Inuyasha despertou antes de Shanara. Ao se ver de volta ao vilarejo ele se sentiu perdido, se levantou e saiu da cabana. Kagome quase teve um infarte ao vê-lo de pé.

- Inuyasha! Vá se deitar agora mesmo! Você ainda não está bem...

- Kagome... o que aconteceu...?

Ela suspirou.

- Você quase morreu ontem. E ela ... também.

- Cadê a Shanara? – ele disse agitado.

- Ela ainda não acordou. Mas parece que está bem. Está no templo do alto da colina. Sabe, talvez ela tenha que ser purificada.

Ele saltou veloz até lá e entrando se deparou com Kamala, Hamala e Yuri, sentados ao redor de onde estava deitada Shanara, branca como uma folha de papel.

- Ela... está bem? – sua voz era de angustia.

- Vai ficar. – disse Yuri calmamente. – Essa minha prima, olha onde eu vim parar por causa dela...

Inuyasha olhou melhor e viu uma garrafinha pendurada numa vara, cheia de sangue, e um tubo que ia até o braço da moça. Tocou seu rosto e sentiu uma picada. Bateu a mão e viu que era o velho Myuga.

- O que faz aqui velha pulga imprestável?

- Não fale assim senhor Inuyasha! Vim ajudar a sua amiga!

- Ele ajudou muito – falou Hamala – graças a ele pudemos filtrar o sangue de Shanara. Agora ela está recebendo sangue apropriado para se recuperar.

Ele olhou novamente a moça desfalecida. Depois se virou e saiu, saltando em direção á floresta.

Enquanto corria sem rumo, sua face se iluminou. Ela está salva, pensou ele sentindo o coração mais leve.

No fim da tarde todos se despediam no poço come-ossos. Shanara não acordara ainda, mas sua pele estava mais corada.

- Vamos levá-la para casa – disse Yuri com ela nos braços. – lá poderemos cuidar melhor dela.

- Sim – concordou a velha Kaede – estarão mais seguros lá, vocês e as armas místicas.

- Queríamos que fosse assim – disse Hamala – um dia voltaremos. Obrigada e até um dia.

Depois das despedidas cada um saltou dentro do poço. Quando Yuri ia saltar com Shanara no colo ele ergueu o olhar e pode ver Inuyasha coberto pela penumbra da noite, no alto de uma árvore próxima. Ele olhava Shanara com tristeza e alegria misturadas no olhar. O rapaz sorriu e saltou levando a mocinha para o mundo dela. O hanyou do seu esconderijo sussurou tão baixinho que somente o vento que balançava as folhas pôde escutar.

- Adeus... minha Shanara...