Disclaimer: Os personagens de Saint Seiya não me pertencem, minha utilização deles não tem fins lucrativos de espécie alguma, bem como a citação de nomes de locações e estabelecimentos reais.

Nota da autora: Último... despedida... Snif! Grata por todo o apoio de vocês... Adorei essa fic, foi muito especial para mim, minha primeira UA, minha primeira MiroxCamus... Tudo de bom! Divirtam-se e aproveitem...

Capítulo IV ( + Epílogo )

Fé no Amor

Destruído, Miro apanhou a mochila e limpou as lágrimas. Amarrou os fios loiros no alto da cabeça e os cobriu com um boné. Não podia pensar com o coração – se pensasse com seu coração partido, atiraria-se na frente de um carro qualquer para morrer. Mas não faria isso: ia sobreviver por Camus.

Então, resolveu pensar com a cabeça. Seus cabelos eram a maneira mais óbvia de identificá-lo. Tomou um táxi até o aeroporto. Não chorou mais. Circulou em silêncio pelo aeroporto nas horas que, imaginara, iria passar feliz no free shop com Camus, comprando perfumes e bebidas até o vôo chegar.

Miro fez a longa viagem Seattle-Brasília sem comer e bebendo poucos goles d'água. Estava enjoado e vomitou durante o percurso inteiro. Achou graça de tudo: se fosse mulher, pensaria estar grávido. Mas não era nada. Segurava a medalha da Virgem em seus dedos. A Virgem Maria o tirara dos Estados Unidos, assim como um dia lhe deu forças para fugir do seu pai, na Grécia. Miro, o namorado e um amigo dos dois foram pegos 'brincando' no banheiro do colégio. O pai, possesso, o expulsou de casa a vassouradas. Tantas, que lhe quebrou a costela em dois lugares. Miro foi acudido por vizinhos, ficou dois meses sem andar. Tinha quinze anos e se sua mãe não tivesse lhe dado dinheiro para sair da Grécia, nem ele mesmo sabia o que poderia ter acontecido. Ela lhe deu dinheiro e a medalha da Virgem Maria.

Mas a Virgem não protegera seu Camus. "Por que, santinha? Por que não eu? E onde ele está? Quem vai cuidar dele? Nem vou poder enterrar ele e chorar... Por que, Maria? A senhora me desamparou justo agora! Quando eu ia ser feliz! Por quê? Eu sou tão mau assim? Eu mereço ser punido assim?"

Chegou ao Brasil para descobrir que aquele país era quente e lindo. Só era um país vazio, um país sem Camus...

Não descansou, nem comeu, nem tomou banho. Foi direto de Brasília para Aracati e do aeroporto de Aracati até a praia do Pontal de Maceió. Chegou na casa exausto e esgotado. Estava viajando há horas seguidas. Mas tinha conseguido. A brisa do mar entrava na casa pequena, branca, com tinta descascada e móveis de madeira carcomidos de maresia.

Estava a salvo. Cumprira a sua parte no destino que Camus traçara para ambos. Obrigou-se a ficar de pé. Era quarta feira. Foi até a cozinha e descobriu que ela estava bem abastecida. Camus tinha pensando em tudo... cool e stiff. Acendeu as luzes e decidiu-se a preparar a comida. Descascou as batatas e tirou o frango da geladeira. Temperou-os com esmero, as batatas cozidas foram cobertas de manteiga e o frango banhado em tempero forte. Levou na mesma travessa o frango e as batatas, que permaneceram no forno até ficarem dourados.

Enquanto a comida estava no forno, foi tomar banho. O chuveiro era grande e forte, a água salobra. Não sentiu o cansaço dos seus pés, mas viu que estavam inchados depois das horas de viagem. Vestiu-se e checou a comida no forno.

Pôs a mesa para dois. Sentou-se e comeu a primeira refeição da sua casa nova, da sua vida nova. Sua vida sem Camus... Só então ele chorou, chorou e chorou por horas seguidas, até adormecer de cansaço e dor, soluçando ao lado do prato cheio.

Epílogo

Ondas esverdeadas invadiam a praia com suas saias bordadas brancas de espuma. O mar oferecia um espetáculo diário de beleza e generosidade, as areias douradas e finas acolhiam com seu calor os pés dos seus filhos, filhos daquela terra. Algumas canoas saíam do mar, havia um movimento tímido de pescadores atrasados – àquela hora a maioria dos pequenos barcos pesqueiros já havia retornado. Mulheres andavam para lá e para cá com crianças pela mão. Pequenos banhavam-se alegremente. O sol era tão alto e tão forte que tudo perdia a cor, o contorno. Tudo era esbranquiçado, leitoso, fraco.

Das marolas, surgiu um rapaz. Alto, a pele refletia uma cor bronzeada, cujo matiz era impressionante. O corpo refulgia sob a luz do sol, como se estivesse coberto de diamantes, as pequenas gostas d' água que desciam pelo seu troco nu e colavam nele a calça curta, branca, de algodão grosseiro fiado pelas mulheres da vila. Todas o adoravam. Ele era o 'santinho'. Os cabelos loiros desabavam em mechas úmidas pelo corpo, os olhos azuis pareciam carregar ainda neles o azul das águas. Homens e mulheres acenavam à sua passagem.

– Santinho!

– Benção, dona Maria. – respondeu o jovem fazendo uma reverência discreta e beijando as mãos da anciã.

– Deus abençoa, filho. Terezinha deixou o cuscuz pra você, em sua casa, é não, Glorinha?

– É sim, mainha.

– Obrigada, dona Maria.

A velha fez um sinal como se aquilo não tivesse importância. Ela sempre levava quitutes para a casa dele.

– Escuta, filho, você foi mais Mazé ontem na missa?

– Fui não, mainha. Uma leseira da peste, dormi na rede, nem vi passar...

– Você não está bom, filho. Falta de orar, falta de orar! Precisa de reza para espantar essa leseira, esse olho de macambúzio que você está, é não, Glorinha?

– Mas é. Santinho, você está cabisbaixo, mas é por demais...

– É a saudade, mainha. A saudade...

– Filho, essa tristeza não é coisa de Deus, mas é não! Os mortos têm que descansar. Enterra esse morto, meu filho, ou ele vai enterrar você.

– Eu vou à missa amanhã, mainha. Vou acender outra vela do meu tamanho pela alma do... do Camus.

– Isso... vá orar, meu filho. Rezar há de fazer bem para você e para seu falecido. Eu vou chamar as meninas amanhã... Vamos fazer uma novena para a Virgem pra mor de ela te iluminar e dar paz pra esse morto que não quer deixar você, viu, Santinho?

– Obrigada, mainha...

O menino beijou novamente as mãos da velha e continuou andando até sua casa. Ah! Se a mainha soubesse! Como sua dor só aumentava... Constantemente freqüentava a igreja, acendia velas e fazia novenas para a Virgem Maria, pedindo pelo descanso da alma de Camus. Tinha remorsos de tê-lo deixado lá, agonizante... ia ser enterrado como indigente. Isso era a razão de seus maiores pesadelos. Imaginar seu adorado Camus levado como um qualquer para uma vala comum.

Ele vinha franzindo a testa, sem nenhuma vontade de provar o maravilhoso cuscuz de mainha Maria, que ia tão bem com as compotas de goiaba, as geléias de abóbora e a manteiga de garrafa.

– Miro? É você? – a voz veio das suas costas. Virou-se imediatamente. O susto o empalideceu mortalmente.

Miro só teve tempo de sussurrar: 'Leon'. Caiu desmaiado diante dos pés de Camus.

Miro abriu os olhos. Não estava na praia, mas confortavelmente deitado no sofá de vime da sala da sua casa. As janelas abertas deixavam entrar a brisa do mar, fazendo as cortinas de renda de bilro dançarem um adorável balé, criando sombras vazadas que enfeitavam o ambiente. Olhou para o lado e viu um rosto ansioso encarando-o. Não era um rosto desconhecido: era o rosto que assombrava seus sonhos há dois anos – desde que chegara ao Brasil.

– Camus... Camus... – segurou o rosto ruivo entre os dedos, alisando os cabelos vermelhos como uma criança que observa um brinquedo novo, encantada com cada detalhe. – Amor... Você veio me buscar? Eu não tenho medo! Você quer me levar para junto de você? Me leve... Eu estou pronto...

– Para onde eu ia levar você, Miro? Se já estamos na nossa casa?

– Não, Camus... me leve para onde você está... eu quero ir! Eu não tenho medo de morrer...

Camus entendeu, finalmente, que Miro acreditava que ele era uma visão. Lembrou-se de que para o jovem loiro ele era um visão. Um morto.

– Miro, filho. Estou vivo. Eu sobrevivi! Não sou um fantasma...

Os olhos de Miro iluminaram-se. Ele sentou-se no sofá, mas fez isso tão depressa que, ainda afetado e zonzo pelo susto, quase caiu. Camus o ajudou, amparando-o e sentando-se ao lado dele.

– Camus... Camus! – ele gritou por fim, abraçando-se ao amado em lágrimas – finalmente, depois de dois anos, lágrimas de alegria pura. – Você está vivo! Vivo! Mas... como?

– Nem eu sei, Miro. Acho que foi sua fé... só pode ter sido sua fé, porque... eu não achei que fosse sair vivo daquele carro... Mas me acharam. Me levaram para o hospital. Eu fiquei mal. Em coma por alguns dias, mas logo me recuperei. Fiquei muito tempo escondido, de cama, me recuperando dos ferimentos...

Miro deslizou os dedos pela camisa de botões de Camus, abrindo-a em curiosa busca pelas marcas das cicatrizes do seu amor. Viu as três marcas de bala: uma abaixo do mamilo direito, outra perto do umbigo e a outra mais embaixo. O ruivo virou-se delicadamente para Miro ver a cicatriz das costas.

Os olhos azuis do loiro estavam molhados e seus dedos cercavam as cicatrizes, beijando-as, até deitar sua cabeça no ombro de Camus e manhosamente reclamar:

– Por que não falou comigo antes, Camus? Eu teria ido até você e ficado com você! Cuidado das suas feridas...

– Eu sei que você faria isso por mim, amor. – Camus acariciou os cabelos loiros molhados de água salgada. – Mas eu não podia arriscar. Quem tentou me matar queria pegar você. Eles deviam me vigiar, estar de olho em mim... Qualquer movimento meu em sua direção podia pôr abaixo todo o sacrifício que fizemos... Não! Eu tinha... Tinha que descobrir quem era o maldito que queria te ver morto. Só assim nós poderíamos ficar seguros para sempre...

Camus ia continuar a falar quando um homem rude carregando um isopor enorme apareceu na porta. Miro olhou-o e sorriu, enxugando os olhos.

– Oi, Tião! Está tudo bem... Pode deixar aí, como sempre. Obrigado!

O homem deixou o isopor na cozinha e saiu, acenando.

– Quem é ele, Miro? – perguntou Camus, ligeiramente ciumento do pescador rude, mas muito jovem e muito bonito.

– Ah... é o Tião... o filhinho dele ficou doente... a mulher estava desesperada... Aí eu ajudei com um pouco do dinheiro e... – ele virou-se para Camus. – você não se importa de eu usar o seu dinheiro, não é?

– Miro... O dinheiro era seu. Eu o deixei para você.

– Bom, eu ajudei o Tião e a mulher dele, então, para agradecer, eles sempre me trazem um bocado da pesca deles do dia para mim, eles sabem que eu adoro peixe... Eu até tentei aprender a pescar, mas eu sou muito ruim! Caí no mar as duas vezes que fui e espantei os peixes: atrapalhei mais do que ajudei! Acho que eles deram graças a Deus quando eu parei de tentar! Eu sou melhor fazendo o artesanato com as mulheres, ou tecendo as redes... Olha! – ele apontou para os muitos baús e cestas da casa. – Eu fiz tudo isso! E as cortinas fui eu que rendei... os pontos não são firmes, mas... Até que não ficaram maus...

Camus o encarava enternecido.

– Miro... como você é bom! Você é bom demais... Demais... Você tem um coração de criança...

– Pára, Camus... Não tem muita coisa para fazer aqui... E de mais a mais... no que eu ia gastar todo aquele dinheiro? Eu nem tenho televisão!

– Miro... Por que não me disse que era rico?

O loiro corou vivamente.

Eu não sou. O meu pai é que é.

– Como você conheceu Saga?

– No aeroporto, no dia em que cheguei em Seattle. Depois não nos falamos mais. Até ele me tirar da rua quando eu estava com tuberculose.

– Miro, disse seu nome para ele?

– Sim. Por quê?

– Saga encomendou a sua morte.

– Saga?

– Você assinou papéis para ele, Miro?

– Assinei, mas eu li! Não era nada demais!

– Ele copiou a sua assinatura, falsificou seus documentos. Ele era seu herdeiro universal em caso de você morrer.

Miro deu uma gargalhada nervosa.

– Mas por que ele ia se dar ao trabalho? Meu pai me deserdou, eu não tenho nada!

– Como sabe que seu pai te deserdou?

– Ele disse que ia fazer e meu pai nunca voltava atrás no que dizia.

– Pois ele voltou. Seu pai está morto, Miro. Você agora é um homem milionário.

– Mas... Mas... Como?

– Simples. Saga soube que seu pai morreu – há três anos. Ele não te tirou da rua porque era bonzinho: ele queria te sondar. Quando ele viu que você não sabia que era herdeiro de uma fortuna, ele te aliciou. Falsificou documentos e ficou com você em banho-maria até a morte de seu pai ser 'esquecida'. Lembra do Zimmerman?

– O porco? – o rosto loiro contraiu-se de raiva.

– Ele mesmo. Saga devia uma fortuna para ele. Quando ele começou a cobrar, Saga viu que não tinha outra saída senão pegar o seu dinheiro. Ele mandou matar você e me encomendou você muito caro porque é claro: se ele ia ser o beneficiário da sua fortuna, ele não podia nem de longe estar envolvido com a sua morte.

– Maldito! Eu confiei nele! – as mãos de Miro estavam crispadas de raiva.

– Ele nunca mais vai te fazer mal, Miro. Ele nunca mais vai fazer mal para ninguém.

– Você o matou?

– Matei. – ele abriu a valise que trouxera para dentro da casa. Tirou uma pastinha que entregou a Miro. – Aqui estão.

– O que é isso?

– Seus documentos. Os da sua herança.

Miro olhou para os documentos sem entusiasmo.

–Como meu pai morreu?

– Infarto.

– Ele nunca se cuidou muito mesmo... Velho turrão! Minha mãe cuidava dele enquanto estava viva, mas depois que ela morreu... Ele não obedecia ninguém...

– Miro...

– Esse dinheiro não é nada, Camus. Eu não quero ele. Dê para alguém, doe para algum lugar, mande construir uma igreja em homenagem à Virgem Maria... sei lá. Mas eu não quero... Não quero...

Camus beijou então, depois de dois anos sedentos de espera, os lábios de Miro. A língua ainda conhecia o caminho certo a trilhar, as mãos longas do ex garoto de programa ainda pousavam adoravelmente sobre o seu pescoço e perto da sua orelha, a boca dele ainda era quente, quente como o sol daquela terra, um calor que parecia que ia desmanchar sua frieza de 'ice master'.

As mãos de Miro correram seu corpo, tentando desfazê-lo de suas roupas, mas Camus protestou:

– Agora não, Miro... Estou esgotado... Não sei se tenho forças...

O loiro olhou fundo nos olhos azuis escuros de Camus. Viu refletidos neles a estafa daquelas longas horas de viagem. Aliás, das longas horas não: dos dois anos de viagem até aquele destino final que tanto esperavam: os braços um do outro. Tinham tempo... Tinham a vida toda... Para quê apressar as coisas? As olheiras nos olhos de Camus nunca lhe pareceram tão bonitas.

– Está cansado, não é? Vamos...

– O que vai fazer?

– Te dar um banho de esponja, pôr seus pés de molho no hortelã com água de mar para descansar, te dar de comer e fazer você dormir, você está mesmo com cara de cansado...

Camus deixou-se conduzir por Miro, apenas observando com paixão os gestos suaves da criança loira. Deixou-se banhar em águas salobras e ser esfregado por uma bucha de algas, foi perfumado com água de cheiro e teve seus cabelos penteados para trás, molhados. Miro vestiu-o com uma das horrorosas calças largas e curtas de algodão que todos pareciam vestir; tinha certeza de que estava pavoroso, mas o olhar apaixonado de Miro dizia-lhe que estava bem. Amava Miro mais e mais, amara-o por dois anos com saudade e medo de que acontecesse algo com ele. E estava ali, esfregando água de cheiro sobre as suas cicatrizes! Levaria mil tiros por Miro, enfrentaria dezenas de pelotões de fuzilamento por ele – acreditava, em seu coração, que poderia morrer dez vezes, mas anjos ou demônios o tirariam da morte e o levariam de volta até Miro, porque era como tinha quer ser. Ele tinha que ser de Miro e Miro dele, era o destino, era mais forte que tudo.

Sentou-se á mesa, posta com dois pratos. Incomodou-o demais ver os dois pratos. Nunca cogitaria que Miro tivesse companhia, mas... Depois de dois anos? Achando que estava morto... será que Miro vivia com alguém?

– Mergulha os pés aqui, Camus, você vai se sentir nas nuvens! – ele fez, enfiando os pés do ruivo na bacia cheirosa com folhas de hortelã e macela maceradas em água do mar e pedrinhas de gelo.

– Tem dois pratos na mesa, Miro... – tentou rir, sem sucesso. – Sabia que eu vinha?

Mirou olhou-o ternamente.

– Que dia é hoje?

– Quarta feira.

– Então! Eu cheguei aqui numa quarta feira. Lembra do que você me prometeu? Que a gente ia comer frango assado com batatas coradas na quarta feira em que a gente chegasse aqui? A primeira refeição na nossa casa? Que a nossa vida ia começar ali?

– Lembro...

­ – Eu cheguei aqui na quarta feira, como você previu, Camus. E fiz o frango assado com as batatas coradas e botei o seu prato e o meu... – Miro chorava. – Fiz isso todas as quartas feiras desde aquele dia... Eu estou há dois anos esperando a minha vida começar, Camus! Mas hoje, finalmente, ela vai começar com você aqui. O seu prato nunca saiu da cabeceira da mesa. Nunca! O seu lugar é aqui. Para sempre.

– Miro... eu... nem sei o que dizer...

– Só repita as palavras que eu queria ouvir, as últimas que você me disse em Seattle...

– Eu te amo, Miro.

Na noite seguinte, Miro foi à missa – com Camus. O 'Santinho' apresentou o homem sobre quem falara intensamente nos últimos dois anos para os amigos que fez naquela praia paradisíaca. E Miro conseguiu aquilo que ninguém antes conseguira: fez Camus ajoelhar, verdadeiramente, diante dos pés da Virgem Maria e agradecer.

Camus salvara a vida de Miro. Miro salvara a sua alma. Salvaram-se por amor e por amor viveram, na beira da praia, nas noites na rede, na água de coco nas manhãs preguiçosas – amparados pela fé de Miro na Virgem Maria, pela fé de Camus em Miro e pela fé de ambos no Amor.

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Obrigada à Ada e Nana Pizani que betaram esta fic com muito carinho, aturaram minha crises e são responsáveis de 50 por cento do sucesso desse texto.

Aos que comentaram, meus agradecimentos e observações, curiosidades, fotos relacionadas à fic, estarão aqui, neste endereço:

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Obrigada, foi bom estar com vocês... Brincar com vocês... Deixar correr solto o que a gente quiser... hehehe ( muito Xuxa anos 80! ).