"Procura-se apanhador qualificado para se unir ao nosso time de quadribol. Tratar com Alicia" – a visão desse anuncio no mural do salão comunal da Grifinória logo pela manhã deixou Harry deprimido. E o fato da escola inteira comentar a respeito do tal anuncio não ajudou a melhorar o humor do garoto.
Harry! Harry! – foi Colyn Creevey quem o chamou – Não é verdade o que estão falando não é mesmo?
Depende do que estiverem falando...
Que você deixou o quadribol porque soube que o Draco Malfoy voltou pro time da Sonserina.
Não! Francamente Colyn, só mesmo o Malfoy para inventar um absurdo desses! – Colyn acreditou no que Harry dissera, mas só porque era um grande fã dele, pois o resto de Hogwarts acreditava na versão do sonserino, afinal, ninguém sabia das prioridades de Harry naquele ano.
Era só essa que me faltava! – falou Harry aos amigos quando soube que o boato que Colyn viera confirmar com ele era assunto geral.
Eu te alertei quanto a isso e você não me deu ouvidos – disse Rony fazendo cara de quem tem sempre razão – Preferiu ouvir a Mione como sempre.
E conseqüentemente tomou a decisão correta – falou Hermione com a sua cara habitual (de quem tem sempre razão).
Rony, você não me alertou quanto a isso não.
Eu disse pra você não deixar o time de quadribol, o que dá na mesma.
Cara, eu só lamento por não poder JOGAR quadribol durante esse ano, afinal, eu adoro jogar quadribol! Esses boatos estúpidos que o Malfoy lançou, nem de longe me atingem. – mentiu Harry, que na verdade estava irritado, pois ninguém gosta de ser inferiorizado, principalmente injustamente.
É isso aí Harry. Não ligue pra esses otários estúpidos! – falou Hermione decididamente.
Você não estaria me chamando de otário estúpido né Hermione?
Se a carapuça servir...
Mas eu nem te dei motivo!
Se realmente não tivesse motivo, não estaria achando que o "otários estúpidos" foi uma indireta pra você.
E quem disse que eu to achando isso?
Ah, parem vocês dois! Será possível que eu nunca conseguirei tomar meu café da manhã sem ter que presenciar uma briga boba entre vocês?
Acho difícil, já virou rotina! – respondeu Rony divertido.
O local era escuro e frio, não permitia a entrada de nenhum tipo de luz ou calor, a não ser a da fraca lâmpada pendurada no teto que balançava por causa do vento que entrava pela janela com vidros escuros localizada na parte superior da parede com rachaduras.
Ainda não foram localizados, eu suponho.
Não mestre, ainda não foi possível, infelizmente.
Não foi possível? Você quer saber o que não é possível? TRABALHAR COM INCOMPETENTES FEITO VOCÊS! Já faz quanto tempo? Um mês eu suponho. QUALQUER UM COM UM MÍNIMO DE COMPETÊNCIA JÁ TERIA LOCALIZADO ESSES TRAIDORES MALDITOS!
Mestre, se acalme, por favor! Estamos fazendo o que está no nosso alcance. Tenho certeza que descobriremos o paradeiro... – dessa vez foi Lúcio Malfoy quem se pronunciou.
Eu esperava que vocês tivessem um alcance maior do que essa merda que demonstraram ter até agora! MAIS UMA SEMANA! Vocês ouviram bem? NEM MAIS UM DIA! OU SE ARREPENDERÃO MAIS DO QUE PODEM IMAGINAR.
Mestre, não vamos decepcioná-lo dessa vez. – disse Crabbe olhando para baixo, faltava coragem para encarar Voldemort.
JÁ ME DECEPCIONARAM O SUFICIENTE DESSA VEZ!
Mil perdões! Mil perdões! – se ajoelharam aos pés dele.
SAIM DAQUI SEUS IDIOTAS! SAIAM DAQUI! AGORAAAA!
Sim senhor, com licença!
Inúteis! Como sempre terei que agir sozinho.
Ah pobrezinho! – lamentou a professora de adivinhação – Eu vejo uma vida cheia de riscos, muitos dos quais você não está preparado para enfrentar. Isso pode te levar a uma morte dolorosa, ou seria uma vida sem amor? Bom, isso não vem ao caso.
A senhora viu tudo isso só de observar o formato do lóbulo da minha orelha? – perguntou um Harry perplexo.
Nunca duvide da sua orelha! Ela diz muito sobre você e seu futuro... Agora analisem as orelhas de seus colegas e façam um relatório com as observações.
Cara, eu lamento tanto de não ter abandonado essa aula! – comentou Rony. – Essa mulher só pode estar louca... Olha o que ela nos manda fazer!
Não reclama Rony, não é você que terá uma morte dolorosa ou uma vida sem amor. – os dois riram divertidamente, e Harry continuou achando o acontecimento engraçado, até finalmente compreender o sentido daquela frase, quando eles estavam saindo da aula.
Rony, você acha possível que o que Sibila me falou faça algum sentido?
Sinceramente, não. Por que?
Sei lá... A morte dolorosa, caso eu perca para Voldemort, e a vida sem amor, caso eu ganhe e Hermione morra no meu lugar.
Harry, sem neuras! Em primeiro lugar, é praticamente impossível que o que Sibila acabou de falar seja verdade e em segundo lugar, pra que Voldemort iria matar Hermione se ele pode TE matar?
Para que eu perca o interesse em continuar lutando... Rony, isso NÃO pode acontecer!
Eu sei que não, Harry. Mas calma, a Hermione não vai morrer.
Se ela não morrer, minha outra opção é perder de Voldemort... E conseqüentemente o fim de tudo, o domínio pelas trevas.
Do que você ta falando?
Rony, já ta na hora de você ficar sabendo sobre a Profecia.
Harry contou para a Rony sobre a Profecia, que ele ficara sabendo por Dumbledore, Rony ficou assustado e temeroso pelo amigo.
Mas eu ainda acho que não se deve acreditar no que aquela louca diz. – insistiu Rony.
Talvez, Rony. Mas isso me deixou assustado. Eu preciso rever algumas coisas, tomar algumas precauções. Se acontecer qualquer coisa a Hermione eu nunca vou me perdoar...
Eu sei que essa não é a melhor coisa para falar nesse momento, mas estamos atrasados pra aula de História.
Harry riu, mais da cara que Rony fez ao tecer esse comentário do que do comentário em si, em seguida, os dois se dirigiram para a sala de aula, onde Hermione os esperava com um semblante preocupado.
Vocês sumiram durante esse intervalo...
Eu estava conversando com Rony, ele sabe sobre a profecia agora.
Ah, é melhor mesmo. – Hermione sorriu para os dois. – Agora vão pros seus lugares, que o professor deve estar chegando!
Naquela noite, Harry nem pensou nos deveres de casa que deveria fazer já que depois não teria tempo, também nem se lembrou de avisar Hermione que não compareceria ao encontro que eles tinham todas as quartas feiras à meia-noite, assim que saiu do banho, foi direto à sala de Dumbledore, também não tinha avisado o diretor que o visitaria. O assunto era urgente demais para que fosse perdido tempo com avisos.
Feijãozinho de cera de ouvido – Harry disse a senha para entrar na sala, Dumbledore tinha o contado, para que ele pudesse entrar lá sempre que fosse necessário.
Harry? Confesso que não estava esperando a sua visita...
Desculpe-me por vir sem avisar, é que o assunto me pareceu urgente.
Sem problemas, pode falar, sou todo ouvidos.
Bem, hoje eu tive aula de adivinhação e a professora Sibila me falou que no futuro eu teria uma morte dolorosa ou uma vida sem amor. Eu sei que é uma previsão estranha, mas eu não pude deixar de relacioná-la com a minha derrota na batalha final ou a morte de Hermione. Nenhuma dessas duas coisas pode acontecer...
Calma Harry! Bom, eu já te disse uma vez que adivinhação é uma matéria um tanto quanto imprecisa, é bastante provável que nenhuma das coisas que a professora te disse realmente acontecerá, e se analisarmos melhor, qualquer morte é dolorosa e ela não especificou quando essa morte acontecerá.
Depois de ouvir as palavras de Dumbledore, Harry ficou um pouco mais calmo. Por que não analisara as coisas dessa forma desde o início? Mas parte dele continuava acreditando nas palavras da professora de adivinhação.
Dumbledore, o senhor me disse que eu me manteria informado sobre quaisquer descobertas acerca do plano de Voldemort. Mas eu não estou sendo informado de nada.
É porque nós também não estamos sendo, Harry. Voldemort está sendo discreto, mais do que nunca. Chegamos a pensar que ele não vai fazer nada, pelo menos por enquanto, para que as pessoas achem que ele não voltou realmente e descuidem do combate a ele.
Talvez eu devesse manter contato com ele, como antigamente, quando eu ainda não sabia nada sobre oclumência.
Harry, você sabe melhor que ninguém que isso traz riscos.
Sei, mas eu quero ser útil de alguma forma. Acho que só eu tenho a capacidade de descobrir o que se passa na cabeça dele...
Você só saberá o que ele quiser que você saiba, Harry. E não se esqueça que esse processo é recíproco, ele também saberá o que se passa na sua cabeça.
Só o que eu quiser que ele saiba.
Isso está fora de cogitação. Seria extremamente cansativo para você. Além de arriscado – Dumbledore lança um olhar paternal a ele, preocupado – Harry, nem pense em fazer isso escondido da ordem. – Harry fez que sim com a cabeça, porém já era tarde demais, ele já tinha pensado.
N/A: Muito obrigada pelas reviews! E continuem postando ;)
E respondendo a pergunta da Mione Potter: o casal que eu pretendo formar é Remo/Tonks ... A Eva até gosta dele, mas depois de tudo o que ela já fez tem que sofrer! Pelo menos um pouco...
