Capítulo IV
Devaneios Cruéis
XXX
Minutos antes do acontecimento...
Kamus resolveu que daria um intervalo em seu treinamento. Mu e ele mantiveram-se entretidos no treinamento desde o primeiro raio de sol atingir a planície gramada do local, iluminando cada pequeno pedaço da beleza matinal, como haviam combinado.
Tal beleza o irritava! Tudo por culpa daquela maldita! Caçoava de seus sentimentos! Fingia que aquele era apenas mais um dia feliz na execrada e caótica vida terrestre. E ela assim o fizera, um dia belo, como exigia o esplendor de sua imagem, a satisfação cruel de ter finalmente punido uma traidora. De tê-lo feito perder a única pessoa em quem sabia que podia confiar. A única que o entendera apenas com um olhar. A única mortal a quem Kamus defenderia com sua vida, além de Athena.
Deveria ser estritamente proibido que Poder tão grande fosse retido por pessoa tão cruel! Os Deuses não deviam ser reverenciados por seu nascimento, como mais uma forma discriminatória de excluir pessoas que nunca terão status, exemplificando assim, ou quem sabe, justificando as injustiças ocorridas no mundo devido a classe social. O poder devia ser dado à pessoas simples e merecedoras. Como sempre pregara os conceitos de boa vivência, ou ética, que os seres humanos tanto prezavam, ou os Deuses supostamente recompensavam.
Na prática, fora provado a Kamus que Deuses não são figuras paternais que demonstram imenso amor por seus "filhos", e que a probidade sequer era vista com bons olhos pelos Deuses quando esta pode afetar os interesses do mesmo ou até pô-los em risco. Deuses eram uma farsa! Apenas mais tiranos para mandarem e desmandarem no mundo mostrando a supremacia que possuíam sobre as reles e insignificantes vidas mortais!
Lograr, ludibriar, aplicar a demagogia, ou vai saber que outro nome isso tenha... Não o interessa! Ele apenas é capaz de ver a prática neoliberalista se fazendo presente ali, exatamente como todo o soberano ou ser que se diz superior faz. Prega arduamente a liberdade sobre o seu destino, a hegemonia divina ofertada aos homens, que no entanto, não passava de meros argumentos para ter sob suas vistas a raça que desprezavam. E o que mais o doía saber é que ele fora um dos engodados por tais promessas, fazendo sempre o possível para agradar os Deuses.
Kamus sabia que lutar contra aquela amaldiçoada seria difícil. Ainda mais sozinho. Isso não era uma causa nobre como as que lutara por Athena, era mais um impasse pessoal, completamente peculiar à sinistra divindade e a ele! Sabia que não poderia contar com sua fiel armadura de Aquário para tal, nada mais além da sua astúcia, cosmo, força e principalmente, sua alma.
A ética disfuncional fabricada pelos Deuses não lhe permitia usar sua fiel amiga... Ela apenas poderia ser usada para proteger a Athena, mais uma Deusa. Sua sina parecia sempre estar relacionadas a adoração de figuras! Caíra em si, mas ainda assim continuava a sua "entusiástica" proteção a um ser considerado sacro. Na opinião dele, não sacro, mas um saco!
Todos, sem exceção, eram criaturas egocêntricas e narcisistas, cuidando da sociedade por mera piedade ou algum ataque temporário de bondade, até que seus temperamentos volúveis viessem a inverterem suas conjeturadas benevolências, tornando-os seres monstruosos e devastadores, que em sua ira, sentem com intensidade a porção dos sentimentos considerados odiosos que exercem direta influencia sobre suas ações que pões em colapso e submissão as esperanças traídas mortais. Totalmente neoliberais, os malditos! Achando-se donos dos seres humanos!
Os homens eram inferiores demais para serem respeitados... Fracos e corruptíveis em demasia... Tolices! Na opinião do Aquariano, um Deus é um ser inferior aos humanos! Incapazes de viver sem seus poderes e veneração humana aos pés deles, além de certo controle sobre a situação, embora não por completo, já que por mais que os Deuses lutassem, sempre estariam nas mãos envelhecidas e lentas do Destino, que se mantém implacável e imparcial a disputa constante entre a vida, virtudes, vigor e conhecimento. Eternos, entre Deuses e mortais, justamente por sempre haver um alguém que exatamente como ele, descobre os reais acontecimentos e pensamentos de seres tão... Tão... Mesquinhos!
É verídico o fato de que, em outros tempos, Kamus daria um braço ou uma perna pelas intenções afáveis e de total bom-grado para com todos provenientes dos Deuses. Acreditava piamente nas intenções sempre retas dos Deuses quanto aos mortais merecedores, exatamente como ele. De fato, afirmar que ele era merecedor, não era nem um pouco modesto da parte dele, contudo, era uma verdade absoluta como nenhuma outra se permitiria ser.
Fora separado da sua irmã um ano mais nova, ainda quando criança, para que fosse treinado para servir a Athena. Sentiu-se honrado quando soubera sobre a função que exerceria e se foi, prometendo a Caprice que voltaria para buscá-la e viveriam juntos para sempre. Só que quando retornara, Caprice havia desaparecido sem nem ao menos deixar rastros. Admitia que sofrera com isso. Quando ela parara de responder suas cartas semanais 2 meses após sua partida, ele não pensou que fosse porque ela havia sumido e sim por qualquer outro motivo. Poucos sabem e admitem que o coração humano é fraco a esse ponto, de não crer em algo evidente, que desfila com seus fatos bem em frente a sua face, se isso pode de qualquer forma conspurcar sua integridade sentimental, funcionando como um sistema de auto-proteção, pondo toda sua fé em uma certeza inexistente, na qual no lugar mais profundo e hermético de seu âmago sabe-se que é apenas uma doce mentira...
Kamus sabia, sempre soubera... Contudo, achava que a os Deuses ainda conspirariam para que encontrasse sua irmã, um dia... Redondo engano. Principalmente agora que sabia que era perseguido por eles, que provavelmente a separação dos irmãos foi promovida propositalmente.
No entanto, obviamente, não se achava merecedor simplesmente por ter sofrido na vida. Sabia que não era o primeiro ser humano e nem o último a ter uma historinha triste e sofrida para contar na velhice, se ousasse chegar a tanto como um cavaleiro servindo a Deusa. Ele se considerava como um homem reto por nunca haver feito nada que pudesse desagradar aos Deuses, sempre seguira as ordens de Athena e seu modo de ser, era simplesmente considerado um dos mais íntegros entre os Cavaleiros, juntamente com Shaka.
Abdicara até mesmo do que gostava de fazer somente para servir, abdicara da capacidade de sentir, da vontade de amar, dos prazeres mais simplórios da vida que possivelmente pudesse desviá-lo do seu intuito de servir e submeter-se a toda a espécie de ordem vinda de Athena. Como um soldado obstinado, que jamais foge da luta, que conhece suas obrigações e deveres. Também por temor, devia admitir. Simplesmente para jamais sofrer punições tão severas dos Deuses, seguindo suas vontades. Mas do que adiantara? Perdera sua juventude toda servindo àqueles que hoje só queria vê-lo destruído!
Contudo não ruiria como o povo sempre fazia ao se revoltar contra seus governantes! Talvez anteriormente o tivesse feito, entretanto agora ele não devia! Ele simplesmente não podia! Ele tinha de cuidar da pequena Kamila, que agora estava em suas mãos! Por mais que ele fosse um homem totalmente negligente ao cuidado de uma criança ou que não tivesse meramente ciência de como o faria.
- Chateado, Kamus? –Uma voz feminina veio do meio do arvoredo, um pouco antes deste terminar-se e iniciar-se a pequena trilha de terra batida até o riacho.
- É você, Deusa traiçoeira? –Kamus perguntou ao nada, procurando pela origem da voz baixa, doce melodiosa e buliçosa. Seu timbre imprimia visivelmente sua irritação e ira. O jovem olhou ao redor, um tanto desesperado, afinal, não podia atacar um inimigo que não pudesse ver, ou nem ao menos ter a certeza de sua presença. Principalmente pelo fato de poder ser apenas uma forma espectral da mitológica Deusa que tanto lhe desagradava.
- Há, há, há! –A voz riu sarcasticamente da incerteza dele, como um verdadeiro paradigma de sua crueldade para com os mortais- O que procuras fazendo círculos ao redor de si? Cavar tua sepultura?
- Isso é uma ameaça? – Kamus perguntou um tanto ressabiado, fitando o topo das árvores, ao ouvir as vozes vindo de algum ponto lá em cima, sentindo o cosmo quente e um tanto matreiro vindo de lá.
- Não! –A voz respondeu atrás de si, havendo o deslocamento do cosmo um tanto rápido demais- É um modo de dizer: Eu te amo!
Kamus voltou-se para direção da voz, contudo, antes que pudesse fitá-la, sentiu braços frágeis e femininos puxando-lhe o pescoço, em direção aos próprios lábios. Era isso o que ele havia entendido? A Deusa iria beijá-lo? Ela só podia estar ficando louca! Ou melhor, ela era totalmente desatinada, pelo simples fato de ter matado sua amiga, alguém que amava aos extremos, e agora dizer que estava a amá-lo.
Ela não o podia beijá-lo! Ele não queria que sua pureza fosse roubada por alguém tão indigno quanto ela. Jamais teria sua primeira forma de expressão roubada por um ser tão vil! Esperara tempo demais para tudo acabar assim...
No último momento, quando quase podia sentir a maciez dos lábios femininos, virou seu rosto ligeiramente, de forma que ela apenas tocasse sua bochecha naquela pequena carícia e somente sentiu quando a suavidade dos lábios lhe atingiram a pele alva, molhando a ligeiramente, conforme a moça passava a língua vagarosamente.
- É... Parece que tu não sabes apreciar o amor que uma sacerdotisa pode oferecer-te. –A jovem disse afastando-se do francês e empurrando-o ao chão, ao que o aquariano finalmente pode atinar a situação- De qualquer forma não estou aqui para divertir-me.
- Sacerdotisa? – Kamus perguntou ainda confuso enquanto fitava a figura alta, de longos cabelos loiros e cacheados em suas pontas, olhos azuis brilhantes, como o céu que predominava naquele dia. Ar de anjo maroto, na pequena face juvenil, de formas bastante distintas e definidas. Trajava um vestido branco, com mangas longas, de um tecido leve como o algodão ao vento. Traje costumeiro das sacerdotisas que serviam diretamente aos Deuses- Então aquela covarde não foi capaz de vir até aqui me enfrentar e mandou um simples serviçal?
- Serviçal, não! Olhe o respeito! –A moça respondeu parecendo realmente ofendida com a menção que ele fez, ignorando o olhar confuso do belo homem que permanecia sentado no chão, somente fixando seu olhar nela- Sou uma sacerdotisa! A principal, para dizer a verdade! Chamo-me Elyon e tenho um recado para ti. Se falares mais alguma besteira arcarás com as conseqüências!
- Ok, sacerdotisa. –Kamus respondeu pouco disposto a replicar, mesmo por quê, se o começasse não a pouparia de seu extremo mal-humor. Queria saber, de qualquer forma qual era o recado da maldita, queria ter certeza de que ela lhe declarava guerra. A confirmação de seus mais profundos temores, jamais admitidos- Estou te ouvindo. Qual é o recado?
- Por que achas que vou lhe contar a troco de nada? –A garota disse dando de ombros, no mínimo devia estar vingando-se pelo que ela considerou uma ofensa.
- Bem, creio que tenha vindo aqui para me dar um recado, ou seria precipitação minha crer nisso? –Kamus perguntou levemente irritado, erguendo levemente a sobrancelha, evidenciando o quanto achara seu comentário triunfante, ou no mínimo cortante.
- De fato apenas vim para dar-te um recado, mas não tens se mostrado merecedor deste! – Elyon respondeu olhando-o com ar de incredulidade, talvez ainda não acreditasse que ele foi capaz de resistir à sua insinuação quanto a uma pequena demonstração venal de sua parte- Trataste-me como uma reles serviçal, ignorando o quanto uma sacerdotisa deve treinar para chegar até este posto tão merecido. Seria o mesmo que chamar-te de aspirante a cavaleiro!
- Tá bem, já entendi! –Kamus devolveu, sem paciência alguma para aturar os chiliques de uma sacerdotisa em crise existencial. Com tremendo sarcasmo e impaciência forçou um pedido de desculpas desajeitado- Perdon moi! Contente?
- Muitíssimo! –Elyon respondeu com escárnio, dando pouca importância ao pedido real, sorrindo triunfante apenas pelo fato de tê-lo feito dobrar-se e lhe rogar o perdão... Não exatamente rogar, mas o fato dele ter pronunciado tais palavras já a fizera sentir-se bastante auto-suficiente.- Mas ainda não negociamos o que ganharei em troca do recado, não?
- O que você quer de mim, sacerdotisa? –Kamus perguntou franzindo o cenho levemente, um tanto apreensivo com o tal pedido que ela lhe fizera, embora mostrasse completa segurança em seu semblante e jamais fosse admitir estar uma tanto nervosos com aquela situação.
- Kamus de Aquário, eu apenas quero toi! –A sacerdotisa respondeu insinuante, deslizando uma de suas mãos pelos cabelos revoltos dele- Este é o meu preço!
- Você só pode ter surtado! –Kamus disse indignando-se e levantando-se do chão rapidamente por onde estivera nos últimos minutos, afastou-se da moça, ainda perplexo, fitando-a como se ela sequer passasse de um inseto asqueroso, que na opinião dele, era o que ela era- Acha que me venderia a uma sacerdotisa por tão pouco? Veio com a mera missão de me informar sobre uma imposição da Deusa intransigente ao qual serve e não para conseguir um homem para sua vida patética!
- Não sejas tolo, Aquário! Tua preciosa amada já não pertence mais a vida. –Elyon disse olhando-o como quem repreende um aprendiz, com dureza e certa hostilidade diante do resultado não esperado- Deve estar a dormir o sono dos que não mais podem alçar o vôo esplendoroso da vida. Não tens mais ninguém além da jovem Kamila. Sabes no entanto, que um dia ela te deixará e cumprirá o destino que já lhe foi traçado. Ficarás sozinho, sem ter os braços calorosos de uma mulher onde repousarás tua cabeça depois de uma batalha árdua. E nem ao menos terás quem cuidar de teus hematomas e feridas. Estarás na amplitude de seu leito, apenas sentindo o grande vácuo entre tua alma e teu mundo, entre teus sentimentos e um senso comum! Por que se ficares contra a Deusa recusando minha oferta de amor, não haverá mais sequer um ser capaz de amar-te como eu me disponho. Porque tu, Kamus, és aquele nascido para o nada, para lutares as batalhas que não pertencem-te, para morreres pelas crenças que sequer são tuas. Não és outra coisa além de um capacho dos Deuses, usando-te como marionete para decidir qual o capricho fútil deve predominar.
- E você com certeza está aqui porque se importa comigo, quer meu bem estar e me dar a chance de provar o que é amor? –Kamus perguntou cético, seu tom imprimindo tal sentimento visivelmente- Claro! Daqui há alguns minutos, você também me afirmará que a terra é quadrada, que Einstein não morreu e que Hitler foi um ser divino, caridoso e piedoso, que nas horas vagas matava judeus por amor ou convicção hippie, em busca da paz e amor, que era um movimento sequer implantado na época!
- Estou a entregar-te uma das oportunidades que a Deusa tem a oferecer-te e ainda recompersar-te se entregares o que a ela pertence por direito! –Elyon respondeu com seriedade fingindo não ter reparado no tom descrente ou mesmo na ironia cruel dele- Disponho-te nada além do amor mais puro e mais elevado que poderás possuir, diferente desses carnais que não estão a durar muito.
- Eu não a amava deste modo! Eu amava aquela mulher como se ama uma irmã ou uma prima. –Kamus protestou perante as insinuações claras da sacerdotisa metida. Iria argumentar com ela, ela não tinha o direito de vir até ele a jogar-lhe disparates na cara como se fosse verdades absolutas naquele maldito ar de superioridade, que nem de longe ela estava a impor- Não interessa a você ou a Deusa se realmente procuro um amor verdadeiro, porque vocês apenas querem algo que eu possuo e que sabem que não entregarei facilmente! Sua proposta é absolutamente ridícula! Nem ao menos tem a certeza de que algo que eu realmente queira seja um amor! Nem de longe é uma proposta vantajosa para mim.
- O que queres dizer com isso, Verseau? –Ela perguntou franzindo o cenho, um tanto intrigada pelas palavras dele. Parecia pronta a atacá-lo caso ele mencionasse de alguma forma algo que a pudesse ofender.
- Apenas quis dizer que sua proposta ou tentativa de seduzir-me veio num momento muito oportuno para a Deusa. –Kamus disse com um olhar inquisitivo, um tom completamente acusativo, no estilo de promotor do Estado em um último julgamento- Afinal, seria muito mais fácil para Ela me ter sob seu olhar atento e sob seu controle, garantindo que eu não fosse roubar de volta o que tanto quer! Não há recado nenhum, não é mesmo? Apenas veio até aqui para tentar me seduzir e ter controle sobre mim! O plano era esse desde o início! Esperavam que eu fosse obtuso o suficiente para não perceber, certamente.
- Ok, ok! –Elyon levantou as mãos aludindo aos caubóis do Oeste Americano em rendição- Ponto pra ti! Percebeste a intenção de minha Senhora! Confesso que não foi um dos planos mais elaborados, mas existem homens que sequer podem ver um par de pernas para não estarem a correr atrás de mulheres. Verseau, és um homem minimamente digno de certo respeito, afinal de contas, resististe a tentação da carne.
- Sacerdotisa, ousou tentar tirar vantagens das fraquezas humanas. –Kamus riu desdenhoso da tentativa frustrada da jovem- Porém esqueceu-se de que o Cavaleiro do Gelo fora treinado para chegar o mais próximo do aspecto desse mesmo elemento. Sou imune a desejos carnais, necessidades primárias humanas como fome ou frio, porque eu me abstive de cada uma delas, caso contrário não poderia me denominar Senhor do Gelo! Eu, minha cara sacerdotisa, sou mais que um homem que serve a um Deus, sou mais que um mero mortal que apenas briga por objetivos fúteis...
- Uaaaaaah... –A sacerdotisa fingiu um bocejo, levando as mãos ao lábios e olhando–o entediada. Depois fingiu um sorriso embaraçado, com um ar sarcástico- Oh, desculpe! Interrompi teu discurso absolutamente manjado e decorado de ante-mão? Devo ter estragado tua entrada estratégica moral, não? Que pena não poderes terminá-lo, depois de no mínimo três horas decorando-o!
- Mesmo que realmente o fizesse, nada me impediria de ficar aqui relatando-o para as árvores! Não precisaria ter você como ouvinte, pois tenho certeza de que qualquer uma delas seriam mais digna de minha atenção que você! –Kamus respondeu indo em frente, tentando desconsiderar a presença da sacerdotisa e seguir no que fazia antes da chegada dela.
- Claro, Verseau! –Elyon respondeu dando de ombros com um sorriso- Consegui te irritar. Isto já me basta! Tenho a resposta que a Deusa desejava! Declaraste guerra a Ela no momento em que desprezaste minha oferta! És tolo, meu caro! Mas se estivesse na tua degradada, estilhaçada e servil pele de Cavaleiro, começaria a dar mais atenção ao que me cerca.
- O que quer dizer? –Kamus perguntou um tanto confuso com as ultimas palavras dela, mas sem abster-se do seu ar altivo.
- Que estás a descuidar-te de teu mais precioso tesouro, français! –Elyon redargüiu num sorriso satisfeito por ter provocado a curiosidade dele, seu olhar superior parecia estar subjugando-o- Ou achas saudável ter tua criança nos braços do homem mais promíscuo do lugar? Em um abraço parecendo um tanto libidinoso! Tisc, tisc! Esperava mais de tua inteligência, Verseau!
- Está dizendo tolices! –Kamus respondeu tentando impor firmeza em sua voz, contudo a dúvida o assaltando! Do que aquela desprezível sacerdotisa tinha conhecimento que ele não tinha. Kamila está com ele a menos de um dia! Não era tempo o suficiente nem mesmo para que a criança tivesse feito amigos- Kamila está muito bem e debaixo de minhas vistas!
- É mesmo? –Elyon perguntou venenosamente, com os olhos brilhando em malícia- Então tu sabes com toda a certeza de que neste exato momento ela está envolvida pelo braços de um certo Scorpion... Ou que algo realmente atroz está a acontecer entre este Cavaleiro e sua petit, não?
- Desparates! Tolices! Como você preferir chamar estes monte de excrementos que saem de sua boca! –Kamus disse realmente irritado, parecendo perder seu tom frio habitual e deixando de súbito sua raiva fervilhar. Está certo que Milo é um tanto promíscuo, mas daí a tentar seduzir uma criança! Era um absurdo sem pé nem cabeça! Ele é um Cavaleiro que prega em nome de Athena e da justiça, que seria incapaz de fazer coisas assim!
"É, mas isso nunca impediu nenhuma de suas aventuras!" Uma voz irritante veio e falou do fundo de sua consciência, como quem responde as dúvidas em seus pensamentos ao respeito da índole do grego. "Não seria apenas mais uma de suas loucuras pra provar a ele mesmo a própria masculinidade? Será que Milo estaria tão desesperado a ponto de recorrer a uma criança? Não! Não podia ser! Ou podia? Será? Ele teria essa capacidade?"
- Excrementos? Ora, ora! És um mortal que nem ao menos sabe xingar! –Riu-se Elyon de tal constatação, aproximando-se dele e tocou-lhe o queixo- És mesmo assim tão perfeito, mounsier? Se fores, desejaria de todo coração que fosses esperto o suficiente para ir agora em busca de tua sobrinha e livrá-la do grego maníaco!
- Vá embora, Sacerdotisa! –Kamus pediu a ela impaciente e irritado pelas dúvidas que ela implantara em sua cabeça- Já fez bagunça demais com meus pensamentos! Implanta dúvidas arbitrárias quanto a realidade, tentando me induzir a questionar a integridade de um de meus companheiros para que eu participe dessa guerra sozinho! Mas não há risco de que eles venham em meu socorro, porque essa guerra é minha! E ninguém enfrentará por mim as batalhas que me pertencem!
- Claro... –Elyon concluiu com um tom irônico, zombeteria como sempre- És demasiadamente orgulhoso para deixar que sacrifiquem-se por ti. Contudo, teu orgulho idiota e tua crença desesperada na justiça, estão a vedar teus olhos para realidade. Perdeste completamente a malícia no comportamento humano do qual um cavaleiro jamais pode perder. Humanos são imprevisíveis, possuem caráter duvidoso e pensamentos indignos. O instinto de auto-proteção ou de atitude consiste apenas na consciência que possuem, e esta é guiada pelos desejos e impulsos um tanto caprichosos de cada um indivíduo dessa espécie. Se tiveres a metade da inteligência que estimo que tenhas, deixarás de tolices e irás até tua preciosidade e constatar a veracidade do que digo!
Kamus deu-lhe as costas, devia admitir-se minimamente tocado pelo que a sacerdotisa lhe informara e confessava que isso o chateava. Como seu âmago podia se sentir por menos que seja, tentado a crer nas palavras ferinas do inimigo? Como podia deixar-se envolver pelas teias de seda de palavras tão cruéis e sagazes da jovem? Cruéis, sim! Mas havia um certo sentido ou verdade no que ela dizia. O ser humano era dominado pelos instintos e desejos, por mais fúteis ou inadmissíveis que estes pudessem ser. Principalmente este ser específico de quem falavam. Milo era decididamente um inconseqüente!
Os homens de hoje em dia realmente não se importavam com compromissos, namorar em casa e toda essa coisa antiquada a qual os franceses tradicionalista como ele pregavam. Kamus era a favor do relacionamento à moda antiga. Com direito a palavras doces e mãos dadas, sorvete e brincadeiras, beijos de baixo da torre Eiffel. Hoje, o que se via naquele belo ponto de Paris, era apenas casais e mais casais de turistas, vestidos pateticamente com aquelas grandes blusas de algodão floridas e sua grandes máquinas negras de fotografia profissional a tiracolo, com uma mulher do lado tão ridícula e sem glamour quanto o primeiro, bem mais preocupada em piscar para os jovens franceses, esquecendo-se do laço que a unira em matrimônio com o homem que prouvera aquela maldita viagem, onde este homem chegaria ao fim desta com "a cabeça semelhante a um pára-raios"... Como Aldebaran costumava dizer, com suas gírias brasileiras um tanto... estranhas.
Claro que tal concepção romântica não era dirigida a si próprio. Ele não era capaz de amar. Ele não podia amar! Achava bonito essa coisa romântica do namoro. Valorizava mais o amor inocente humano. Ao menos nisso essa raça desprezível mantinha ou tentava manter o ar primordialmente belo do amor que se perdera com o tempo e o tornara puramente capitalista. Afinal, os namorados se preocupavam mais em presentear-se, impressionar com seu poder aquisitivo ou posses, até mesmo comprar um amor... Algo inconcebível, valores morais mudavam a todo momento, conforme a moda ditada pela elite. Sabia que a maioria seguia essa moda bastante confusa e até mesmo antiquada, só que sabia que sempre existiriam aqueles que não se contaminariam com essa sujeira... Que ainda acreditaria nos valores morais.
No entanto, decididamente Milo estava impregnado nesse modismo. O escorpiano tinha mais affairs que qualquer um que conhecia. Era uma pessoa diferente a cada noite, e às vezes não apenas uma... Milo era promíscuo, como Elyon dissera, guiado pela consciência, ou a falta dela. Kamus não sabia exatamente.
Milo era do tipo que apenas procurava sexo. Uma noite e mais nada, sem sentimentos, delírios ou direito a uma segunda dose. Milo era de tudo e de todos pertencia ao mundo, mas ao mesmo tempo não sabia se entregar ou pertencer a alguém. Dedicar seus sentimentos derradeiros a uma só pessoa devia ser algo inimaginável, porque Milo não sabia amar. O sentimento alheio era subalterno para o grego, tudo com que se importava era com seus próprios, um principio ativo que jamais o permitiria amar, doar-se por inteiro a um ser. Egocêntrico até a raiz. Devia acreditar que o mundo era todo construído para ele, como uma criança mimada, que jamais aprendera a ceder, apenas a ganhar.
Sexo fácil... Já ouvira falar em uma teoria sobre... pedofilia que citava uma das causas como o desejo de falta de compromisso. Sexo fácil! E onde encontraria mais facilidade se não em uma criança?
Crianças não compreendem o que é sexo. E os pedófilos não tem qualquer necessidade de tentar conquistá-las, já que não seria tão complicado como para com um adulto manter um relacionamento ou algo que pudesse induzir ao sexo. E isso era tudo o que importava aos pedófilos, maníacos sexuais como o Milo. Sexo sem compromisso.
Só que idiotas assim, sequer se preocupavam com o bem-estar da criança, sua sanidade mental, sua inocência perdida... Como alguém podia ser capaz de traumatizar anjos como esse por meros impulso sexuais? Como podiam esquecer-se dos princípios realmente importantes e vitais da existência e dobrar-se indignamente a algo tão sujo? Como?
Será que Elyon dizia a verdade? Milo tentaria mesmo algo de tão baixo calão? Tão repudiável como isso?
Kamus se alarmou, e olhou em volta, procurando por Elyon. Só que ela havia desaparecido tão misteriosamente que quando chegara. O deixara só com suas dúvidas que sabia que haviam sido provocadas por ela. Maldita sacerdotisa! Ou seria abençoada? Se o avisara, talvez ainda houvesse tempo de salvar sua petit.
Kamus correu, imprimindo toda a velocidade que podia, como se sua vida dependesse daquela corrida para salvar a si próprio. Sabia que seus músculos reclamariam depois de treinamento tão puxado, como eles estavam fazendo, com pequenas fisgadas em sua perna, puxando cada fibra o máximo que podia, como se a estivesse querendo romper.
Kamus parou de súbito com a cena. Ele não podia estar realmente vendo aquilo! Sua respiração falhou, sua garganta se negou a pronunciar qualquer coisa e sua pressão sanguínea era praticamente nenhuma. Sentiu seu corpo parar, seus olhos se arregalarem perante tal cena tamanha a incredulidade.
Kamila estava sendo enlaçada por aquele maldito... maldito... Ele sequer tinha palavras ruins o suficiente para expressar sua opinião sobre o homem que sempre tratara como igual. Os braços fortes do grego a abraçavam forte e a pequena correspondia. Que espécie de estratagema aquele imbecil teria usado para atrair a sua pequena e dócil afilhada até seus braços? Ele sabia que Kamila não corresponderia se sentisse-se ameaçada. O que? Como?
Uma lágrima indomável caiu de seus olhos, quase que automática, como se tivesse vontade própria. Mil coisas passavam por sua cabeça, como em mais um redemoinho de emoções e sensações que giravam em estonteante velocidade, fazendo com que ele ruísse levemente perante tantos pensamentos. Inconscientemente começara a imaginar o que ele poderia ter visto se chegasse um minuto mais tarde... Ele a estaria beijando? Tirando-lhe a inocência pueril? Que espécie de monstro era aquele homem?
Milo a soltou do abraço e apenas fitou-a por um instante. Kamus sabia qual seria o próximo passo do grego. Um maldito beijo libidinoso! Mas ele não deixaria! Ele impediria! Era a integridade de sua sobrinha que estava sendo ameaçada!
Elevou seu cosmo ao máximo e apontou em direção ao escorpiano, em completa fúria, com desmedida inconseqüência. Tudo no que conseguia pensar era naquele maldito sentimento que assolava seu coração. Doía em sua alma, quase como uma dor física no lado esquerdo de seu peito. Essa dor se propagava diretamente por todos os seus poros, como se fossem sensações irrefreáveis incapazes de sumir devido a sua intensidade, como uma verdadeira tsunami de sentimentos. Era como se estivesse passando um furacão dos ventos mais frígidos e mais quentes, reunidos em sua imensa força no centro, provocando assim aqueles fenômenos devastadores. Tão quente quanto as lavas no centro da Terra, provocado pela ira. Contudo, por fora emanava frieza ao congelar o grego que um dia fora seu amigo... Amigo. Um homem assim, jamais fora seu amigo... Não sendo capaz de tal atrocidade!
- MILO! –Sentiu que finalmente conseguia imitir algum som depois de tanto repudiar a ação do grego. Inquiria a razão do escorpiano fazer aquilo, pois sua mente ainda não encontrava uma resposta. Não acreditava que aquilo acontecera daquela forma. Ele não queria acreditar. Só que os fatos que ele presenciara eram evidência maior. Jamais quisera matar um companheiro de batalhas, só que não tinha outra escolha a fazer perante as evidências. Inegáveis e inflexíveis, como ele podia ver- SEU PEDÓFILO! O QUE FAZ COM A MINHA SOBRINHA?
Milo já não podia mais responder. Provavelmente estaria em seu último suspiro, rogando as Deuses que lhe perdoassem todos os seus pecados, arrependendo-se amargamente de ao menos ter cogitado algo com uma criança. Kamus sorriu, sorriu com uma felicidade doentia, como um louco faria ao fugir de um manicômio, ou um pássaro engaiolado, ao fugir de sua prisão, enquanto contemplava o corpo de Milo recrudescer na forma mais castiça da água, que certamente o ajudaria a purificar-se dos pecados. No fim das contas, ainda lhe fizera um favor. Talvez tivesse sido bom e m demasia... Quem sabe não deveria tê-lo feito arcar com as conseqüências perante a Deusa? Provavelmente teria sido mais humilhante para ele. Mas no final de contas teria perdido a vida, pois sabia que a Deusa não o daria uma pena menor que a morte.
Ele viu, através da crosta, o homem fazer um último esforço e abrir seus olhos. Kamus riu de uma forma maligna que sequer sabia que podia fazer. Era um riso preso e forçado, como o canto de um pássaro engaiolado. O riso da tristeza, da incompreensão e do ódio. Não se sentia feliz por matar o ami... o companheiro de batalhas, contudo haviam coisas que não se pode meramente negligenciar e fingir que não se vê. Queria que a humanidade pensasse tão energicamente quanto ele. Pelo menos todos empenhariam suas forças para que nem mais um homem passasse fome. Bela utopia francesa. Liberté, égalité, fraternité! Idéias que ele não poderia deixar de herdar devido a uma influência patriótica.
Kamus apenas parou ao sentir Kamila puxando suas vestes, exigindo um pouco de sua atenção. A menina parecia aflita e assustada.
Outra pessoa teria sentido-se tocada ao ver o medo impresso nos olhos verdes da menina. Mas estamos falando de um cavaleiro de gelo, melhor, do mestre do Gelo, Kamus, o cavaleiro de ouro da casa de Aquário, portanto, se ele se sentiu tocado, mesmo que no ponto mais profundo e escondido de sua alma ou do seu coração, que a grande maioria das pessoas acreditava já ter virado um cubo de gelo, não demonstrou. Sabia que não seria peculiar de sua personalidade se o fizesse. A menina estava pálida, tão branca quanto as espumas do mar, os olhos verde-esmeralda, estavam turvos atingindo um tom opaco e pouco luminoso, um tanto diferente do que costumava ser, já que ela emanava vivacidade. Seus gestos eram bruscos, atropelando-se em meio as silvos que ela tentava emitir, mas não passavam de meros sons abafados, como se ela engolisse as próprias palavras na pressa de falar. A menina ainda devia estar muito assustada com o ocorrido.
- Por quê? –A pequena finalmente balbuciou, depois de alguns segundos a contemplar, ainda indecisa de Kamus a Milo. Sua voz não era maior que um sussurro e seu tom tão leve e escasso quanto uma brisa quente no inverno- O senhor... Matou ele... Por quê, oncle?
A menina carregava muito mais na pergunta do que a simples vontade de saber o por quê daquilo. Ela quase inquiria uma resposta, enquanto seu olhar se tornava duro, tão pesado como ele jamais vira nos olhos verdes que só costumavam carregar adoração dirigida a ele. A frieza em mescla com aquela ponta de decepção, foi algo que desestabilizou o belo aquariano. Naquele segundo ele começou a duvidar se realmente valera a pena matar Milo. A vida daquele espúrio não valia o olhar que a pequena lhe lançara. Como ele podia ter conquistado a criança? Ainda mais com atitudes tão... tão... repulsivas?
CONTINUA...
N/A: Gostaria de expressar aqui, primeiramente minhas desculpas aos leitores. Sei que prometi esse capítulo para mais de 2 semanas atrás. Só que, como avisei na parte de reviews, minha banheira fu! Ainda não está consertado, mas estou tentando sobreviver com ele assim. Infelizmente minhas notas também não cooperaram (fiquei com 6 em Física), estou oficialmente de castigo! Que belo, não?
Sei também que esse capítulo não serviu muita coisa pra dar continuidade pro outro... Não tentem me matar! Eu sei o que é isso! Eu já sofri nas mãos da Cassandra Claire, autora de Draco Sinister fic de Harry Potter. Ela faz a mesma coisa, só que melhor! Mas pelo menos vocês já sabem o por quê do Kamus sair matando o Milo. E também conheceram a Elyon...
Pretendia colocar mais coisa no capítulo, mas Sini disse que ficava melhor assim. E foi o que fiz. Sini é um ser crucial nas minhas decisões autorísticas.
Bem, quem acompanha minhas fics de Harry Potter (Sim, Sini estou falando de você!), sabe bem que eu não dou ponto sem nó. Toda fic minha tem um misteriozinho por trás. O que será que o Kamus "roubou" de uma Deusa? Quer dizer, deve ser sério já que a mulher tá querendo a cabeça dele a todo custo!
Se der tudo certo, no próximo capítulo teremos nossa primeira ceninha mais forte! Mas não vão se animando... Eu não garanti que vai ser Kamus/Milo... Eu posso muito bem inventar um casal completamente non-sense e fazer o Kamus ou o Milo pegá-los se agarrando. Bem, só aguardando pra saber.
E antes de terminar... Gostaria de deixar clara a minha repulsão por esse negócio de se findarem as songs e a resposta a reviews durante a fic. Eu pretendia inclusive colocar songs no meio da fic, mas pode deixar que quando eu tiver vontade de fazê-lo vou avisá-los da forma que eu farei (pensando em algo que burle a regra).
Quanto as reviews, elas serão respondidas no blog da minha amiga Sini: www ponto sinistra ponto negra arroba uol ponto com ponto br (desculpe, dar o endereço assim, mas tá ferrando o resto do meu texto, então achei essa saída emergencial!)
Toda a certeza continuarei respondendo as 12 pessoas que comentam (e ainda coloquei um número pretensioso...), vou tentar postar também na parte de Submit Reviews, mas não garanto que consiga, pois meu pc fica muuuuuuuito lerdo quando passo lá... De forma que vocês tenham certeza de que respondi.
Este é o momento em que mais preciso do apoio de vocês. Acreditem, já pensei em parar essa fic devido a falta de disponibilidade de tempo. E que autor nunca pensou? Eu a continuo apenas por respeito a vocês meus queridos (e também por que amo Milo e Kamus, seria uma falta de respeito deixar Kamus longe do traseiro do Milo! Eles merecem ter essa fic concluída!)! Por isso, se vocês realmente acham que essa fic merece continuidade, please, review! É importante saber que mesmo com minhas notas medianas (as primeiras de minha vida acadêmica toda!), os trabalho intermináveis, a Tia Naíra tentando ensinar até as nossas unhas a estudar mais, uma outra fic inacabada de Harry Potter que acabou parando no ranking de mais lidas (olha a responsabilidade! Tenho até medo de escrevê-la e decepcionar alguém, às vezes), vocês estarão aqui pra me apoiar. Acho que todo ser humano precisa de uma palavra amiga de vez em quando! Então review! Nem que seja pra me mandar parar de uma vez, ao menos terei forças para superar a mim mesma cada dia mais!
Não estou dizendo isso para que tenham pena de mim e comentem. Acho que vocês, como leitores, tem total direito de saber o motivo dos meus atrasos, pois é muito difícil deixar de cumprir minhas palavras! Mal fiz 16 no dia 18 de maio e os deveres caíram sobre minha cabeça, me deixando pouco tempo pra diversão (amo escrever! Isso nunca será uma obrigação pra mim!).
Beijos as pessoas que comentaram o cap 3: Sinistra Negra, Flávia, Cardosinha, Nana Pizani, Kitsune Youko e Ilia-Chan. Gente, a resposta de suas reviews estão no blog da Sini, devido a minha incompetência pra fazer um, eu sou uma analfabeta em informática. Se quiserem me ajudar a fazer um... E também a quem leu e não comentou! Amo todos vocês, simplesmente por dispensarem algum tempo a mim... Desculpe o desabafo, mas não me contive, estou passando por uma fase ruim...
Bem, posso não responder reviews aqui na nota, mas nada me impede de falar abobrinhas... Se quiser dou dica de maquiagem também... Agora dica legal: Leiam "Sangue e Vinho" que a Sini ajuda a escrever e "Ensina-me a Viver" da Nana! Viu? Fui útil! Mas pra quem não acredita (minha irmã, no caso) tenho várias serventias. Se não acreditem, vejam só: Se sou ruim em tudo que faço, ótimo, porque ao menos de mal exemplo eu sirvo!
De qualquer forma: APERTÕES NO TRASEIRO DE VOCÊS!
