amor, e também a culpa da dor que causava pelo amor.

Mas toda a vida daquele curto momento, feito de tão rápidos e pequenos segundos, desvaneceu quando um terceiro olhar roubou o segundo deles. Com aquele olhar Gina já havia cruzado naquele dia, e nada gostou. Os olhos cinza resfriaram-se e tornaram-se a mais pura maldade. As flamas de uma alma capaz de amar apagaram-se com frieza. Toda frieza do olhar soberano de um deus da maldade. Toda frieza da alma que dividia o corpo de Draco Malfoy. Toda frieza que quase o dominava por todo, mas que se não fosse por esse "quase", Gina talvez nunca mais cruzasse com o primeiro de seus olhares, nessa vida.

Aqueles longos segundos cortaram-se com palavras. Palavras que também saiam com frieza, soletradas ao mesmo tempo que os movimentos nos lábios de Malfoy. Porém, não eram dele por completo, pelo menos. Alymidis dominava Malfoy quase que por completo, por quase todo momento.

-Não precisaremos mais da Criança Predestinada. - disse ele - Mas caso vocês queiram a amiguinha Nimphadora Tonks de volta, apareçam com Melissa na Mansão Malfoy. Saibam que nenhuma das duas saíram feridas se isso acontecer, mas caso contrário, uma certa metarmofomaga poderá perder sua vida, assim, simplesmente.

-Não se preocupem comigo, não tenho tanta importância quanto Melissa. - ela disse com a voz esganiçada, pois tinha o pescoço pouco apertado por Pansy.

-Cala a boca! - Parkinson disse estupidamente.

-Ora, seus... - Gina começou a dizer, mas os Dragões da Terra jogaram para o alto suas cartas de magia e no ar desapareceram todos, inclusive Tonks, a vítima.

Gina caiu sobre seus joelhos. Estavam enrascados.

...X...

Dumbledore preocupado fazia pesquisas em seu acervo particular, na sua sala. Estava à parte de quase tudo o que estava acontecendo. Não precisava ouvir narração dos fatos de alguém, apenas juntando os pedaços tinha suas respostas. Sabia que Draco Malfoy estava de volta e havia sido o responsável por toda aquela escuridão, que por mais que houvesse se amenizado, ainda pairava no céu. Sabia que ele e o deus Dragão agora eram um único ser. Sabia que o mundo estava em grande perigo. Entretanto não sabia a solução para tudo aquilo e sentia-se derrotado. Os Dragões da Terra conseguiriam convocar as Esferas de alguma forma e venceriam. Sabia que tudo afundaria no final.

Mas dentre seus objetos particulares encontrou um que poderia ajudar. Não seria possível vencer o tempo, os Dragões da Terra estariam no poder dali a pouquíssimo tempo. Então ele levaria o objeto para um dos Dragões do Paraíso. Contudo, sua linha de raciocínio foi interrompida assim que uma voz ecoou em sua mente.

"Dumbledore? Preciso que você venha a meu encontro imediatamente."

"Claire?" - ele disse também em pensamento.

"Sim, tive um novo sonho, e acho que você é capaz de ajudar-me a desvendá-lo"

"É um sonho que pode ajudar em nossa situação?" - o velho perguntou.

"Pode, venha para cá agora." - ela respondeu.

"Espere apenas um minuto." - ele pegou um objeto diferente, uma bolinha.

Antes de apertar um botão que o levaria até Claire segurou o objeto que pegara antes e depois levaria a um dos Dragões do Paraíso, com força, dentro do bolso de sua capa roxa em que o repousara.

Agora ia de encontro a Claire, todavia, não sabia que aquela era a atitude mais errada que poderia tomar. Por mais que ele tivesse uma intuição de que não deveria ir até Claire, ele precisava ir automaticamente. Poderiam encontrar uma possibilidade, uma chance de vencer aquela guerra que quando parecia estar mais fria, esquentou tão de repente e chegou em seu ápice.

Mal sabia que Claire havia sido enganada facilmente em um momento de desespero. Muito menos que ele mesmo havia sido despistado...

No próximo capítulo...

O melhor seria ir para Hogwarts, assim pensaram após descobrirem que Malfoy poderia ter adentrado na mente de algum deles e descoberto que as Esferas estariam lá. Mas Gina é surpreendida por outra igual a ela nos corredores da escola, quem poderia ser a impostora? Já Hermione, decide ir para a Mansão Malfoy, mal sabendo que acabará em enrascadas piores ainda... Não percam! Capítulo 3 - Impostora?

N.A: Pessoas!!!!! Eu nem ia atualizar a fic hj, só sábado q vem. Sabe o q é, eu tava desmotivado. Sim, sabe o q é receber apenas um review de uma fic q vc planeja ser a melhor de uma trilogia? Sei q nem todos entenderão isso, mas td bem... Estou postando o capítulo graças a Lina q me ajudou a receber alguns reviewzinhos. Valew pessoal!!! Não vou agradecer tato assim a Lina, mesmo ela tendo ajudado demais, senão ela fica metida num salto.... Mas valew msm garota de Natal!

Agradecimentos também para: Henrique, Cris Sky Porthus, MiaH & Mari, Léli Lino, Ícaro, Eloá e Patricia Malfoy, vcs foram mto legais msm em ter solidariedade! Agora só uma coisa, vou tentar escrever o cap 3 até sábado, ok? Tentem me animar mandando bastante reviews desse cap tb. Valew povos!