A História de Nós Dois

Segundo Capítulo

Aprendendo a Amar

"Como assim não sabes o meu nome?- ela perguntou, parecendo indignada e divertida ao mesmo tempo."

"Não sei e é isso. Nunca me apeteceu saber, afinal, eu nunca pensei que ela seria tu, uma Weasley."

Draco tirou Gina da chuva e levou-a para a sala mais próxima. Já era tarde da noite e Hogwarts estava vazia e silenciosa, ainda mais por causa da chuva, os alunos todos estavam em seus salões.

"Agora isso importa?"

"Claro que não, ruivinha. Eu só quis dizer que eu sempre procurei por alguém, não sabia quem, e não imaginava que esse alguém seria tu. Por isso nunca me apeteceu saber sobre ti, ainda mais por seres namorada do Potter, não me importava."

"Nem mesmo quando bati em ti no teu quinto ano? Não procuraste saber quem fora?- ele olhou-a com a sobrancelha arqueada."

"Ah, então foste tu, ruiva desgraçada?- ele soou divertido, fazendo-a rir- Não, nem mesmo quando me bateste. Disse a mim mesmo que se soubesse o nome de quem me batera, este alguém sofreria e pagaria pelo inchaço no nariz que o soco me rendeu."

"A sério? Já não é mais assim?- ela falou e seguiu-se vários espirros. Draco procurou algo que pudesse servir de cobertor e encontrou uma manta num dos armários da sala. Nem mesmo questionou-se como ou porque aquela manta estava ali."

"Vais ficar doente."

"E tu?"

"Não te preocupes."

"Como não?"

"Apenas não. Agora, diz-me teu nome."

"Gi-gi...- e seguiu-se mais vários espirros."

"Anda lá, prossiga. Teu nome não é Gi-gi."

"Claro que não é.- mais alguns espirros- É Ginevra, mas todos chamam-me de Gina. Se quiseres, chama Gina mesmo."

"Não, para mim o único apelido que me apetece é ruiva, ou ruivinha, mais nenhum outro. Ginevra está bom.- ela olhou-o, esperando alguma reação a mais."

"Não vais rir?"

"De quê?"

"Do meu nome?"

"Por que motivo?"

"Por ser Ginevra...venhamos, isso não é um nome, é uma maldição.- ele deu de ombros."

"Não acho. Até gosto. É diferente."

"És louco."

"Sim, eu sei. Acabo de salvar uma Weasley de se matar.- ela baixou os olhos."

"Eu não pedi para fazeres isso por mim."

"Eu também não disse que não queria ter feito isso por ti...e principalmente por nós.- ela olhou-o."

"Obrigada.- e seguiu-se mais vários espirros."

"Vamos, é melhor ires para sua cama. Se estiveres doente amanhã levo-te a Ala Hospitalar. Levo-te à tua torre agora."

Gina e Draco andaram silenciosos até a entrada da Torre de Grifinória. A Mulher Gorda já estava dormindo e a garota acordou-a da melhor maneira que pôde pensar. A mulher agradeceu por tamanha gentileza e abriu a passagem.

"Dorme bem, Ginevra. Amanhã encontramo-nos."

"Tu também, Draco. Vemo-nos amanhã.- ela sorriu para ele e a Mulher Gorda fechou a passagem, sorrindo brevemente para Draco antes de voltar a dormir."

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No dia seguinte, Draco não viu Ginevra à mesa do café da manhã e muito menos durante os intervalos de aulas. Ao fim da tarde não viu a garota no lago e apenas um lugar lhe ocorreu: a Ala Hospitalar. Não soube bem porque lá, mas se tivesse ocorrido algo, certamente ela estaria lá.

Entrou e de longe viu os cabelos ruivos e enrolados da garota. Não havia ninguém na enfermaria, e por isso não havia perigo em aproximar-se. Ela dormia tranqüilamente e mantinha um fino sorriso na face. Aparentava estar bem, mas não tão bem, já que sua face estava muito pálida.

"Ginevra...?- ele chamou, ao que ela abriu os olhos, fitou-o e sorriu."

"Que bom que vieste..."

"Fiquei preocupado contigo, ruivinha. O que fizeste?"

"Nada, não tentei nada, Draco. Não te preocupes mais, não farei mais nada, eu prometo. Apenas adoeci, como disseste que seria. Acordei indisposta e vim para cá. E foi só."

"Menos mal. Quando serás liberada?"

"Logo mais tarde, para o jantar."

"Encontro-te no jardim?"

"Sim, claro. Precisamos conversar."

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"Então?"

"Sempre vi que me observavas daqui.- ela comentou, vendo Draco sentar-se ao seu lado, debaixo da árvore onde Draco ficava sempre."

"Não achava que tu me vias."

"Sempre vi. Por isso eu sabia que tu estarias aqui naquele momento."

"E achavas que eu não faria nada, não é mesmo?"

"Exatamente. Não me passava pela cabeça a possibilidade de um Malfoy salvar uma Weasley. Por isso ignorei tua presença."

"Um Malfoy nunca salvaria uma Weasley se não a amasse. E tu, Ginevra, tu me ensinaste a amar. Mesmo sem saber, fizeste-me enxergar algo mais que o meu próprio mundo."

"Não te entendo, Draco."

"Tu ficaste na minha frente e obrigou-me a olhar para ti, a observá-la, a admirá-la, a decorar teus gestos dia após dia, incessantemente nesse lago, sentada naquela rocha olhando para o sol poente, depois dando a volta no lago e parando lá em cima para observar a lua. E de manhã tu me obrigavas a olhá-la e constatar que estavas mesmo bem e que ficarias bem o dia todo para que, no fim da tarde, eu voltasse a te apreciar, admirar-te, amar-te silenciosamente. Me ensinaste tantas coisas sem saber, Ginevra, e eu agradeço-te por isso. Eu procurei por ti a minha vida toda, ruivinha, e não gostaria de te perder."

"Mas, Draco, não há meios...nós somos totalmente diferentes..."

"Não, ruiva, somos muito parecidos, ou temos o que o outro não tem e por isso nos completamos."

"És louco."

"Já disseste isso. E tu roubaste minha sanidade. Agradeço-te por isso também. Não sabes como me sinto bem ao teu lado e só agora percebo que era somente durante as horas que olhava para ti no lago que realmente faziam valer o meu dia, e esperar pelo dia seguinte para ver-te novamente."

"Draco, tu és um Malfoy, eu uma Weasley. Teu pai odeia minha família e te criou para ser um comensal. Eu fui criada para estar do lado de Dumbledore. Lutamos por lados diferentes. Tu odeias a minha família, repudias trouxas sangues ruins, e eu amo-os. Além do mais, sou namorada do Harry e tu o odeias."

"Isso é o de menos, Ginevra."

"Como de menos, Draco? Isso importa, e importa muito. Ou pensas que estarei contigo do lado de Voldemort?"

"Eu não falei nada disso. E não pensei nada disso."

"Então o que pensaste?"

"Em ficar ao teu lado, ruivinha. Não serei comensal."

"Tens a certeza?"

"Mais do que nunca, Ginevra."

"E quanto ao Harry."

"É tu quem decides isso. Tu és a namorada dele."

"Mas..."

"Amas o Potter, Ginevra?"

"Como?"

"Apenas responda. Amas o Potter?"

"Eu...não..."

"É sim ou não, Ginevra. Ou amas ou não. Não se pode amar parcialmente. Se estás confusa é porque não o amas. E é por isso que eu te peço, novamente, uma chance apenas, para que tu me ensines a te amar cada dia mais e para que eu possa ensinar-te a me amar também."

"O problema é esse, Draco."

"Diz-me."

"Eu não sei se amo o Harry porque..."

"Por que...?"

"Porque eu estou me apaixonando por ti, Draco Malfoy. E eu quero que me ensines a te amar. Eu sei que posso amar-te."

Draco sorriu para Gina e a abraçou. Ela sentiu-se imensamente bem com aquele abraço tão carinhoso que transmitia-lhe uma segurança que nunca ninguém transmitira, nem mesmo Harry.

Em seguida Gina beijou o rapaz com delicadeza, e ele mostrou-se um perfeito cavalheiro, deixando-a conduzir o momento.

"És um ótimo professor..."

"E tu és uma ótima aluna...eu amo-te."

"Draco, eu..."

"Shhh. Não te sintas obrigada a fazer algo que não queres fazer agora. Deixa que eu te ensine primeiro..."

Draco e Gina ficaram na orla do lago até de madrugada, e nem mesmo perceberam quando dormiram abraçados debaixo da árvore. Acordaram aos primeiros raios de sol, e sorriram um para o outro, demonstrando a felicidade por estarem juntos, por encontrarem o que estavam procurando, por se completarem, por não serem mais sozinhos, e sabendo que nunca mais o seriam, desde que estivessem juntos.

"Eu preciso ir..."

"Mas por que, Ginevra? Hoje é Sábado...podemos ficar o dia sozinhos sem que ninguém nos veja."

"Preciso fazer uma coisa."

"O que é?"

"Tu saberás, Draco, logo mais tarde."

"És má."

"É importante, Draco. Mais tarde tu sabes. Procura-me na sala de ontem depois do pôr do sol e eu conto-te."

"Não vais para a rocha hoje?"

"Não preciso mais ver o pôr do sol sozinha, Draco. Não sou mais sozinha. Tenho a ti. Procura-me na sala."

"Ginevra,- ela olhou-o- vai rápido."

"Eu vou."

N/Rbc- segundo cap desta fic...e eu gosto desse...gosto muito... (ou como diriam- gosto imenso). Não tardou...rs...

Eu acredito que todo Draco é romântico, só que alguns autores exploram mais esse lado dele do que outros...mas todos tem seu lado carinhoso e apaixonado (eu adoro que os meus sejam assim)..os erros, bem...falta de costume, mas nunca escondi que adoro o português de Portugal (com sotaque, por favor, que é a única coisa que eu falo), mas que bom que achaste encantador, Rute...e aqui está mais um cap, e eu tbm preciso ler mais...rs...Paulinha Malfoy, que bom que achaste perfeito e ficaste emocionada...aqui está mais um capítulo...Bruna Granger Potter, eu acho o primeiro cap muito fofinho, mas prefiro esse...que bom que adoraste...Ka, pra você que não curte a segunda pessoa, vai na...(qual é a pessoa de você?)...rs...mas que bom que gostou da fic e eu tbm adoro essa frase do Draco...yne-chan...bom que gostaste, a dor dos dois foi só uma das coisas que os juntou...rs...miaka, bem, acredito que tudo comece quando pedimos uma chance a alguém...de alguma forma, mesmo que não haja palavras, a chance sempre é pedida (embora nem sempre seja aceita)...um grande amor começa desse modo também, com uma chance apenas...

Então, mais um capítulo, o penúltimo...não devo demorar com o próximo...a todos um ótimo fim de semana...uma ótima leitura...mais uma vez desculpe os erros da segunda pessoa, mas eu melhoro...rs...e eu ainda nao entendi a regra do site sobre os agradecimentos...mas enfim...OBRIGADA de todo modo a todos os comentários!

Bjinhos...

Rebeca Maria!