Disclaimer: Todo mundo sabe que Harry Potter & cia não me pertencem, então...
Cap. 9 – A Nova Hogwarts
Os quatro trocaram olhares de pesar, mas saíram atrás de Filch calmamente, deixando-se ficar um pouco para trás de propósito.
- O estuporamos e escondemos o corpo? – sussurrou Ally.
- Não, é mais fácil contarmos a verdade e fazer sua irmã, o Malfoy e não sei mais quem levar o castigo. – retrucou Harry no mesmo tom.
- Ela não é minha irmã. – resmungou ela, entredentes.
- E provarmos que somos fracos o bastante para depender da diretoria? Não. – sussurrou Allan.
- Vocês são muito orgulhosos. – disse Lowell, revirando os olhos.
- Parem de conversar e acelerem o passo. – bufou Filch, virando-se para encará-los com um ar ameaçador.
- Ah, tio Filchinho, eu não consigo andar rápido. – disse Ally, fazendo biquinho.
- Mais uma palavra inconveniente, srta. Black, e estará expulsa antes mesmo de pôr os pés em Hogwarts.
Ela fez uma careta, mas foi sensata e ficou calada durante o percurso. Havia uma última carruagem esperando por eles. Harry tentou focar o olhar no animal que a puxava, mas não conseguiu ver o trestálio que deveria estar ali. Lowell puxou seu braço com força, fazendo-o entrar. Seu coração estava acelerado e sua mente fazia rápidas ligações. Se não conseguia ver o testrálio, não havia presenciado a morte de ninguém. Então... O que acontecera a Voldemort? Apesar de tudo sempre que estava sozinho aquela pergunta voltava a sua cabeça, martelando e exigindo uma resposta. E como fazia, ignorou-a. À distancia, Hogwarts continuava a mesma, com as várias torres e imponente naquele lugar deserto de habitação. A floresta parecia mais escura e inspirava mais medo que nunca. Com um ruído leve eles pararam, descendo logo em seguida.
- Que tal então fugir por uma passagem secreta? – sussurrou Ally, entediada pela falta de espírito aventureiro dos amigos.
Os três sacudiram a cabeça negativamente, o que a fez amarrar ainda mais a cara. Percorreram uma série de corredores, subiram algumas escadas e por fim chegaram a um canto do castelo que Harry não se lembrava de ter visto. Filch abriu uma porta e fez um gesto para que entrassem. A sala era simples, decorada em tons discretos de marrom, com algumas poltronas confortáveis e uma lareira. Nas paredes haviam várias fotos de Hogwarts e seus alunos, de professores e diretores antigos.
- Sentem-se, vou buscar a diretora. Vocês conhecem as regras, caso queiram tentar fugir.
Filch bateu a porta levemente, saindo à procura da diretora enquanto os quatro se sentavam.
- Será que vamos ser expulsos? – perguntou Allan, encarando os amigos com a testa enrugada.
- Se continuamos aqui até hoje, não será agora que vamos sair. – disse Ally tranquilamente.
- Juro que não te entendo. – bufou Lowell. – Há pouco mais de meia hora você estava gritando desesperada com medo de ficar presa na cabine do trem. Agora que estamos prestes a ser expulsos, está calma?
- O que aconteceu na cabine foi apenas um descontrole temporário. – retrucou ela, ruborizando levemente.
Durante muito tempo ficaram em silêncio, sem comentários que parecessem necessários ou adequados ao momento. Quando Harry já estava começando a achar que poderia ir embora sem problemas, Filch voltou acompanhado de dois professores. Um deles era inconfundivelmente Snape, com o mesmo nariz de gancho e cabelos oleosos, e a outra era a professora McGonagall. Parecia ter envelhecido alguns anos, os cabelos continham mais fios brancos e o rosto possuía traços fundos de preocupação.
- Então, srs., querendo começar o ano com chave de ouro? – perguntou ela extremamente séria, sentando-se na poltrona atrás da mesa.
Os quatro se endireitaram melhor nos seus lugares. A professora McGonagall os encarou, um a um.
- Deixamos bem claro que mais um desvio de conduta e eu encerraria a ficha de vocês com expulsão.
- Por favor, professora, temos uma explicação bastante razoável. – adiantou-se Harry.
- Um minuto, Sr. Potter. Pode começar.
Harry engoliu em seco e ficou sem reação por um instante.
- Alguém nos prendeu na cabine. Tentamos os feitiços, a força, mas nada adiantou...
- Então resolveram explodir a cabine? Não sabiam que o Sr. Filch estaria passando por ali?
- Ficamos com medo de perder o ano letivo ou sermos expulsos. – falou Lowell, a voz com um leve tremor de medo.
- E o que me levaria a acreditar nas palavras de vocês?
- A promessa de que vamos nos comportar como nunca este ano. Se não, pode nos expulsar. – disse Allan imediatamente.
Todos os presentes da sala olharam para ele. Harry, Ally e Lowell com choque e aborrecimento, e os dois professores e Filch com um completo ar de desconfiança.
- E o que me faria acreditar nessa promessa, Sr. Keddle?
- A nossa palavra.
- Se me permite, diretora, acho que devemos expulsar os quatro imediatamente. – Snape não podia ficar calado diante da oportunidade.
- Não, Severo. – disse ela após uma longa pausa. - Os quatro estão em detenção por três meses, e serão retirados 50 pontos da Grifinória. E a suspensão do time de quadribol continua vigorando para os srs. Potter e Keddle.
- Três meses? – espantaram-se os quatro, em uníssono.
- Sim, três. Ano passado a detenção não foi inteiramente cumprida.
- Diretora, podemos fazer uma troca...? Eu levo a suspensão do time, e Harry volta a jogar. – opinou Lowell.
- Como quiser Sr. Dreher, a escolha é sua. Estão liberados, Filch os acompanhará até o salão comunal da Grifinória.
Com acenos de cabeça e vários agradecimentos, eles se retiraram sendo seguidos novamente por Filch.
- Parece que a nossa diretora não consegue ter pulso firme. – sussurrou Snape, voltando seu olhar para Minerva assim que a porta foi fechada.
- Hoje não, Severo. – suspirou ela, reclinando-se para trás e fechando os olhos. – Estou exausta, e você sabe disso. Poderia me ajudar a tomar conta do colégio, não me condenar pelos meus erros.
Snape saiu da sala, sem mais nenhuma palavra nem olhar direcionado a ela.
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Harry procurava associar cada detalhe com a Hogwarts a que ele fora acostumado. Os quadros pareciam estar no mesmo lugar, as pequenas rachaduras na parede apareciam com mais freqüência, as armaduras estavam mais gastas e algumas até enferrujadas. Depois de alguns segundos ele percebeu que não estavam indo pelo caminho convencional até o salão comunal.
- Para onde vamos? – perguntou ele, enquanto dobravam um corredor.
- Grifinória, claro. – resmungou Allan.
Harry abriu a boca, surpreso.
- Mas... A torre não ficava do outro lado?
Ele mordeu os lábios ao ver que os três amigos, e até mesmo Filch pararam depois daquela pergunta.
- Se a memória lhe falha, Sr. Potter, estamos indo por outro caminho. – disse Filch, os olhos cintilando. – Agora andando, mais um apalavra e voltarão para a sala da diretora.
Harry engoliu em seco e passou a prestar mais atenção ao caminho que estavam seguindo, se por ventura ele tivesse que usa-lo mais tarde. Não achou toda aquela volta necessária, poderiam ter economizado bastante tempo se tivessem ido pelo outro lado, mas permaneceu calado. Pareceu que o caminho demorara anos, quando eles finalmente chegaram ao quadro da Mulher Gorda (que, pela expressão, não ficou muito satisfeita ao vê-los).
- Senha? – perguntou ela, automaticamente.
- Kennilworthy Whisp. – disse Filch automaticamente. – Para dentro, agora.
Os quatro lançaram-lhe olhares indignados, mas entraram no Salão Comunal. Várias pessoas viraram a cabeça para ver quem entrara, a maioria sorria e acenava. Ally retribuiu os cumprimentos alegre e com certo ar de importância, até Allan puxa-la pelo braço para que eles se sentassem no canto isolado perto das escadas que davam para o dormitório feminino (ou onde ele devia estar). Mais adiante, sentada embaixo da janela lendo muito concentrada um livro, estava Amy. Harry precisou fechar as mãos para conter a raiva.
- Relaxa Harry, o Allan fez a gente prometer que vamos nos comportar. – suspirou Lowell, puxando-o para que ele se sentasse.
- E ela fica lá tranqüila enquanto nós cumprimos detenção? – retrucou ele.
- Isso aí, vai lá Harry, tem o meu apoio!
- Ally, fica quieta! Francamente, você está precisando de uma dose de poção calmante... – bufou Lowell, conseguindo finalmente fazer Harry sentar-se.
Apesar de sentado e de lutar para conter a raiva, Harry continuou a observá-la atentamente a procura de algo que pudesse fazer contra ela. Enquanto continuava olhando, um garoto levemente rechonchudo, de cabelos castanhos escuros e olhos claros se sentou ao lado de Amy, sorrindo calmamente. Ele piscou algumas vezes. Aquela face redonda, as sardas que se espalhavam pela bochecha e pelo nariz... Era Neville Longbottom.
- É impressão minha ou o nosso querido heroizinho estava envolvido na história da cabine? – perguntou Allan, que olhava na mesma direção de Harry.
- Heroizinho?
- Harry, o que há com você? Bateu a cabeça nas férias e perdeu a memória? – perguntou Ally, surpresa.
- Er... Nada. Só acho que estou com sono. – disse ele, forçando um bocejo.
- Sei, sei... – suspirou ela, desconfiada. – De qualquer forma, seria muito interessante. De herói a vilão, daria uma bela história.
Lowell olhou para ela com a testa enrugada.
- Não viaja...
- Não estou viajando! Francamente, vocês perderam, além da memória do Harry, o senso de bom humor? Quer saber, estou indo dormir.
E saiu pisando duro, antes de subir correndo as escadas até o dormitório. Lowell suspirou, levantando-se de um pulo.
- Desculpem, não estou me sentindo bem hoje. Acho melhor ir dormir.
- E, numa reviravolta da vida, só sobramos nós dois. – comentou Allan, vendo os pés do amigo desaparecerem pela porta do dormitório masculino. – Ele está com problemas, não é? Lowell nunca conta o que está acontecendo com ele e acaba por descontar em cima de nós.
- Os pais dele estão se separando, dê um tempo para que ele possa se acalmar.
- Estou dando, Harry. Vamos subir também? O dia de hoje foi meio cheio para mim.
- Para mim também. – suspirou ele.
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Harry acordou com o barulho distante da água do chuveiro em algum ponto remoto perto do dormitório. Abriu as cortinas que cercavam sua cama, dando de cara com um Lowell sério, arrumando a mochila, e um Allan com os olhos inchados de sono. Demoraram-se um pouco na confusão da arrumação matinal, entre tomar banho, vestir as roupas ou separar os livros que eles achavam necessários. Depois de encontrarem Ally no Salão Comunal, seguiram para o café da manhã. A mesa da Grifinória estava cheia e havia no ar o zum-zum-zum comum de começo de ano. Começaram a comer num silêncio que ele considerou anormal, devido ao jeito dos amigos.
- Ah, Lowell, me esqueci de agradecer por você ter cedido seu lugar para mim no time...
- De nada, Harry. Tenho certeza de que fiz o melhor ao tomar essa decisão.
- Você também fará muita falta.
Mentir ou fingir não eram habilidades de Harry, mas ele estava se habituando a elas. Vez ou outra falava alguma coisa que os outros podiam considerar estranhas ou sem sentido, e ele se via obrigado a inventar algo para contornar os estragos. Não gostava de enganar as pessoas que ele já considerava amigos, porém não poderia admitir também a verdadeira saga era, ou fora, sua vida. Seria pedir para ser considerado louco.
- Ta, eu admito que estava estressada ontem. – disse Ally inesperadamente, largando os talheres na mesa.
- E...? – perguntou Harry.
- Estou admitindo que estava errada.
- Nossa, que milagre. – riu Allan.
- Então eu também peço minhas desculpas. – suspirou Lowell.
- Pronto, todos estamos em paz. Acho que podemos começar uma conversa agora. – divertiu-se Harry.
- Qual a nossa primeira aula? – perguntou Lowell, levemente preocupado.
- E eu tenho cara de adivinha? Olha, lá vem o professor Doge distribuindo os horários.
Por um instante Harry achou que fosse a reencarnação de Lockhart que estivesse vindo na sua direção com um bolo de papéis nas mãos. Quando o tal Doge se aproximou e lhe deu o seu horário sorrindo foi que ele percebeu a confusão. Doge tinha cabelos loiros, olhos azuis e um sorriso extremamente simpático, mas de longe conseguia ser mais bonito que o antigo "professor" de DCAT de Harry. Começou a examinar seu horário.
- Poções duplas TRÊS vezes por semana? – exclamou ele, chocado. Os outros gemeram.
- Vamos ter aulas separadas, olha. Hoje tenho Herbologia, mas você não. – comentou Lowell, esticando o pescoço para examinar as aulas de Harry.
- Por quê? – perguntou ele.
- Porque optei por um curso mais centrado na profissão de Curandeiro. E eu preciso conhecer as ervas e plantas que são usadas na medicação dos pacientes e tal.
- E eu?
- Apanhador. – disse Ally sem tirar os olhos da torrada que estava comendo.
Harry abriu a boca, sem ter mais nenhum comentário. "Eu devia ser muito ambicioso", pensou ele amarguramente enquanto seguia os amigos até a saída. Rony veio correndo para se juntar a eles.
- Feitiços? – perguntou ele, reduzindo a velocidade dos passos para acompanhá-los.
- É. Todos do sexto ano têm essa aula? – perguntou Lowell.
- Acho que não. Alguns da Corvinal têm aula se DCAT agora, mas os da Lufa-Lufa deverão estar na mesma turma que a gente.
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- Por favor, você tem que me ajudar!
- Calma Allan. Você só estava fazendo o movimento errado.
- Assim? Orchideus!
Um buquê de rosas vermelhas fora conjurado da ponta da varinha de Allan. Eles estavam agora saindo da aula de Feitiços, ainda ministrada por Flitwick, atravessando os corredores cheios para alcançar a sala de Poções, nas masmorras. A aula de Feitiços fora boa, revisão de alguns feitiços e aprendizado de novos. Allan tivera uma séria dificuldade em conjurar o feitiço, e implorava a Rony ajuda, mesmo que fosse no meio de tantas pessoas.
- Ah, consegui! Hei Berwian, olha só o que eu fiz para você!
Uma menina da Grifinória, que por acaso estava acompanhando Gina, levou um susto ao ver seu nome pronunciado naquela altura. Vários curiosos esticaram o pescoço para ver. Allan entregou o buquê a ela, que possuía cabelos castanhos claros lisos e olhos mel, enquanto as bochechas dela ganhavam um toque avermelhado.
- Obrigada, Keddle. – sussurrou ela, sorrindo envergonhada.
- De nada. Oi Gina, tudo bem?
- Tudo. Oi Harry, Rony, Ally, Lowell...
- Olá. – responderam os quatro em uníssono.
- Vamos logo, não quero chegar atrasado na aula do Seboso... – suspirou Rony, empurrando Harry pelo corredor, já que ele ficara temporariamente sem ação.
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- Isso está muito monótono.
Harry observou atentamente a turma de Poções. A maioria estava concentrada na poção e Snape estava ocupado passando alguns pergaminhos a limpo.
- Podíamos fazer alguma coisa para animar a aula.
Allan deu um sorriso maldoso enquanto abria lentamente a mochila. Tirou um pequeno embrulho e entregou o mais discretamente possível a ele.
- Achei que Filch tinha revistado nossas coisas. – sussurrou Harry ao perceber que o embrulho era nada mais que uma bomba de bosta.
- E revistou. Eu tinha escondido essa.
Harry colocou-a dentro do bolso, e voltou a observar atentamente qual seria a melhor forma de aproveitar a chance. Seu olhar, novamente, foi parar em Amy, que lia distraidamente um livro por baixo da mesa, tentando não despertar suspeitas. Era uma oportunidade perfeita de vingança.
- Qual é o melhor jeito de atrapalhar a concentração de alguém sem despertar suspeitas?
- Não acredito que você vai desperdiçar minha única bomba! Sabe a dificuldade que foi contrabandeá-la para cá? – sussurrou Allan indignado, observando o olhar maligno dele direcionado à garota.
- Relaxa e assista ao espetáculo.
Bufando, ele recostou-se na cadeira. Harry tirou a varinha do bolso e apontou para a bomba de bosta, sussurrando o mais discretamente possível "Waddiwasi" e parou para admirar o efeito da brincadeira. Só Rony, que estava com o olhar perdido no ar, viu exatamente o que ele fez. A pontaria de Harry foi exata, e fez a bomba de bosta cair dentro do caldeirão. Imediatamente, houve uma explosão, seguida por um grito agudo.
- Srta. Black! – urrou Snape, levantando-se de um salto.
A poção se esparramava rapidamente pelo chão da sala, e as pessoas ao redor começavam a tomar a mesma atitude da garota: subir em cima da cadeira. Snape, com uma raiva que parecia sair por cada centímetro dele, limpou a poção com um simples feitiço. Em seguida, usou a varinha para pegar o livro que Amy lia antes da confusão, largado no chão durante o susto e encharcado.
- Alguma explicação plausível para o acidente, srta. Black? – perguntou ele, cinicamente.
- Não fui eu! – exclamou ela apavorada. – Eu estava lendo para esperar a poção ferver e...
- Silêncio! Permaneça na sala depois do sinal. E o restante, volte as suas poções antes que passe o tempo de acrescentar novos ingredientes!
Harry reprimiu uma risada e ajudou Allan com o restante da poção. Pelo canto do olho pôde observar o desespero crescente de Amy em tentar refazer sua poção, sem nenhum sucesso. O restante da aula passou num piscar de olhos, tamanha a concentração dele em disfarçar a autoria do "atentado" e em obter boas notas na matéria, para compensar os desastres do ano anterior. Quando o sinal bateu, Snape pediu que colocassem uma amostra da poção em um pequeno pote junto com o nome da dupla e colocassem em cima de sua mesa. Harry e Allan tentaram ficar para trás de propósito, mas Snape percebeu a intenção deles e os mandou embora da sala.
- Ah, dessa vez o Snape vai esfolar a Amy viva! – exclamou Ally, dando praticamente pulinhos de alegria no meio do corredor.
- Nossa, onde foi parar seus sentimentos fraternos? – perguntou Rony, erguendo as sobrancelhas.
- Peguei um mês de detenção por causa da história da cabine. É bem feito para ela se pegar o mesmo castigo que eu.
Lowell suspirou, rolando os olhos. Na verdade, se não fossem as brincadeiras inconvenientes deles talvez nada disso tivesse acontecido.
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Amy se encaminhou até a mesa do professor Snape arrastando os pés e profundamente apavorada. O olhar dele estava mais cruel e gélido do que o comum, se é que isso era possível. Rezando todas as orações que estavam no seu alcance, ela esperou que Snape se manifestasse.
- Muito bem, srta. Black. Espero que entenda que ler livros enquanto sua poção ferve não é recomendável, acrescendo a isso o fato de sua extrema desatenção na aula.
- Mas eu não fiz nada de errado! – exclamou ela, novamente indignada. – Não dessa vez.
- Esse é outro grande problema. De quatro poções, a srta. consegue estragar três. É um índice realmente preocupante. Se não fossem as outras matérias, eu poderia considerá-la mentalmente incapacitada em magia. Na verdade, pensei seriamente se deveria aceita-la na turma avançada, e vejo que minha decisão não foi a correta.
- Estou sendo expulsa? – perguntou Amy, a cor sumindo rapidamente do rosto.
- Não. Infelizmente, não posso expulsa-la assim. Por isso, daqui a um mês e meio vou aplicar um exame de Poções para testar seus conhecimentos. Se passar, continua na turma.
- Bem... Minha mãe será informada...?
- Seus pais serão informados. – resmungou ele, já voltando a sua atenção as poções dos alunos.
- Só preciso que informem minha mãe. – disse ela, determinada.
- Perdão, mas creio que a professora McGonagall é quem decidirá sobre isso. Agora pode ir, está dispensada.
Ela jogou a mochila sobre as costas e andou rápido até a porta.
- Ah, srta. Black, a Grifinória está perdendo 5 pontos e a sua ficha acaba de ganhar mais uma detenção.
Snape observou a menina fechar a porta, com uma expressão nada feliz, a caminho da próxima aula. Voltou seus pensamentos para as poções que deveria corrigir embora uma coisa voltasse a martelar em sua mente. Black realmente não sabia valorizar a filha que tinha, mesmo sendo um fracasso em Poções.
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N.A. (apressada) - Kennilworthy Whisp é o autor de Quadribol Através dos Séculos.
A partir de agora eu vou tentar tirar o foco do Harry, e já mostrei o outro lado da Amy. O Neville deu uma rápida aparecida, mas capítulo que vem tem mais dele. Mais alguma coisa? Ah, eu não mandei esse capítulo para betar, então não me matem, porque ele deve estar cheio de erros cruéis. Reviews, brigadaaaa : Flávia, Henry, Claire R. Black, Cristine Black, Karen13 (eu li uma fic sua!! Depois de tempos, mas li! ), Lily Dragon...
Capítulo especialmente dedicado a B.P., porque somos duas atrasadas. xD
Eu nem comecei a escrever o próximo capítulo, nem título tem ainda... /
