Eu passei o resto da manhã tentando dormir, mas eu só sonhava com ela. Seu rosto estava presente em tudo o que eu olhava. Eu ouço meu despertador e vejo que já era hora de voltar ao County. Tomo um banho rapido, me arrumo e vou correndo ao hospital. Entro no carro e mais uma vez toca uma musica que ela gostava. Por que tudo tem que ser tão complicado! Eu entro no hospital conferindo o quadro pra ver quais eram os medicos que estaraim no plantão da noite comigo. Bingo! O nome dela estava lá. Como eu a encararia depois da última noite? Que vergonha! Não sabia se tinha coragem de lhe dirigir a palavra novamente depois de tudo aquilo. Mas tenho que aceitar os fatos, afinal, nós não somos apenas ex-namorados, mas colegas de trabalho. A primeira pessoa que eu vejo quando tiro o olhar do quadro é Susan. Lógico, Susan. Quem sempre me ajudou, sempre esteve a par dos meus problemas.
"Ei!" - ela acenou para mim, e eu me aproximei dela, vendo-a com um sorriso anormal.
"Oi - eu estva cabisbaixo- Tudo bom?"
"Me acompanhe.." – ela fala indo em direção à porta dos fundos.
Eu estava encrencado, Abby ja deveria ter contado tudo pra ela.
"Eu já soube o que você fez..."
"Eu fiz!" – eu me faço de desintendido.
"Não se faça de sonso. Você muito bem do que eu estou falando. O que deu em você Carter!"
Porque esta todo mundo insistindo em me chamar por Carter hoje!
"Eu a amo Susan."
"E porque você só veio descobrir isso agora? Depois de seculos?"
"Susan! Até você?- poxa! todos contra mim? - Você sabe que ela foi quem eu sempre amei, Susan..."
"Eu, Carter? Eu não sei de nada...- ela cruzou os braços, me condenando - Eu só sei o que eu vi aqui, quando alguém foi embora sem mais nem menos pra África. Eu sei o que eu vi aqui quando alguém voltou com uma mulher grávida. Eu sei o quanto ela sofreu, Carter. Não acho que você tem esse direito agora."
"Susan! Me diz uma coisa...Ela não tem ninguém, né? Diz isso pra mim, eu sei, eu sinto" - eu implorei para saber.
"Não, Carter. Ela não tem ninguém. Mas para você ela vai ter e não sou eu quem está desmentindo isso, ok?"- ela começou a andar pelo corredor, mas eu continuei seguindo-a.
"Susan.. – eu falo pegando no seu braço – eu preciso que você acredite em mim, eu a amo, eu não sei como eu vou conseguir o seu amor de volta."
"Faça por merecer.. mas por favor, não a machuque mais.. eu acho que ela não suportaria passar por tudo de novo..."
"Eu não vou machuca-la. Eu nunca faria isso... eu... eu sonhei que tinha uma vida perfeita com ela Susan. O sonho era tão real... "
"Pense bem antes de tomar qualquer atitude. Se não, vou ser eu que vou ficar puta com você ok!"
"Você me ajuda!"
"Não, desculpa John. Mas você que tem que consertar os seus erros. Eu estou aqui pra dar algum conselho, mas não posso ajuda-lo. Agora eu preciso ir... senão a Weaver me mata..."
Era isso. Eu estava sozinho. Completamente sozinho ali, para agir com as minhas próprias mãos e fazer tudo dar certo.
Eu resolvi tentar parar de pensar um pouco nesse assunto e me concentrar no meu trabalho. Tentar, pelo menos 5 minutos. E foi o que eu fiz. Atendi alguns pacientes. Nada muito trabalhoso. Eu estava saindo de uma sala quando a vi passar correndo por mim.
"Garoto, 9 anos, atropelado por um caminhão. Trauma 2"- ela me gritou, colocando as luvas e indo em direção a porta, receber o paciente.
"Estou indo.." – eu falo correndo entrando na sala e colocando as luvas e o avental.
Eu corri e fiquei na sua frente conferindo todos os sinais vitais e aquilo de sempre. Ela evitava olhar pra mim, eu percebia, ela falava alguma coisa, mas evitava levantar seus olhos do paciente.
"Ele esta com parada!" – ela fala subindo em cima do garoto e colocando suas maos sobre o seu peito, ajudando a fazer ele respirar.
Eu corro pra ficar ao seu lado tentando fazer ajuda-la com a massagem cardiaca. Porem a sala estava muito cheia, e me empurraram pra ficar praticamente por cima dela. Ela para um instante e eu ando um pouco pro lado, era melhor não confronta-la, não agora.
"Pai!" – o menino desperta de repente, eu nem sei como isso aconteceu e me agarra pelo pescoço.
Ele pega na gola da minha camisa, me aproximando mais dele (e consequentemente dela). Eu já começo a ficar irritado com aquela situação e tento a todo custo me desvencilhiar do menino que parece ter criado forças do além agora que acordou.
"Jason!"- eu e ouço dizer, tirando com cuidado as mãos do menino sobre mim.
"Obrigado" - eu me atrevo a dizer, encarando-a pela primeira vez desde então.
Ela só acena com a cabeça e volta a cuidar do paciente. Pouco tempo depois conseguimos estabiliza-lo e ele foi pra UTI ficar em observação. Eu vou até a pia, jogo minhas luvas no lixo e começo a lavar minhas mãos, percebendo ela no canto da sala conversando com Malik. Sera que eu deveria me aproximar dela de novo! Eu fico perdido em meus pensamentos, deixando a torneira ligada e sonhando acordado.
"Carter?..." – eu ouço sua voz por tras de mim.
"Hum?" – eu falo me virando quase que de imediato, teria ela repensado em tudo e aceitar em voltar a namorar comigo!
"Eu preciso lavar minhas mãos... – ela fala tirando as luvas.
"Ah.. – eu falo me afastando desapontado. – A pia é toda sua..."
Eu fico um pouco de lado, olhando-a lavar as mãos. Que patético eu estou me sentindo. Eu dou uma olhadinha discreta para trás e vejo Malik me encarando. estou fazendo papel de ridículo, é melhor eu sair daqui. Eu vou até a recepção pega algumas fichas mais. No caminho encontro Weaver, que com seu mal-humor usual, está gritando com alguns estudantes.
"E se isso se repetir mais uma vez, você já sabem!"- foi a última coisa que eu a vi gritar, antes de dar de encontro comigo.
"Dr. Carter! Fico feliz que tenha vindo mais cedo. Estou gostando da sua atuação no hospital."
O que é isso? Uma brincadeira? Weaver me elogiando agora? só pode ser piada! tá tudo de cabeça pro ar! Eu agradeci cordialmente eu fui atender mais alguns pacientes. Dentre os casos leves e fáceis, um me causou um pouco mais de dor de cabeça. Tratava-se de uma menina com dores abdominais, com hematomas por todo o corpo que eu poderia jurar que ela abusada sexualmente. Ela deveria ter no máximo uns 12 anos. Eu não sabia muito bem como lidar com aquilo. Tempos atrás diziam que Abby era PHD nisso. Todos esses casos iam para a mão dela, e como num passe me mágica ela resolvi, sempre da melhor forma possível. Eu tinha de pedir a ajuda dela. Mas...com que cara? Eu ando até a recepção e fico olhando pra ver onde ela estava.
"Frank, você viu Abby por ai!"
"Sou a mãe dela por acaso?"
"Frank..."
"Tente a sala de exames..."
"Obrigado... – eu sorrio e saio correndo em sua direção.
Eu finalmente a avisto. Paro na porta da sala e fico maquinando como eu falaria com ela.
"Abby?" – eu falo abrindo a porta.
"Hum?" – ela fala sem se virar.
"Eu preciso de sua ajuda com uma paciente."
"Qual o caso!"
"Trauma, hematomas.. causados por abuso sexual." - ela finalmente se vira me encarando. - "Ela só tem 12 anos... eu não sei como falar com ela. Ela esta com muito medo..."
"Certo.. – ela fala levantando-se e indo ate onde eu estava. – Aonde ela esta?"
"Cortina 3" - eu abro a porta para ela sair primeiro e a sigo, até chegarmos ao local indicado.
Eu a vejo abrir a cortina e começar a conversa com a garotinha. Pergunta nome, idade e faz algum comentário sobre o cabelo e a roupa dela. Mulheres...ela se entendem. Eu havia ficado meia hora com a garota e ela não abrira a boca. Eu fico assistindo aquele atendimento para ver se aprendo alguma coisa. Alguam coisa sobre crianças, alguma coisa sobre mulheres. Alguam coisa sobre Abby.
"Você pode me dar licença, eu vou fazer o exame nela" - eu acordo da minha hipnose.
"Ah, sim. Claro.- eu vou para fora da cortima, mas antes de sair eu digo- Abby, você é realmente muito boa nisso"- Fria. Assim ela permanece.
Eu vou dar uma volta no hospital procurar pelo o que fazer. O quadro esta limpo. O County estava ficando calmo. Eu entro na SDM e vou tomar um café, eu estava pregando de cansaço. Eu me sento no sofa e ligo a televisão. Novela sem graça. Seriado sem graça. Sem esporte. Casos amorosos! Que porcaria é essa! Eu paro naquele canal e fico observando o programa. Um homem que havia se dado conta de que tinha perdido o grande amor de sua vida e não sabia como reconquista-la. Isso é pra mim. Eu me concentro naquele programa, pegando algumas dicas sem perceber que alguem entrou na sala. Eu olho pro lado e vejo Susan rindo sentando-se ao meu lado.
"Ta apelando Carter?" – ela fala pegando o cafe das minhas mãos e dando um gole.
"A gente tem que atirar pra todos os lados." – eu falo pegando meu cafe de volta.
"Não acho que você pode tirar algum proveito do que está sendo dito aí. Além disso tudo ser uma farsa, não se esqueça que você lidando com Abby. Abby."- ela frizou o nome, sorrindo. Eu sabia. Eu sabia que estava lidando com ela e que ela era diferente de tudo. Imprevisível.
Ela bebeu mais um gole do meu café acabando com ele.
"Opa, desculpa, depois te pago outro."- ela sorriu, arremessando o copo no lixo, deixando cair fora.
"Nossa! Sempre soube que você era ruim no basquete."
"Engraçadinho.." – ela se levantando e eu vejo Abby entrar na sala.
"Nossa que cara.. – Susan fala sentando-se ao meu lado. – O que aconteceu!"
Ela olha pra gente, indo até maquina pegar um pouco de cafe.
"Estou morta.. – ela fala se sentando em uma cadeira. – Que programa é esse?" – ela fala olhando pra televisão.
"Nada demais.." – eu falo desligando a tv.
"Estavamos assistindo programas de fofoca..." – Susan fala pegando o meu cafe.
Abby olha pra mim. Ela sabia que eu odiava esse tipo de programa. Eu dou um sorriso amarelo pra ela.
"O Brad Pitt vai ser papai.." – eu falei pegando meu café da mão de Susan.
"Mas que saco, Carter! Custa me dar essa café!"- ela tirou-o da minha mão mais um vez,com força.
"Que saco digo eu- eu tirei da mão dela com mais força- custa pegar um pra você?"
"Mas..."- eu escutei Susan retrucar antes que Abby disesse algo como "isso não vai prestar" e logo a seguir, ver o café cair na minha roupa, me molhando com o café quente.
"Viu o que você fez?"- eu não pude conter o riso, vendo Susan também um pouco molhado pelo café.
"Ta quente ai?"- Susan olhou Abby, que não consegui se controlar e também acabou caindo no riso.
"Você ainda vai me deixar estéril!- eu resolvou cair na brincadeira.- Ou impotente."
"Tá louco? As mulheres me matam se eu fizer isso."- Susan da um olhar discreto para Abby, que logo recua o olhar.
"Quem dera estar com essa bola toda "– eu falo entrando na brincadeira.
"Sem essa John... – Susan fala tirando o jaleco e indo ate a pia. – Se eu não fosse casada, te pegava de jeito."
"Susan.. – Abby falou rindo. – Se Chuck ouvir isso te mata."
"Ele não precisa ouvir.. "
"Eu preciso trocar de roupa" - eu falo indo ate meu armario...
"Vai tirar a roupa aqui na nossa frente! " – Susan ri fazendo mais uma piadinha.
"Posso nao?" – eu falo tirando uma camisa do meu armaio.
"Por mim.. pode tirar o que quiser..." – eu olho pra Abby que esta me encarando seria, enquanto Susan faz piadinhas.
"Ja que ninguem se incomoda.." – eu falo tirando minha camisa e colocando-a dentro do armario.
Eu posso sentir ser observado pelas duas, mas não me atrevo a encara-las. Eu enrolo um pouco antes de colocar a outra, finjo não estar encontrando. Finalmente eu vejo um movimento de lado. uma das duas está indo até a pia. Qual delas será? Eu me seguro para não por tudo a perder. Não da mais pra enrolar então eu finalente coloca a camiseta preta reserva.
"Uh lá lá!" – Susan fala se levantando da cadeira.
"Han!" – eu olho pra ela sem entender o que ela estava pretendendo. De repente eu ouço Abby rir do outro lado da sala. O que eu fiz de tão engraçado!
"Han o que Carter!"
"Não entendi..."
"Uh lala ue!" – ela começa a rir.
"Uh lala pra você tambem.." – eu falo me sentando de novo no sofá e fechando minha cara.
"Olha ele ficou bravinho... depois eu te explico.. – ela fala indo até a porta – Ao contrario de certas pessoas eu trabalho nesse hospital. Tchau gostoso."
"Gostoso? Ha.. entendi – eu penso alto e reparo na expressão de Abby que andava ate seu armario, ela estava se controlando pra não rir. – A Susan é uma peça.." –eu falo tento puxar algum assunto.
"É..."- ela responde secamente. Mas será possível? Até quando ela vai ficar assim comigo? Afinal, o que eu fiz de tão errado? Tentei dizer que ainda a amo? Isso não é justo!
"Melhorou?"- eu a olhei de lado, com um leve receio de olhá-la nos olhos.
"Melhorar do que, Carter?"- merda! Eu não sei o que estou falando. Ela vai é ficar mais brava ainda.
"Não, nada, nada. Já vi que não." - eu tento liquidar o assunto ali mesmo, me esquecendo do gênio que aquela mulher tinha.
"Dá pra falar mais claramente? E não começa com esse "nada"."
Xi! Já vi que a coisa vai ser longa. Que mal-humor! Eu respirei profundamente antes de falar.
"Se você esta melhor de.. você sabe.." – eu falo tentando disfarçar.
"Sei? Não estou tão certa disso." – ela fala me rondando.
"Você quer um café!" – eu vou até o ouro lado da sala pegar mais cafe pra mim tentando mudar o rumo daquela conversa.
"Tipico..." – ela suspira sentando de novo no sofa.
"O que!" – Agora sou eu que não estava entendendo o que ela estava insinuando.
"Você...mudar de assunto quando a coisa aperta...você vive fugindo." - ela desviou o olhar. É o cúmulo. Além de me insultar, não consegue me olhar nos olhos. Essa é a Abby que eu conheço. Só fogo de palha.
"Abby- eu tinha de ser firme- vamos esclarecer uam coisa! eu não estou fugindo de nada, de ninguém. Muito menos de você, pelo contrário.."
"É, o "pelo contrário" eu já percebi" - ela me encarou, cruzando os braços a minha frente.
"Eu percebi que você passou o dia sem olhar uma vez sequer nos meus olhos..."
"Porque eu teria que olhar Carter!"
"Eu não queria que você ficasse magoada comigo por eu ter sido sincero com você..." – eu falo dando um passo pra frente, vendo-a recuar um pouco. – "E eu não queria que você ficasse assim comigo... eu estou com medo de me aproximar de você hoje e falar alguma coisa que você interprete mal."
"Assim? Eu estou agindo normal com você..." – ela fala dando um outro passo pra tras.
"Estou vendo..."- eu a faço ver seus próprios atos, o que faz com que ela pare de recuar.
"Carter, vamos combinar uma coisa. Não tocamos mais nesse assunto, ok? Vai ser melhor assim..."
"Ok."- eu achei melhor contar de imediato. Não queria arrumar mais confusão.
"Bom"- ela fechou o armário, passando por mim com aquele perfume maravilhoso- "eu vou trabalhar, a gente se vê."
"Sim, a gente se vê..."
Eu vou até a recepção, pra "sorte" minha ainda tinha mais uma hora de plantão a enfrentar. Enrola um pouco e fico na area de ambbulância sentado num banco vendo o movimento passar, já tinha algum tempo que eu não ficava à toa aqui. O tempo começa a esfriar e eu não percebo, eu estava ocupado demais pensando em Abby pra me levantar daqui. Eu me levanto e começo a joga rum pouco de basquete, eu estava totalmente fora de forma, não acertava uma bola sequer.
E em mais uma tentativa de cesta, eu deixo a bola cair fora e longe de mim. A preguiça me contagia e eu busca calmamente a bola, quando vejo a mesma ser arremessada e encestada perfeitamente.
"Quem foi que disse que eu não sei jogar basquete?"- Susan se aproximou mais dele, arrancando um sorriso daquele rosto triste.
"Retiro o que eu disse..."- eu fiz uma gesto, mostrando que queria que ela jogasse novamente.
"Nada disso, Dr. Carter, sua vez!"- ela me jogou a bola, que deu uma quicada no chão antes de eu pegar.
"O que eu vou ganhar com isso?"- eu segurei a bola perto do meu corpo, encarando-a.
"Pode deixar se ser gozado quando todos souberem que eu estou jogando melhor do que você." - eu sorri, batendo a bola três vezes no chão.
"Muito pouco, quero algo mais...- eu pensei num termo correto- substancioso."
"Substancioso? Como assim? Por exemplo...?"
"Algo que me traga proveito e prazer."
"Eu sou casada Carter.. e além disso eu não trairia a confiança de uma amiga minha..."
"Quer dizer que você esta começando a me apoiar?" – eu falo arremesando a bola e acertando a cesta.
"Você sabe que eu não resisto a sua carinha triste.. eu percebi como você estava hoje.." – ela fala pegando a bola.
"Estava tão evidente assim?'
"Que você estava encarado-a babando o dia inteiro?" – ela fala rindo.
Eu corei com aquele comentário. Será que eu estava dando tão na cara?
"Ah, Susan, não ria. Você não sabe como é difícil..."
"Dificil..." – ela suspira segurando a bola.
"Eu não sei o que deu em mim.. mas finalmente eu acordei de um dia pro outro eu sonhei e idealizei como seria meu futuro ao seu lado. Nós eramos perfeitos... eu a amei, fiz com ela tudo o que eu sempre quis... eu queria fazer com Abby, realizar os meus desejos mais profundos.. queria fazer com ela todas as loucuras sem pensar no amanha, sem se preocupar com nada, eu quero ama-la de uma forma que eu nunca amei ninguem."
"Ah, é? E nesse sonho rolou de tudo foi?"- Susan me lança um olhar malicioso, me passando a bola novamente.
"Susan, Susan"- eu bato a bola um par de vezes- "amor é amor"- eu arremesso a bola- "sexo é sexo" - a bola cai dentro- "e com Abby, amor é sexo e sexo é amor."
Nesse momento eu olho para a porta do hospital, onde há uma Abby furiosa me encarando.
"Ops! Sujou! - eu vejo Susan rir e ir em direção a rua. - FUI!"
Porque as pessoas me abandonam nas horas que eu mais preciso dele. Eu vejo Abby caminhar pra longe de mim, com uma espressão furiosa, pisando no chão como se estivesse matando barato. Sera que ela ouviu algo errado? O que tem de mal eu ficar falando que eu a amo! Eu corro até a sua direção colocando uma mão no seu ombro fazendo-a virar.
"O que você quer?" – ela grita comigo.
"O que... o que você ouviu!"
"Tudo..." – ela fala cruzando os braços e me encarando.
"Tudo tudo ou não tudo que você acha que é tudo?"
"Ahn?"- ela enrugou o rosto, me fazendo ver que a tinha confundido.
"Abby... Escuta uma coisa: eu não disse nada demais, certo? Eu só.." - eu fui interronpido, pela voz rápida e agressiva.
"Escuta aqui Carter, se você pensa que eu vou voltar pra você feito um cachorrinho, você está muito enganado. Se você está com vontade de transar com alguém, tem Chicago inteiro a seu dispor. Não vem com graça, ok?"
"Não é nada, disso! Mas que coisa!" - eu já estava ficando nervoso com ela e aquela situação.
"Eu tô indo, ok? E por favor, não toquemos mais nesse assunto!"- ela saindo pisando firme, em direção a rua.
"E não pense que vai em deixar aqui falando sozinho, feito um bobo não.." – eu falo pegando de novo no seu braço.
"Ai.. – ela roda os olhos olhando pra minha mão – Me larga?"
"Não antes de esclarecermos as coisas."
"Já esta tudo esclarecido... amor é sexo e sexo é amor." – ela fala se virando e andando.
"Abby – eu corro virando-a pra ficar de frente pra mim. – Eu falei.. você ouviu tudo distorcido."
"Eu ouvi tudo perfeitamente bem, e foi bom saber antes de..". – ela de repente para de falar.
"Antes de?"
"Reconsiderar algumas coisas."
Eu sorrio com aquela afirmação, então nem tudo estava perdido. Sera que faltava pouco ara enfim amolecer o coração dela!
"Abby coração de pedra" - eu resolvi "quebrar o gelo".
Ela fez uma feição de pouco caso, mas eu pude ver também um leve sorriso.
"Eu vou indo, amanhã tenho trabalho cedo. Boa noite"- ela foi se afastando de mim...
"Durma com os anjos"- eu ainda disse antes dela dobrar a esquina. eu sei que ela ouviu.
Vou voltando ao pátio do P.S quando vejo Susan voltando, em altas gargalhadas.
"O que é tão engraçado!" – eu falo me abaixando e pegando a bola de basquete.
"Vocês dois."
"Han!"
"É obvio que se amam e ficam se matando pelos corredores do hospital. Até quando vai rolar essa enrolação!"
"E desde quando você me apoia assim?"
"Isso é outros quinhentos.. então... amansou a "fera"!"
"Amansar?- eu dei uma risada sarcástica- e quem consegue domar a Abby?"
"Você, e você sabe disso."
"Eu? Até parece..."- eu cruzei o braços, depois de passar a bola pra ela.
"É só você parar de tem tanto cuidado e agir mais que você sabe que consegue..."- ela olhou a bola por um instante? – "Vamos fazer uma...aposta?- ela me oencrou."
"Aposta? Como assim? Não gosto dessas suas idéias!"
"Eu aposto que você só consegue "acalmar" a Abby em dez dias."
"Dez dias? Ja ganhei.. se eu quiser, em três dias eu consigo o que eu quero."
"Pra quem não tinha esse poder sobre ela esta falando de um prazo muito pequeno."
"Confie em mim.. mas se eu ganhar.. o que você vai me dar?"
"Dar? Bom...se você tiver "acalmado a ferra" não sou eu quem vai precisar te dar nada, né?" - eu a vi gargalhar maliciosamente.
"Depois nós vemso o meu prêmio, então, ok? Agora eu vou repor minha energias, começo a atacar amanhã! Boa noite!"-eu fui me afastando dela, até chegar ao estacionamento e pegar meu carro. Naquela noite eu diriji, comi, tomei banho e dormi pensando nela.
CONTINUA...
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