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Capítulo 5
No sábado à noite, Walkyria colocou um vestido cor de sangue, com um decote bem ousado, salientando seus seios. Por cima, vestiu uma capa preta e saiu ao encontro do Lord das Trevas na Mansão Riddle.
Voldemort estava sentado em uma poltrona aparentemente bem confortável. Seus olhos vermelhos brilharam quando Walkyria entrou na sala. Ao seu lado, quatro bruxos mascarados.
— Walkyria Bathory, seja bem vinda! Continua tão linda quanto antes!
Ela fez uma reverência.
— Sente-se.
— Obrigada.
— Pensou na minha proposta?
— Sim.
— E então...vai resistir?
— Impossível resistir. O senhor sabe que, desde a época de Paul, nosso clã está ao seu lado.
— Eu tinha certeza disso...você não iria me decepcionar. – sorriu.
— E quanto às reuniões, terei que comparecer a todas?
— Não, talvez em algumas. Temos que ter cuidado, pois aquele velho gagá é muito espertinho...
— Tem razão.
— Mas fique tranqüila. Tenho uma maneira de lhe manter sempre informada das minhas decisões.
— Mesmo? Como?
— Tenho um aliado dentro de Hogwarts.
— Não me diga! Quem é?
— Não vou lhe dizer...quero que descubra! – ele olhou para o lado, indicando os comensais.
— Hum...entendi...é um deles.
— Sim. Quero ver se pode reconhecê-lo.
— Adoro isso! Vamos ver... – levantou-se e foi se aproximando de cada comensal, olhando nos olhos de cada um (que era a única parte do corpo que ficava à vista).
— E então, descobriu?
— Para falar a verdade, reconheci dois de seus comensais.
— Dois? Então fale!
— Um deles é Lúcio Malfoy. Há muito tempo eu o não via...Desde aquele tempo das festas entre os comensais, lembra?
— Sim...eram ótimas aquelas festas, nos divertíamos muito!
— Bem...o outro... – deu um sorriso sarcástico – Desconfiei desde a primeira vez que o vi: Professor Severus Snape.
— Muito bem Walkyria. Sua percepção continua afiada como sempre. – olhou para os dois comensais. – Vocês, podem tirar suas máscaras.
Snape tirou a máscara e deu um sorriso amarelo para ela. Lúcio Malfoy se aproximou e beijou-lhe a mão.
— Fico feliz em revê-la Madame Bathory. – disse olhando-a nos olhos.
— Bem...vocês ainda terão muito tempo para conversar. – disse Voldemort. – Agora preciso ficar só. Tenho coisas para fazer. E...quanto à festa – olhou para Walkyria – vou marcar a data, aguarde.
Snape e Walkyria voltaram juntos para Hogwarts. Ele não deixou de reparar no modo como ela estava vestida. Prestou atenção nas curvas e na textura da pele de Walkyria. Sentiu novamente vontade de tocá-la.
Chegando na masmorra, em frente aos seus quartos, Snape, que ainda permanecia calado, falou:
— Precisamos conversar.
— Então entre. – Walkyria abriu a porta de seu quarto.
Snape entrou e fechou a porta. Se aproximou dela e encarou-a seriamente.
— Quais são suas reais intenções, Madame Bathory?
— Você não entendeu? Achei que tivesse sido clara na reunião da Ordem.
— Quer que eu acredite que vai fazer jogo duplo? Sinto muito, mas não confio numa vampira...
— E você? É um comensal da morte, quem diria!
— É diferente.
— Claro que é diferente! Eu entrei como aliada daquele monstro no passado praticamente obrigada por meu primo, ao contrário de você que, pelo que pude perceber, foi de livre e espontânea vontade...
— Isso é um assunto particular, não lhe diz respeito.
— Ah, claro... E como espera que eu confie em você?
— Pergunte a Dumbledore e saberá se é verdade.
— Sinceramente...eu penso que um vampiro é muito mais confiável que um comensal... – falou em tom de desafio.
Ele se aproximou bem dela e segurou-a fortemente pelo braço. Estava tão próximo que Walkyria podia sentir a respiração dele.
— Olha aqui...madame...meta-se com a sua vida e... cuidado...vou ficar no seu rastro.
Ela sentiu um calor e sorriu. Seus olhos estavam brilhando. Passou a língua entre os dentes e sorriu novamente com malícia.
— Hum... se ficar me segurando assim por mais um segundo não vou conseguir me segurar... – disse Walkyria olhando-o nos olhos.
— O que vai fazer, me morder?
— Morder? Você sabe que não posso...mas, um beijo não é proibido... – disse olhando para os lábios dele.
Snape ficou pálido com o que ela disse. Largou no instante seguinte o braço dela. Virou-se rapidamente e saiu.
Capítulo 6
Depois daquela noite, Snape passou a evitar contato com Walkyria. Começou a jantar em sua sala. Sentia-se estranho. Aquela brincadeira deixou-o completamente desconcertado. Continuava vigiando-a mas sem se aproximar. Apenas se encontravam nas reuniões da escola e da Ordem da Fênix. Não podia negar para si mesmo que sentia alguma atração por ela. Mas não poderia acontecer nada...além de ela ser uma vampira, era casada!
Por sua vez, a cada dia que passava, Walkyria se sentia mais atraída por Snape. E Klaus? Ela não estava nem um pouco preocupada com seu marido. "Ele casou comigo porque quis!" – dizia para si mesma. "Todos sabem que vampiros e vampiras não são adeptos da monogamia! Klaus terá que se conformar...mas...também...ele não precisa ficar sabendo!"
Segunda-feira à noite Snape foi a uma reunião dos comensais. Voldemort decidiu fazer uma festa de Halloween e pediu que Snape convidasse Walkyria. Quando ele chegou a Hogwarts, depois da reunião, foi até o quarto dela.
— Boa-noite, Snape. – sorriu para ele – Entre.
— Tenho um recado do Lord das Trevas para lhe dar. – ela fechou a porta. – Ele pediu que a convidasse para a festa de Halloween.
— Eu já esperava por isso...
— Parece que não gostou?
— Sei como são essas festas, e não posso recusar, você sabe.
— Então, posso confirmar a presença do casal de vampiros para a festa? – perguntou num tom irônico.
— Casal? Não, meu marido Klaus não irá à festa. Irei sozinha.
Snape olhou com curiosidade, mas não perguntou nada. Walkyria continuou.
— Só uma coisa, Snape. Prefiro que não conte nada ao meu marido. Klaus não entenderia e nem aceitaria. Acredito que você deva saber como são essas festas e...Klaus é extremamente ciumento...
— Ele é tão ciumento e permitiu que viesse dar aulas numa escola tão longe, como pode?
Ela deu um sorriso sarcástico.
— Eu não pedi a permissão dele para vir dar aulas aqui. Eu comuniquei, simplesmente. E isso não é o problema para ele. O que ele não suportaria é me ver com outro homem.
— Entendo...
— Não sei como continuo aceitando tudo isso...é contra a minha natureza...vampiros são livres... – ela ficou quieta, pensativa.
— Eu vou indo, preciso mandar a confirmação para o Lord das Trevas. Esteja na noite de Halloween na minha sala exatamente à meia-noite para irmos juntos para a festa.
— Estarei lá pontualmente.
Capítulo 7
Estava quase na hora marcada de Walkyria se encontrar com Snape para irem à festa. Ela estava um pouco ansiosa, pois não tinha idéia do que Voldemort iria inventar para aquela noite. No passado ela sempre ficava ao lado de Paul que, bem ou mal, a protegia. Desta vez não teria Paul. Klaus também não estaria ao seu lado... O que iria acontecer? E se alguém tentasse torturá-la ou matá-la? Ela estava disposta a enfrentar todos os desafios. Respirou fundo e se dirigiu à sala de Snape.
— Boa noite, Snape.
— Entre – ele a olhou disfarçadamente, reparando como ela estava vestida. Ela usava um longo vestido negro, de veludo, com uma abertura lateral na saia que mostrava sua perna direita. A parte de cima do vestido era tipo frente-única, deixando suas costas totalmente à mostra e na frente, um pequeno pedaço de tecido cobria uma parte de seus seios. Deixou seu cabelo solto e colocou uma sandália preta de salto bem alto. Resumindo, ela estava extremamente sensual. – A senhora chegou um pouco cedo. Sente-se. – Ele tentava desviar o olhar. – Aceita uma bebida?
— Não, obrigada.
— Eu vou acabar de me arrumar, fique à vontade. – Ele foi até o seu quarto, penteou os cabelos e colocou sua capa. Parou por um segundo em frente ao espelho para ter certeza de que estava bem vestido. Não estava muito diferente dos outros dias. Estava todo de preto, deixando só as suas mãos e seu rosto à mostra, nada mais.
Ele voltou para a sala e novamente seu olhar, por mais que tentasse disfarçar, seu olhar novamente estacionou em Walkyria. Ela estava sentada no sofá, perto da lareira, olhando o fogo. Parecia perdida em seus pensamentos. Estava totalmente distraída.
— Vou preparar a chave de portal.
Ela se virou e olhou para ele. Apesar de ele estar vestido como sempre, com o mesmo tipo de roupa, Walkyria achava-o atraente, mesmo ele cobrindo quase todo o corpo com suas roupas.
Snape pegou uma xícara e colocou em cima da mesa. Apontou a varinha para ela e disse:
— PORTUS! – ele transformou a xícara numa chave de portal. Olhou novamente para ela e falou: — Temos que tocar ao mesmo tempo. Pronta?
— Sim, vamos.
Eles chegaram numa ante-sala. Se dirigiram a uma imensa porta de madeira e entraram no salão de festas. Não havia muita decoração, pois Voldemort não gostava muito de enfeites e bobagens. O lugar era bem amplo, com algumas mesas e muitos sofás espalhados pelas laterais. As janelas eram grandes, cobertas com cortinas na cor cinza. No fundo da sala havia um grupo de músicos esperando a hora de começar a tocar. Não havia nada no centro, pois era reservado para as danças. Voldemort estava sentado em sua confortável poltrona, num ponto bem estratégico, onde poderia observar cada canto da sala.
— Acho que todos os meus convidados principais já chegaram. – disse olhando para seus comensais e para Walkyria. – A noite vai ser muito divertida. Terá música, dança e muitos trouxas para nós nos divertirmos. – deu uma risada.
Todos aplaudiram. Ele continuou a falar.
— Além desses divertimentos que todos já conhecem, temos uma convidada muito especial, a nossa nova aliada: Walkyria Bathory. – todos olharam para ela. – E, para comemorar, gostaria de convidá-la a dançar a primeira música de nossa festa.
— Será uma honra, Mestre. – disse fazendo uma reverência, sorrindo.
Bellatriz fez uma cara de quem não gostou. Normalmente era ela, ao lado de Lúcio Malfoy que abria as festas com a dança ritual. Malfoy até parecia gostar da idéia, se aproximou de Voldemort e Walkyria e, beijando a mão dela, disse:
— Será uma honra para mim também, Milorde.
Voldemort olhou para ele e falou:
— Desta vez será diferente, meu caro Lúcio. Quem irá acompanhar Madame Bathory esta noite será Severus Snape.
Malfoy olhou com desprezo para Snape e deu as costas sem dizer nada. Snape estava um pouco afastado daquele pequeno grupo de bruxos que estava ao redor de Voldemort. Estava distraído, bebendo e com seus pensamentos perdidos olhando pela janela. Ao escutar seu nome, se aproximou de seu Mestre para saber do que se tratava.
— Me chamou, Mestre?
— Distraído, Severus? – deu um sorriso irônico – Quero que acompanhe Madame Bathory durante esta noite, começando pela dança ritual de abertura.
Snape arregalou os olhos, surpreso. Olhou para Walkyria e logo após para Voldemort. Respirou fundo e respondeu:
— Como quiser, Mestre.
— Então vou mandar nossos queridos trouxas entrarem para dar início à festa.
Snape se aproximou mais de Walkyria e os outros bruxos se dispersaram, ficando os dois a sós. Ela notou uma expressão diferente em Snape. Não sabia se ele estava ou não gostando da situação. Ela estava não só aliviada, mas visivelmente ansiosa para que a festa começasse. A noite prometia inúmeras delícias...
— Podemos conversar um pouco, madame?
— Claro.
— Presumo que a senhora saiba como é a dança ritual, não?
— Sei sim. Na época de Paul, dançamos algumas vezes...
— E...quanto...as regras...sabe quais são? – era difícil para ele falar a respeito, não olhava nos olhos dela.
— Sei muito bem.
— Então...
— Faremos o que tiver que ser feito, não se preocupe. – Ela sorriu. – Será...um prazer!
Snape olhou para ela e não respondeu, ficou sério. Estava pensativo, preocupado. As regras de Voldemort não eram tão cruéis para os bruxos, mas, às vezes, se tornavam um tanto constrangedoras. A festa começava com o casal principal dançando, depois esse mesmo casal deveria ficar unido durante a noite inteira. Era obrigatório fazer sexo logo após a dança e ainda participar das seções de torturas e maldições que seriam aplicadas aos trouxas. E o casal desta noite era Walkyria e Severus.
Os trouxas entraram no salão e Voldemort deu início à festa. Os músicos começaram a tocar uma música num tom lento e macabro e o casal escolhido foi para o centro. A dança era uma espécie de tango, com passos muitos sensuais. Os corpos dos dois ora se colavam ora se separavam. Walkyria girava e Snape a puxava novamente para mais um passo sensual. A perna dela, quando estavam unidos, ficava entre as pernas dele. Ela deu outro giro e Snape a segurou com seu braço esquerdo fazendo-a quase que deitar e com a outra mão alisou o corpo dela desde o pescoço até o ventre, com firmeza e desejo. Todos olhavam fixamente para o casal dançando.
A música terminou. Outros bruxos e alguns trouxas foram para o centro dançar. A festa havia começado.
O calor que envolvia Snape e Walkyria era quase que visível. Ele segurou-a pelo braço e a levou até um canto da sala próximo a um sofá. E, sem dizer nenhuma palavra, encostou-a na parede e começou a beijar, alisar e mordiscar Walkyria. Sua mão percorria todo o corpo dela. Ela não respondia, só gemia baixinho. Ele segurava-a com firmeza, empurrando seu corpo contra o dela. Walkyria afastou um pouco Snape e abriu o botão que segurava a parte de cima de seu vestido, liberando seus seios para Snape continuar. Ele admirou-os por alguns segundos, alisou-os e a sua boca não demorou muito a querer sorver aqueles perfeitos, brancos e macios seios de Walkyria. A mão dele desceu pela perna dela e segurou a saia do vestido e puxou para cima. Ergueu o corpo dela, fazendo com que as pernas dela se entrelaçassem em sua cintura. Olhou nos olhos dela com desejo e encaixou seu corpo de uma só vez no de Walkyria. Eles gemeram. A música que tocava naquele momento era mais rápida e ele aproveitou. Movimentava seu corpo, empurrando contra o dela, no mesmo ritmo. Os olhos dela reviraram e ela gemeu forte. Teve seu primeiro orgasmo. Snape pegou-a no colo, e carregou-a até uma mesa que estava próxima. Deitou-a na mesa e continuou a possuí-la, movimentando-se um pouco mais rápido e empurrando seu corpo com mais força. Sua mão segurava na cintura dela, puxando-a contra si. Ele deu um grito alto e deixou seu corpo cair sobre o dela.
O clima da festa estava esquentando. Muitos cantos do salão já estavam preenchidos por bruxos e trouxas se esfregando e fazendo sexo. Era praticamente uma orgia. Lúcio Malfoy se apoderou de duas trouxas para se satisfazer. Voldemort também se divertia, além de algumas trouxas hipnotizadas, havia duas bruxas extremamente lindas e sensuais ao seu lado. Mas isso tudo era só o começo...
Snape e Walkyria sentaram-se no sofá por um momento e beberam uma taça de vinho.
— O que vamos fazer agora? – perguntou Walkyria.
— Temos que continuar a divertir o Lord das Trevas...temos que escolher um casal de trouxas e...
— Entendo... – olhou para os trouxas que dançavam no centro do salão. – Que tal aquele casal com a trouxa de vermelho?
— Tanto faz...pode ser.
— Eu começo, ok?
— O que vai fazer?
— Você verá!
Walkyria se levantou e pegou sua varinha. Apontou para a trouxa de vermelho. Era uma mulher loira, com cabelos lisos e compridos, magra e baixa. Usava um vestido curto vermelho. Walkyria lançou raios com sua varinha em direção à ela. As roupas da trouxa se rasgaram e ela ficou nua. Ela gritou. O trouxa que a acompanhava abraçou-a. Era um homem gordo de cabelos castanhos. Walkyria sorriu sarcasticamente e apontou a varinha para ele.
— CONJUNCTIVITUS! – o homem ficou temporariamente cego e se afastou da moça. – Agora vamos, Snape.
Walkyria se aproximou do trouxa que estava cambaleando. Abraçou-o sem dizer nada como se fosse a mulher que o acompanhava. Ele, de tão nervoso, nem percebeu a diferença, se entregou aos braços da vampira. Ela o guiou até um sofá. Sentaram os dois juntos. Walkyria acariciava o homem, tentando acalmá-lo. Beijou-o. Ele sentia que algo estava diferente, mas não sabia exatamente o quê. Ela tinha o poder de confundir sua vítima, sem a necessidade de nenhum feitiço, pois era uma vampira!
— Vamos dançar. – Ela disse, puxando-o novamente para o centro do salão.
Eles dançavam bem abraçados. Ela se deixava tocar e ele nem percebia o que iria acontecer.
Snape se aproximou da moça, tirou sua capa e emprestou para ela se cobrir. Ela sorriu agradecida. Virou-se e não notou a expressão de satisfação no rosto de Snape. Ele lançou um raio luminoso em direção à moça que a fez levitar e imediatamente ficar de cabeça para baixo, deixando a capa cair no chão. Ela gritava. Os bruxos pararam o que estavam fazendo e começavam a admirar a cena, rindo. Snape se aproximou da moça e pegou sua capa.
A trouxa então ficou por um segundo quieta. Viu que iria acontecer ao seu namorado. Viu quando a expressão de Walkyria mudou e os dentes dela cresceram. A mulher gritou, gritou muito, mas ele estava hipnotizado, não escutou. Walkyria olhou para a trouxa, que estava desesperada, e deu um sorriso. Voltou-se para sua vítima, abraçando mais forte e passou a língua no pescoço dele. Ele gemeu, ficando excitado. Ela, então, cravou seus dentes no pescoço dele e começou a sugar o sangue. Ele ainda gemia, sentindo prazer. Ela sugava, sugava...até o fim...até ele não gemer mais...até ele cair no chão...o corpo totalmente frio...sem sangue...sem vida.
Os outros trouxas, neste momento, estavam todos paralisados, enfeitiçados. A trouxa que estava suspensa no ar voltou a gritar e estava ainda mais apavorada. Chorava, soluçava, vendo o corpo imóvel de seu namorado. Os comensais começaram então sua diversão. Lançaram nela uma enxurrada de maldições até que ela não suportou mais as dores e morreu.
A festa, a partir desse momento, se tornou uma sessão de torturas. Gemidos, gritos de pavor, choros e muito sangue invadiram o local. Mas...se escutava também muitas risadas...macabras...
A noite chegou ao fim. Eles retornaram em silêncio para Hogwarts. Olheiras, roupas sujas e um cansaço estava estampado nos rostos dos dois. A noite não havia sido agradável, exceto por um momento...que, infelizmente foi curto.
Walkyria foi dormir. Não disse nem "boa noite" para Snape...nenhuma palavra.
Snape entrou em seu quarto, tomou um banho e sentou-se em frente à lareira, pensativo. Toda vez que tinha que ir a esse tipo de festa ficava com insônia. Os momentos cruéis ficavam gravados em sua mente. Foi até a penseira e depositou todos os acontecimentos da noite...quase todos os acontecimentos... Apenas um ele queria que ficasse em sua mente, pelo menos por mais alguns dias...
