N/A: Eu tenho que agradecer muuuuuuuuuuito a Luiza Potter e à Jamelia Millian, que me mandaram minhas primeiras reviews! Obrigado mesmo por elas! Eu sei que esse capítulo ficou uma bosta, mas espero que semana que vem tenha mais e melhores!
Disclaimer: Eu não possuo Harry Potter, nem nada, infelizmente. Se eu possuísse, não estaria escrevendo uma fan fic, estaria?
Capítulo 2 – Cartas que revelam a verdade
Pandora, branca, ainda observava a coruja piar em sua janela, querendo entrar. Trêmula, ela destrancou a janela e o animal voou alegremente por todo o quarto, até pousar na cama da menina. E então, Pandora viu: uma carta bonita, com um brasão também bonito de um leão, uma águia, um texugo e uma cobra circulando um grande H. Tremendo ainda mais (se é que era possível) ela pegou a carta, com a coruja a olhando docemente com seus olhos redondos e brilhantes. Ela virou o envelope, e ali estava o endereço do destinatário. Era impossível aquela carta não ser para ela:
"Srta. Pandora Lindsey
Segundo quarto à escada do corredor do segundo andar
Purple Gardens 15
Whiteling"
Ela soltou um suspiro de surpresa. Ela pouco recebia cartas. As únicas que entravam por aquela casa eram contas ou raramente cartas de amigos. Mas o mais intrigante era o endereço. Como sabiam que ela ficava em um quarto do segundo andar? E quem a havia mandado? E então ela rasgou o envelope.
ESCOLA DE MAGIA E BRUXARIA DE HOGWARTS
Diretor: Remus LupinPrezada Srta. Lindsey, Temos o prazer de informar que V.Sa. tem uma vaga na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Estamos anexando uma lista dos livros e equipamentos necessários para aulas, etc.
O ano letivo começa em 1º de setembro. Aguardamos sua coruja até 31 de julho, no mais tardar.
Anteciosamente,
Minerva McGonagall
Diretora substituta
Pandora deixou cair a carta no chão, boquiaberta. Ela olhou para a coruja, depois para o envelope rasgado, e então para si mesma no espelho. "Eu, uma bruxa! Mas isso é impossível!" pensava. Mas de onde tinham tirado aquela idéia absurda? Aquela coruja seria de brinquedo ou algo parecido? "...Aguardamos sua coruja até 31 de julho..." e aí ela observou a enorme coruja novamente. Ela de repente soltou um pio alto e voou céu afora, deixando uma Pandora Lindsey realmente muito confusa sozinha em seu quarto escuro.
Por toda aquela noite, Pan nem sonhava em dormir. Só pensava na tal escola de Hogwarts, e em como falaria com a mãe. "...31 de julho..." e já era 2 de maio! De onde ela tiraria uma coruja? E aí ela lembrou que aquilo tudo poderia ser uma tremenda piada de mal gosto. O sol já sorria para o quarto de Pandora, e ela se levantou. No andar de baixo, sua mãe devia estar preparando ovos ou panquecas. Ela pegou a carta e desceu decidida.
"Bom dia, do..." começou Betty, sorridente.
"Mãe, o que é isso!" perguntou Pan, estendendo a carta para a mãe.
A mulher pegou e leu tudo rapidamente. Estranhamente, ela não ficou surpresa. Suspirou e começou a dizer:
"Oh, meu deus, Pan... Esse dia tinha que chegar..."
"Do que você está falando?"
"Pandora, chegou a hora de te contar tudo. Por favor, fique quieta e me escute apenas. Quero que você reflita bem sobre isso. Bom, lá vai: eu não sou... Eu não... Eu não sou sua verdadeira mãe.
Um silêncio mortal invadia a cozinha. Ela olhou para Betty, incrédula. Como, como ela morava ali havia 11 anos e não soubera de nada!
"O que você disse... O QUE VOCÊ DISSE!" repetia Pandora, com raiva e confusa
"Espere para me criticar depois! Eu vou lhe contar tudo agora... Bom, foi assim... Estava uma chuva muito forte, e eu voltava do trabalho à pé. Tinha deixado Mac, com 1 ano apenas, com uma babá. Naquela época, eu ainda não tinha carro, obviamente. A única coisa que me deixava quase seca era um guarda chuva velho! Antes de nosso bairro, você sabe, há um pequeno beco escuro. Passando por ali, eu ouvi um choro ao mesmo tempo doce e desesperado. Eu fiquei curiosa na mesma hora, e entrei naquele beco. E qual foi minha surpresa quando encontrei um lindo bebê, numa cesta bonita de madeira, chorando carinhosamente! Mas o que me chamou a atenção foi um envelope dourado em seus pés. Não pensei em mais nada. Peguei você e a levei até aqui em casa. Dei banho em você e a alimentei direito; estava tão magra! A babá de Mac ficou muito intrigada, mas a dispensei logo, lógico. E então, quando estava nessa cozinha, reparei na carta dourada que aqui havia deixado. A abri, e a li mais de três vezes antes de compreendê-la."
"E onde essa carta está?" perguntou Pandora, secamente.
Com um suspiro carregado, Betty conduziu Pan até uma porta discreta do lado da sala. Como ela nunca mexera ali? Poderia ter descoberto a verdade muito antes! Não sabia como não havia reparado naquela parte da casa. Betty abriu a porta, e uma sala empoeirada, cheia de coisas velhas como sofás rasgados e cadeiras quebradas, se revelou. A "mãe" de Pandora foi até um armário amarelo e o abriu. Dali, ela retirou uma grande caixa de madeira, que parecia ser a única coisa impecável daquele quarto. Ela a abriu, e a tal carta dourada que a mulher mencionara brilhou aos olhos de Pan. Era impressionante como aquele objeto durara durante anos, e mesmo assim estava parecendo novo. Betty entregou a carta para Pan, que a leu nervosamente.
"Querida filha,
Se você
está lendo essa carta, é porque já sabe da
verdade. Qualquer que seja a pessoa que a encontrou, não é
nenhum parente seu. Eu, a pessoa que a está escrevendo, sou
sua mãe.
Quero que você não se desespere ao ler isso. Só quero que você a leia atentamente.
Eu, Bellatrix Lestrange, sou uma bruxa. Sim, uma bruxa. Seu pai também é (ou, caso você esteja lendo essa carta, foi) um grande bruxo. Se você está lendo essa carta, você já recebeu a "tão aguardada carta de Hogwarts", não é mesmo? E que bruxo jovem não a espera com ansiedade? Bom, vamos por partes...
Você, minha adorável filha, sempre foi e sempre será muito especial. Você é filha de um dos maiores bruxos da história de nosso mundo. Lord Voldemort, o nome de seu pai. Guarde esse nome, minha filha, lembre-o, mas não o pronuncie em Hogwarts pois isso poderá desencadear um grande problema. Enfim, Voldemort não é um bruxo comum, pois ele é o maior bruxo das trevas dos últimos séculos. Na época em que eu vivo, todos o temem, não pronunciam seu próprio nome, o substituindo por uma baboseira de "Você-Sabe-Quem", ou "Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado". Você, a Herdeira Voldemort, nunca deve se acanhar à esse tipo de humilhação em nosso mundo, nunca! Agora, já passou a época de seu pai, mas bruxos ainda o temem, tenho certeza. Imagina, ter medo de pronunciar o nome do próprio pai!
Enfim, o conteúdo dessa carta é simples: você é uma bruxa, e com certeza não será uma fraca. Seu pai teve poderes inigualáveis, temidos por qualquer ralé. Você os terá, o sangue de Salazar Slytherin, Mestre da Sonserina (uma das casas de Hogwarts) corre em suas veias. No decorrer do tempo, você irá descobrir seus poderes, que vão muito além de mera magia.
Eu peço, por último, que guarde essa carta sempre junto de si, nunca se separe dela! Pois quem sabe o que poderá acontecer? A magia vai muito além de pronúncias complicadas e movimentos de varinha. Força de vontade e capacidade também são importantes.
Não quero que você se torne vingativa, uma bruxa das trevas temida. Não tome esse caminho. Sonserina seria sua casa ideal, mas em Hogwarts segredos nos esperam, não é mesmo?
Agora, juro que vou
acabar, escreverei uma frase que quero que você tenha sempre em
mente, mesmo que não seja uma bruxa das trevas conhecida como
eu, uma frase de seu pai: "Não há bem ou mal, só
existe o poder, e aqueles que são demasiado fracos para o
desejarem."
Talvez esse seja um adeus,
De sua mãe que sempre a amou,
Bellatrix Lestrange"
Pandora nem direito havia acabo de ler a carta, quando uma coruja parda e bonita, com olhos redondos parecendo bolas azuis, voou inesperadamente dentro do quarto, claramente tendo entrado pela porta da casa. Pandora se assustou, mas Betty pouco adulterara seu jeito.
"Essa provavelmente é a coruja que a tal escola Hogwarts espera. Sua coruja." Informou Betty.
"Oh meu deus, uma coruja linda só para mim!" exclamou Pandora, feliz, olhando para a coruja pousada em seu ombro. Nem se preocupava de seus pais terem sido bruxos das trevas, mas ela era uma bruxa! E, pelo que sabia agora, iria para um mundo mágico. Aquele estava sendo um dia realmente ótimo "E seu nome será... Ibe!"
Com um sorriso largo, Betty observou a filha quase pulando de alegria com sua coruja Ibe. E ficou aliviada por ela não ter ficado muito zangada com a mulher. E dentro de alguns meses, sua filha estaria estudando magia! Seria aquilo um motivo de felicidade? Betty achava que sim.
