Disclaimer: Os originais de Saint Seiya, personagens e argumentos, não me pertencem. As fanfics publicadas qui não têm fins lucrativos.
Capítulo 100 escrito ao som 'I'll Be Yours', do Placebo. Vale a pena conferir tanto a letra quanto a música, ambas fantásticas... Brian Molko is God!
Incenso e Vela
CAPÍTULO 5
Pequeno Príncipe
- Onde vai, Mu?
- Descerei para cidade.
Os olhos de Shaka distinguiam o jeans puído, o All Star branco de cano longo, a blusa de malha crua de gola alta, os adoráveis cabelos lavanda em uma longa trança.
- Mas assim?
- Assim como?
- Trajado como um... um...
- Um homem de verdade?
- Não, como um ocidental.
- Talvez não tenha reparado bem, mas estamos no ocidente. Nossas roupas causam estranheza – mesmo numa cidade como essa – e acredite, não vai querer chamar a atenção deles lá embaixo.
- Vai fazer o quê?
- Comprar algumas coisas que você não vai precisar, porque suas virgens farão isso por você, quando for cavaleiro...
- Por exemplo?
- Coisas, Shaka.
Mu desceu os longos lances de escada que separavam a casa de Áries da arena baixa onde aconteciam os treinamentos. Um homem com a pele dourada de sol subia as escada correndo. Usava nada além da calça de malha de ginástica, suava, os cabelos cor de mel colavam no rosto, os olhos verde claros iluminados, felizes. Era um contraste brutal com a cor de louça de Mu e sua aparência élfica.
- Aioria, seu treinamento tem dado bons resultados.
- Mu! – Aioria atirou-se nos braços do outro, forçando-o contra si, como quem abraça uma bonequinha de pano. Sempre fora assim. Aioria, o bruto, Mu, a menina.
- Estou feliz de ver que está bem.
- Eu é que estou feliz de te ver aqui... eu sabia que você estava aí e não fui te ver... você me desculpa? Eu estava meio... ocupado.
- Eu sei.
Aioria passou o braço pela cintura de Mu.
- Está muito mais magro, Mu.
- É a dieta de Jamiel...
- Quando vai voltar?
- Logo.
- Seu amigo estranho já tem seguidores no Santuário, Mu...
- Fiquei sabendo.
- Ele é bom. Demais pro meu gosto.
- Não desafie Shaka, Aioria.
Aioria deu de ombros.
- Ele que se exploda. E que não se atreva a mexer comigo...
Mu riu baixinho. Aioria não mudava nunca.
- Do que está rindo, hein?
- De você... sempre igual. Brigão!
- Cuidado com aquele homem, Mu. Se precisar de mim, sabe onde estou.
- Sei que posso contar com você.
Deixou Aioria para trás, desceu para a cidade. Ah! A cidade de uma vida inteira. Shion não gostava que ele passeasse sozinho por Atenas, então ele sempre ia com Aioria, que era brigão, audacioso e grego... o que certamente ajudava na hora de comprar o melhor sorvete e de começar brigas nas pracinhas, só para se exibir, porque os moleques de rua não eram treinados por cavaleiros, claro...
Aioria foi o primeiro contato de Mu com o amor. O leonino dizia que Mu tinha sido sua 'primeira namorada'. E era verdade que treinamento duro desgastava as amazonas a ponto de torn�-las pouco femininas, de modo que Mu sempre fora o mais próximo de uma mulher de verdade que a maioria dos cavaleiros conheceu; e pelo hábito de sempre protegê-lo e de estar sempre perto, Aioria acabou encantando-se pela graciosidade de Mu. Apaixonou-se por ele perdidamente, como só se apaixona uma vez na vida, e deu-lhe o primeiro beijo de língua, roubado durante uma fuga planejada dos treinamentos da tarde, que custou aos dois puxões de orelha de Shion e castigos. Eram então crianças de 11 ou 12 anos. Logo depois Marin ocupou o espaço físico de Mu e uma jovem aprendiz de Monge do Dragão na China roubou o coração de Aioria. E também, pouco depois, o mundo de Mu ruiu para sempre... com a morte de Shion... e com Ares.
Desde então, Aioria devotava uma enorme ternura às lembranças de Mu e das primaveras gregas em que treinavam e fugiam para o centro de Atenas para tomar sorvete de creme e assistir filmes americanos baratos nos cinemas pulguentos da baixa, trocando beijos inocentes, fazendo promessas tolas, escrevendo bilhetes indecifráveis em Sânscrito nos bancos do cinema.
A cidade continuava a mesma para Mu. Monótona e com barulhos e sons de uma cidade moderna, mas com a mesma aparência bucólica das fotos de livros empoeirados de história. Foi às mesmas lojas de sempre, algumas que não mudavam a organização dos móveis ou mesmo de atendentes há mais de dez anos. Ele entrava e saía, acompanhado sempre dos mesmos olhares, sua figura andrógina, sua aparência de elfo, roubavam as atenções onde quer que ele estivesse. Os dois pequenos pontos na testa eram notados à distância, sem contar os olhares que notavam a falta das sobrancelhas. Os olhos claros, que variavam do lilás ou verde, pareciam aumentados pela falta das sobrancelhas, iluminavam o rosto com uma expressão incomum. Shion sempre o encorajara a orgulhar-se de ser diferente dos outros. "Você é um príncipe", o mestre repetia, "comporte-se como tal."
Voltou para o santuário com uma pequena sacola de papel nos braços. Contornava a arena para chegar às escadas, quando encontrou-se com ele, o cavaleiro de Peixes. Afrodite e Mu nunca foram amigos. A princípio, Afrodite ressentira-se pela deferência que todos tinham por Mu. Exibido e orgulhoso, não suportava as atenções dispensadas à um rapaz que ele julgava 'insignificante'; mesmo que involuntariamente, eles começaram a disputar, algumas vezes de uma maneira bem incisiva até, as atenções dos outros cavaleiros e do Mestre.
Mas isso foi até Shion morrer e Ares tomar seu lugar. A fidelidade de Afrodite passou a ser um chamariz e tanto para o novo mestre; e, liberado do olhar sempre vigilante de Shion e Dohko, Afrodite podia desafiar e provocar Mu o quanto quisesse – e o fez, com insistência. Lutaram algumas vezes, embora o ariano evitasse o confronto. Afrodite não cansava-se de acusar o outro de covardia, e de fugir para Jamiel para não enfrentar o mundo. Fosse como fosse, havia sempre uma tênue linha de animosidade entre eles. Algo como uma bomba relógio...
- Olhe só, se não é nossa menininha chorona. Péssimo gosto para sapatos, senhorita...
Mu simplesmente ignorou, não apenas Afrodite, mas os cavaleiros em treinamento que riam-se dele com gosto. Sabia que todos esperavam a chance de rir dele, coisa que jamais poderiam ter feito nos tempos do antigo mestre.
- Oh, está nos ignorando... não somos bons o bastante para a majestade, o príncipe Mu, herdeiro de coisa alguma... não é, queridinho?
Uma figura silenciosa desenhou-se em pedras que cercavam a arena. O vulto de longos cabelos claros apenas observava e ouvia, atentamente, como se saía o pequeno boneco de louça em contato com cavaleiros de verdade. Sim, porque até então custava a Shaka acreditar que Mu era um cavaleiro como os outros – seu cosmo era poderoso, mas ele parecia a mais inofensiva das criaturas. Ajoelhou-se para ouvir melhor: sempre seria interessante conhecer melhor as estórias daquele lugar.
- Deixe ele, Afrodite... ou ele vai chorar em cima de você!
- Ora, Cassius... ele não fará isso, pois suas lágrimas são só para mortos especiais... não fala nada, Mu? Não quer conversar conosco, seus velhos amigos? Ou melhor seria dizer, seus velhos serviçais... que triste que o antigo mestre não está aqui para protegê-lo dos nosso perdigotos assassinos...
- Nada do que diga vai me chatear, Afrodite...
- Claro, não poderia... vermes como nós não incomodam a sua majestade! E agora não precisa mais falar conosco, não é mesmo, Shina?
- É... agora que Mu tem uma novo amiguinho...
- Um amigo belo e jovem... oh! Parece que o pequeno príncipe quer arrumar um namorado...
- Desista, Mu. – Shina gargalhou alto. – Ele não é como Aioria, ele não é como nós!
Pelo tom malicioso da voz da amazona, Mu entendeu perfeitamente o que ela queria dizer com o como nós. Como nós, liberais. Como nós, gregos, de intelecto frio, práticos e capazes de aceitar o sexo da maneira que se apresentasse. Livre de moralismos religiosos. "Sim," pensava Mu, "ele certamente não é como nós."
Do alto das pedras, Shaka, rubro como não se lembrava de ter ficado em anos, ouviu as insinuações da amazona num misto de revolta e asco. A simples idéia o deixou transtornado. Como ela podia cogitar tal coisa? E como Mu pudera ouvir tal acusação em silêncio? A menos que... sim, a menos que fosse verdade! E Mu fosse como... aqueles. Era possível, como não pensara nisso? Estava tão distraído com sua missão, a missão que Buda o confiara, de ter uma armadura de ouro e impressionar o mestre... sequer notara o comportamento de Mu. Passara tanto tempo medindo forças dos outros cavaleiros que ele julgara 'perigosos' que esquecera-se de Mu! Afastou-se, envergonhado e furioso.
- Anda, Mu, estou cansado de você fingir que não me vê! – Afrodite aproximou-se dele e derrubou-lhe a sacola no chão com um tapa furioso.
Mu simplesmente abaixou-se e começou a recolher suas coisas. Só os deuses poderiam sentir a fúria que crescia em seu coração, mas não podia... não podia arriscar-se ou expor-se... não por causa daquele idiota.
- Mexa-se, Mu! – Afrodite deu-lhe um chute furioso, veloz e cheio de força no rosto delicado do cavaleiro de Áries. E o fez com um gosto indizível, para vingar-se, para tirar de Mu aquilo que sempre o incomodara nele: a beleza, aquele rosto de criança élfica.
Como Mu não reagiu, sua fúria cresceu, e ele – que a princípio não queria mais do que trocar alguns golpes menos furiosos – perdeu a sua calma com a inércia desesperadora de Mu, que apanhava sem sequer gemer. Mu sabia que Afrodite era vaidoso e assim que as primeiras gotas de suor descessem pelos seus cabelos azuis de anil, ele pararia, horrorizado.
Antes que o suor desanimasse o cavaleiro de Peixes, Milo desceu de sua casa, com sua pronunciada arrogância, seu ar de desprezo por tudo e por todos. A ele Afrodite não quis afrontar. Balançou os cabelos azulados, fez uma reverência debochada para Milo e saiu, deixando Mu sangrando encostado contra o paredão de pedra.
- Por que, Mu? Não me diga que deixou esse idiota te bater!
- Afrodite quer se divertir batendo em mim para se vingar.
- Por que não revida?
- Não preciso. Deixe ele me detestar, Milo... nada vai mudar o fato de que eu era o favorito de Shion, ele goste ou não, isso ninguém vai mudar.
Milo apoiou Mu e o ajudou a subir até Áries. Quando entrou na casa, o dia já chegava ao seu fim, o poente alaranjado forte com raios violetas ao fundo era só mais um dos espetáculos naturais que se observavam bem do alto da acrópoles. Shaka meditava ao fundo da casa, mas não precisava usar muito do seu cosmo para perceber a entrada dos dois e a saída de Milo logo em seguida. Sentiu-se poderosamente tentado a correr e socorrer Mu. Ouviu os sussurros de Milo, perguntando se não gostaria que o ajudasse a limpar os ferimentos. A voz de Mu, como um hino sagrado "não sinto nada, não se preocupe, limpo eu mesmo as feridas."
Quis levantar-se e ajud�-lo: nada seria mais justo, porque o próprio Mu se precipitara para ajud�-lo sem saber quem era, apenas alguns dias atrás. Mas havia uma barreira que sequer ele compreendia, uma espécie de medo – se é que algum dia Shaka reconheceria para si que existia algo que o metesse medo, ele, que não tinha medo de nada – uma força maior que o impedia de correr até Mu: ele pensava então em asco. Sim, asco. As práticas do Santuário eram tão perniciosas que envergonhariam seus mestres, sempre tão sábios e contidos. Aquele tipo de comportamento praticado livremente diante de seus olhos fechados era inadmissível num lugar sagrado, era odioso ver homens e mulheres entregando-se à devassidão. Ele, Shaka, um homem de cosmo elevadíssimo, não ia permitir, depois de tantos anos de treinamento, que aquele ambiente corrompesse sua pureza.
Mu percebeu muito bem o 'não-aparecimento' de Shaka como uma espécie de tácita reprovação. Sabia que ele podia vê-lo e saber onde estava. Esperava por ele, mas com a aguda melancolia que herdara de Shion, não esperava que seus desejos se realizassem. Sentou-se perto da clarabóia dos fundo da casa, colocou uma pequena tina de madeira, que ele mesmo encheu da água do poço. Enfiou o dedo polegar na tina. Shaka percebeu o cosmo de Mu, ainda indignado, furioso, elevar-se, brilhar em prata e lavanda, esquentar a água em segundos.
Mu tirou os tênis que apertavam seus pés pequenos, a calça jeans que marcava sua pele alvíssima quase argêntea, a malha crua que não realçava seus olhos claríssimos, desfez a trança que maltratava os fios macios e extra finos da enorme cabeleira.
Entorpecido pela visão, desconcertado, Shaka, olhos cerrados, via com dificuldade os contornos da cena da nudez de Mu, sentado sobre as pernas dobradas, o cabelo caía pelas espáduas delicadas, como um manto, cobria as partes mais íntimas do seu corpo, tornando impossível para um observador menos atento distinguir a visão de um homem ou de uma mulher. Ele penteou os longos cabelos e com uma pequena toalha limpou o sangue do rosto, onde Afrodite deixara um enorme hematoma perto dos olhos, e limpou também o sangue dos arranhões no braço.
Shaka sentia doer-lhe fisicamente o peito, cada vez que a toalha voltava para o potinho com ervas onde Mu a molhava com mais sangue e ele distinguia na enorme massa pálida da pele do ariano as manchas roxas e avermelhadas. Era algo que ele não esperava sentir, uma coisa, enfim, uma única coisa que escapara do seu controle imenso sobre tudo e todos. E era ali, justo ali, onde brotava uma única fraqueza na fortaleza do indiano, ali... ali ele ia empenhar toda a sua força para bloquear aquela brecha; mas... não naquele dia.
"Só por hoje", pensou Shaka para si mesmo, trêmulo, "só por hoje. Gratidão é uma virtude que meu mestre aprovaria. Grato... grato a essa criança mimosa... pelo quê, Budha? Eu teria entrado aqui de qualquer maneira... grato... grato pela fraqueza que ele tenta implantar em mim? Não... não... não posso. É uma encantadora criatura, uma fada. E não será sua malfazeja beleza inocente que ruirá meus planos. Nada ruirá meus planos, mestre... nada."
Mu acordou com braços ardidos, mas as cicatrizes recusavam-se aderir à pele alvíssima dele: quase não havia mais marcas, e seus olhos desinchados mostravam apenas uma risca tênue para denunciar a agressão. Abriu seus olhos inundados pela luz da manhã e teve a grata visão de um anjo loiro, vestido de branco, o rosário em uma mão, um lírio em outra.
- Fiz mal. Devia tê-lo acudido ontem.
- Não precisava. – Mu sentou-se, suavemente, ajeitando o cabelo em desalinho.
- Você também não precisava me acolher aqui. E o fez.
- A gratidão é uma virtude, mas ela deturpa os motifs da consciência.
- Você é uma alma sublime, Mu.
Mu deu um alta gargalhada, os dentes infantis aparecendo. Balançou os cabelos instintivamente, e Shaka percebeu que ele não tinha sobrancelhas.
- Usa dois pontos?
- Controlam minha telecinese.
- Ah. Você pode se tele-transportar?
- Sim.
- Eu também.
- É sério?
- É. Mas a mim me basta o terceiro olho.
- Shion também usava dois pontos.
- O que você aprendeu com Shion, Mu?
- A ser um bom ferreiro. E eu sou.
Shaka tomou-lhe as mãos brancas, mimosas.
- Com estas mãozinhas de criança?
- Ora, Shaka. – Mu puxou as mãos suavemente. – Você não é como os ignorantes lá embaixo... sabe muito bem que se manipula matéria sagrada com o cosmo, não com as mãos. As ferramentas são meramente para acertos aparentes, mas o que não está aparente é aquilo que verdadeiramente converte as armaduras em escudos sagrados.
Shaka respirou fundo, um meio sorriso de boca fechada delineou-se em seus lábios rosados e pequenos.
- Você é sábio, Mu, sábio.
- Mas a verdadeira arte de Shion não tive tempo de aprender... a manipulação da pré-matéria. Uma arte que só os monges do Dragão dominam e que Shion aprendeu sozinho... mas... não pude aprender.
- Já é sábio o suficiente para os porcos aí fora. – deu as mãos para ajudar Mu a se levantar, ainda entre um bocejo e outro, e, até nisso, Shaka surpreendeu-se pela delicadeza infantil de Mu. – Vamos, hoje é um dia muito, muito especial.
- Especial?
- Hoje o mestre do santuário verá porque devo ser um cavaleiro de ouro.
Mu sentiu o sangue fugir da sua face.
- O que você far�?
- Lutarei pela armadura.
- Como assim?
- Derrotarei Camus.
- Camus?
- Não fique assim, Mu. Sei que é seu amigo, farei com que tenha uma morte rápida e o menos dolorosa possível.
- Isso é ridículo! Nunca houve disputa de armadura entre cavaleiros de ouro!
- Parece que o mestre gosta de testar seus comandados... – Shaka balançou o terço entre os dedos. – A mim, interessa pouco. Derrotarei quem for preciso.
Mu só balançava a cabeça incrédulo. "Como Ares se atreveu? Então é isso que ele quer... claro. Quer nos quebrar, um por um. Teria me escolhido se eu não tivesse acolhido Shaka. Fará isso para derrubar Milo, que é meu amigo. E como sabe o tipo de homem que é, o quebrará onde dói... claro... não poderia esperar nada além disso de um... um..."
- Mu, fale alguma coisa.
- Essa luta não pode acontecer.
- Como não?
- Não vê? Ele está brincando com vocês. Para ele pouco importa quem vence ou perde. Vai se divertir vendo sangue correr e quem quer que morra serás substituído em meses. Ele não se importa... como poderia se importar?
- Mu, eu sei disso.
- E por que aceitou?
- Porque é destino meu, desde de meu primeiro nascimento, estar aqui e vestir esta armadura: ela me pertence. E não aceitarei nenhum obstáculo entre nós, nem mesmo você, entendeu? Se o mestre deste santuário quer ver sangue correr, então verá.
- Se esta é a maneira que encara uma batalha, então você não pode ser o escolhido da armadura de ouro.
- Como se atreve?
- Gente como você deveria ser expressamente proibida de vestir uma armadura. Até Máscara da Morte é melhor do que você: ao menos é honesto consigo mesmo. Ele é o que é. Você é dissimulado e frio. E se parece com Ares! Não se preocupe: ele lhe dará a armadura. Como ele mesmo sempre diz 'um cachorro raivoso conhece o outro'! E você Shaka não passa de um cachorro vira-lata e raivoso!
Antes que Shaka pudesse responder alguma coisa, Mu sumiu diante de suas pálpebras cerradas. "Desgraçado!", enfureceu-se Shaka. Seria capaz de mand�-lo para uma outra dimensão qualquer e mantê-lo l�, preso, desprovido de seus cinco sentidos, para sempre, até que se arrependesse de cada palavra dita! Como pudera ser tão impertinente? Compar�-lo, ele, que descendia de uma linhagem de santos, com aquele vadio de Máscara da Morte? Um assassino de beco! E dizer que não era digno da armadura! ELE! Mu, uma criança mimada! Ele é que não era digno da armadura. Era fraco, chorão, idiota, pervertido e sujo como todos eles! Eles é que não mereciam uma armadura sagrada! Andou em círculos a manhã toda, remoendo a raiva pelas palavras de Mu.
"Agora vou mostrar para aquele elfo quem não é digno da armadura. Eu matarei Camus com toda a crueldade que puder, com o mais de sangue que conseguir derramar. Hoje estas paredes tremerão e eles saberão que nenhum deles poderá derrotar a mim, o mais próximo de Deus, eu, o único que possui o oitavo sentido máximo do cosmo... só eu! "
Lola Spixii, Amy, Nana e Eloarden: minhas amadinhas do MSN, das madrugadas insone, dos spoilers ( Amy que o diga! ). A vocês dedico todos os capítulos, sempre, pela fidelidade constante dos comentários e pelo apoio nas tardes de Internet. Obrigada!
Ia-Chan: fui revisar o capítulo e concordo com você! Eles estavam curtinhos! É que escrevo em blocos e só divido em capítulos na hora de postar mesmo. Como a fonte do meu micro é maior, nunca percebo bem o tamanho que eles têm, só depois de postado... então, para me redimir, um capitulão!
Dark Lien, Mo de Áries, Gemini-sama, Elindrah: queridas, beijocas! Obrigada pelos elogios generosos sobre a fic e sobre a maneira que escrevo. Isso me faz muito feliz mesmo e me dá muito ânimo para continuar a fic.
Lunne: Eê! Leitora nova merece boas vindas vips! Obrigada! Espero que goste e continue acompanhando junto com essa galerinha aí em cima!
Povo leitor que não comenta: Tia Verlaine também ama vocês com todo este coraçãozinho de mãe que eu tenho! Sejam felizes e leiam Incenso e Vela!
AHHHHHHHHHH! Minha ídola lê minha fic! Bélier! fecha o momento histérica
E, claro, vip, Vera ( não esqueci da senhorita não! ).
ps: meus amores me desculpem pela cretinice de juntar um pouco os agradecimentos... é que tinha muita gente para responder, e eu fiquei com medo de ser muito repetitiva ( Tia Vê sem imaginação! ).
