Capitulo com cenas mais pesadinhas.. avisando caso alguem não goste muito de lê-las...

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Era chegada a hora. Eu estava suando frio. Minhas mãos tremiam inconscientemente. Eu não queria que ela pensasse que eu estava com medo, mas eu estava. Ela deu uma cruzada de pernas daquela que mata qualquer homem, colocando uma mão sobre a outra nunca deixando de me encarar. Eu não sabia se dava um passo à frente, ou corria pra cima dela.

Primeira opção, definitivamente, a primeira.

Sem pensar, mas pensando mais do que deveria, avancei o meu corpo deixando que minhas mãos encontrassem as delas, me permitindo tocar suas coxas. Ela deslizou os braços pra tras, inclinando o seu corpo pra frente, quando eu a envolvi e puxei pra um beijo. Ela respondeu descendo suas mãos pelas minhas costas, deixando seus dedos no começo de minha calça.

Abby mais mão na minha calça só poderia dar um resultado.

Eu comecei a sentir a reação do meu corpo a medida que ia me aproximando mais dela. Eu coloquei coloquei a mão por trás passando a mão lentamente pela coxas e um pouco mais em cima. Ela mordeu o lábio inferior e aquilo me deixou ainda mais excitado, sabendo de sua excitação.

Tirando o cabelo dela da minha frente, eu dei um chupão leve, ainda meio receoso. Era estranho fazer isso depois de tanto tempo. Ela permaneceu imóvel enquanto eu "trabalhava" no pescoço dela. Ela deslizou mais sua mão pra dentro das minhas calça colocando um dedo por dentro da minha cueca. Eu senti que ainda estava muito lento e que eu precisava demonstrar mais serviço. Derrubei-a do armario, abraçando-a e nos jogando na porta da geladeira. Segurei seu braços enquanto reiniciava os beijos em seus pescoço, deslizando minha boca pelo seu "decote", trabalhando pra abrir a sua calça. Não dava para ser gentil com ela, eu estava ficando descontrolado, quando finalmente abaixei sua calça e ela correu suas mãos pra abrir a minha.

Rapidinha. Antigamente ela demorava meia hora pra fazer o que fez em 5 segundos.

Eu estava apenas com a camiseta e a cueca, e pelo olhar de Abby, eu não deveria continuar assim por muito tempo. E coloquei as minha mãos perto do peito dela e comecei a dessamarrar o cordão que segurava a blusa. Logo li a alça do soutien branco e a única coisa que eu sentia era meu corpo respondendo a minha visão. Eu desci a minha boca a ali, e beijei aquela parte do corpo dela, fazendo-a arquear-se e arrepiar-se. Eu escutei ela dar um gemido tímido. Ela estava quase "entregando os pontos". Era hora de irmos para um lugar mais agradável. Não que não fosse excitante transar com ela numa cozinha, mas pra nossa nova "1a vez", eu preferia algo mais...pessoal, romântico.

"Vem aqui..."- eu sussurrei no ouvido, pegando nas mãos dela.

Abracei-a por tras, beijando seu pescoço,conduzindo-a até meu quarto. Ela se virou pra mim quando viu a cama. Eu olhei nos seus olhos, ela encarava a cama e olhava de novo pra mim.

"Se..." – eu ia começar a falar e ela me deu um beijo, ma fazendo perder o equilibrio me jogando na cama.

"Sem regras..". – ela falou enquanto beijava o meu pescoço.

Eu não iria contraria-la, muito menos deixar que ela virasse a dona da situação. Me virei na cama, colocando por baixo de mim, enquanto afastava rapidamente seu sutiã. Eu segurei seu peito, mas percebi que ela ainda estava um pouco desconcentrada no que estávamos fazendo. O que sera que estava faltando? Fiz uma viagem pela minha mente ate que encontrei a causa. Sai por cima dela, abri minha gaveta, e ela se sentou como se não estivesse entendendo o que eu estava fazendo.

"Faltava só o quarto detalhe do dia" – eu falei pegando "algumas" camisinhas e colocando na cama.

Eu a vi dar um sorriso de leve, olhando para o lado da janela. Era bom mesmo que ela olhasse pro outro lado. Que vergonha! Eu lá, sentado, naquela situação... Eu terminei e fiquei lá. Será que eu estaria desacostumado? Eu estava extremamente desconfortável, isso sim. A verdade é que fazia um tempo que eu não usava as benditas camisinhas.

Eu fiquei alguns segundos olhando pro lado, rezando para que ela "voltasse". E nada. Nada. Não tinha mais condição. Eu tive que esconder a vergonha e chamar ela de canto... Deslizei lentamente para o lado da cama, capturando o seu rosto com minhas mãos, virando-o para manter contato visual. Imediatamente ela se concentrou novamente em mim, me fazendo voltar para onde tinha parado. Eu já estava tentando não me lembrar que faltava poucos segundos para que eu "explodisse".

Com uma mão, ela percorreu meu torax, até finalmente confirmasse que eu estava de camisinha. Eu parei de beija-la, olhei de canto de olha pra ela que, não aguentando a minha demora, começou a fazer com que eu ficasse cada vez mais "desconrolado", arrancando de uma vez sua calcinha. Eu até parei de olhar muito pro corpo dela. Eu não queria que a "festa acabasse" antes de coemçar. Finalmente eu terminei de tirar o a bata, revelando o soutien da mesma cor da calcinha. E por falar nisso, já que era da mesma cor, teve o mesmo destino. Fora! Pronto. Ela já estava toda nua e agora eu começa a tirar a minha camisa que, por distração, eu ainda usava. Ela me olhava como se fosse me devorar. Eu não tinha um espelho no momento, mas creio que minha cara não estivesse diferente. Assim que eu terminei de tirar a blusa, eu a vi com uma expressão séria. Achei melhor perguntar.

"Que foi?"- eu passei a mão pela rosto dela, colocando o cabelo atrás da orelha.

"Nada, não...Só tem bastante tempo que eu não faço isso"-ela riu timidamente.

"Eu prometo que vou ser o mais atencioso que puder.." – eu falei beijando suas mãos. Ela sorriu em reciproca dando sinal para que eu continuasse. Se ela me fizesse parar mais um minuto, sinto muito Abby, mais delicado, não vai dar pra ser não.

Eu calmamente comecei a lhe beijar, enquanto acariciava seu rosto. Num intervalo de um beijo par ao outro me encaixava melhor em cima dela, enquanto percebia o seu corpo se tremer quando eu finalmente decidi toca-la. Acariciei um pouco as suas coxas o que a fez atracar suas unhas nas minhas costas. Eu me deliciava vendo aquele tom "desesperado" dela. Ela queria, mas parecia receosa. Eu me senti tirando a virgindade de alguém. Não era a melhor sensação do mundo, mas não posso negar que essa idéia me excitava bastante.

Eu roubei um beijo mais violento vendo a rir da minha atitude. Eu não aguentava mais aquilo.

"Desculpa, mas..."- eu beijei e voltei a olhar fixamente nos olhos dela- "não da mais pra aguentar..."

"Quantos meses sem!" – ela passou a mão no meu rosto.

"Isso não vem ao caso.." – eu sorri voltando a beija-la.

"Ahhhh.." – ela sorriu maliciosamente.

Era agora ou nunca. Eu coloquei minha mão na sua boca. Brincar comigo num momento desses não daria em boa coisa. Eu calei-a num beijo, colocando minhas mãos por entre suas pernas, trazoando-a ainda pra mais perto de mim. Tinha que ser agora, senão a camisinha iria acabar explodindo dentro dela. Ser cuidadoso. Ja estava esquecendo. Diminui meus passos, e fui entrando lentamente nela, reparando a sua feição que mudava conforme eu me "aprofundava" nela. Eu dei um beijo mais longo, sentindo-a trêmula por me ter em cima dela, me segurando para não estragar tudo. O tempo que eu fui casado com a Kem, só tinhamos uma vida sexual até que agitada. Sempre intensa, forte. Mas eu entendi isso. Não precisei de muito pra entender que ela não tinha "ficado" com ninguém depois de mim. Será? A Abby sempre me pareceu alguém que não conseguisse viver sem sexo por muito tempo. Mas...pelo o que ela dizia, era isso mesmo. Eu tinha que saber. Mas como! Voltando aonde estavamos, pra nossa primeira vez, eu acho que não estou me saindo nada mal. Sempre procurando ser carinhoso, atencioso e procurar pelo seu olhar quanto este teimava em fugir do meu. Mantemos um ritmo leve,sem muitas inovações ou exagero, mantendo o romantismo da primeira vez. Palavras passaram pela minha cabeça. Seria cedo pra dizer eu te amo! Creio que sim, isso pode assusta-la.vamos deixar que o tempo encaixe as devidas coisas no lugar.

Quando finalmente atingimos o nosso "limite", eu abracei o seu corpo junto ao meu, sentindo o seu cheiro, não querendo que aquele momento nunca mais acabasse. Eu a senti me abraçar forte, como eu nunca tinha visto ela fazendo antes.

"Acho que hoje você pode dormir aqui, não?"- eu tentei conforta-la de algum jeito. Mesmo sabendo que ela tinha feito aquilo por que quis, e nós estávamos juntos agora. Mas não foi como nos velhos tempos.

"Acho melhor eu ir, John...amanhã você não trabalha, e eu sim..".- ela se cobriu com lençol, parecia desavontade. Devia ter sido tão estranho pra ela quanto pra mim.

Eu olhei para o lado e a vi recolher uma peça de roupa que eu tive o instinto de impedi-la de fazer isso.

"Por favor.." – eu falei segurando a roupa vendo-a me encarar. Eu acenei negativamente com a cabeça, o que a fez sentar-se na cama, abraçar o seu corpo. Percebi que seus olhos enchiam-se d´agua. Eu me levantei, me aproximando e a envolvi em um abraço.

"Desculpa Abby.." – eu falei me controlando pra não chorar. Sera que foi tão ruim assim! Ela continuou calada, chorando nos meus braços, enquanto eu esperava que ela me falasse algo.

"Nós não deveríamos ter feito isso."

"Porque?.. foi.. tão ruim assim!" – ela continuava em meus braços sem levantar seu rosto.

"Não. eu só não queria me iludir de novo... eu prometi pra mim mesma que nunca mais me aproximaria tanto "assim" de você..."

"Iludir?"- eu olhei confuso pra ela- "quem disse que alguém está iludindo aqui?"- eu olhei sério pra ela, também me cobrindo com o lençol. Agora o papo tinha ficado sério.

"Eu me jurei que não mais fazer isso, Carter!"- ela passava a mão no rosto, como se estivesse arrependida do que nós tinhamos acabado de fazer

"Ei! Quer dizer que você realmente acha que isso não valeu de nada? Foi estupidez?" - eu olhei fundo pra ela. Poxa!

"Não foi isso que eu disse, Carter..."

"Foi sim, foi isso que eu entendi. Tudo bem, pra você pode ter sido sem importância... Eu só sei do que eu senti..."- Já falei demais! Eu estava cometendo o mesmo erro pela segunda vez.

"Você há de convir comigo que não foi a mesmas coisa..."- ela tirou os olhos da direção dos meus.

"Lógico que não. Você realmente achou que seria a mesma coisa depois de tudo que nós vivemos, Abby? É claro que não! Nós só vamos conquistar isso com o tempo..."

Ela olhou seriamente pra mim, como se estivesse captando toda a informação. Depois abaixou seu olhar encarando suas mãos.

"Eu sei perfeitamente que não fui nem sou o melhor homem do mundo, que não adianta nada pedir desculpas. Que nada disso vai trazer a confiança que um dia você teve em mim. Eu só preciso que você me de uma chance, uma oportunidade pra mostrar que eu só quero você, eu preciso de você, agora mais que tudo. E isso que aconteceu entre nós é só o começo de tudo que eu espero que haja na nossa relação. Abby "– eu capturei seu rosto. – "Isso é muito facil de dizer, talvez você ache que eu estou delirando com isso, mas eu não sei mais como eu poderia viver sem ter você. Você toma conta dos meus pensamentos 24 horas por dia. Eu acordo cada manha pensando em te ver, imaginando o que fazer ao me aproximar de ti para que tu não pense que eu quero "me aproveitar", iludi-la, ou que esteja querendo so sexo. Abby eu preciso que você se torne minha. Minha amiga, namorada, confidente e minha mulher."

Paralisada. Essa era sua reação quando eu acabei de falar.

"E..." – eu ia recomeçar quando ela me interrompeu.

"Já é o bastante..."- ela olhou para longe dos meus olhos e me fez perceber que talvez eu tivesse falado demais. Eu tinha que medir minha palavras com um conta-gotas se quisesse realmente levar aquilo a sério. Eu não estava nas melhores das situações e tinha que ser perfeito.

"Eu só acho..."- eu parei de falar quando ela me encarou. Eu acho que "acho" não é uma boa palavra numa situação dessas. Parei de falar totalmente quando ela, ainda enrolada totalmente com o lençol, começou a pegar todas as roupas do chão.

Meu Deus, meu Deus. Pense rapido John. O que fazer? O que eu devo fazer! Ela não deve ir embora, ela não pode ir embora, não assim! Eu olhava para ela que ja estava se vestindo no canto do quarto sem olhar pra trás. Me levantei, coloquei uma cueca e corri até a porta, trancando-a.

"Carter!" – ela gritou comigo, so faltou me matar com os olhos. Eu tinha que ter esse tempo extra pra convencê-la que eu não estou aqui só pra "curtir" com ela.

"Daqui você não sai, até que esteja tudo esclarecido." – eu falei escondendo a chave e me sentando na cama.

"Me dê essa chave agora, porque senão eu vou ficar muito mais puta com você viu."

"Você quer a chave?" – eu falei pendurando meu braço na janela.

"Carter! Pára já com isso!"- ela foi até a janela a começou a agarrar o meu braço.

"Ops!"- a chave quase caiu de verdade. Mas eu a segurei firme e corri para o outro lado da cama.- "Vem, vem pegar..."- eu a provoquei, tirando um leve sorriso furioso dela. Isso não a impediu de vir contra mim fortemente, pegando minha mão, com alguam técnica.

"Ei! Onde você aprendeu isso?"- eu fiquei assustado com a força que ela tinha.

"Defesa pessoal, querido" - ela continuava a dobrar meu braço- "quem não tem cão caça com gato, e quem não tem Carter caça com..."- ela parou um instante, e o sorriso desapareceu.

"Com?"- agora eu fiquei intrigado! Afinal, ela tinah dormido com alguém ou não? Que tinha ensinado isso pra ela?

"Me dá a cccccchave!" – ela mudou de "assunto" batendo a mão na cama.

"Dou... mas, me diz, quem não tem Carter, caça com?"

"Ninguem." – ela sentou-se na cama estendendo as pernas.

"E quem não tem gato, nem cão e só tem Abby!" – eu precisava falar aquilo pra "encher o seu saco" e ouvir a resposta, é claro.

Ela levantou o rosto, olhando pra mim.

"E quem não tem nem Abby?"

"Mas eu tenho Abby."

"Só no teu sonho mais profundo."

"Foi no sonho mesmo. E que sonho. Eu tinha dois, não, três filhos. Uma menina, um menino e um que não sei. A Julie era uma graça, o Brad tava começando a andar.. o outro.. ainda ia nascer. Esse eu não conheci."

"Você pirou?" – ela olhou me "estranhando".

Eu olhei para ela, invevitavelmente com um sorriso.

"Pirei...e vou pirar mais ainda se você não me disser com o que você caçou."

"Com nada, Carter! Eu não cacei..."- ela riu e aproveitou meu momento de distração para tentar recuperar as chaves. Estava distraido mas não em coma. Fui mais rápido do que ela, impedindo-a de pegar o que tanto queria. Será que ela queria tanto assim mesmo?

"Sabe.." – eu falei vestindo uma camisa e comecei a andar pelo quarto. – "eu poderia viver trancado nesse quarto com você por anos. O que não ia ser nada mal."

"Eu não estou pra brincadeiras hoje... abre logo essa porcaria de porta!"

"Eu não estou brincando." – eu me sentei na frente da porta. – "Eu quero resolver isso hoje."

"Isso o que!"

"Eu, você, nós."

"Não existe um nós." – ela falou diminuindo o seu tom de voz.

"Só porque você não quer..."

"Eu não quero?" – agora ela se exaltou de novo. Bom sinal.

"Vamos faciliar as coisas por aqui, ser claros e dietos, ok?"- eu a vi sinalizar com a cabeça- "Eu agi mal, certo? Eu sei disso? Eu errei? Sim! Errei feio, fiz a coisa que eu mais temia e menos queria no mundo: magoar você" - em meio a meu discuro não ensaiado, eu a encarei nos olhos e pela primeira vez naquela noite, ela não fugiu do meu olhar.

"Nós erramos, Carter..."- ela sentou no chão do quarto, encostada na parede. Eu não queria saber se ela também tinha errado. Eu tinha que mostrar o que eu sentia, e a hora era agora.

"O fato é um só. Quero fazer isso dar certo dessa vez, porque vai ser a última. Mas pra fazer isso dar certo" - eu olhei um pouco para a janela, voltando a olhar pra ela logo em seguida- "eu preciso da sua ajuda, certo?"- eu olhei esperançoso pra ela.

"Eu to confusa, Carter...Eu morro de medo de..."- agora era hora de eu cortá-la.

"Medo? Medo do que? Depois de tudo você vai ter medo de mim?"- eu sabia a palavra por palavra o que ela ia falar mas era um direito dela falar. E mais do que um direito dela, era meu dever fazer com que ela desabafasse.

"Você sabe que não é isso, Carter. Meu mundo é perdido e confuso, mas você o entende. Eu não falo, mas você me escuta. Eu não sei se você sabe, faz desde que você apareceu na minha frente, se tornou a coisa mais importante da minha vida. Eu amo você, é simples. Não preciso de motivo. E é isso que me assusta. Só eu sei o quanto eu sofri...e de repente, de uma dia pro outros...as coisas não mudam assim, Carter" - ela me encarou e eu oude perceber o choro abafado dela. A voz rouca.

"Você precisa de tempo? Tempo você vai ter! Precisa de um amigo, é isso que eu vou ser! Precisa não ver minha cara por um tempo? Eu me afasto, não tem problema... A única coisa que eu quero.."- eu percebi que ela tinha parado de me escutar.

"Eu só preciso de você, John..."- ela derramou mais uma lágrima e olhou pra mim como se fosse a última vez.

"Então..." – eu fui me aproximando dela. – "Tudo o que eu te peço é confiança pra acreditar que dessa vez vai dar tudo certo. Eu não posso te oferecer mais nada, quem dera eu ter uma garantia que eu pudesse te entregar. Eu só preciso que você acredite no que eu digo, no que eu sinto por você. A gente tem tanto o que viver juntos Abby." – eu sentei ao seu lado. Não sabia se era o momento certo de "toca-la".

Ela ficou calada por algum tempo e eu respeitei o seu silêncio. O que deveria ser dito já foi. Só me restava ficar aqui, ao seu lado esperando que ela reconsiderasse tudo e me desse essa chance de fazê-la feliz.

"Pior do que isso eu não fico, né!" – ela falou olhando pra mim.

"Você não tem jeito.." – eu a abracei. Mais ainda esperava que ela falasse as palavras que eu queria ouvir.

"Preciso pensar..." – ela se afastou de mim – "eu acho que se for pra tentar de novo...temos que começar com calma, e não assim..."

Eu não tinha mais nada a dizer. Só restava esperar. Um ato pode dizer mais do que 1000 palavras. Eu simplesmente peguei a chave e soltei na mão dela. Ela entendeu meu recado. Com a chave não mãos, ela foi até a cadeira e pegou a bolsa. Eu continuei na mesma posição, checando seus movimentos.

"Durma com os anjos..."- ela se ajoelhou do meu lado e me deu um beijo no rosto. A sensação foi pior do que eu esperava. Sensação de perda.

Ela pos a chave na porta e antes que pudesss sai completamente, eu a lembrei.

"Você tá sem carro..."

"Eu sei..."-ela não pareceu se importar e tomou o rumo da porta da sala.

"Quer que eu ligue pra um taxi!" – eu me levantei e a segui até a porta. – "Ou... você não vai querer.."

"O que!"

"Eu posso te deixar em casa. Só isso. Não quero me aproveitar de você, não pense "maldade". Sem compromisso" – eu falei meio "desesperado". Ela sorriu pra mim e abriu sua bolsa procurando algo.

"Vou aceitar só porque eu não trouxe muito dinheiro hoje."

"Otimo. Espere só um minuto. Vou so me trocar. Pode comer o que quiser, eu fiz supermercado." – eu sai correndo e entrei no meu quarto pra me trocar, antes que ela desistisse da ideia.

Continua..