"A lua cheia..." - começou Ginny, e Draco levantou os olhos para ela.

"O quê tem a lua?"

"Ela é linda."

"E misteriosa. Tem tantas supertições sobre ela..."

Eles se beijaram.

"E desde quando você se interessa por supertições, Draco?" - perguntou ela, um pouco de acusação e um pouco de divertimento em sua voz.

"Eu não me interesso por supertições. Só comentei sobre elas porque você falou que a lua era linda. Mas e desde quando você se interessa pela lua?"

"Por causa de umas coisas que eu li. Dizem que a lua tem o poder de mexer e modificar as marés. E o nosso corpo é composto de 70 de água. Sendo assim, a lua também deve modificar alguma coisa dentro de nós."

Draco ficou em silêncio, olhando distraído para a mão dela.

"Para mim isso é bobagem." - disse simplesmente. - "A lua não passa de um grande satélite prateado e adorado por poetas e filósofos. Mas também é comprovado que não existe nada lá, somente rochas feias e cinzas."

"Você definitivamente não é um poeta."

"Sei dizer que você é linda. E que a lua é um satélite e hoje está cheia."

"Na verdade, Draco, é amanhã que a lua vai ficar totalmente cheia."

"E qual seria a diferença?"

"A diferença é que se a lua tem que mudar alguma coisa em nós, vai mudar amanhã. Amanhã é que vai ser o dia das transformações."

Eles ficaram em silêncio novamente.

"Só transformaria alguma coisa se você fosse um lobisomem." - murmurou Draco, mas Ginny não ouviu. Já estava dormindo.