Cheguei na sala novamente e ela estava sentada no sofá. Quase dormindo.

"Nossa, demorei tanto assim?"- eu perguntei, sentando no sofá ao lado.

"Não, to cansada mesmo.."- ela colocou a mão nas costas, com uma expressão de dor. Eu não pude deixar de sorrir. - "Que foi?"- ela me pergunta, vendo meu sorriso.

"Nada..."- é melhor eu não comentar nada.

"Fala!" - ela me olha sério. Bom, foi ela mesmo quem pediu.

"Você está meio enferrujada"- eu sorri envergonhado- "cansando muito fácil. Você costumava "durar mais"."

"Que?" - E agora? Ela estava dando uma de santa ou eu estava indo longe demais e ela não tinha entenedido?

"Vamos!" – eu falei despistando.

"Não. Eu não entendi o que vocÊ falou antes?"

"Que eu te chamei pra ir!"

"Não se faça de bobo."

"Euu não estou me fazendo." – eu sorrio.

"Porque eu estou enferrujada?"

"Ah você entendeu." – ela me deu aquele olhar que eu ja sabia que tinha que falar. – "Cansada. Você cansou muito rapido. Você não era assim. Vamos?"

"Eu não cansei disso. Eu estou cansada ha algum tempo ja." – ela falou se levantando. – "Você esta se achando tambem muito "gostosão" ne, como se aguentasse tudo a hora que quiser!"

"Não quero entrar nesses assuntos particulares, mas..."- eu olhei pra baixo- "você sabe..."

"Sei o que, Carter?"- ela cruzou os braços.

"Eu não deveria estar falando isso, mas eu sei que você gosta de fazer comigo..."- ela olhou pra cima, como se não fosse com ela.

"Bom, deixa eu parar de falar, vai...Antes que você não resista e volte lá pra dentro..."

"Se acha, né, Carter?"- nós fomos saindo e logo chegamos ao carro.

"Talvez. Só um pouquinho" – eu falei dando a partida.

"Posso ligar o som!"

"Esteja a vontade pra fazer o que quiser..."

"Pervertido..." – ela falou enquanto ligava o som.

"Credo.. eu nem pensei em outras coisas.. Você hein.. esta me saindo melhor que a encomenda. "

"Dobra a direita." – ela falou quando sintonizou a radio.

"Que me ensinar!" – eu ri.

"Desculpa. Você tem algum Cd que preste aqui?" – ela abriu meu porta-luvas.

"Não que você goste... pelo menos eu acho."

"Você não me conehce..."- ela começou a remexer os Cd´s.

"Pode apostar que sim..."- eu olhei pro espelho retrovisor, vendo o carro atrás de nós aumentar a velocidade. Eu não disse nada a ela, mas eu pude perceber que ele devia estar bebado. Então eu aumentei a velocidade, tentando manter alguma distancia do carro, ate que encontrasse a rua mais proxima pra dobrar.

"Da pra ir mais devagar!" – ela se sentou direito no banco.

"Não dá..." – eu acelerei mais um pouco.

"Paraa John!" – ela pulou em cima do meu braço. – "Você esta querendo nos matar?"

"Eu não, mas olhe pra tras e você vera quem esta querendo nos matar."

Ela virou olhando pra tras e voltou se agarrando ao banco.

"Acerela, rapido!" – eu quase ri quando vi sua cara de desespero.

Eu coloquei o pé no acelerador e de lá só tirei quando vi uma curva segura para fazer em alta velocidade. Assim que eu estava na rua perpendicular, comecei a ir mais de vagar, vendo-a ainda apreensiva.

"Que susto, hein?"- eu olhei para ela, com um leve sorriso.

"Nossa!"- ela pos a mão no peito- "quase morri" - ela não deixou de me acompanhar no riso.

"Bom..."- eu virei a direita para pegar o retorno- "agora sim, vamos pra sua casa."

"Eu devia ter vindo de táxi" - ela quis me provocar.

"Não vou nem falar nada..."- eu achei melhor não começar a falar, poderia gerar mais confusão.

"Hei..." – ela falou levantando um Cd. – "Eu pensava que tinha perdido essa obra de arte, eu não acredito que estava com você."

"Você não pediu de volta..."

"Você sabia muito bem que eu amava esse Cd." – ela colocou ele no som.

"Eu tambem gosto... muito, ele é maravilhoso..." – eu tentei agrada-la.

"Mentiroso!"

"É que ele me faz lembrar de alguem que eu gosto muito. Eu ouvia quando queria me lembrar dessa pessoa."

"É mesmo? Quem?" – ela queria ouvir quem era, mas eu não vou falar tão facil assim.

"Uma pessoa."

"Fala!"- ela me deu um tapinha na cabeça.

"Ei! Eu to dirigindo!"- eu quis repreende-la por fazer isso enquanto estava na direção. Eu era mesmo um chato.

"Não enrola, Carter, diga!"- eu a vi sentando de lado no banco, olhando completamente pra mim.

"Senta direito..."- eu resolvi encher o saco dela.

"Carter, vai se ferrar!"- ela ria.

"Se eu bater o carro, você morre estando assim."

"Eu confio em você, motorista" - ela riu, permanecendo na mesma posição.

Confia? Vamos ver se é verdade. Eu dei um toque de leve no freio, o suficiente para que o carro desse um pequeno "tranco" e ela quase caisse do banco.

"Talvez não confie muito." – ela ajeitou o cinto e se sentou direito no banco.

"Porque?" – eu fiz biquinho, sem olhar pra ela.

"Quem te lembra o CD?"

"De novo esse assunto? Ta bom.. a Weaver... eu tive um caso com ela. Ela é muito gostosa na cama". – eu tentei parecer o mais serio possivel. Mas ela se virou de novo dando algumas boas gargalhadas.

"Quando foi isso? Eu não percebi nada..."

"Quando eu estava namorando você."

"Então eu sou chifruda?"

"Talvez só o suficiente pra testa pesarr..." – eu virei sorrindo pra ela.

"Pois saiba, que o Romano era melhor de cama que você."

"Aham! Então com ele você pode fazer sexo e comigo não?" - ops! Será que eu falei demais?

"Esse assunto de novo, Carter?" - droga! Ops, sim! Eu FALEI demais.

"Desculpa" - eu me calava? Não, eu tinha que falar umas coisinhas. Ela não era mais uma menininha, sabia das coisas. E além do mais era um ótima oportunidade de eu esclarecer a frase que ela tinha me "flagrado" falando pra Susan.

"Amor é amor, sexo é sexo, e com Abby, amor é sexo e sexo é amor."- eu me lembrei perfeitamente das palavras que tinha dito aquele dia.

"Eu já ouvi isso..."- ela disse, ironicamente, olhando para o lado da janela, com o vidro aberto, o vento batendo no rosto e o cigarro recém- aceso queimando.

"Mas não ouviu o que eu falei antes. Eu sabia que você tinha interpretado tudo mal."

"Eu interpretei mal!" – ela joga o cigarro pela janela.

"Não vai dizer que não, porque pelo que eu te conheço..."

"Você mal me conhece...". – ela aumentou o tom de voz.

Começou. Era melhor não contestar.

"Você sabe que não é assim..."- eu fui diminuindo a velocidade do carro.

"O que você quer também? Fala tanto disso e nem direito a gente tá transando!"- opa! Agora era a hora de parar o carro. Em silêncio diante da questão que ela levantou, eu virei numa rua meio deserta e desligquei o carro perto da guia. Aquela conversa poderia ir longe.

"Como assim, "direito"?"- será que ela tem sentido a mesma coisa que eu?

"Direito, Carter...Bom" - ela foi desembestando a falar, sem nunca me olhar no olhos- "ótimo, a gente foi lá, deu vontade e fez. Os dois louquinhos mas...e o resultado? Eu não senti nada e você..."- ela parou e pensou um pouco- "só chegou até o fim pra não ficar chato!"

"Não sentiu nada? Você está falando de amor ou de sexo?"- eu me perdi. Era impressão minha ou ela estava reclamando um orgasmo não dado?

"Amor é amor, sexo é sexo e com Carter amor é sexo e sexo é amor" - ela me encarou, fazendo xacota da minha frase, ironicamente.

Eu fiquei por alguns segundos captando a mensagem. Sera que eu idealizei demais uma coisa que ela nem ao menos deu valor!

"Quer dizer então que aquilo foi só sexo, nada demais, e tudo o que levou a aquilo foi tambem pura bobagem!" - eu estava "desapontado" com ela, eu pensava que tinha algum significado tudo aquilo para ela, como teve pra mim.

"Eu não falei que foi só sexo..."

"Não foi isso que pareceu. Pois saiba que pra mim não foi só isso." – eu liguei o carro novamente. – "talvez tenha sido melhor você ter pego um taxi. Deve estar sendo insuportavel ficar olhando pra minha cara esse tempo todo."

"Você sabe que não é assim... você fica tocando no assunto, batendo na mesma tecla o tempo todo. Eu pedi um tempo pra pensar..." – eu continuei dirigindo sem olhar pra ela enquanto ela falava - "E vê se olha pra mim!" – ela puxa o freio de mão, fazendo o carro rodar um pouco antes de parar.

"Você esta ficando louca?"

"Não." – ela falou pegando a chave. – "A gente só sai daqui hoje quando terminar esse assunto."

"Agora você quer falar ne! Antes eu implorava, tentava de alguma forma que você ouvisse.. tava vendo como é pessimo ficar falando só?"

"Você vai ficar jogando isso na minha cara ou a gente vai conversar?"- ela disse num tom áspero.

"Você vai parar de ser grossa ou isso aqui vai virar barraco?"- eu a encarei num olhar furioso.

"Eu não estou sendo grossa, apenas realista" - ela desviou o olhar do meu de novo.

"É lógico, na sua realidade..."- eu disse baixo, pensando que ela não escutaria. Que ilusão!

"Que foi que você disse?"

"Que você esta fazendo questão de deixar bem explicito que foi o pior erro de sua vida ter saido do trabalho e me acompanhado."

"Você sabe que eu não penso nada disso!"

"Mas não é o que parece!" – parecia que nós estavamos competindo pra ver quem falava mais alto.

"E vê se fala mais baixo!"

"Mas foi você que começou a gritar!"

"Você que fica me atordoando falando que eu não senti nada hoje, que eu faço sexo com quem eu quiser, me entrego facil, que eu sou uma pessoa fria, que eu não tenho nenhum sentimento pelas pessoas que eu faço sexo."

"Agora você esta colocando palavras na minha boca. Eu nunca falei isso... mas se a carapuça serviu." – agora eu tinha pegado pesado mesmo.

"Vai pra merda Carter." – ela fechou a cara se controlado pra não chorar.

"Desculpa!" – eu tinha que repara mais uma vez meus erros – "Mas eu não estou mais aguentando ficar brigando com você. Quando eu pensava que estava tudo indo bem, a gente começa a brigar por coisas que ambos sabemos que não é verdade. Você sabe perfeitamente que eu não quero só sexo com você e vice-versa. O que você quer ouvir! Que eu te amo? Que eu não vivo sem você? Que com Abby não preciso de sexo pra ser feliz! Que se eu não tiver você eu morro? Que eu não tenho mais a minima ideia de fazer você pensar ao contrario! É isso?"

Falei! Pronto! Tinha saido! Tinha falado tudo que ficou preso na minha garganta durante todo aquele tempo. Ela me olhando com aquela, carinha de anjo só fez ser mais perfeito. Me olhava como tudo, como nada. A música ainda tocava baixinho...Parecia um final feliz de filme. Mas nós dois sabíamos que aquilo tudo era só o começo. Depois de despejar tudo aquilo em cima dela, eu me senti estranho.

A cabeça pesada, o corpo parecia não responder. Olhei uma última vez pra ela, que permanecia calada, antes de ver tudo ficar escuro e eu me ver caido no banco, sem força pra levantar ou abrir os olhos. Eu ouço vozes ao meu redor, tento responder mas as palavras não me saem. Eu quero falar que estou aqui, estou bem, mas parece que eu parei no tempo e não tem como sair daqui. Não sei quanto tempo se passou, mas definitivamente eu não estou mais onde estava. Abro meus olhos com alguma dificuldade e vejo Abby conversando acho que com Chunny. O que? Chunny? Que ela esta fazendo na minha casa?. Eu me sento na cama.. cama! Tentando me levantar pra sair dali. O que estava acontecendo?

"John!" – eu ouço Abby gritar antes que eu caisse de novo sentado na cama.

Apagou tudo outra vez. Sinto minha cabeça pesar ao máximo, tanto que não tenho forças novamente pra responder a ela. Algum tempo se passa, não faço a mínima idéia de quanto. Eu começo abrir os olhos com calma, um quarto escuro a minha volta. Eu olho calado, primeiramente não vendo ninguém. Por um instante eu acho que voltei aquela vida.Mas não, silencioso demais.

"John?"- eu sinto alguém se aproximar. Não parece a voz dela. Afinal, que diabos está havendo aqui? Eu tento levantar a cabeça,mas vejo apenas um vulto passando pela frente da cama, vindo pro meu lado.

Ainda no escuro eu vejo Susan...Susan! As coisas se complicam a cada segundo.

"Susie? O que você tá fazendo aqui? Cade a Abby?"- eu pergunto, meio perturbado.

"O que estou fazendo aqui? Eu é que te pergunto: o que essa febre de 39º está fazendo no seu corpo!"- ela disse, naquele tom autoritário de quase sempre.

"Ahn? Febre?" - febre? Eu não estava com febre...Ou estava?- "cadê a Abby?"- eu não a via e aquilo estava me deixando agoniado.

"Na sala...ela me ligou pedindo ajuda. Imagine só...a Abby que não "nem um pouco"- ela fez um ironia e tanto- "desesperada com você desmaiado! Ela quase teve um treco junto!"- eu ri a expressão dela.

"Eu pelo menos ja posso ir pra casa!" - eu falei me levantando da cama.

"Sem chances.. fique ai mesmo. Só sai com liberação medica". - Susan veio me deitando de novo na cama. – "E só vai quando acabar esse soro."

"Só me faltava essa mesmo..." - eu ainda sentia minha cabeça rodar.

"Você esta se sentindo bem?"

"Eu... acho que vou vomitar..." –eu abaixei minha cabeça e vi Susan correndo pra pegar uma bacia e me entregando, onde eu despejei tudo o que estava no meu estomago.

"E desse jeito não vai embora tão cedo mesmo..." – ela me entregou um pano onde eu limpei minha boca.

"Possos entrar?" – Abby finalmente apareceu na porta.

"Lóóóógico, né?" - Susan disse, virando pra ela, sem deixar a ironia de lado.

"Bom, vou deixar os pombinhos, quer dizer, vocês conversando, ok? Já volto...não se empolguem..."- ela saiu da sala com um sorrisinho malicioso.

Eu vi Abby se aproximar um pouco mais de mim, passando a mão pelo meu rosto de levinho Aquela sensação era tão boa! Ficamos em silêncio absoluto por alguns minutos até que ela finalmente o quebrou.

"Desculpa..."- ela disse, olhando pro chão.

"Desculpa do que?"- do que ela estava falando?

"Eu não to sendo legal...eu sei. Isso não ta sendo bom pra você..."

"Quem foi que falou um absurdo desses?.." – eu me levantei lentamente me sentando.

"Eu sei John.. você desmaiou por minha causa.. você estava bem.., e de repente ficou assim." – eu fiquei encarando-a, eu não acreditava que ela estava se sentindo culpada por algo que não tem nada a ver com as nossas desavenças.

"Onde ja se viu alguem ficar doente por que esta desesperadamente apaixonado por uma mulher!" – ela finalmente levantou seu rosto, sentando-se na minha cama, onde segurou minha mão.

"Sabe..." – ela praguejou.

"Eu não quero que você fique triste por causa disso." – eu a interrompi.

"Eu estive pensando..."- eu a vi pensar muito antes de falar. Ela não estava pensando era em nada, só estava sem assunto.

"Voltei!"- Susan interrompeu um momento que poderia levar a vários caminhos diferentes...- "Ops! Interrompi alguam coisa?" - ela mesma respondeu, vendo nós dois calados- "É, interropi..."

"Não, Susan..."- ela acendeu as luzes e eu fechei os olhos diante de tanta claridade...- "que você está fazendo? Apaga isso!"- eu coloquei a mão no rosto, me protegendo da claridade.

"Ai, bebê chorão! Tá pior que meu filho! Você vai pra casa.."- eu me animei logo – "Quer dizer" - mas já ia estragar? – "Ou você vai pra sua casa e leva uma acompanhantee" - ela olhou impiedosamente pra Abby- "ou vai pra casa de uma amiga...Só sei que sozinho você não vai ficar!"- ela cruzou os braços, olhando pra nós dois.

"Eu sei me cuidar muito bem só Susan, eu não preciso de babá." – eu queria que Abby se oferecesse, eu não ia abusar de sua boa vontade.

"Então você vai ficar preso aqui até amanha."

"Ah não.." – eu bati minha mão na cama.

"Ja vai chorar?" – eu vi Abby rir levemente enquanto observava a nossa "briga". – "E do que você esta rindo!" – Susan a enfrentou.

"De nada.. você dois, parecem duas crianças bobonas. Eu posso cuidar dele, não tem nenhum problema.. isto é.. se ele quiser..." - Pronto, finalmente ela falou! Eu queria explodir de felicidade, mas tinha que me conter, bendita febre! A melhor de todos os tempos!

"Claro que ele quer Abby.. esta vendo a cara de felicidade do garoto não?"

"Então tá..."- ela levantou da cama e foi em direção a porta- "eu vou no banheiro e já venho."

Com a saída dela, eu já previa o interrogatório que Susan ia me fazer.

"Que bonito, hein? Conseguiu até ficar com febre pra conseguir o que queria? Está se aprimorando,hein, Dr.?"- ela me deu um tapinha, enquanto eu me levantava e ia me vestindo.

"Susan...por Deus...longe de mim...eu não faria nada assim pra conseguir o que quer" - eu dei uma olhada pra porta, me certificando de que ela não estava vindo – "mesmo porque" - eu olhei mais uma vez- "eu já consegui" - e acabei com um leve sorriso.

"O que?"- ela sentou na maca depressa, com fome de fofoca.

"É..." - eu terminei de me vestir, sentando do lado dela.

"E como foi! Aonde foi? Que horas foi! Foi bom ou muito bom?"

"Detalhes de casais ficam entre quarto paredes" – eu pisquei pra ela, eu ia deixar ela na curiosidade só por ter feito apostas "sujas".

"Seu via..." – ela me deu um tapa forte nas costas quando Abby estava voltando do banheiro.

"Que é isso Susan? Deu pra bater em pessoas doentes!'

"Euuuuu?" – ela se faz de sonsa. – "Eu estava fazendo carinho nele.. né Johnzinho.?" – ela falou me dando um beijo na bochecha.

"Vamos!" – eu queria sair logo daquele hospital, peguei as chaves do carro e coloquei no bolso.

"O que você pensa que esta pensando em fazer!" – as duas olharam pra mim com "aquela" cara. O que sera que eu fiz agora!

"Dirigir? Só por cima do meu cadáver!"- Abby me fuzilou com os olhos e parecia ter total de Susan.

"Eita! Mulher no volante, perigo constante"- eu olhei a cara das duas- "mas nesse caso..."- eu sorri pra Abby- "ela dirige bem melhor do que eu, eu sei!"

"Então vamos, vai! Eu to dormindo em pé" - ela bocejou na nossa frente.

"Cansada?"- eu gelei com a pergunta de Susan! Se ela visesse alguma brincadeirinha que me acusase ter contado da minha noite com Abby, eu a mataria!

"Aham...dia cheio...e pra terminar com chave de outro, esse ai resolve ter um piri-paque! Ninguém merece" - ela foi até Susan e se despediu. Eu me aliviei quando vi que Susan não ia mais tocar no assunto.

"Tchau meu doentinho preferido" – ela se aproximou me dando um abraço – "Depois quero conversar contigo sobre uma coisa que quer comprar pro Chuck.. quero sua opinião sobre uns detalhes. Se cuidem, não vão farriar, ele precisa de descanço Abby..."

Eu acenei coma a cabeça rindo. A Susan não tinha mesmo jeito. Quando eu me levantei mesmo d acama foi que senti que eu não estava muito bem mesmo. Nós fomos andando devagar até o carro e eu ja comecei a sentir um cansaço bater em mim.

"Minha casa ou a sua!" – eu pergunto me deitando no banco.

"Minha..." – ela sorriu.

"E minhas roupas! Minhas coisas!"

"Não se preocupe com isso.. a gente dá um jeito."

Tudo otimo, eu não ia contestar. Ja fazia muito tempo que eu não pisava no seu apartamento, como ele deveria estar! Eu recostei minha cabeça e fiquei observando-a dirigr. Nós fomos em silêncio até a sua casa. Ela abriu a porta do carro e em pouco tempo eu ja estava em frente a porta do seu apartamento.

CoNTinua...