OS PERGAMINHOS DE NOSSA EXISTÊNCIA

Autora: Angela Miguel

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Shipper: Harry/Hermione

Spoilers: 1 a 5 livros

Sinopse: Pós-Hogwarts. Hermione é uma jornalista famosa do Profeta Diário e é designada para uma reportagem especial com o Departamento de Espionagem e de Aurores do Ministério da Magia. Porém, pior do que pisar onde prometera não mais pisar é reencontrar alguém que não se esquece. Para voltar a ter sua vida de volta, Hermione só precisará realizar esta matéria. Mas, quando o passado reabre feridas e sentimentos, não há vida que volte a ser a mesma.

Disclaimer: Esta história não tem ligação com J.K.Rowling ou qualquer empresa ligada a série e marca Harry Potter. Não há fins lucrativos.

Resumo do capítulo anterior: Charles Hale mostra-se um interessante seguidor do já derrotado Voldemort. Hermione dá um aula de interrogatório para Lupin, Malfoy e Potter, enquanto Harry persiste em não aceitá-la no emprego.

Nota da Autora (1): Finalmente, como tinha prometido, o capítulo betado pela M-Chan! Agora, sem mais dores de estômago com erros meus galera! Beijinhos!


CAPÍTULO SEIS – O HAPPY HOUR DE ESPI'ES E AURORES

O final de tarde era uma das horas mais desesperadoras para Hermione. Caso estivesse no Profeta Diário ainda, àquela hora era tempo de fechamento do jornal para o dia seguinte. O frenesi de terminar as matérias, de escolher as fotos, de acalmar o velho Nicholls e ainda, como se não bastasse, discutir com os políticos pela extensão entre o jornal e o Ministério da Magia, na busca de reivindicar sua coluna e seu conteúdo.

No entanto, aquela semana estava sendo particularmente estressante, mas não tão agitada quanto aquelas longas semanas no jornal bruxo. Há três dias, Hermione recebera o recado de que não poderia comparecer a mais nenhum interrogatório com Charles Hale ou qualquer outro prisioneiro do Ministério. Logicamente, sabia que aquela tinha sido ordem de Harry, mas também não se importava. O único problema era aquela movimentação do lado de fora da sua sala, mas ali, exatamente onde estava sentada, nada havia para se fazer.

Então, já que estar ali parecia inútil, Hermione passou a levar seus inúmeros pergaminhos, dentro de sua bolsa, num compartimento separado. Jogava-os sobre sua mesa, trancava a porta e molhava a pena na tinta. Por alguns minutos, relia tudo que escrevera anteriormente. Procurava o gancho entre um momento e outro. E assim, iniciava seu final de tarde, junto ao pôr-do-sol, a escritura daqueles milhares de páginas sem fim aparente.

Somente o detalhe de que, naquele especial dia, no caso sexta-feira, sua mente não parecia produzir uma linha sequer de raciocínio. Mordendo o lábio, Hermione encarava o pergaminho preenchido até sua metade, uma expressão desanimada em seu rosto. Olhando pela janela, o tempo parecia convidativo para um passeio num parque ou mesmo para uma soneca ao final de uma semana tão desesperadora quanto aquela. Algumas nuvens uniam-se no céu. Parecia querer chover mais tarde.

Bufou. Tossiu. Piscou. Olhou para cima, para baixo, para frente e para a janela. Bufou novamente. Piscou.

- Senhorita Granger!

Seu olhar foi atraído para a lareira de sua sala, o fogo esverdeado crepitando, misturando-se ao rosto do senhor Williams. Uma onda de alívio percorreu seu rosto, achando ainda alguma graça e animação em assistir ao belo semblante de seu amigo.

Curvando-se da sua mesa, de frente para a lareira, abriu um pequeno sorriso, esquecendo os pergaminhos sobre sua mesa.

- Diga-me que veio para me salvar desse lugar, por favor!

- Não imaginava que voltasse para mim, de joelhos, beijando meus pés... – respondeu rindo, provocando um pouco de humor na tarde de Hermione.

- Que tal me dizer o motivo da sua visitinha? – voltando-se para a mesa, iniciando o recolhimento de suas anotações sem fim.

- Na verdade, são duas coisas – e a cabeça de Hermione pendeu, soltando um suspiro derrotado. – Primeira... O Caso Chipre anda me dando muito trabalho! Estou completamente perdido nesse mar de gente maluca! Odeio tratar com políticos e seus casos com prostitutas, sabia?!

Hermione bufou e girou sua cadeira, olhando para Justin nas chamas.

- Vamos dizer que precisará tomar muito absinto para entender...

- OH! – e ele pareceu ter dado um pulo. – E todo esse negócio de absinto?! Nunca tomei antes, mas parece que eles são bastante apaixonados por alguns golinhos... E, aliás, por goles de outras coisas também, se é que me entende...

Rolando os olhos e tentando ignorar a piadinha suja do jornalista, Hermione retomou o assunto:

- E qual era a segunda parte?

- Estou completamente largado hoje – Hermione sorriu, uma alegria enchendo seu coração, imaginando uma de suas noites agitadas com Justin. – Sua amiga ruiva me deu um delicioso pé na bunda...

- Gina te dispensou? – perguntou repentinamente, erguendo-se da cadeira.

Justin coçou a cabeça enquanto dizia, e olhou ferozmente para Hermione.

- E você realmente achou que alguma fêmea iria me dispensar? O meu poder de sedução sobre as melhores passa minhas habilidades com o meu pê...

- Não precisa terminar! – interrompeu a mulher, aborrecida. – Você acabou de chamar as mulheres de fêmeas e comparou sua sedução com suas performances sexuais, pelo amor de Merlin!

- Nunca quis experimentar, minha cara, pois se tivesse não desgrudaria mais da minha calça – antes que ela pudesse interrompê-lo novamente, Justin prosseguiu. – A coisa é que a Weasley simplesmente disse que não poderia ir e me deu bolo... Agora estou à procura de uma companhia, feminina logicamente, que possa rir das minhas piadas e me indicar se hoje haverá uma longa noite ou não.

- Ignorando as alusões sexuais de sempre, eu aceito sair sim. Não agüento mais ficar aqui... Esses últimos três dias têm sido o marasmo. Preferia estar no Profeta novamente.

- Minha bela, ferrou-se – e mostrou a língua para Hermione de uma maneira ousada, fazendo-a simular um vômito. – Oito e meia, passe para me pegar.

- Ok, mocinha... – e Hermione piscou, ao mesmo instante em que a imagem de Williams desaparecia da lareira.

Suspirando, uma esperança aparecendo naquele final de tarde incrível, Hermione recolocou seus olhos nos pergaminhos. Sorrindo com o canto da boca, ouviu risos do lado de fora e ergueu seus olhos para a porta. A cena era extremamente bizarra. Gina estava com os cabelos presos, fazendo caretas, enquanto Draco Malfoy estava colado ao seu corpo, rindo e cheirando sua nuca. Hermione deixou os lábios entreabertos.

Gina paralisou e, para alguém que parecia estar gostando, simplesmente virou uma pasta que carregava direto no rosto de Malfoy, que foi impulsionado para trás e gemeu alto.

- WEASLEY, SUA MALUCA FLAMEJANTE! – gritou, segurando mais uma montanha de palavrões, as mãos colocadas sobre a face. – Eu só disse que estava cheirando a ovo, porra! Não precisava disso, sua animal!

Hermione ergueu as sobrancelhas, ouvindo Gina gritar em resposta e suspirou. De fato, nada parecia mudar com a sua opinião e, especialmente, tudo parecia normal, apenas não para ela.


Adorava aquele conjunto. Sua saia era avermelhada, com duas fendas abertas até o meio de suas coxas, na altura de seus joelhos. A blusa era uma frente-única preta, amarrada por duas cordas cruzadas no meio das costas, deixando-a exposta. Hermione colocou uma sandália do mesmo tom da blusa e pegou sua bolsa, deixando o cabelo cacheado cair em seus ombros.

Deveria estar saindo de casa, ou chegaria atrasada. E ela era o tipo de pessoa que honrava a famosa "pontualidade britânica". Hermione entrou em seu carro – adorava dirigir como uma trouxa – e acelerou, tentando não deixar o salto pegar nos pedais.

Pontualmente às oito e trinta, o carro desligou à frente do apartamento de Justin Williams. Hermione bufou ao não encontrá-lo e buzinou. Batendo as unhas no volante, esperou pelo bruxo por mais de dez minutos e ameaçou deixar o carro, profundamente aborrecida pelo atraso. Gastaria todas as suas forças para tirá-lo de dentro daquele apartamento. Foi aí que o assistiu descer as escadas do edifício. E certamente estava acompanhado.

Pés, pernas – vestidas e nuas –, quadris, troncos e finalmente rostos. Hermione chocou-se ao vê-lo acompanhado de uma cabeça vermelha. Ninguém além de Gina Weasley.

Ambos desceram as escadas, relativamente tortos, agarrados pelos antebraços, e com grandes sorrisos nos rostos. Hermione fechou os olhos e colocou a cabeça no volante, repreendendo-se mentalmente. "É claro, isso sempre acontece! Arre!", pensava, batendo a cabeça de leve ali. "E pensar que minha sexta-feira poderia ser um pouco divertida".

Justin abriu a porta da frente e jogou seu corpo no banco do passageiro, olhando para Hermione com um largo sorriso. Ao olhá-la de cima a baixo, encarando-o irritada o suficiente, Williams soltou um assobio.

- Uau! Como você está gostosa hoje, Granger!

Descendo as sobrancelhas e franzindo-as, segurando uma resposta grosseira ao amigo, Hermione levou o olhar até Gina, que adentrava no banco de trás. Estava visível que ambos tiveram bebendo antes da festinha de sexta-feira à noite.

- Então! – gritou Gina, sem saber realmente o que dizer. Seus olhos estavam grandes e brilhantes. – Vamos agitar!


Era óbvio que não permitiria Justin ou Gina dirigirem seu carro naquele estado. Não tinha idéia da onde iriam, e acabou deixando que sua amiga a conduzisse até um pub. Letras coloridas brilhavam em verde e vermelho, dizendo: Ginger's Bolls. Hermione ficou levemente enviesada pelo nome do lugar, mas notou como parecia badalado. Depois de uma semana como aquela, daria tudo para algumas garrafas de cerveja ou taças de vinho.

Deixando as chaves com um homem de chapéu duvidoso – "Oh, até de bruxos vestidos de grená você desconfia, Hermione!", comentou Justin – Hermione, Gina e Justin adentraram no bar inglês. Várias mesas quadradas dividiam espaço com dezenas de homens e mulheres, a maioria vestida ainda como se estivessem no trabalho, e muitas luzes. O tom predominante era esverdeado e marrom, fazendo com que as cores divertidas das bebidas destacassem entre a multidão.

Uma sensação agradável passou pela jornalista, enquanto os três procuravam uma mesa para sentarem. O som de gaitas de fole enchia o lugar – "Estamos na Escócia ou na Irlanda, Gina?", riu Hermione, olhando para a ruiva, que se movia engraçada com o som do instrumento – e o clima de happy hour transmitia conforto.

Arranjando uma mesa perto do bar, Hermione seguiu para pegar as bebidas. Notou que vários olhares foram atraídos para a sua direção conforme passava, pensando em como aquele conjunto realmente fazia efeito nos homens. Um sorriso levemente audacioso residia em seus lábios.

Apoiando-se no balcão, mordeu os lábios em busca das opções. Quando estava optando pelas conhecidas canecas de cerveja, ouviu um pigarrear:

- Hem-hem... Não é que até aqui eu encontro essa cabeleira!

Fechando os olhos com certo mau humor, Hermione soltou o ar e voltou-se para aquele que lhe falava.

- Agradabilíssimo encontrá-lo aqui, Malfoy.

O loiro retrucou um sorriso esperto e lançou-lhe um olhar perspicaz. Olhando-a completamente, gastando tempo precioso em suas fendas da saia, respondeu:

- Descobriu nosso pequeno paraíso, Granger? – questionou, piscando o olho. – Não pensava que apreciasse um pouco de conteúdo alcoólico... – o bruxo do bar estendia duas canecas, já que Gina optara não beber mais. – Pronta para perder a cabeça e outras coisas hoje?

Hermione virou-se para o balcão, pegou as duas canecas, e voltou-se para Draco, o olhar descontente e atravessado.

- Pronto para tomar um soco no queixo?

E sem esperar sua réplica, bateu seu quadril contra o de Malfoy, pedindo espaço, enquanto carregava as canecas habilmente entre seus dedos. O homem ignorou e resolveu persistir, seguindo seu corpo em meio à multidão.

- Realmente não imaginava que pudesse parecer atraente como uma trouxa, Granger – disse ele, aumentando a voz, enquanto a perseguia. – Os homens estão fascinados pela sua vestimenta... – completou, observando os olhares que recaíam sobre Hermione.

Postando-se ao seu lado, notou a mesa em que ela estava, onde Gina e um homem, que realmente competia com sua beleza, beijavam-se com certa ousadia. Sentados no banco estofado e de costas altas, a perna direita da mulher estava sobre as do homem, e seus quadris ligeiramente encaixados, as mãos postadas em costas e pescoço, as bocas coladas e risonhas.

Uma veia em sua testa pulsou involuntariamente.

- Adoro o efeito do álcool no sangue das pessoas, especialmente nas mulheres, mas, com toda a minha sinceridade, não acho deleitoso encontrá-la em tal condição, Weasley...

No mesmo momento, Gina paralisou seu beijo com Justin e tornou-se para Draco, não soltando seu corpo ainda enroscado no do jornalista. Hermione estava ao seu lado, rolando os olhos.

– Se precisasse tanto de uma pegada mais forte, Malfoy sempre está à sua disposição. – completou Draco, piscando malicioso.

Gina sentiu uma raiva subir até seu coração e acelerar seus batimentos. Odiava aquele tom possessivo e ofensivo de Malfoy com as mulheres, especialmente, quando era dirigido a ela, que não tinha nenhuma ligação – e, diga-se de passagem, nunca tivera ou pretendia ter – com o loiro.

Esperava que Justin tomasse alguma atitude, ou mesmo apenas olhasse torto para Draco. Porém, o bruxo abriu um grande sorriso e riu. Malfoy não gostou da reação e demonstrou visivelmente, a veia em sua testa pulsando com maior intensidade.

Ao notar isso, uma palpável confiança pairou sobre a auror. Gina sorriu. Hermione notou e tratou de colocar a boca na caneca, tentando disfarçar o riso. Nada parecia pagar a expressão contrariada e descontente do espião.

- Parecidos nós dois, não acha? – instigou Justin, estendendo a mão para Draco. – Talvez sejamos parentes distantes. Justin Williams, meu amigo.

Draco deixou uma face de nojo aparente em seu olhar.

- Não sou seu amigo e, definitivamente, não somos parentes – e olhou para a mão de Justin com repulsa, sem tocá-la obviamente. – Malfoy, Draco Malfoy.

- Oh! – murmurou Justin, e depois olhou para Hermione. – Você é o Malfoy-filho?! Sempre tive um interesse na história da sua família...

Hermione sabia que Justin estava fingindo não conhecer Draco. Era claro que ele já sabia de longe quem era, somente de observá-lo com atenção, naquela posição imponente de nariz empinado.

A citação sobre sua família deixou Draco incrivelmente irritado. O homem olhou superior para Justin, não deixando de encarar Gina por uma última vez, e deu as costas. Gina e Hermione imediatamente soltaram a risada, enquanto a auror enrolava-se carinhosamente em Justin novamente.

- Sujeitinho arrogante esse... – murmurou divertido o bruxo, levando a caneca de cerveja nos lábios.

Finalmente sentando-se diante dos amigos, Hermione suspirou e deixou-se olhar aborrecida para Gina, arqueando suas sobrancelhas.

- Por que não me disse que vocês costumavam vir aqui?

Gina pigarreou, observando enquanto os lábios de Justin encostavam-se à borda da caneca, sedento, e sabia que era hora de parar. Fantasiar com aquela boca não era uma boa maneira de demonstrar o efeito da bebida em seu sangue.

- Só queria te animar um pouquinho. – balbuciou, os olhos ainda concentrados na curvatura divertida dos lábios de Justin.

Erguendo uma de suas sobrancelhas e torcendo o nariz, Hermione permaneceu fitando Gina com irritação até que a auror pareceu despertar de seus devaneios. Lentamente, a ruiva moveu os lábios: Te conto depois. A jornalista respirou fundo e continuou bebendo sua caneca. A cada momento, Gina parecia mais e mais entorpecida. Era mesmo melhor tirá-la de lá por um segundo ou algo de ruim, muito ruim poderia acontecer... Ao pensar nisso, Hermione riu.


Girando a torneira, Hermione colocou sua mão direita debaixo da água. Gina estava do seu lado, o banheiro do pub vazio. A amiga ergueu o corpo e sentou-se ao lado de uma das pias, balançando as pernas infantilmente, murmurando a ela:

- Eu não consigo parar... Aquela boca... E você não imagina como ele beija bem, é uma perdição...

Hermione sacudiu a cabeça negativamente e tornou-se para Gina, erguendo a mão até seu rosto e molhando ligeiramente, querendo acalmá-la – mesmo que vê-la daquela maneira era divertidíssimo.

- Mas pensei que daria uma de difícil com ele, Gi – respondeu, passando a mão em suas bochechas vermelhas, combinando com seu cabelo. – No começo da semana estava assim, porque resolveu mudar de idéia?

Uma das pernas agitadas de Gina bateu contra o joelho esquerdo de Hermione e ela gemeu, olhando feio, voltando a mão para debaixo da água.

- Você já o beijou? – perguntou a auror repentinamente.

Ao mesmo tempo em que movia a cabeça, dizendo que não, Hermione pensou que não era algo ruim, mas que entrar na lista de Justin não era seu objetivo de vida.

- Então não vai entender se te disser o porque de que dei o braço a torcer – articulou Gina, colocando a cabeça para trás e suspirando. A bebida que tomara na casa de Justin realmente estava fazendo efeito. – Hoje ele me pegou no Ministério, não tive escolha... – Hermione recordou aquela cena, pensando em acertar as contas com ele depois. – Disse que resolveu passar por lá na esperança de te encontrar, mas você já tinha ido embora...

Voltando as mãos no rosto de Gina, Hermione desistiu ao vê-la movimentar-se demais, e pegou sua bolsa.

- E depois? Vai me dizer que uma coisa levou à outra? – perguntou, enquanto molhava seus lábios com um batom que mesclava marrom e vermelho igualmente.

- Pode-se dizer que sim... – completou a mulher sorrindo. – Mas não fizemos nada além de nos beijarmos, você pode acreditar! – disse ela, antes que Hermione fizesse a pergunta. – Se bem que se você demorasse mais alguns minutos...

Hermione ergueu as mãos, segurando ainda o batom numa delas, e retrucou:

- OH! Por favor, Gina! Sem detalhes sobre o quê você e o Justin fazem dentro de um quarto...

- Mas ainda não fizemos! – riu Gina, arrancando o batom das mãos de Hermione e passando nos lábios também.

"Ainda", pensou a jornalista, sabendo das histórias que circulavam sobre o poder sexual de Justin Williams. De certo algum dia fantasiara sobre isso, gostaria de saber se era tão poderoso assim, mas não arriscaria algo como beijá-lo. Já tinha problemas o suficiente.

Recostando-se na pia, mirou Gina acertando o batom com o dedo indicador.

- Mas ainda não me disse o porque de me trazer aqui...

Soltando o ar e ajeitando a saia que usava, voltou o olhar para a melhor amiga e escondeu um rubor nas bochechas.

- Eu sei que parece idiotice, porque vai parecer... Mas acontece que eu recebi um recado hoje.

- Recado? – estranhou Hermione, cruzando os braços.

- É, anônimo. Pedindo que eu viesse aqui hoje e, às dez e meia, ir ao lado da despensa. – o rubor aumentou.

Um sorriso maroto criou-se na morena.

- Você tem um admirador secreto? – surpreendeu-se, já imaginando quem seria. – Não acredito! Certamente é alguém do trabalho! – Hermione levou o dedo até os lábios e começou a matutar. – Podemos cogitar tantos nomes, afinal, esses cabelos vermelhos... Sempre disse que seriam as perdições dos homens! – e riu em seguida, fazendo com que a tensão em Gina diminuísse.

- Então, dez e meia eu preciso me livrar do Justin. Você precisa me ajudar, Mione! Eu imploro!

Ainda disfarçando quem seus pensamentos guiaram-se, Hermione concordou e guiou Gina para fora do banheiro. Aquilo seria extremamente divertido. E caso sua desconfiança esteja certa, seria delicioso.


O relógio correu até às dez e meia. Gina desvencilhou-se discretamente de Justin – ela já havia parado de beber a algum tempo – e jogou uma piscadela para Hermione. A bruxa estava sentada de lado no banco, diante do amigo, que ainda bebia outra caneca de cerveja. Olhando torto para ele, tentou desviar seus pensamentos de todas aquelas coisas que Gina dissera anteriormente.

Não tinha como negar que Justin Williams era provavelmente um presente de Merlin para os humanos – ou, de acordo com o seu gosto, as fêmeas. Os olhos azuis, tão azuis, emoldurados com os fios dourados. Loiros nunca foram muito a sua praia, mas definitivamente abriria uma exceção para alguém como ele. Havia algo nos loiros que a deixava incrivelmente desconfiada, como se fossem espertos demais, ou safados demais.

Confessava que os morenos faziam muito mais o seu tipo. Existia um mistério tão poderoso e excitante neles que costumava deixar Hermione fora de seu eixo. Enquanto Justin erguia-se para dirigir-se até o bar, ela seguiu-o com os olhos, esperando que o homem não desse uma guinada e fosse até a despensa. Hermione pensou se o tal admirador já havia aparecido ou não para Gina.

Assim que seus olhos repousaram sobre o corpo de Justin no bar, notou o homem paralisado ao lado dele. Tinha uma figura corporal bastante formosa, com ombros e costas largas, mas não musculoso – "Graças a Merlin", murmurou a jornalista, já que não gostava de homens musculosos. O cabelo era de um negro espetacular, ligeiramente despenteado, dando-lhe um ar rebelde. Um sorriso formou-se em seus lábios, notando que ele começava a se virar. Esperava que tivesse olhos claros. Sempre admirou olhos como os de Rony, que, numa noite escura, despontavam e brilhavam ao menor movimento. Segurando a respiração, assim que o tal homem tornou-se para as mesas, todo o desejo de Hermione se esvaiu em questão de segundos. O moreno era Harry.

Seria particularmente ridículo se, em meio àquela multidão de gente, seus olhos se encontrassem com os dele. Então, fazendo questão que uma coincidência como essa não acontecesse, os olhos dela voltaram a mirar Justin. Ele ainda estava apoiado no balcão, agora entrando numa intensa conversa com uma mulher de um curto cabelo castanho. Observando o pub, procurou até que não encontrasse Gina ao alcance daquela cena. Ela ainda não estava visível. Pensando em como ele não tomava jeito, ouviu um barulho estranho, que se diferenciava do estrondoso som do pub, ao seu lado.

No banco estava sua bolsa, agitando-se sozinha de um lado ao outro. Hermione virou de costas e proferiu um palavrão, irritada. Aquele era sinal de que alguém estava tentando falar com ela. A primeira pessoa que viera na sua mente fora o velho Nicholls. E não duvidava que fosse ele.

Mexendo no compartimento interno da bolsa, retirou um transmissor, muito parecido com um celular trouxa. Levando-o até o ouvido, disse:

- Quem está falando? – aumentou a voz para que pudessem ouvir do outro lado também.

- Granger? É você?

Hermione rolou os olhos imediatamente, sentindo-se ainda mais desapontada. Já bastava ter de estar naquele lugar em sua sexta-feira à noite, ter de encobrir Gina e as investidas de Justin com qualquer pessoa do sexo oposto e achar Harry Potter atraente. Agora tinha que atender pedidos do seu ex-chefe.

- Sim, sou eu Nicholls! – gritou em resposta, sabendo que deveria estar difícil para o diretor do Profeta ouvi-la.

- O Williams está com você?

- Está, por quê? – indagou, ainda de costas para a movimentação do bar.

- Tenho uma missão para vocês dois, e não quero saber de desculpas, porque esta chance é imperdível! – disse do outro lado do transmissor, a voz embargada de irritação. – Descobri por uma fonte minha na Grécia sobre uma conferência que acontecerá nesse final de semana na capital do Chipre, Nicósia! Você e o Williams vão para lá amanhã, pegar os dados e tudo que é preciso com a minha fonte, e entrarão na conferência! Tudo que vocês puderam descobrir mais sobre o nosso caso eu quero saber, entendeu?! Tudo!

Por um momento, Hermione sacudiu a cabeça, sem entender o que deu na cabeça de Nicholls colocá-la para trabalhar, ao mesmo tempo, no Profeta e no Ministério. Ela não estava praticamente livre dos laços com a sua editoria? Agora ela teria de ir até a Grécia?

- Mas, Nicholls! Como você quer que façamos isso? Faltam poucas horas para o dia tornar-se sábado! Não acha que é um pouco em cima da hora, não?! – retrucou, bastante incomodada com aquilo.

- Não importa se você vai ter que deixar a sua festinha, Granger! Não importa se você tem um encontro com a Rainha! Amanhã de manhã, às oito horas, no aeroporto Heathrow! E NÃO SE ATRASE!

Antes que ela pudesse responder, Nicholls já havia desligado seu transmissor. Hermione segurou um novo palavrão na garganta e, pronta para procurar Justin, sentiu alguém tocar as suas costas. Tornando-se novamente para as mesas, chocou seus olhos com os esverdeados de Harry.

Um soluço subiu e paralisou sua fala. Se Harry de longe já estava atraente o suficiente para deixar Hermione esquecer do mundo à volta, agora que ele estava completamente concentrado nela a deixou sem fôlego. Recordou o último encontro tão próximo quanto este, no elevador, na terça-feira.

- Problemas? Você parece travada demais para uma sexta... – disse ele, um sorriso malicioso surgindo em sua boca. Aquilo deixou Hermione mais entorpecida ainda. Era a bebida.

- Não acho que você tenha alguma a ver com isso. – respondeu mal humorada, erguendo-se do banco e ficando em pé ao lado dele, ajeitando a saia.

Harry, ainda especialmente provocativo, deu uma boa olhada no corpo de Hermione com aquela saia e blusa. Não podia negar que ficara belíssima daquela maneira. Muito mais do que outras centenas vulgares dentro daquele mesmo pub.

- Então diga-me – instigou, apoiando metade do corpo na mesa dela, olhando-a enviesado. Hermione não arriscava a encontrar seus olhos. – Além de me perseguir no meu próprio trabalho, bisbilhotar nas minhas missões e dar palpites na minha vida, agora você também invade meu espaço de diversão?

Sentindo os dentes rangerem de raiva, Hermione suspirou e voltou-se para ele. Parado daquela forma, meio jogado, meio desleixado, a mulher sentiu que o desejo por ele aumentou. "Ponha-se no seu lugar, Hermione! Esse homem era seu melhor amigo! Agora é apenas um homem arrogante!", pensou, ralhando consigo. Era a bebida, só podia ser ela.

- Não persigo ou bisbilhoto ou dou palpites e muito menos invado o seu espaço, Potter! Aprenda que a minha vida deixou de girar em volta da sua há muito tempo! – retrucou raivosa, enquanto notava a expressão despreocupada e quase zombeteira dele.

- Então você tem uma péssima maneira de demonstrar – ele disse, postando-se de pé novamente, ficando perto do corpo de Hermione. – Agora, só para te avisar, creio que aquela confusão te interesse...

Quando Hermione pensou em perguntar do que ele estava falando, seus olhos e ouvidos foram guiados a uma leve aglomeração no canto do bar. Todas aquelas sensações de Nicholls para Harry fizeram-na perder a lucidez do que realmente acontecia à sua volta. Dando um último olhar para o auror, a mulher começou a andar, tentando passar no meio das pessoas.

Com extrema dificuldade, encontrou o foco da confusão. Hermione reconheceu alguns funcionários do Ministério tentando apartar a aparente briga. Alguns aurores e espiões de Harry e Draco. Chegando mais perto ainda, notou que havia um destaque vermelho no meio da confusão.

Hermione meteu-se de forma a ficar do lado de sua amiga. Gina estava com a boca entreaberta, para não dizer completamente aberta, como se tivesse tomado um grande susto. Ao chegar onde os olhos da Weasley estavam postados, Hermione segurou uma vontade imensa de gargalhar.

Draco Malfoy e Justin Williams estavam entrelaçados em socos e pontapés, enquanto outros tentavam afastar um dos outros. O lábio inferior de Malfoy estava sangrando furiosamente, e o nariz de Justin estava igualmente ensangüentado. Olhou para Gina de volta, na esperança de que ela explicasse que raio de coisa havia acontecido ali, mas a ruiva devolveu-lhe um olhar confuso.

Assim que conseguiram afastar os dois loiros, Hermione sussurrou para Gina tomar a chave de seu carro e levar Justin para o apartamento dele, e ainda avisou sobre a tarefa de Nicholls. Gina agradeceu e, no meio daquela confusão de gente, retirou Justin do alcance furioso de Draco e retirou-o do pub. Logo em seguida, o dono do bar veio e intercedeu, mandando Malfoy retirar-se dali imediatamente.

A bruxa ainda correu até sua mesa para pegar seus pertences antes de pegar um táxi que a levasse de volta para seu apartamento, mas sua bolsa já não estava mais lá. Ficando incrivelmente preocupada, tornou-se para todos os lados à procura e então a viu flutuar. Esticando suas mãos para pegá-la, alguém a puxou de volta.

Seus olhos fixaram nos de Harry por mais uma vez naquela noite e, desta vez, havia apenas raiva neles.

- Quer fazer o favor de me devolver isso, Potter. – disse ela, o tom de voz bastante aborrecido.

- Eu te dou uma carona até sua casa, Granger, e lá devolvo a sua bolsa...

Sem entender o porque daquela atitude idiota e estúpida dele, Hermione colocou as mãos nos quadris, profundamente de saco cheio com tudo aquilo, e disse:

- "timo, fique com ela de presente então, eu pego um táxi. – e deu as costas.

Mas então, a voz dele alcançou seus ouvidos num tom sensual.

- E como você pretende pagar o táxi?


A viagem fora de apenas alguns minutos até a sua casa. Entretanto, emocionalmente, Hermione estava esgotada. Tudo que desejara para sua sexta-feira havia acontecido o inverso. Especialmente acabar sentada naquele banco de passageiro, acompanhada por nada menos que seu ex-melhor amigo, o famoso Menino-Que-Sobreviveu, Harry Potter. Se pudesse explodiria o carro naquele instante. Ele andava tão devagar que parecia estar fazendo de propósito – coisa que ele, de fato, estava.

Harry olhou de esguelha para a mulher ao seu lado, tomando algum tempo maior em suas pernas delineadas naquela saia. Desde quando sentia tão forte atração por ela? Era óbvio que ele já se sentira atraído por ela inúmeras outras vezes, até porque, Hermione era uma bela mulher. Mas após a sua reaparição naquela semana no Ministério, tudo tem sido diferente. Era como se a sua presença já o incomodasse. Seria tão mais fácil se continuassem como inimigos, brigados ou como quiserem chamar. Seria mais confortável definitivamente. Mas será que seria realmente mais fácil?

Parando o carro à frente do prédio, Harry desligou-o e retirou a chave do contato, tornando-se para a jornalista. Aquela que um dia fora sua melhor amiga, agora o olhava como se fosse uma estranha. De alguma forma, isso não parecia afetá-lo até naquele exato instante. Recordou tantas vezes passadas em que costumavam ficar conversando dentro daquele carro, trocando experiências do mundo do trabalho, de seus relacionamentos pessoais e de tudo que girava em torno de suas personalidades, construídas de alguma forma, com a influência do outro. Porém, agora ele sabia que naquela noite, Hermione subiria até seu apartamento, daria graças que ele a deixara em paz e ainda faria como se nada tivesse acontecido. Não que ele não preferisse também ficar afastado dela, mas é que eram naqueles momentos que o deixavam mais em dúvida ainda do porque de sua briga. E isso costumava tirar o seu sono naquela semana.

- Não espere que eu te agradeça.

Harry saiu de seus devaneios e encontrou Hermione séria e cheia de aborrecimento, dirigindo-se a ele daquela forma. Isso o deixou irritado igualmente.

- Ao contrário do que pensa, Granger, não esperava um agradecimento – replicou. – Mas eu tenho um objetivo. Esperava falar com você na semana que vem, mas vamos logo direto ao assunto...

Hermione ergueu suas sobrancelhas, imaginando o que viria a seguir. Harry estava com aquele olhar quase assustador que dirigia para Charles Hale, e anteriormente até mesmo a ela. Contudo, não iria desviar de seus olhos nem por um instante.

- Eu quero que desista desse trabalho.

A mulher segurou a respiração, ainda sem entender. Se ele fosse capaz de repetir, continuaria sem assimilar. Harry Potter estava pedindo que ela desistisse de algo? Que ela simplesmente esquecesse que aquela era a sua carreira em jogo, seu sucesso e sua plena felicidade como uma profissional? Aquilo era um sonho se realizando, a primeira jornalista na história da Inglaterra a acompanhar os mais secretos objetivos e missões do Ministério da Magia!

- Acho que não ouvi direito... – engasgou, murmurando.

Harry ajeitou-se no assento do carro e olhou mais seriamente ainda para a mulher.

- Quero que desista dessa idéia maluca de trabalhar junto a mim, no meu território, com os meus companheiros de trabalho – repetiu, mais explicitamente dessa vez. – Não posso suportar tê-la ali comigo, trabalho ao meu lado, Granger. Fazíamos isso quando não sabíamos quem éramos realmente e o que significávamos um para o outro. Talvez existisse uma química incrível entre nós dois no passado, mas não existe mais. Ela desapareceu há muito tempo, especialmente a partir do momento em que não conseguimos mais nos manter na mesma sala sem que as palavras que trocamos há um ano e meio voltem à nossa cabeça – Hermione pensou em interromper, mas Harry não deixou. – Nós fomos amigos um dia, significamos algo um para o outro no passado, mas isso ficou para trás. E se eu digo para você que quero um adeus definitivo, é porque eu realmente quero!

Hermione ficou completamente sem resposta. Harry estava novamente repetindo coisas que falara anteriormente a ela, sem o menor pudor. Ele estava reabrindo feridas, e parecia estar contente em fazê-lo. Paralisada ficou por alguns instantes. No entanto, imaginar que ele pedia que ela abdicasse de tudo apenas pelo que passaram não era justo. Não era certo.

- Eu nunca vou desistir desse emprego, Potter! – respondeu nervosamente. – No começo pensei que era loucura, mas agora eu sei que eu necessito deste emprego para me livrar de você! Depois deste mês, eu pretendo e agora, aqui na sua frente, prometo, um adeus definitivo! Mas eu não vou desistir apenas porque você quer isto!

A face de Harry contorceu-se em nervosismo. Ela não estava ajudando.

- Tente entender! Você já imaginou que teremos de passar mais vinte dias nos atingindo dessa maneira?! Será conflito atrás de conflito! E você será a culpada disto, entendeu!

Os olhos de Hermione arregalaram-se.

- Os laços que eu tive um dia com você já foram desfeitos! Prefiro resistir a um mês de sofrimento e guerra e discussões do que passar o resto da vida com um fantasma seu me perseguindo!

Harry sacudiu a cabeça negativamente enquanto Hermione esbravejava.

- Eu disse! Sem Harry e Hermione, lembra-se?! Eu disse! – ele gritou em resposta, passando a mãos sobre a cicatriz em sua testa. – Já chegamos em um estágio bastante plausível para você desistir dessa idéia maluca!

- Prefiro resistir até além do meu limite Potter! Agora, se você não é capaz, sinto muito, mas eu sou! Fraco!

O verde dos olhos de Harry tomou uma coloração escura ao ouvir Hermione. Ficando alguns segundos calado, apenas analisando aquilo, ele apontou o dedo no rosto da mulher e disse:

- Tornarei esses trinta dias seus os piores trinta dias que já viveu!

A porta do carro abriu sozinha num impulso barulhento e Hermione soube que aquela discussão já havia chegado ao limite. Dando seu passo para fora, ela retrucou antes de deixar o carro completamente.

Ela não soube se Harry havia notado ou não as lágrimas que se formavam em seus olhos, mas também não ligou.

- Os seus serão piores que os meus, posso te garantir!

E num passo, deixou o carro e bateu a porta fortemente. Harry arrancou com o carro, cantando pneu, e Hermione abraçou a bolsa contra o peito. Como as coisas poderiam piorar para ambos?


Nota da Autora (2): Sei que demorei bastante para colocar este capítulo, mas tive meu aniversário (agora oficialmente capaz perante a lei, nada como a maioridade hein!), estou tirando minha carta de motorista, saídas, aproveitando férias e finalizando capítulos da minha série. Agora, então, já aviso que as atualizações serão mais e mais longas, desculpem! Mas é a volta para a faculdade, é pegar no batente de novo! Huhuhu!

Nota da Autora (3): Este capítulo é dedicado a Gabi (menina! Nos conhecemos há pouco tempo, mas você já é uma graça de pessoa! Agora é festejar o nosso amado shipper e nossas parcerias em site hein!) e também a minha Anjinha, ou como é conhecida aqui a Den Chan, pelo seu aniversário dia 23 passado! Adoro vocês garotas!

Nota da Autora (4): Agora novamente os agradecimentos:

Dani Potter: Opa, bomba com Harry James e Hermione Jane?! Será?! Querida, você falando assim até parece que eu sou maligna! Que maldade... Mas olha só, aqui não há nenhum esquizofrênico ou esquizofrênica! ;)

Bellinha: Mini Rowling foi engraçado demais Bellinha! Nossa, morri de rir aqui, juro! Mas o bom da J.K. é que ela, ao menos, é só virar a página do livro... Peninha que comigo não dá! Huhuhuhu!

M-Chan: Ai, suas reviews enormes me deixam sem graça minina! Eu não sou tudo isso não! É só sorte, acredite! Huhuhuhu! E sobre o Rony, bem, ele é um homem como qualquer outro, mesmo que não há mais nada ou sinta mais nada, sempre as lembranças ficam – e me refiro às sexuais! Huahauhauhauahua!!!

Nani: Estúpida?! Estúpida até que é uma boa definição! Mas o Harry tem seus motivos, como a Hermione também tem os seus! ;)

Céfiro: Carro funerário mesmo viu! Nem te conto, eu estava morta no final do semestre! Agora volta tudo de novo, não quero nem ver... Terrível... Por que as férias acabam tão rápido?! chorando

Xianya: Hahahaha!!! O pessoal parece que gostou do Rony galinha! Eu adorei, porque eu gosto dele muito, mas acho que na maioria das fics H², todos tendem a colocá-lo meio idiota ou bobo e tal... Aqui eu o coloquei bastante "espertinho", se é que me entende... huhuhuhuhu!

Gaby: Olha, estou tentando acelerar as coisas como posso, mas como disse, agora volto à faculdade e à rotina! Mas espero que continue gostando! ;)

Jéssy: Hahuahuahuahuahaua!! Amor reprimido e mão boba não é uma combinação muito agradável! Mas é verdade, ele tem seus problemas não resolvidos com ela, sejam eles de ordem de amizade ou amoroso...

tlw-veronica-e-ned: Safado?! Coitado gente! Ele só passeou as mãos pelos braços e pelas costas dele... Isso acontece diariamente no mundo moderno Angie fazendo careta

Maiara: 'Brigadinha pelo elogio! Posso garantir que vêm mais cenas como esta daqui para frente. Mas as cenas um pouquinho mais, como eu diria... calientes... huauahuaahua!!

Dark Angel: Mamys! Faz tanto tempo que eu não falo com você não é?! Já estou com saudades! Mas olha, eu fico pensando o que é que passa na cabeça de vocês, porque você já não é a primeira a falar que a cada capítulo eu acabo com as idéias... Estou ficando confusa! Hauhahua!! Ti doluu!! XD

Gabi: Cenas com "muito mais do que um simples rancor"??? Hahuahuahauhauhahua!! Muito boa essa sua definição telida! Bom, esse capítulo é para você! E espero que eu continue te surpreendendo né! torcendo torcendo

Fernanda Mac-Ginity: O.O Caramba! Sério mesmo? A cena do elevador?! Nossa, então eu espero que você se derreta nas próximas! Huahauhauhau!! ;P

Lo26: LORIIII!!!!!!!!!! Aeeee!!!!!!!! Finalmente você leu a PDNE! Adorei que você tenha lido! também, depois de eu tanto pegar no seu pé né Ai, mas fico tão contente que você tenha gostado! É uma outra forma de escrita, acho tão mais difícil escrever H/H do que H/A.... hehehehhee mas continue acompanhando querida!! Te adoro demaaaisss!! brinde

mynnf: Oiiii!! Olha, sobre o beta-reader, eu já estou com a M-Chan, mas nossa, muito obrigada mesmo por você se propor a ser viu!!! Obrigada mesmo! E continue acompanhando! ;P

Lillith1: A fic eu pretendo que tenha cerca de uns 20 capítulos... Até porque, ela está sendo mais como uma diversão do que uma fic que eu me empenhe por inteira, como a minha série... Mas logo logo o segredo é revelado! ;)

Madam Spooky: Mais uma falando das teorias! risos Eu quero mesmo revelar logo o quê houve de errado, juro! Mas quando aparecer, garanto que pode bater com muitas idéias aqui viu!

Karen Farallinha, como vc mesma criou...rs!: Por que "como eu mesma criei"?? Fiquei confusa dona Ká! Huahuahauhauhauha!!! Bom, aqui chappie minha querida!!! Leia e divirta-se! E sobre a "Olho", logo que eu terminar eu mando pra você betar o capítulo viu! Que bunitinhuuu!! E sobre a faculdade aí, eu não sei do que você está falando rolando os olhos e disfarçando XD

Mione G. Potter RJ: Obrigada mesmo viu! Continue lendo e espero que continue gostando! Hihihihihihi!!

Karen13: DONA KAREN!!!! eu vi a Kaka, eu vi a Kaka Minha nossa senhora, que review de bêbada foi essa?! Geninha?! Prodígio?! Me senti o Robin agora... bleehh!! Hauhauhauha!! Como eu já respondi naquele seu e-mail, VOCÊ VAI GOSTAR DO MEU DRACO! E, além disso, vai também vibrar para que ele não se ferre no final! Pode ser ensebado e o quê você quiser, mas ele está mesmo muito cômico aqui! Huahuahauhaua!! Ow, sobre a betagem, eu já achei tantos erros... mas fazer o que não é? Agora o problema está resolvido... huhuhuhu!! E por final, EU TAMBÉM TE ADORO MUITO MESMO VIUUUU!!! A próxima oportunidade que eu tiver de ir pra aí eu fico o dia todo te atazanando!!! Hauhuahuahaua!! brindando

Lígia: A nossa auto-trocação-de-informações não pode acabar hein! Ainda temos muito chão pela frente! Boa sorte de volta à faculdade viu! Ti adoroooo!! Beijinhos!

Nota da Autora (5): Nossa senhora, agora chega! Até eu cansei! risos No próximo capítulo, muita diversão no primeiro final de semana do mês de Hermione. Ela embarca para a Grécia com o Justin e acaba recebendo a visita agradabilíssima de alguns conhecidos. E tudo regado a muito absinto! Beijinhos para todos e até a próxima!