O
sol acabara de raiar e Harry não pregara o olho, seu coração
estava acelerado e a ansiedade era muito grande. Afinal acontecera o
que Harry desejara mais do que tudo, naquela manhã,
finalmente, sairia da rua dos Alfeneiros. Deixaria a casa dos Dusley
e iria morar com Remo Lupin, um dos melhores amigos de Thiago Potter
e Sirius Black. Depois da perda dos dois, Lupin é a pessoa
mais próxima de Harry, como um tio que ele nunca tivera.
Harry
havia acabado de se formar na escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts.
Mas nesse ano havia algo de novo, e esse seria o oitavo ano. Os
formandos estudariam o ano letivo para no final realizarem uma prova
de coragem dependendo dos resultados os alunos sairiam desempregados
ou como funcionários de qualquer categoria do Ministério
da Magia.
- Harry! Harry! Desça já aqui.
Era Duda
seu primo que gritava feito uma mula. Um menino de aparência
repuguinante, pois o garoto de apenas 18 anos que pesava mais que
dois elefantes juntos.
Harry desce as escadas com o seu malão
e uma gaiola e dentro havia uma coruja branca, grande, e fofa, era
Edwiges, Harry percebe que no final da escada está Lupin.
-
Olá – exclamou para Harry.
- Olá. – Respondeu
Harry percebendo que Lupin tinha uma aparência bem melhor do
que na última vez.
- Boa Sorte Harry!
Harry se virou com
um ar de surpresa e percebeu o que sua tia Petúnia acabara de
dizer.
- Harry seu tio está indisposto por isso não
vai descer!
- Ah, tudo bem. – Disse Harry.
- Vamos –
Exclamou Lupin.
- Ah então tchau!
Harry despediu-se
desconfortavelmente e quando se dirigia a porta da saída ouve
uma voz meio rouca.
- Espere!
Era seu Tio Valter, Harry ficou
tão surpreso que quase levou um tombo.
- Espere! Quero lhe
dar algo!
Valter tirou de uma sacola uma pequena caixa de madeira
e segurou.
- Isto é uma caixa de charutos da família
quero que fique com ela... Feliz Aniversário!
Após
lhe dizer isto, subiu rapidamente antes que Harry pudesse
agradecer.
Ao sair Harry percebeu que parado na rua havia uma BMW
conversível preta, um carro de trouxas. Harry entrou no carro
sem dar um pio, estava muito pensativo. E ao mesmo tempo surpreso,
era a primeira vez em 17 anos que os Dusley lembravam de seu
Aniversário. Sim! Naquele 31 de Julho Harry completava 18
anos.
- Parabéns! - Exclamou Lupin.
- Ah obrigado –
retrucou Harry rapidamente.
- Perdoe-me, mas só lhe darei
seu presente no meio do ano letivo.
- Não precisa...
- É
claro que precisa. – disse Lupin com rispidez.
- Notei que você
está meio sem jeito – disse com um sorrisinho em seus lábios
minúsculos.
- Não é isso! – respondeu Harry
– só estou pensativo. A propósito, onde estamos?
-
Ah é, esqueci de lhe dizer – dando mais uma vez um
sorrisinho – A minha casa está meio bagunçada, então
pedi ao Sr. Weasley se você poderia passar o resto das férias
de verão com ele, a não ser que você não
queira.
- Não, eu quero! – Harry rapidamente respondeu
com um sorriso de orelha a orelha.
- Chegamos!
Ao olhar para
frente da Toca, percebe que estão a sua espera, Carlinhos,
Percy, Gui, Fred, Jorge, Rony, Gina, o Sr e a Sra. Weasley. A Sra.
Weasley sai correndo para abraça-lo e como sempre falando
pelos cotovelos.
- Harry olha como você cresceu, você
está muito lindo, ah deixe-me pegar suas malas, você
quer dormir um pouco?
- Não obrigado! – Respondeu Harry
desconfortavelmente.
- Harry, quanto tempo! – Exclamou Rony
abraçando-o – você nem sabe, tenho tanta coisa para te
falar, parece que neste ano é a professora McGonagall que vai
escolher os novos jogadores do time da Grifinória e... Há,
você sabe quem está aqui? ...
- É claro que
não.
- A Mione!
- Mione? – Perguntou com surpresa –
Onde ela está? Porque não veio me receber?
- Calma,
disse Rony. Ela está dormindo. Chegou lá pelas 4 horas
da manhã.
- Olá Harry!
Harry virou-se e respondeu
– Olá Gina. Puxa! Como você cresceu, você está
muito bonita!
- Obrigado! – Disse Gina mais com muita vergonha,
abaixando sua cabeça, e seu rosto corando, pois todos sabiam
de sua queda por Harry.
- Vamos, vamos, entre Harry querido você
deve estar faminto, venha tomar café! – Tagarelou a Sra.
Weasley.
Quando todos estavam sentados, prontos para comer, Harry
percebeu que havia um lugar vazio, de repente, começou a ouvir
passos de alguém descendo as escadas, Harry olha e começa
a ver os pés, que calçavam sapatilhas pretas logo
começou a ver pernas descobertas, em seguida joelhos cobertos
com um corsário preto, coxas e depois cintura, percebeu que a
pessoa usara uma blusa rosa, e em seguida, percebeu cabelos
encaracolados que chegavam um pouco acima da cintura. Harry não
agüentava de curiosidade, quando iria perguntar quem era a
pessoa, deparou-se com seu rosto, levou um grande susto que quase
caiu da cadeira, era Hermione Granger, sua grande amiga, mas Harry
percebeu que estava muito diferente, não era mais aquela
menininha que se escondia atrás de livros mordidos por traças,
acabara de se tornar uma linda jovem.
- Olá Harry – disse
Hermione.
- O-o-olá Mione.
- Nossa quanto tempo você
não vai me dar nenhum abraço?
- Vou – Respondeu
Harry timidamente abraçando-a.
- Sente-se querida – Disse
a Sra. Weasley.
Molly ainda tinha um certo desconforto com
Hermione, pois no quarto ano, uma jornalista do Semanário das
Bruxas publicara que a menina mantinha um relacionamento amoroso com
Harry, e o traíra com Vítor Krum, jogador profissional
de quadribol.
- Harry! Posso lhe fazer uma pergunta? – Perguntou
o Sr. Weasley.
- Claro!
- O que tem de especial nas rosquinhas
de açúcar e canela? De que ela é feita?
- Ah!
Acredito que seja de massa, açúcar e canela –
Respondeu Harry ironicamente.
- Mas é claro, porque não
pensei nisso, você é brilhante Harry – acrescentou o
Sr. Weasley.
- Mãe, após o café posso ir ao
jardim com Harry e Hermione? – perguntou Rony.
- Há! Bem,
só desta vez, mas é pelo Harry e cuidado à tarde
Fred e Jorge vão desguinomizar o jardim. – respondeu.
Harry,
Rony e Hermione se dirigiram para o jardim, mas parecia que Harry
queria dizer algo. Algo que não queria que Hermione ouvisse,
mas deixou para outra ocasião. Os dias se passaram e as férias
de verão acabaram, no dia anterior Harry, Rony, Hermione e
Gina tinham ido ao Beco Diagonal comprar sua lista de materiais e num
piscar de olhos já estavam na estação de trem.
Só, que chegava a hora de passar pela parede de tijolos, coisa
que Harry e Rony não gostavam de fazer.
Gina e Hermione
passaram juntas, e logo em seguida Harry e Rony, entraram logo no
trem e felizmente, acharam uma cabine vazia, Rony não via a
hora do carrinho de doces passar, Harry estava meio calado, Hermione
acariciava o pelo de bichento quando alguém abre a porta.
Era
Malfoy, Draco Malfoy, com o seu cabelo louro e penteado, então
dá aquele sorrisinho de canto de boca e fala:
- Ora, ora,
ora! Quem temos aqui, são as quatro amiguinhas. – Fala com
ironia.
- Ora, ora, ora! Se não são os três
mosqueteiros – Retrucou Hermione.
- Não falei com você
Granger – disse com insulto – Vê se não me dirige
mais a palavra
Hermione se levantara com raiva em seus olhos,
esperando que Malfoy lhe chamasse se sangue ruim ou lhe dissesse
outro insulto, mas surpreendentemente ele não fez isso, ficara
calado boquiaberto, olhando em direção a Hermione e
percebendo o quanto a menina mudara neste verão.
- Malfoy é
melhor você ir embora – disse Harry se levantando.
- É,
é melhor eu sair mesmo daqui! – retrucou.
Em seguida
chegaram em Hogwarts, se dirigiram ao salão principal, quando
todos estavam sentados em suas mesas Dumbledore se levanta e diz:
