Eu fiquei embaixo do chuveiro sentindo a agua bater nas minhas costas, eu estava precisando mesmo desse banho. Encostei minha mão na parede e fiquei parado la por um bom tempo, eu não queria sair dali pra não ter que me trocar. Eu estou caindo de preguiça. Eu tenho a impressão de ouvir uns passos atras de mi. Mas so pode ser neurose minha. Ela não entraria aqui.
"Você esta passando bem.?". – eu ouvi uma voz de dentro do banheiro. Ela tinha entrado.
"Han!" – eu continuei com minha cabeça baixa. Eu estaria com vergonha!
"Carter.." – ela falou abrindo o box. Não faça isso, não faça... ela encostou nas minhas costas, me virando pra ficar de frente pra ela.
Eu olhava insistentemente para ela e para baixo. Eu estava morto de vergonha. A água fria caía sobre mim e eu fiquei todo atrapalhado pra falar com ela.
"Banho frio, mocinho?"- ela trocou a posição das torneiras, esquentando a água rapidamente- "Eu mereço você!"- ela resmungava, ironicamente.
Ela já ia saindo, mas antes de fechar a porta, voltou, se olhano no espelho.
"É impressão minha ou você tá com vergonha de mim?"- ela não me olhou, apenas perguntou.
Eu engasguei pela água que entrava na minha boca.
"Vergonha?"- eu ganhei tempo para pensar numa coisaa decente a ser falada – "como assim, vergonha? "
"Vergonha, Carter...de ficar assim na minha frente" - ela virou e me encarou. Agradeci pela box estar embaçado e eu não conseguir enxerga-la direito.
"Eu mesmo não.". – eu me apressei passardo o sabonete para que o banho terminasse logo. – "Se você quiser pode ficar ai.. eu não to nem ligando.." – tomara que ela não aceite a minha proposta.
"Ja que você convidou..." – ela fala tentando desembaçar o espelho. – "Eu posso conferir se atras de sua orelha esta suja!"
"Esta limpa.. eu sei tomar banho sozinho.. vai te deitar que eu ja estou indo..." – eu falei delsigando o chuveiro.
"Eu não.. esta bom ficar aqui.." – ela se sentou no sanitario.
"Você pode pegar a toalha pra mim?" – agora sim ela saia dali.
"Pode usar a minha não tem problema.. vai sair dai não?"
Não tinha saida, eu tinha que sair de lá. Peguei a toalha dela e mais do que depressa enrolei-a na cintura, saindo do box com o cabelo ensopado.
"Ei!"- ela me encarou- "vai espingolar com esse cabelo pela casa toda? enxuga isso ai!" - Ela parecia estar me testando - "E depois ainda diz que não tem vergonha"- ela se levantou e foi com as mãos em direção a toalha- "vai logo"- tarde demais! ela desenrolou a toalha da minha cintura e colocou na minha cabeça, esfregando rapidamente – "Não tem nada ai que eu não conheça, nao saiba de cor, salteada, olhos fechados, mãos amarradas..."- ela ria na minha direção quando terminou e meu cabelo parecia enxuto. Mas o pior de tudo é que quando ela acabou, continuou segurando a tolha nas mãos. Eu estendi meu braço pra pega-la e ela abaixou o seu olhar, percorrendo pelo meu corpo inteiro. Eu tive a imediata reação de me encolher, tentando me cobrir enquanto tentava puxar a toalha das mãos dela.
"Deixa de ser apressadinho... e pode tirar as mãos daí que esse passarinho não vai voar não."
"Você tirou o dia pra me testar?" – eu falei tentando puxar a toalha de suas mãos, agora com mais força.
"E não adiante puxar que você esta doente... estou em vantagem aqui.." – ela colocou a toalha ao redor dela e ficou com a mão na cintura me encarando. O que ela pretendia com isso?
"É melhor você parar com isso antes que eu entenda as coisas do meu jeito..."- eu a olhei sério, tirando a toalha com força da mão dela.
"Vamos dormir, finalmente?"- ele se fingiu de surda e foi indo em diração ao quarto. Eu tratei de colocar a roupa e a segui.
Ela se esparramou na cama dando um gemido de cansaço.
"Não ouse me acordar mais uma vez" - disse se ajeitando e se colocando debaixo dos lençóis.
"Mas foi você quem..."- o idiota aqui já ia se defender. Não foi preciso.
"Tô brincando, John Carter!"- ela colocou o travesseiro em cima da cabeça, como que não querendo me escutar.
"Ok..."- eu tratei de desligar a luz e me juntar a ela na cama.
Finalmente nós iriamos dormir. Eu ja estava me sentindo mais confortavel ao seu lado. Fechei os meus olhos e senti ela se virar pro meu lado.
'Abby" – eu falei vendo se ela ja tinha dormido.
"O que foi! "
"Obrigado. E boa noite." – eu dei um beijo na sua mão e finalmente cai no sono.
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Eu estou ouvindo uma musica, estou ouvindo uma voz, barulho. Definitivamente eu não estou só em casa. Eu acordo olho para o lado e vejo que não estava sonhando, eu dormi mesmo em sua casa. Me levantei da cama e senti que ja estava mais disposto, a febre tambem não foi delirio meu. Como a vida de uma pessoa pode mudar tanto em apenas poucas horas?
"Bom dia!" – eu ouvi ela gritar quando eu apareci na sala.
"Desde quando você é tão bem humorada de manha cedo?"
"E desde quando você dorme até duas da tarde?"
Eu caminhei até ela e senti um cheiro bom.
"Ué..não é só "Sopa Pronta" que você sabe fazer então..."- eu abri a panela, vendo uma gogoraba que não consegui definir o que era. Eu disfarcei, mantendo meu rosto com uma boa expressão.
Eu a vi colocando a mesa e servindo os nossos pratos. Sentei e tomei coragem pra experimentar.
"Que delícia!"- eu tive que falar. estava realmente muito bom. Apesar do aspecto não muito agradável, estava delicioso.
"Mentiroso"- ela comia enquanto me encarava.
"É verdade! Tá muito gostoso...Bem você acredita" - eu sorri –" O que é?"- eu perguntei, até com medo da resposta.
"É melhor nem saber..".- ela caiu na gargalhada e continuou a me encarar.
"Que você ta olhando?"
"Posso olhar não?" – ela continuou me encarando.
"Poder pode, mas paga um preço alto por isso... "
"Quanto!"
"Não falo em quantidade. – eu falei tomando um gole do suco. – e sim em qualidade..."
"Você continua com febre!" – ela falou mudando de assunto, como sempre, e colocando a mão na minha testa.
"Você testa minha temperatura só por pretexto pra tocar em mim ne? Eu sei que eu sou irresistivel."
"Pelo visto ja esta curado. Já esta com o velho humor de sempre."
"Então eu vou ter que voltar pra casa?" – eu falei desanimado abaixando minha cabeça.
"O que você pretendia? Morar comigo!" – ela falou batendo na minha cabeça.
"Até que não é uma má idéia" - eu suspirei, terminando meu prato e indo até a pia- "deixa a louça comigo hoje" - e comecei a lavar os pratos.
"Hoje?"- eu senti o tom de reprovação dela. Calma, Carter, calma. Eu repetia a mim mesmo.
"Ah, esquece"- abafei o caso e segui adiante- "que horas é seu plantão?"
"Você reparou quantas vezes a gente se pergunta isso em tão pouco tempo?"- ela cruzou os braços MAIS UMA VEZ. Eu já estava pronto pra falar alguma coisa- nós vivemos só pra trabalho!
"É"- eu a vi ainda na mesma posição- "seria bom se tivessemos umas férias, né?"- eu a vi acenar com a cabeça, ainda na mesma posição- "quem sabe você com esse bracinhos cruzados não consiga, hein?"- eu vi voar um pano de prato que não estou bem certo de onde veio.
"Cala boca!" - agora sim! Foi ela.
"Você recebe assim todas as suas visitas ou comigo é apenas uma mera excessão?"
"Só recebo assim quem me perturba a paciencia."
"Se é assim" – eu me fiz de magoado – "eu vou embora." – eu corri para os eu quarto recolhendo minha roupa.
"Nem pense em ir embora!" – ela parou na porta do quarto segurando a porta. – "você sabe que eu não estava falando serio."
"Eu sei.. - eu comecei a rir e me deitei na cama. - Não saio daqui nunca mais, nem rebocado!"
"Seu cachorro!" - ela avançou correndo pra "me atacar".
"Cachorro? Você vai ver?" - ela saiu de cima de mim assim como veio. Eu comecei a fazer cócegas no lado do corpo dela e logo, logo ela tinha saído da cama. Ela virou de costas, indo até o banheiro e eu pude perceber que o short que ela usava já estava quase caindo, o bastante pra eu poder ver uns 3 dedos da calcinha preta que ela usava.
"Sabem o que dizem sobre lingerie preta?"- eu continuava na cama, admirando a visão.
Eu a vi puxando o short pra cima, antes mesmo de virar pra mim.
"Não, não sei o que dizem..."- ela finalmente me olhou com "aquele" olhar que eu me derretia.
"Deveria saber..." – eu pisquei pra ela que fez uma careta pra mim.
"Ah é! Então me diz.." – ela sentou-se na minha frente cruzando as pernas daquele jeitinho que só ela sabia fazer.
"Sabe de uma coisa.". – eu me ajeitei na cama. – "Se eu fiquei nu na sua frente.. você bem que deveria me mostrar sua calcinha preta". – eu consegui o que queria, agora sim ela estava me matando com o olhar, não sei porque ainda não rolou um tapa na cara.
"E você deveria tomar vergonha na cara e sair da minha frente enquanto eu estou me controlando pra não te matar."
"Bate que eu gosto mais ainda de você.." – eu falei rindo.
"E aí, vai dizer o que quer dizer minha calcinha ou tá com medo?"- ela disse se policiando pra não cruzar os braços.
"Se você cruzar os seus braços umas vez, quem saiba eu diga"- eu olhei pra cima, faznedo pouco caso da situação. Soltei até um leve assobio.
"Vai pastar, Carter!"- ela entrou no banheiro, batendo a porta com força. O que será que ela faria? O que ela estaria pensando do meu comentário. Eu sei que fui um pouco ousado, mas se nós ficassemos naquela lenga-lenga para sempre, nunca iríamos ter certeza sobre nada.
A demora era grande e eu estava quase adormecendo quando ela finalmente saiu. Vi que ela estava de banho tomado. O cabelo molhado e cheiroso denunciava. A calça um pouco transparente acusava agora uma calcinha cor da pele. Uma daquelas que as mulheres usam com esse tipo de calça, para que a própria calcinha não seja notada. Mas nesse caso, isso definitivamente não estava aconetecendo.
"Sua calcinha tá quebrada" - eu disse. Ela deve ter pensado que eu estava dormindo porque se surpreendeu com a minha voz.
"Que?"- ela se voltou para o laod da cama e eu repeti a frase.
"Sua calcinha tá quebrada."
"Que é isso agora, hein?"- ela colocou a mão...na cintura dessa vez!- "vai ficar especionando as minhas calcinhas?"
"Ah, desculpa...mas é que tá dando pra ver"- eu sentei na cama, afim de explicar a minha inocencia no assunto – "eu sei que essa são pra ficar "transparentes" debaixo de roupa tão clara, mas dá pra ver tudo. Tá quebrada. Troca a pilha!"- eu disse, tirando um sorriso dela.
"Tá bom, Carter, ta bom..".- ela olhou em volta, procurando alguam coisa- "bom, eu to indo trabalhar. Você..."- ela parou um instante. Eu devia ter me tocado antes.
"Já to indo e só vou..."- ela me interrompeu.
"Não...eu ia dizer que se você quiser pode ficar...Tente descançar mais um pouco. Depois, se você for pra casa, deixa a chave debaixo do tapete."
"Você não tem medo que eu fique sozinho na sua casa!"
"Você é dono de sua consciencia." – eu falou colocando a bolsa no ombro.
"Falou bonito.. – eu sorri me levantando da cama. – eu não vou mexer em nada.. prometo!"
"Tchau Carter.. qualquer coisa pode me ligar." – ela se aproximou de mim, quando eu vou entregar minha bochecha pra ela beijar ela vira o meu rosto e me da um beijo mais que amigavel. Eu olhei pra ela sem entender, ela sorri e sai antes mesmo que eu questionasse aquela atitude, a qual, eu não estou reclamando, mas que me pegou de surpresa, e como pegou!
Continua...
