Atenção! Capitulo com cenas mais "pesadinhas".
Em primeiro lugar. Minhas mãos, onde eu deveria colocar as minhas mãos! Eu aproximei o meu corpo um pouco mais do seu, tocando levemente o seu rosto. Fiquei encarando por um instante e tirei a sua franja que teimava em cair no meio da testa.
"Eu ainda vou dar um jeito nela." – ela falou colocando-a por tras da orelha.
Eu não respondi. Estava com a garganta seca. Ela parou de sorrir e levemente eu fui aproximando o meu rosto mais ainda o seu. Finalmente eu daria o beijo que esperei por tanto tempo. Tudo começou a fluir com o andar das coisas. Eu ja não tinha medo de onde colocar minha mão que ja estava localizada na sua cintura.
"Porque você demorou tanto pra isso!" – ela falou quebrando o momento.
"Foi você quem mandou..."
"Eu!"
"Mulheres... como entende-las!" – eu a vi sorrir – "Agora, deixa essa conversa pra mais tarde..." – eu falei voltando a beija-la.
Eu parei um pouco de beija-la pra conseguir folego. Fui com muita sede ao pote, eu já não estava acostumado. Quem visse aqui (não que isso pudesse acontecer) poderia jurar que nós não tínhamos transado há uns dias. Vendo aqui, o que está acontecendo com a gente agora, eu tenho que concordar que aquilo não foi nada. Aquele mecanismo todo pra se deitar numa cama e fazer o que tinha de ser feito... Que decadência! Olhei pra cama e pra ela, fazendo a sugestão. A chuva pareceu aumentar naquela hora. Ou era o meu coração, não sei ao certo. Ela foi até o criado-mudo e acedeu o abajur.
"Apaga a luz.."- ela disse, deitando na cama.
"Tímida?"- eu sorri, indo apagar a luz – "por favor, né?"
"Não, Carter...romântica" - ela sorriu de novo quando eu me aproximei mais um poucou dela.
"Romântica?"- eu não consegui me conter e gargalhei- "só em outra vida..."
Ela me repreendeu com o olhar e deu um beliscão "daqueles" no meu braço. – "Isso é pela sua falta de romantismo. E isso.. – ela falou dando outro beliscão – é por me repreender."
"Ai.." – eu falei olhando pro local atingido. – "olhaa o que você fez, sua mal criada!" – eu mostrei o meu braço.
"To vendo nada ai bebê chorão..."
"Mas ta doendo.. muito!" – eu reclamei e ela pegou o meu braço e deu um beijo nele.
"Melhorou!"
"Um pouco... mas a dor subiu pra cá..." – eu falei apontando pro meu ombro.
Ela beijou o meu ombro, depois o pescoço, meu queixo e parou na minha frente olhando pra mim.
"Cade o resto do remédio!" – eu reclamei.
"Eu não sei se o senhor merece..."
Eu finalmente me usei da pior cara de criança abandonada que eu poderia fazer. Ate que ela finalmente cedeu me dando um beijo. Agora sim eu estava me curando. Eu ainda estava preocupado com minhas mãos. Apoiava elas no ombro, na cintura, nunca descendo mais que isso. Deitei ela delicadamente na cama e fiquei ao seu lado. Cruzei minha mão com a dela, dando beijos em seus dedos. Ela olhava pra mim e parecia mais que estava hipnotizada. Eu fiz o mesmo jogo, beijei o seu braço, seu ombro, seu pescoço e parei quando ia chegar a sua boca. Ela levantou o pescoço e eu me abaixei, largando sua mão e me apoiando nas suas coxas.
Eu a vi mordendo o lábio naquela penumbra. A franja já estava incomodando-a. Ela não parava de rir quando o cabelo entrava nos olhos...
"Quer prender o cabelo?"- eu parei o meu passo de formiga.
"Ah, quero!"- ela levantou da cama e foi até o banheiro- "eu não vou deixar meu cabelo estragar o meu humor, não!"
Eu não sabia se tinha feito bem estragando o clima, mas eu vi que aquele cabelo ainda ia dar muito o que falar. E o que eu menos queria agora era falar. Ela voltou e eu estremeci quando a luz do banheiro se apagou. Era chegada a hora H. Ela veio rindo, colocando a mão no cabelo.
"Maldita hora que eu cortei essa franja desse tamanho!"- ela tirava a porção de cabelo dos olhos- "vai me atrapalhar pra sempre!"
"Se quiser a gente pega uma tesoura e num instante resolve esse problema."
"Você quer ter uma namorada com um cabelo estranho?" – ela falou sentando na ponta da cama.
"E quem disse que nos somos namorados? Você é minha amante.. minha escrava pra assuntos sexuais." – eu rastejei ate onde ela estava, sentando ao seu lado.
"Você não tem medo do que eu poderia fazer com esse comentario!" – ela falou colocando grampos pra prender a franja.
"Esta bem.. retiro o que eu disse.. eu que sou o seu escravo. Faça de mim o que quiser.. me explore, me abuse... o que você quiser eu faço." – eu falei rindo, beijando a sua nuca.
"Mesmo!" – ela se virou fazendo uma cara de safada.
"Aham..."- eu disse, indo além. Aquele escuro tava me incomodando. Eu odiava fazer isso no escuro. Era tão...estranho. Bom, mas se ela queria assim...Não era eu quem iria discutir. Eu cansei de pensar em tudo e deixei a "coisa" falar mais alto. Desfiz nosso contato e tirei minha camiseta. Eu senti ela me secar, sem dizer uma palavra.
"Sua vez..."- eu a encarei sorrindo. A sombra dela, o pouco que eu conseguia ver dela na luz só do abajur, me sorriu.
"Não, não. Eu tenho vergonha" - ela juntou as pernas junto ao queixo, se fazendo de tímida.
"Ah, é? Vem cá que eu te ajudo, então " - eu chamei e ela prontamente veio, ficando a poucos cm´s de mim.
Eu levei minhas mãos diretamente na sua barriga, subindo devagar a sua camiseta. Continuei com o esquema de sempre ficar olhando nos seus olhos, apesar de que, naquele momento, outra parte me interessava muito mais. Ainda só no toque, ela levantou os braços facilitando que a camisa saisse de uma vez. Eu desci minhas mãos até os seus seios, acariciando-os levemente, sentindo eles ficarem enrijecidos. Ela sorriu envergonhada e eu me aproximei recostando o meu peito ao seu. Eu deitei na cama e olhei pro teto. O nervosismo assolava em todas as partes do meu corpo. Uma em especial. Eu a vi deitar no meu braço só de short e soutien. Que nós estávamos fazendo? Deitados naquele posição parecia que nós tinhamos acabado de transar e não que iriamos começar agora. Bom, pelo menos essa era a intenção.
"Ei"- eu olhei pra ela- "vamos começar pelo fim?"- esperei ela terminar de rir- "não precisa ter medo de mim não, tá?"
Ela acenou com a cabeça, e eu levantei meu corpo deitando por cima do seu. Incrivelmente ela começou a se "mover" um pouco e já utilizava de suas mãos, que nesse exato momento, estavam nas minhas costas, descendo cada vez mais.
"Sua febre passou.." – ela afirmou beijando o meu pescoço.
"O remedio que estou tomando, esta surtindo efeito." – eu a beijei mais uma vez e desci uma alça do seu soutien.
Eu a virei um pouco de lado pra abrir por competo o soutien. Será que eu ainda sabia fazer isso com uma mão só? Uhu! Não estou tão enferrujado assim...Meu coração acelerou quando eu tirei por completo. Oh, Deus! Será que eu chego ao fim da noite? Pensamentos positivos que sim! Segui para a proxima etapa, ela ja estava quase arrancando o meu short, quando eu alcancei sua mão, trazendo-a pro meu torax. Aproveitei que estava com as mãos ali e comecei a deslizar a penultima peça de roupa da noite. Terminei de ajudá-la a tirar o meu short. O momento se aproximava mais e mais. Eu me aproximei mais dela e deu um selinho na testa dela. Eu sempre fazia isso e eu sei que ela gostava. Ela piscava pesadamente quando eu finalmente fui tirando a minha cueca. Eu não iria esperar que ela o fizesse, tadinha. Eu a vi sorrindo quando apenas o que faltava era a última peça dela. Ela fechou os olhos e colocou os os braços paralelos a cabeça. Aquela cena era tão linda. Eu me derretia vendo que ela se entregava a mim, totalmente.
Coloquei a minha mão na cintura dela da forma mais doce que eu encontrei. Eu queria que essa fosse diferente da outra. Leve, doce, lenta, com amor. Aproximei ainda mais o meu corpo ao seu, percebendo que ela sentiu a minha excitação nas suas pernas. Eu dei breves beijos no seu busto, deslizando minhas mãos pelas suas curvas e descendo vagarosamente a sua calcinha. Ela me puxou para um beijo mais profundo, quando finalmente chegamos ao ponto que eu pretendia estar a tanto tempo. Nús, lado a lado, sem medo das consequências de nossos atos. Eu não pretendia apressar as coisas, mas eu senti a necessidade dela de ser "tocada".
Eu coloquei a minha mão no umbigo. Pra cima? Pra baixo? Que indecisão! Vamos com calma. Cima. É uma boa. Eu fui enchendo a minha mão com os seios dela que, ainda de olhos fechados, gemia ao meu toque. Eu não resisti em colocar a minha boca perto dali. Eu vi que ela abriu os olhos subtamente ao toque da minha língua.
"Que foi?"- eu perguntei. Será que fiz algo errado?
"Nada" - ela riu, saindo um pouco do meu contato e indo pra perto do abajur- desculpa- ela disse, antes de desligar essa luz também. Agora nao se via nada. Era o nosso apagão.
Eu ia falar pra ela que não enxergava nem por força da mente, mas preferi evitar atos que talvez a fizessem mudassem de ideia. Procurei com o meu ultimo sentido que restava, desvendar cada parte do seu corpo. Ate que não seria má ideia essa historia de escuro total. Tateei seu corpo me dando "de cara" com o seu peito, qual eu não sei. Toquei-os brevemente, mas tratei de explorar o restante. O melhor ainda estava por vir. Beijei os seus seios descendo, fazendo o caminho da perdição. Quando cheguei um pouco abaixo do seu umbigo, levantei meu rosto, mas senti sua mão empurrar minha cabeça contra o seu corpo. Sim eu estava no caminho certo. Continuei dando beijos ao longo de sua virilha onde eu parei de novo. Eu continuaria daqui com beijos.. ou algo mais intenso? Eu resolvi parar de pensar. Ficar medindo os meus atos só me deixaria nervoso e daria insegurança a ela. Eu me fiz relaxar, respirando pesadamente. Eu não podia negar a minha total tensão. Eu parecia bobo, não sabendo o que fazer direito. Eu estava perdido!
"John..."- eu a escutei dizer e aí então pude perceber onde estava a boca dela. Não a deixei falar, beijando-a com força e rapidamente – "anda logo com isso..."- eu teria escutado direto? Ela estava me apressando? Que vergonha! Tratei de subir por cima dela e senti ela se colocando numa posição mais apropriada.
Eu fui intensificando a pressão sobre ela, quando escutei um gemido, quando eu começava a ficar literalmente dentro dela. Eu queria ver sua reação, para saber se eu estava ou não satisfazendo-a. Deixei mais uma vez de lado os pensamentos e continuei a fazer o que eu sabia. De alguma forma eu tinha a certeza de que ela sairia dali com vontade de quero mais. Aceleramos o nosso ritmo, sem quebra-lo uma só vez. Eu tentava me concentrar antes que eu chegasse finalmente "lá"... mas, uma coisa me veio à mente. Eu estava sem camisinha. Teria ela se lembrado desse "detalhe"? logo ela que era tão precisa quanto a nós não deixarmos de usa-la. Estranho..
Voltei ao meu ritmo e a beija-la com mais frequencia, percebendo o corpo dela ficar mais tenso e relaxado logo em seguida, demonstrando que eu estava fazendo a coisa certa. Ela me arranhava por completo nas costas.
Meu medo maior era deixa-la na mão. Eu desejava isso, desse jeito a muito tempo. Eu já podia ver meu corpo querendo se descontrolar. Mas eu sabia que era questão de tempo. Ela estava quase chegando, era questão de segundos. Me segurei ao máximo. Eu não podia falhar dessa vez. Quando eu não estava mais aguentando, prendi a respiração e fui fundo dela. Tiro e queda. Ela agarrou meu braço com força, gemendo alto algo que eu não entendi.
Bingo! Eu tinha conseguido. Aquele poder só fez com que minha excitação aumentasse e mais do que depressa eu cheguei junto. Podia me sentir sorrindo, saindo de cima dela. Aquela sensação era o céu. Eu pensei que ela fosse falar alguma coisa de imediato, mas ao contrário de tudo o que eu podia esperar dela, a vi pegar o controle sobre o criado-mudo e ligar o som.
P.s: a musica é Everything do LifehouseA música? Muito diferente do que eu esperava também. O ritmo rock pesado e gritado tinha dado lugar a uma música lenta e linda. Que raios tava aconetcendo com ela? Ela pôs o controle no lugar e me deu um abraço apertado.
"As calcinhas pretas definitivamente definem as mulheres que querem transar..."- eu a ouvi rir me dando um beijo no rosto. Que Abby mais...doce. Tudo isso era...saudade?
Eu ri também, não tirando da minha cabeça o "detalhe". Teríamos que conversar sobre isso. Eu, particularmente, não fazia nenhuma objeção de que fosse no escuro.
"Eu já posso ligar a luz ou..." – quando eu ia terminar de falar, ela estendeu o braço e acendeu a luz do abajur.
"Desculpe... eu ja estava esquecendo.." – enquanto ela falava eu ia me colocando ao seu lado, podendo finalmente encara-la. Ela não parava de sorrir. Ela voltou o seu rosto ficando de frente ao meu, me abraçando antes de me encarar com aquele sorriso que só ela poderia me proporcionar. Eu lhe dei mais um beijo, antes de finalmente falar.
"Abby.." – eu comecei, afastando a sua franja da testa. – "você não acha que esquecemos de só um detalhe o qual nunca deixamos de lado!"
"Que detalhe?" – eu acho que ela realmente havia se esquecido.
"Eu não estou achando ruim.. muito pelo contrario.. mas você é sempre tão preocupada em quando não esta tomando remedio em utilizar camisinha."
Quando eu pensei que ela iria ficar seria ela deu mais um sorriso enorme.
"E quem te falou que eu não estou tomando anticoncepcionais! E alem disso.. você sabe que pra tudo.. se tem um jeito."
Anticoncepcionais? Quer dizer que ela estava previnida? Hum..bom saber. Não vou deixar essa oportunidade de amola-la mais uma vez.
"Ah" - eu ajeitei o travesseiro na cama, me sentando, coberto com o lençol- "quer dizer que você está usando?"- eu cruzei os braços – "posso saber por que?"
"É simples..."- ela se sentou, subindo o lençol até debaixo do braço- "a gente nunca sabe o dia de amanhã" - eu já ia me preparando para lhe lançar mais uma brincadeira quando ela completou- "a gente nunca sabe quando um Carter vai querer a gente de volta..."- ela baixou a cabeça. Será que ela estava falando sério? Eu fiquei mudo, cego e surdo. Sem reação. O que eu devia fazer agora?
Eu tentava raciocinar rapidamente quando a vi levantar o rosto.
"Ei" - ela chamou a minha atenção- "não precisa ficar assim, eu to brincando" - ela riu e eu tentei disarçar- "eu sou desregulada mesmo" - ela disse, colocando as pernas pra fora da cama, vestindo a camiseta que estava usando antes. Vi ela indo até o banheiro, com aquela pequena camiseta. Pequena até que ponto? Escondia a parte melhor.
Eu fiquei pensando no que ela tinha dito. Ela não teria falado aquilo de graça. Em toda brincadeira tem um fundo de verdade, apesar de eu não duvidar do fato dela ser desregulada. Mas deixemos esse assunto pra depois, hoje a noite seria só de comemoração.. afinal, não é todo dia que a gente consegue realizar tantos planos depois de tantas batalhas perdidas. Quando o meu corpo ainda estava relaxando eu comecei a sentir novamente o frio que estava fazendo. Procurei pelo meu short, vestindo-o em seguinda, antes de me embrulhar no lençol. Quando eu menos espero eu sinto um corpo deitado em cima do meu. Eu ainda tinha que me acostumar com aquela maavilhosa situação.
"Porque o sr. Esta ai todo encolhido?" – ela falou beijando a minha nuca.
"Acho que porque eu estou sentindo frio.. o meu remedio me abandonou aqui sozinho na cama."
Ela entrou por baixo do lençol, ainda por cima de mim, me abraçando.
"Pronto, eu não vou sair mais daqui.. daqui a pouco você esta curado." – ela falou colocando a mão no meu pescoço e conferindo a minha temperatura. – "E aliás.. você já esta bem melhor..."
A música ainda tocava quando o slêncio chegou junto ao nosso cansaço. Os bocejos incontroláveis que intercalavam a nossa boca acusavam o nosso sono. Não havia mais nada o que fazer a não ser juntar os nossos corpos e dormir.
Continua...
