Giby- A minha querida hobbit que lê e comenta sempre as minhas histórias. Bem, este capitulo é dedicado a ti, pois querias conhecer a floresta.
Nianko- Vão ser precisos uns anitos para seres tu a pedires-me conselhos.
SadieSil- Muito obrigada, mesmo. Lol, agora estou a tentar escrever em inglês, não sobre o LOTR porque não sou capaz de tal coisa. Bem, mas alegra-me teres gostado das minhas histórias e vou ler as tuas também. Espera por uma review minha ;) Quanto ao grupo, vou ver. E mais uma vez, obrigada.
» O sol nasceu alegre, muito além da floresta. A sua luz entrou no meu quarto e acordou-me. Levantei-me e verifiquei que era ainda muito cedo. Poucos elfos andavam pelo palácio e tão pouco lá por fora. Achei que era uma boa oportunidade para explorar a Floresta tão misteriosa. Então abandonei o quarto e sai do castelo. Atravessei a ponte e caminhei pelo meio das árvores douradas. O chão estava coberto de folhas caídas, que pareciam feitas de ouro. Mas enquanto ia avançando as folhas iam desaparecendo e as árvores escurecendo. Até que fiquei encoberto pelo negrume da floresta. Não me lembrava dela assim quando tinha entrado. Mas também não penetrei muito nela dessa vez.
» Segui sempre por uma pequena estrada, muito estreita. As árvores à minha volta pareciam observar-me e por entre as folhas, pequenos olhos brilhavam na penumbra. Ouvia o piar das corujas, não muito longe de mim lá em cima. Ali elas não eram obrigadas a dormir de dia, pois lá era sempre de noite.
» Caminhei durante cerca de uma hora. Estava a ficar cansado, pois o caminho era muito irregular. Depois ouvi o correr da água. O som era um pouco abafado, parecia vindo de muito longe. Comecei a correr na sua direcção, corri durante muito tempo e não encontrava nada. E quando pensei em desistir, o som tornou-se muito forte.
» À minha frente corria um rio. Tinha águas muito escuras, quase negras. A minha sombra quase que não se distinguia naquelas águas. Estas eram fortes e turbulentas, e pareciam também muito fundas. Nas suas margens apenas crescia erva de cor cinzenta. Parecia morta. Não havia mais nada. Até as próprias árvores viviam afastadas cerca de três ou quatro metros.
» Vi ao fundo uma ponte. Aguentava-se forçadamente sobre o rio. Era uma ponte de madeira, estreita e não muito segura. Nada inspirava segurança, mas arrisquei, mesmo que isso me custasse a vida. Mal pus um pé em cima da ponte ela começou a balancear fortemente. Segurei-me e dei um passo, depois outro e depois outro. De repente abriu-se um pequeno buraco na ponte e atrás de mim todo o chão ia cedendo. Comecei a correr mas à minha frente o chão também cedeu. Fiquei parado por uns instantes e depois a ponte quebrou-se por completo e eu caí.
» O rio parecia ter vida própria e não me deixava vir à superfície. Puxava-me sempre para baixo. Comecei a sentir falta do ar. Tão depressa quanto caí, perdi os sentidos. E o rio levou-me. Levou-me para onde eu não queria ir. Levou-me para sítios desconhecidos. Acordei numa parte mais baixa dum rio. Tão baixa que até os pássaros poderiam andar ali. Olhei em volta. Estava mais escuro do que o habitual. À minha frente, erguia-se majestosa, uma estátua. Distinguia-se na escuridão pois era feita de pedra branca. E essa pedra, brilhava como as estrelas.
» Olhei atentamente a estátua e ela pareceu-me familiar. Era muito parecida com Gilraen. Brilhava intensamente. Era digna de adoração. Quase que se assemelhava à verdadeira senhora, bela e simples. Uma estrela na escuridão. Então decidi olhar além dela. E vi, atrás da estátua da senhora uma cidade em ruínas. Um grande palácio da qual só restavam algumas paredes inteiras. Casas arruinadas, cheias de heras e árvores em seu redor. Um rio corria pelo meio da cidade destruída, um rio negro como a escuridão, o mesmo rio que me arrastara. Ele saía triste e furioso da cidade. Nada, excepto as plantas, se aproximavam dela.
» Entrei na cidade e olhei o céu. Perguntei-me a mim próprio quantas horas teriam passado, quantos dias… A única coisa que sabia era que a noite já ia alta e as estrelas estavam a ficar cansadas, pois a sua luz era fraca.
» Comecei a sentir-me cansado. Não estava frio ali, não… A suave brisa transportava um calor confortador. Encostei-me a uma árvore e adormeci.
» Acordei com a luz do sol a bater-me fortemente na cara. Doía-me todo o corpo, como se me tivessem torturado durante a noite. Apesar das horas de descanso sentia-me fatigado como nunca. Mas não podia desistir. Tinha que procurar a Cidade da Luz. Não podia ficar ali. Estava perdido, completamente perdido e se assim continuasse provavelmente morreria.
» Levantei-me. E a Cidade, embora destruída continuava bela, mas não havia tempo para a maravilhar, tive que sair dali. Continuei a caminhar. Não encontrei nada durante horas, só escuridão. Comecei a sentir fome, e como que por magia encontrei uma planta com bagas comestíveis. Passei o resto do dia sem encontrar nada, absolutamente nada. O silencio começava a ser perturbador e começava a escurecer. Então, ouvi muito perto de mim uivos. Uivos de lobos selvagens, Wargs!
» Aproximei-me com cuidado, tentando não fazer barulho, mas o silêncio era demasiado e eles ouviram-me. O grande lobo chefe, enorme e cinzento olhou para mim e começou a avançar tão rápido como uma flecha. Foi impossível fugir. Ele tinha-me alcançado. Olhava para mim furiosamente e preparou-se para atacar. Olhei em volta… estava cercado…
» O grande chefe saltou…
