Oi gente, espero que vocês ainda não estejam bravos comigo pelo ultimo capitulo ( Sorrindo amarelo, sendo escoltada pelo Seth )
Ah, não que eu esteja com medo não ( Dragão olha com cara de AH até parece )
Bem ... de qualquer forma, aqui esta o novo capitulo, espero q vocês gostem... So que como eu acabei tendo varias idéias mirabolantes == a parte hentai da historia vai ser pulada para o capítulo 8 ou 9
Agradeço as reviews da Bianca Himura, da Shampoo Sakai ( por favor não contrate uma matador de aluguel.. to me redimindo nesse capitulo ), da minha sócia da fábrica de idéias mirabolantes Sofy-Chan, e da Mandora ( continua me mandando esses toques, adoro quando o pessoal participa).
Meninas... adoro vcs... agora vamos lá.
Disclaimer .. Os personagens de InuYasha não me pertencem, e sim a Rumiko Takahashi. As Guerreiras Estelares e sua historia me pertencem.
Morte e Renascimento
NA ERA ATUAL
Na ausência de Krystall, a responsável pela liderança da equipe era Dara, já que ela era a pessoa mais equilibrada de todos eles, além de ser a pessoa mais próxima da Senhora do Caos, e uma das poucas que conseguiam faze-la voltar à razão quando ela estava fora de controle - a Dama da Terra estava exausta: nunca em sua vida, ela imaginara o quão difícil era essa posição. Como é que a sua amiga agüentava tanta responsabilidade?
Falando em Krystall, já haviam se passado cerca de dois ou três dias que ela estava desaparecida, período no qual Dara estava quase enlouquecendo devido às atitudes desesperadas de Lyncyne. Quando ela já estava cogitando seriamente a idéia de selar a Senhora da Ordem em seus aposentos para que ela conseguisse pensar novamente, um novo ( e grande ) problema caiu em seu colo.
Em meio a uma das discussões, uma luz muito forte envolveu a Senhora da Ordem, gerando um campo de energia que lançou todos os Guerreiros para as paredes da sala do conselho.
Ainda fortemente pressionada na parede pela energia gerada pelo corpo de Lyncyne, Dara dirigiu seu olhar assustado para a amiga, que estava tentando - sem sucesso - conter aquele excesso de energia, que a Dama da Terra reconheceu prontamente como o poder do Caos.
"Essa não... Lyncyne mal dá conta dos poderes dela..." - então, Flora arregalou os olhos, ao tomar consciência de algo que provavelmente nenhum dos outros Guerreiros havia percebido - "Se Lyncyne está recebendo os poderes do Caos, isso significa que.. droga.. não posso entrar em pânico.. vamos resolver um problema de cada vez." - Determinada, a jovem retomou a postura de líder, montando uma estratégia para controlar a situação.
"GUERREIROS, Reluzente precisa de nossa ajuda para conter o poder do Caos.... Vamos ajuda-la antes que ela ponha a mansão abaixo, ou... coisa pior" - Dara gritou aos companheiros, enquanto tentava se conectar com a energia da Terra; com dificuldade, ela conseguiu se levantar e se manter de pé, tendo o seu exemplo seguido pelos demais companheiros.
"Gaia, conceda-me tua força" - Dara clamava por sua Deusa Madrinha: seu corpo começou a ser envolvido por uma forte aura de energia esmeralda, ao mesmo tempo em que ela sentia a sua conexão com a terra sendo ampliada: agora ela era o próprio planeta Terra, forte, pulsante, fértil, doador de vida; ela também era a fúria dos terremotos, dos vulcões em erupção, da terra seca que era envolta por morte e desesperança.
"Freya, conceda-me tua luz" - Gwydion fez o mesmo, sendo envolto por uma aura de energia dourada, ao mesmo tempo em que ele se entregava completamente ao elemento ar: agora ele era o oxigênio que mantinham os seres vivos, a leve brisa que brincava com as folhas das árvores, e também os impiedosos furacões e tornados ceifadores de vida - ele sentia que todo o conhecimento do universo invadia a sua mente, deixando-o no tênue limite do saber infinito e da absoluta loucura.
"Tiamat, conceda-me teu vigor" - Brigith sentiu a aura vermelha da dragonesa-mãe envolvendo-a, conectando as profundezas de sua alma com o elemento fogo: o fogo do espírito que arde dentro de cada um de nós, o fogo que aquece, que protege, que foi fundamental para a evolução da humanidade... o mesmo fogo cujas labaredas cruéis destruíam florestas, cidades... que queimava a alma de pessoas malignas levando-as a cometer as maiores atrocidades que faziam até mesmo os Deuses antigos tremerem de horror.
"Lakshimi, conceda-me sua fluidez" - Morgan respirava fundo enquanto sua aura tornava-se azul e ela passava a se tornar parte dos oceanos, mares, rios e lagos do planeta: agora ela era capaz de sentir cada um dos seres vivos que ali viviam: seus anseios, desejos, sonhos... e também as suas mesquinharias, ódios e temores...
O brilho das auras dos Guerreiros foi aumentando, até que num dado momento, elas se concentraram num único feixe de luz que dirigiu à Senhora da Ordem, envolvendo-a completamente e dando-lhe uma oportunidade de respirar para que ela também pudesse clamar por sua Deusa Madrinha.
"Isis, conceda-me tua proteção" - Uma barreira perolada começava a ser formar à volta da Senhora da Ordem, contendo o excesso de energia que emanava de seu corpo - ela sentia que poderia explodir a qualquer momento - o poder do Caos estava muito além dos seus limites, e assustada, ela se lembrava que da última vez que ela havia tentado manipular a energia do Caos - e conscientemente - ela quase havia explodido o planeta Celtus.
Então, tão subitamente quanto havia aparecido, o poder do Caos desapareceu, fazendo com que Lyncyne, completamente esgotada, despencasse no chão, quase inconsciente. Um silêncio mortal se fez na sala do conselho, quebrado pela voz decidida de Flora.
"Auron, leve Reluzente até os aposentos dela, Atlantis, acompanhe-o e providencie cura se houver necessidade. Solaris, verifique se os estragos gerados pelos poderes do Caos não se entenderam além dos limites da mansão. Eu.. preciso pensar no que iremos fazer agora." - A Dama da Terra se aproximou de uma das janelas e permaneceu pensativa, em absoluto silencio.
Os Guerreiros obedeceram A Flora sem questionar nenhuma de suas ordens: eles sabiam que ela poderia curar Lyncyne muito mais rapidamente que Atlantis, e que o escudo mágico que Krystall havia levantado em torno da propriedade Star impedia que qualquer energia decorrente de 'acidentes mágicos' atingissem áreas externas à sede, mas eles haviam compreendido claramente a mensagem da jovem: ela simplesmente desejava ficar sozinha.
Quando finalmente Flora ficou completamente só, ela começou a se aproximar da mesa do conselho, e então, levantou a cadeira de Krystall que estava caída no chão devido aos últimos acontecimentos. A jovem passou a sua delicada mão pela estrela élfica de prata incrustada no móvel, símbolo adotado pela amiga como símbolo de poder e proteção pessoal.
"Só existe uma forma da Senhora da Ordem receber os poderes do Caos" - Ela estava completamente absorta nesses pensamentos quando percebeu a mudança repentina do ambiente a sua volta: agora, a sala do conselho estava tomado por brumas, e Dara não enxergava muita coisa além da mesa e das cadeiras à sua volta; o ar tornou-se pesado, frio... há muito ela havia aprendido a lidar com situações como aquela, mas isso não significava necessariamente que ela achasse isso algo agradável.
Um corvo grasnou, fazendo com que um arrepio subisse por sua espinha, - ela não queria virar o seu rosto na direção daquele barulho, por que aquilo poderia ser a confirmação de suas suspeitas - de olhos fechados, lentamente, Dara se virou, implorando inutilmente que ELA não estivesse lá.
Mas infelizmente, para ela, Gaia não pode atender suas súplicas desta vez.
ELA estava lá....
Sensual... Suprema... Imponente como a sua própria protegida, usando seu legendário traje de guerra, com seus brilhantes cabelos negros que passavam de sua cintura, envolta por seu belíssimo manto enfeitado por penas de corvo.
Morrigan olhava fixamente para a Dama da Terra com o seu habitual tom de ironia e pouco caso - para Dara, a coisa estava muito obvia: o incidente com Lyncyne há poucos minutos atrás e a presença da Deusa Celta da Morte e da Guerra bem a sua frente só poderiam significar uma coisa: Krystall estava morta.
NA ERA FEUDAL
FLASHBACK
Sesshoumaru abraçou Krystall com força, pressionando a cabeça dela contra o seu peito, e lembrou-se que há poucos dias atrás, eles estavam desta mesma forma - mas agora ele não sentia mais o calor do seu corpo, nem sentia aquele inebriante perfume que havia mexido tanto com ele: havia apenas um triste cheiro de morte no ar. O vazio que ele sentia no seu peito pareceu aumentar, então ele baixou o seu rosto, encostando o seu queixo nos cabelos macios de sua amada, fazendo com que a sua franja projetasse uma sombra sobre o seu rosto, ocultando um olhar tomado pela tristeza.
De repente, uma lágrima solitária, fugiu de um de seus olhos, brilhante, pura, deslizando por seu rosto, caindo como uma gota de chuva cristalina, que ao cair no rosto de Krystall, se dividiu em minúsculas gotinhas, criando uma linda mandala que refletia a luz do sol.
"Eu te amo... Krystall" - então finalmente ele admitiu, se dando por vencido, sem forças mais para lutar contra a realidade que até então ele insistia em não aceitar.
O sol se escondia, com seu brilho ofuscado pela tristeza que cobria de brumas a Era Feudal.
FIM DO FLASHBACK
A lágrima que caíra no rosto de Krystall, começou a emitir uma luz muito cálida, que aos poucos tomou força, envolvendo completamente o corpo dela. Atônito com o que estava acontecendo, Sesshoumaru não podia fazer nada além observar o que acontecia com a garota no seu colo - aquela aura prateada lentamente foi se tornando dourada, para pouco tempo depois adquirir a cor avermelhada, se expandindo, até envolve-lo também, fazendo-o sentir o gostoso calor que ela possuía, e então, de repente, aquela energia se concentrou, e seguiu para o alto, deixando todos à sua volta boquiabertos: todos os que estavam um pouco afastados do casal, puderam ver perfeitamente a figura de uma ave Fênix com as suas asas abertas envolvendo os dois, antes de seguir rumo a um destino desconhecido.
O Lorde Youkai olhava para o alto, como se ainda pudesse enxergar no infinito o destino daquela onda de energia que os envolvera até poucos momentos atrás - ele tinha certeza que aquela energia pertencia ao guardião de Krystall que ele havia destruído com a Tenseiga. Então...
"Tum-Dum" - Os olhos dele voltaram-se para Krystall: seu coração havia voltado a bater.
Uma sensação de alegria tomou conta dele; o calor do corpo dela havia sido devolvido pela Fênix, o cheiro de morte havia sido substituído pelo delicioso aroma dela, e as cores do seu belo rosto haviam retornado. Finalmente, devagar ela começou a abrir aqueles olhos brilhantes que ele tanto ansiava por rever.
"Eu.. também ... te amo, Sesshy..." - A jovem se aconchegou mais no peito dele, se sentindo amada, segura e muito, muito feliz por ter tido a oportunidade de revê-lo novamente.
Sesshoumaru não disse nem uma palavra; ele simplesmente a abraçou com mais força, como se estivesse com medo que ela fugisse dali de seus braços, para longe dele. Eles ficaram assim por bastante tempo, curtindo a emoção do reencontro, até que outra lágrima fugiu dos olhos do Lorde das Terras do Oeste... só que desta vez de felicidade.
........
Não muito longe dali, agora devidamente oculta por um feitiço, Shannon sorria, enquanto limpava algumas lágrimas de emoção que haviam fugido de seus olhos. Sua missão estava quase cumprida, faltava muito pouco agora.
........
O dia havia sido desgastante para todos, e então o grupo concluiu que a melhor coisa a ser feita era se passar a noite por ali mesmo. Kagome e Shippou haviam feito uma pequena fogueira, e Miroku havia caçado alguns pequenos animais para que eles pudessem fazer uma refeição. Um pouco afastado dali, Krystall dormia confortavelmente acomodada no colo de Sesshoumaru - finalmente o casal estava descansando.
No céu, a lua começava a se mostrar num sorriso tímido, rodeada por estrelas de vários tipos, cores e tamanhos. InuYasha havia subido numa árvore bem alta, com a desculpa que assim ele poderia ficar de guarda enquanto os outros descansavam, mas na verdade, ele queria ficar sozinho para poder pensar.
A sua vida na Era Feudal nunca fora muito fácil, mas nos últimos dias, as coisas haviam sido muito complicadas até mesmo para ele, InuYasha. De onde ele estava, ele podia observar o irmão dormindo tranqüilamente com sua futura 'esposa' nos braços. Como aquela mulher havia conseguido tocar tão fundo naquele monstro sanguinário? Também tinha aquela adolescente misteriosa que o havia chamado de.. tio? Será que Sesshoumaru já era pai? Aquela meia lua na testa daquela menina, eliminaria a maioria dos argumentos de defesa de Sesshoumaru se não fosse por uma coisa intrigante: ela não tinha só cheiro do seu meio irmão, mas também o cheiro daquela garota que dormia nos braços dele.. como isso seria possível?
E finalmente: assistir a morte da sua... cunhada (?!?!), o fez pensar em Kagome ... a sua Kagome.
Ver o imponente Lorde Sesshoumaru tão fragilizado havia feito InuYasha parar para pensar: e se ele perdesse Kagome? Ele não tinha a Tenseiga para revive-la, como Sesshoumaru. Na verdade... o que ela realmente significava para ele? E como ficava a Kikyo nessa historia?
Kikyo... ela e InuYasha haviam caído na armadilha do Naraku há 50 anos, e ela havia morrido odiando-o com todas as fibras de seu ser. E esse ódio era a única coisa que mantinha o corpo dela, feito de terra e ossos vagando pelo mundo.. ele não conseguia esquece-la, mas já há algum tempo ele havia percebido que o sentimento que o prendia a Kikyo não era mais de amor, e sim o de culpa.
Ele desejava libertar a alma dela se vingando do responsável por sua morte, antes de pensar na própria felicidade, mas os acontecimentos daquele dia o fizeram encarar a possibilidade de que talvez se ele fizesse isso, ele poderia perder a sua doce Kagome também... assim como ele já perdera Kikyo no passado.
"Minha Kagome..." - O hanyou suspirou, enquanto observava o tímido sorriso da lua no céu.
"Você me chamou, InuYasha?" - Kagome se encontrava bem embaixo da árvore onde InuYasha se encontrava, quando o ouviu chamar por seu nome, e o olhava com uma expressão de tristeza.
"Ele deve estar pensando na Kikyo.." - esse pensamento a torturava, ferindo- a profundamente.
"Faz muito tempo que você esta aí embaixo?" - o hanyou estava desconcertado por ter sido pego pensando nela, reagindo como se ela pudesse ler os seus pensamentos - "Desde quando você deu para ficar espionando os outros assim?"
"Eu não estava te espionando, eu só queria saber se você estava precisando de alguma coisa. Eu até te chamei umas duas vezes, mas você estava tão perdido nos seus pensamentos que você não me ouviu." - Kagome abaixou a cabeça, desviando o seu olhar dele, enquanto a sua voz ia sumindo. Então, se calou completamente, voltando em direção ao lugar onde se encontravam Miroku, Shippou e Kirara, enquanto InuYasha começou a sentir cheiro de lágrimas.
"Droga, seu idiota, você a fez chorar de novo" - Apesar de não entender direito o motivo daquelas lágrimas, ele sentia que ele deveria dizer a Kagome o que ele estava sentido. Não que isso facilitasse as coisas para ele, mas pelo menos, ele tinha que tentar.
Agilmente, ele saltou do galho onde ele descansava, alcançando facilmente a colegial cabisbaixa, barrando o seu caminho. Kagome parou ao bater no peito dele, levantando a sua cabeça assustada, corando com a proximidade dos seus rostos.
"Você veio até aqui para falar comigo, não é? Por que você esta indo embora então?" - o hanyou ainda não havia encontrado uma forma de dizer a ela tudo que se passava no seu coração - se o insensível do Sesshoumaru havia conseguido expor os dele (ele nem sabia que o irmão conseguia sentir algo), por que ele não conseguia fazer o mesmo?
"Não era nada muito importante, era coisa minha" - ela respondeu, baixando o rosto novamente, enquanto lutava com aquelas lágrimas que tentavam fugir de seus olhos; até que sentiu a mão dele tocando em seu rosto, levantando- o, fazendo-a encarar um par de olhos dourados que olhavam muito sérios para ela.
"Nunca mais diga isso, Kagome... tudo que vem de você é muito importante. Você é muito importante para mim." - InuYasha a abraçou com força, deixando a colegial sem palavras, torcendo para que tudo aquilo não fosse apenas um sonho - "Sabe, Kagome... eu .. não sou bom para dizer o que eu sinto.. mas... eu não quero que você fique longe de mim. Eu queria... que você fosse paciente, por que .. eu preciso acabar com aquele maldito do Naraku, você me entende?"
Kagome estava surpresa: InuYasha nunca havia aberto tanto o seu coração daquele jeito, e naquele momento, ele a olhava como se ela realmente fosse muito importante para ele, e isso era o suficiente para que ela tivesse forças para atender o seu pedido.
"Eu.. entendo, InuYasha.. Eu vou estar sempre com você. Eu vou esperar por esse dia.. ao seu lado."
InuYasha e Kagome se fitaram com carinho por alguns momentos, e então, automaticamente os seus olhos se fecharam e os rostos começaram a se aproximar, com os lábios entreabertos; InuYasha a trazia para junto de si, se perdendo no perfume que somente ela tinha: a sua doce Kagome.
Ambos ansiavam há muito tempo por aquele beijo, mas, quando os seus lábios já estavam tão próximos que ambos já podiam sentir a respiração um do outro...
"InuYasha!!! O que você pensa que esta fazendo com a Kagome?!?!" - Shippou havia pulado bem encima da cabeça do hanyou, quando o casal já estava praticamente de lábios colados; fazendo-os pular um para cada lado por causa do susto, completamente sem graça.
"Eu não estou fazendo nada!!!" - após se recompor do susto, InuYasha berrou com o kitsune, enquanto o agarrava pelo rabo.
"Ah é? Então, por que vocês dois estão vermelhos desse jeito?" - Shippou apontava para o rosto deles, fazendo com que uma veia de irritação saltasse na testa do hanyou, que já havia fechado a mão para bater nele quando..
"InuYasha?" - Kagome olhava para os dois muito séria.
"Glup.. Sim, Kagome?" - InuYasha virou lentamente na direção de Kagome, levantando uma sobrancelha, já esperando pelo famoso 'senta'.
"Não bata com muita força, ta?" - A colegial sorriu para ele, se retirando em seguida. Shippou arregalou os olhos, enquanto InuYasha olhava para ele sadicamente.
Agora, Kagome estava indo ao local onde Miroku já estava descansando, vendo um pouco mais distante Krystall e Sesshoumaru: ela sorriu ao ver aquela cena tão bonita, imaginando que eles deveriam estar esgotados.
"Eu gostaria muito de conversar com ela, mas provavelmente ela ainda vai demorar uns dias para se recuperar.. tudo bem. Quando terminarem as minhas provas, nos teremos todo o tempo do mundo nos conhecermos melhor".
Aquela noite, Kagome dormiu imaginando como seria maravilhoso o toque dos lábios de InuYasha.
........
ALGUNS DIAS DEPOIS
Kagome estava de volta a Era Feudal: suas provas haviam acabado, e desta vez, ela tinha ido muito bem - inclusive na famigerada prova de matemática - de forma que suas férias tinham começado oficialmente naquele dia, liberando-a para ficar com os seus amigos o tempo que quisesse. Bem.. pelo menos até que as aulas do 2o ano começassem.
Ela já havia subido até o topo do poço, fazendo um grande esforço para jogar a sua "pequena" mochila amarela para fora dele, quando a raiz em que ela estava apoiada se rompeu, fazendo com que perdesse o seu equilíbrio. Ela começou a cair poço adentro, quando sentiu uma delicada mão segurando-a pelo pulso; e quando olhou para cima, encontrou Prisma olhando-a com uma expressão divertida no rosto.
........
"Obrigada por me ajudar, Prisma" - Kagome a agradecia, depois de sair do poço, completamente sem graça por ter dado trabalho a ela.
"Não se preocupe, foi um prazer, é muito bom poder ajudar" - Krystall comentou com Kagome - "eu vim até aqui para conhecer esse poço o irmão do Sesshy havia falado ..."
"Sesshy?" - Kagome acabou interrompendo a garota, achando graça da forma carinhosa da qual Prisma havia se referido ao youkai.
Krystall riu da observação da colegial, entendendo perfeitamente o motivo da risada: afinal Sesshoumaru não era a criatura mais meiga do universo, e ela mesma, apesar de gostar do apelido carinhoso, às vezes o usava apenas para cutucar o youkai, que começava a irrita-la com os seus costumes 'levemente' machistas.
"Meu nome é Krystall, Kagome. Prisma é um nome que eu uso para preservar a minha privacidade na nossa Era, e creio que isso não seja necessário por aqui, afinal, você ajudou a salvar a minha vida, e gostaria muito de considera-la minha amiga".
"Mas é claro!!!!" - Kagome estava exultante por se tornar amiga de uma pessoa que ela admirava tanto, se dando conta em seguida, que ainda não tinha visto Sesshoumaru por perto - "Ah, e onde estão os outros? Você não deveria ficar sozinha, afinal, andou passando por uns maus bocados, deveria estar descansando."
"Ah, a Rin está se divertindo bem ali na frente" - sorridente, Krystall apontou em direção da criança, que no momento estava correndo atrás de uma borboleta azul, e então, estreitou os olhos com o semblante aborrecido apontando em direção a algumas árvores não muito longe dali - "e o Jaken esta logo ali atrás".
"E onde esta o Sesshoumaru?" - Kagome perguntou, curiosa.
"Está por ai, e creio eu, que irritado;" - Krystall deu os ombros, com uma expressão que fez Kagome ter vontade de rir, enquanto ela continuava o seu relato, provavelmente tão aborrecida quanto o youkai citado - "eu disse a ele que eu precisava respirar, e ainda assim ele mandou Jaken e Rin virem comigo"
A colegial imaginava que alguém que vinha de uma cultura tão ligada ao feminino, e por conseqüência, feminista, deveria estar enlouquecendo com os costumes tradicionalmente machistas dos homens da Era Feudal. Será que por acaso ela não poderia ajuda-la de alguma forma?
"Escute, Krys, será que não existe nada que eu possa fazer para ajuda-la? Creio que seus amigos estejam muito preocupados com você.. eu até pensei em entrar em contato com eles, mas não é exatamente uma tarefa fácil encontra- los" - Kagome se lembrava com uma gota na cabeça, que os havia procurado até mesmo na lista telefônica on-line da internet.
Krystall calada por um momento... será que o que ela estava pensando daria certo? Bem, de qualquer forma não adiantava sofrer por antecipação, então ela resolveu arriscar:
"Bem... creio que você poderia me fazer um favor... você consegue levar coisas de uma Era para outra, Kagome, não consegue?"
"Sim, eu consigo, por que?" - a jovem havia ficado muito curiosa com a pergunta.
"Você poderia me fazer o seguinte favor ? ..." - A Senhora do Caos piscou para Kagome, enquanto começou a explicar o que ela precisava fazer.
Não muito longe dali, Jaken observava aquelas duas mulheres, conversando, e ficou incomodado ao ver que a futura Lady das Terras do Oeste havia entregue a humana do Inuyasha um pequeno e brilhante objeto, que parecia uma jóia, e a última em seguida retornou para dentro do poço come-ossos.
"Por que essssssa humana essssssta voltando para a Era dela sssssem ao menos passsar no vilarejo antessss?" - ele não havia conseguido ouvir uma única palavra da conversa entre as duas mulheres, pois estava muito longe para entender qualquer coisa. Jaken havia aprendido rapidamente que irritar Lady Krystall era quase tão nocivo à sua saúde quanto irritar Lorde Sesshoumaru, de forma que, quando ela pediu 'delicadamente' que ele se afastasse, o pequeno youkai não pensou duas vezes.
Entediado, ele se conformou em assistir Rin se aproximando de Krystall com flores, tentando convencer a Lady de deixa-la enfeitar os seus cabelos com elas, enquanto a jovem a olhava com uma cara de quem não havia gostado muito da idéia.
POUCO TEMPO DEPOIS
"Mas Lady Krystall... Glup!!!!!" - Jaken correu para se esconder atrás de Rin quando a futura Lady das Terras do Oeste estreitou os olhos na direção dele, impaciente por dizer pela terceira vez consecutiva ao dedicado servo de Sesshoumaru que ela iria sim carregar a mochila de Kagome ate o vilarejo.
"Jaken, eu acredito que a minha explicação tenha sido perfeitamente clara: eu já teria chegado ao vilarejo há muito tempo atrás, ao invés de ter andado poucos metros se você largasse a alça da mochila. Eu nunca aceitei ser tratada diferente na corte de meu pai, porque você acha que eu faria isso por aqui?"
"Simplesmente por que isso não é serviço para alguém de sua posição.. e também porque você precisa descansar" - Sesshoumaru aparecera abruptamente, deixando Jaken mais apreensivo ainda: aquela fêmea que o seu mestre escolhera, normalmente já não era nada fácil de se lidar... irritada, então... O pequeno youkai teve o bom senso de se retirar dali, carregando Rin consigo, deixando o casal a sós naquele ponto da floresta: a tensão estava tão grande entre eles que poderia ser cortada com uma espada.
"Eu já estou bem, e além disso, eu não suporto ser tratada como uma boneca de porcelana. Não pense que eu vou permitir que esse tipo de coisa aconteça com freqüência" - ela apontava para os seus cabelos caprichosamente trançados com flores silvestres, que a pequena Rin havia arrumado, mesmo debaixo de seus protestos: ela se sentia a própria Donzela de Beltane arrumada daquele jeito ( verdade que ela ainda era uma donzela, mas isso não aliviava a sua irritação ), o que fazia os seus olhos cor de mel faiscassem de raiva, raiva que aumentava a cada instante, principalmente porque Sesshoumaru ainda a fitava silenciosamente, sem expressar nenhuma emoção.
"Bem, já que você, não vai dizer nada, eu..." - Krystall havia começado a caminhar em direção ao vilarejo, mas quando se deu conta, a mochila havia sido tomada de suas mãos, e ela estava sendo pressionada em uma das árvores próximas por Sesshoumaru que a encarava muito sério, causando uma nova explosão de raiva por parte dela.
"Me solta, o que você pensa que está fazendo?" - o youkai a estava segurando pelos braços, imobilizando-a - "Não pense você que eu vou me tornar submissa como as mulheres que eu andei encontrando no vilarejo, eu não vou admitir que você me controle de jeito nenhum!!!" - apesar de ser muito mais forte que os humanos que Sesshoumaru conhecera, a jovem não tinha força o suficiente para se livrar de suas garras.
"Eu já disse que isso não é serviço para alguém de sua posição, mulher. Não me desafie." - ele a fitava muito sério, começando a se irritar com a sua rebeldia - nenhuma outra fêmea havia tido coragem de falar com ele naquele tom antes: ele precisava encontrar uma forma de subjuga-la, e rápido, antes que ele perdesse o total controle da situação - "Hum.." - foi quando um idéia muito interessante passou por sua mente.
"Eu não tenho medo de você" - ela o olhava com forte brilho de desafio no olhar - "você não v.. humpf!!"
Subitamente, Sesshoumaru a beijou, desarmando-a por completo: sabiamente, ele concluiu que aquela discussão não os levaria a lugar nenhum, de forma que ele decidiu mudar a sua forma de agir, e satisfeito, sentiu a resistência dela desaparecendo enquanto ele aprofundava aquele beijo tão inesperado.
"Todo youkai deve saber como controlar sua fêmea, não importa por quais formas, se você não for respeitado dentro de seu feudo, com certeza não o será fora dele", dizia o seu avô, com uma expressão muito séria, quando ele passou a ter a idade de escolher uma fêmea, embora naquela época, ele não tivesse a menor intenção de adquirir uma - "observação muito valiosa" - ele pensava, ironicamente.
A principio, a idéia era só desarma-la, mas aquelas carícias faziam com que o corpo dela passasse a exalar um inebriante aroma de excitação, que mesclado ao seu cheiro e ao perfume das flores em seus cabelos, combinados, começavam a agir como um poderoso afrodisíaco em Sesshoumaru, fazendo o instinto dele falar mais alto, de forma que ele não percebeu quando começou a passar dos limites. Enquanto ele se perdia naquelas sensações, suas mãos começaram percorrer o corpo dela, afrouxando o delicado quimono.
Quando Krystall percebeu o que ele estava cego pelo desejo, ela voltou a ficar na defensiva, tentando afastar-se inutilmente, até que conseguiu se livrar de seu beijo ardente.
"Sesshoumaru, pare, eu.. " - A voz assustada da Lady e o cheiro de medo que infestava o ar, fizeram com que ele voltasse à realidade, soltando-a, chocado com a sua falta de controle.
Ele virou-se de costas, enquanto Krystall caía no chão - Sesshoumaru lutava contra o seu instinto que exigia que ele a possuísse ali mesmo, para consolidar o compromisso entre eles como era exigido pelo seu clã, mas uma daquelas novas sensações que ele estava experimentando dizia a ele que as coisas não podiam ser feitas dessa forma.
Krystall ainda estava caída no chão, sem fôlego e confusa - aquelas mudanças súbitas de humor de Sesshoumaru a assustavam demais, pois era impossível saber o que se passava na cabeça dele - como ela poderia... ela corou violentamente enquanto pensava que de que forma ela poderia se pensar em se entregar a alguém tão inconstante daquele jeito? E que Atena a ajudasse.. pela primeira vez em sua vida, ela realmente havia desejado fazer isso.
Ela estava perdida nesses pensamentos, quando a voz gelada do youkai soou, gelada, comunicando-a de sua decisão.
"Eu quero que você volte ao vilarejo para repor suas energias, Lady Krystall. Estaremos partindo em poucos dias, assim que você estiver pronta para uma longa viagem." - Ele ainda estava de costas para ela, impassível.
"Partir? Partir para onde?" - seus olhos se arregalaram, demonstrando espanto: como ele podia agir daquela forma, como se nada tivesse acontecido?
Então ele se virou, enquanto a encarava, fazendo com que ela ficasse mais confusa.
"Para as Terras do Oeste, onde você será apresentada ao meu clã como a MINHA ESPOSA"
"Para as Terras do Oeste?" - ela repetiu a última frase como um eco: ela não podia partir, como ficariam a sua família e amigos? Na verdade, ela não sabia se conseguiria retornar a sua Era - e se fosse o seu destino ficar para sempre naquela terra no passado? E se ela conseguisse descobrir uma forma de voltar, o que ela faria com Sesshoumaru? Ela simplesmente voltaria para a sua época e o esqueceria? Infelizmente, ela não tinha nenhuma dessas respostas... ainda não.
Talvez, naquele momento, a sua única opção fosse esperar que Kagome pudesse ajuda-la, retornando com aquilo que poderia ser a solução do maior de seus problemas, e deixar para se preocupar com os outros mais tarde.
Um dia de cada vez. Era assim que teria que ser.
Então, ela se levantou, e depois de lançar um olhar magoado para Sesshoumaru, ela se distanciou, sem dizer uma única palavra.
O yokai ainda ficou lá parado, vendo-a se distanciar, até que finalmente, ela saiu do seu campo de visão.
"Estou ficando condescendente demais" - o Lorde Yokai resmungou entre os dentes, enquanto fazia um enorme esforço para não ir atrás daquela mulher quando ela se levantou, com lágrimas nos olhos e seguiu em direção oposta ao vilarejo, com ares de orgulho ferido.
"Feh... agora deu para ficar falando sozinho, Sesshoumaru? Eu trataria melhor a sua mulher, afinal, é ela que vai cuidar de você, quando terminar ficando gagá de vez." – InuYasha caçoava do irmão, enquanto pegava a tal mochila causadora de problemas.
Sesshoumaru queria fatia-lo vivo, como tudo naquele dia parecia testar a sua paciência, continuou imóvel, fitando o meio-irmão.
InuYasha havia assistido toda aquela cena complicada que ocorrera há alguns instantes atrás: na verdade, ele havia sentido o cheiro de Kagome, e como ela estava demorando em aparecer no vilarejo, tomou o caminho do poço come- ossos. Então, correndo o risco de ser chamado de Hanyou-voyer, resolveu ficar lá de prontidão caso seu irmão saísse da 'linha'. Ele conhecia os protocolos do clã dos youkais cachorros graças a Myouga, e temia que a personalidade 'delicada' de Krystall gerasse alguns conflitos entre o casal, quando Sesshoumaru passasse a agir de acordo com os protocolos do clã.
De qualquer forma, InuYasha já estava dando o fora de fininho, quando sentiu o cheiro de medo da garota no ar, e se a súplica dela não tivesse devolvido o bom senso ao seu meio-irmão, ele teria que intrometer entre eles, para interceder a favor de sua 'cunhada'.
"O você pensa que esta fazendo, InuYasha? Quer dizer que agora você fica espionando casais?" – Sesshoumaru respondeu visivelmente irritado.
"Bah, sua vida pessoal não me interessa, seu idiota. Eu só vim ate aqui porque eu senti o cheiro da Kagome...." – Ele se calou em seguida, embaraçado por te confessado ao meio irmão uma fraqueza obvia, e resolveu disfarçar atacando-o de volta – "mas acabei vendo aquela cena ridícula... como você tem coragem de trata-la desse jeito depois de tudo pelo o que ela passou nos últimos dias? No final das contas, o que você estava fazendo, seu idiota?"
"Há, InuYasha... Não me diga que você não sabe?" – Um sorriso malicioso despontou no rosto de Sesshoumaru, fazendo o hanyou ficar sem graça – "Bem, de qualquer forma, isso é um assunto de adultos, e não sou eu que vou te explicar " – o Lorde yokai começou a caminhar, se sentindo melhor agora, que havia conseguido constranger o irmão.
"Feh, e pelo jeito, você já tem muita experiência, não é? Eu andei encontrando a conseqüência de uma delas por ai" – InuYasha se permitiu um momento de satisfação quando o irmão parou, e mesmo sem se virar respondeu.
"Deixe de ser idiota, InuYasha, seu eu tivesse um herdeiro, eu saberia." – então, ele se virou, para encarar InuYasha com uma certa curiosidade.
"Ah, é? E como você me explica isso aqui então?" – o hanyou estendeu o braço, mostrando vitorioso a encharpe dourada que ele havia encontrado no castelo do Naraku – "A dona deste lenço tem uma meia lua na testa como você, Sesshoumaru. E ela também tem o seu cheiro."
Sesshoumaru fitou aquele pedaço de tecido por alguns segundos – tempo no qual ele se lembrou daquele vulto que ele vira durante o combate - e depois de uma rápida análise, voltou a caminhar, só que desta vez, seguindo o caminho feito por Krystall - "Não diga besteiras, Inuyasha.. O seu faro é imprestável como você, e eu não estou interessado nas suas neuroses: esse farrapo está impregnado de vários cheiros – inclusive o do Naraku, e eu não sou o único youkai com esse tipo de marca. Esse farrapo imundo tem o meu cheiro e o da Lady porque nós estávamos próximos a ele no combate".
InuYasha concluiu que não havia muito que se fazer, visto que o cabeça-dura do seu meio-irmão não queria escuta-lo, e com certeza por puro orgulho, já que verdade seja dita, o faro de Sesshoumaru realmente era superior ao dele, de forma que seria impossível ele se confundir tão grosseiramente a respeito do cheiro da encharpe: o cheiro impregnado no tecido era forte demais para ter sido obtido simplesmente durante o combate.
"Feh.. deixa esse idiota para lá.. Deixa ver o nos temos por aqui hj." – Resmungava o hanyou enquanto fuçava na mochila de Kagome, até encontrar os seus chocolates favoritos.
.......
Alívio era a palavra da semana na sede dos Guerreiros: Morrigan havia deixado duas mensagens muito claras:
1. A Senhora do Caos estava viva 2. Da próxima vez que a Senhora da Ordem se metesse em outra trapalhada mágica daquelas proporções, a própria Morrigan se encarregaria de aplicar- lhe um corretivo.
"Deixa ver ..." - Lyncyne ponderava o que poderia ser pior: a punição de Morrigan ou a de sua irmã... e por um momento, ficou seriamente tentada em propor a divindade que ela se encarregasse de suas punições dali para frente.
"Bem... sabemos que ela esta viva, mas ainda não sabemos nem onde, nem quando ela está. Puxa, Morrigan podia muito bem ter dado uma pista, não é?" - Brigith cruzou os braços, enquanto encostava-se à parede da sala do conselho.
"Na verdade... ela deu.. não que isso tenha nos ajudado muito" - Dara suspirava, enquanto lembrava da cara sádica da Deusa ao dar-lhe a dica - "Onde guerras honradas foram travadas e o astro rei é mais brilhante, hoje existe uma ponte harmônica de ligação entre varias eras - lá começara a jornada de vocês para encontra-la"
"Putz... e eu que achava que enigmas fossem coisas de Deuses Egípcios..." - Lyncyne comentava, enquanto se lembrava que ela sempre tinha problemas para tentar decifrar as mensagens de Isis.
"Hum... astro-rei... guerras honradas... Por acaso, Morrigan não estaria falando do Oriente?" - como Lorde do elemento Ar, Gwydion também tinha lá as suas idéias brilhantes.
"Muito bem, Auron... eu acredito que você esteja certo, mas ainda assim, o oriente é muito extenso, e nós não temos a menor idéia de qual época nós devemos procurar" - Morgan não se mostrava muito otimista com a descoberta do amigo.
Neste momento, o cristal que ficava no centro da mesa do conselho começou a brilhar, chamando a atenção de todos eles - o cristal mágico servia como uma espécie de comunicador, projetando uma imagem holográfica da pessoa que tentava entrar em contato com os Guerreiros. Eram poucas as pessoas que podiam acessa-los usando um cristal daqueles (o Rei de Galtus, a Suma- Sacerdotisa do antigo Coven de Rhiannon, o Guardião de Celtus, e um grupo de heróis nos EUA e outro na União Européia), de forma que ele funcionava como uma espécie de linha de emergência - significando que mais problemas estavam a caminho... e dos grandes.
""timo, era justamente o que eu estava precisando... mais problemas. Quando essas férias acabarem, eu vou precisar de férias das férias" - Flora praguejou, inconformada com a sua falta de sorte, enquanto fazia um gesto mágico para que o cristal começasse a projetar as imagens.
"Hum..." - Brigith levantou uma das sobrancelhas ao notar que a imagem do planeta Terra começava a ser projetada, focando-se em seguida no Japão, destacando por fim, a cidade de Tókio - "Guerreiros... desde quando alguém no Japão possui um cristal comunicador?"
"Japão?" - a voz dos guerreiros se fez ouvir em uníssono, enquanto eles se lembravam da mensagem de Morrigan.
"Moshi, moshi! Watashi wa, Higurashi Kagome, ne" - a imagem de uma sorridente adolescente oriental foi exibida.
"..." - Gota na cabeça das garotas - Auron e Prisma eram os únicos que conseguiam entender todas as línguas do Universo: Auron porque ele era o Lorde do elemento Ar, que regia a sabedoria, comunicação e expressão; e Prisma porque ela havia mexido os seus pauzinhos com um feitiço, ou a sua colher de pau, se vocês assim o preferirem.
"Auron... por acaso, você sabe qual foi o feitiço que a Prisma usou para compreender todas as línguas do Universo?" - Morgan perguntou, completamente sem graça por não ter prestado atenção nas explicações da amiga naquele dia.
"Bem, já faz algum tempo, mas vou ver o que eu posso fazer" - Gwydion se divertiu com a cara das amigas, fazendo o seu BOS aparecer com uma pequena conjuração - "ah, aqui esta.. a Krys me obrigou a escrever esse feitiço no meu livro das sombras, já que ele tinha a ver com o meu elemento. Vamos lá."
.......
Oie ....
Bem galerinha .. muitas emoções nesse capitulo, não é?
Espero q vocês tenham me perdoado pelas maldades dramáticas do cap 6 ... e estou aberta a criticas, sugestões.. etc
Próximas emoções : qual sera a Ideia de Krystall para voltar para casa? E se funcionar .. ela vai ter coragem de deixar o Sesshy? E por onde andará a Shannon?
Bjos, Bjos, Bjos
Artis
Ah, não que eu esteja com medo não ( Dragão olha com cara de AH até parece )
Bem ... de qualquer forma, aqui esta o novo capitulo, espero q vocês gostem... So que como eu acabei tendo varias idéias mirabolantes == a parte hentai da historia vai ser pulada para o capítulo 8 ou 9
Agradeço as reviews da Bianca Himura, da Shampoo Sakai ( por favor não contrate uma matador de aluguel.. to me redimindo nesse capitulo ), da minha sócia da fábrica de idéias mirabolantes Sofy-Chan, e da Mandora ( continua me mandando esses toques, adoro quando o pessoal participa).
Meninas... adoro vcs... agora vamos lá.
Disclaimer .. Os personagens de InuYasha não me pertencem, e sim a Rumiko Takahashi. As Guerreiras Estelares e sua historia me pertencem.
Morte e Renascimento
NA ERA ATUAL
Na ausência de Krystall, a responsável pela liderança da equipe era Dara, já que ela era a pessoa mais equilibrada de todos eles, além de ser a pessoa mais próxima da Senhora do Caos, e uma das poucas que conseguiam faze-la voltar à razão quando ela estava fora de controle - a Dama da Terra estava exausta: nunca em sua vida, ela imaginara o quão difícil era essa posição. Como é que a sua amiga agüentava tanta responsabilidade?
Falando em Krystall, já haviam se passado cerca de dois ou três dias que ela estava desaparecida, período no qual Dara estava quase enlouquecendo devido às atitudes desesperadas de Lyncyne. Quando ela já estava cogitando seriamente a idéia de selar a Senhora da Ordem em seus aposentos para que ela conseguisse pensar novamente, um novo ( e grande ) problema caiu em seu colo.
Em meio a uma das discussões, uma luz muito forte envolveu a Senhora da Ordem, gerando um campo de energia que lançou todos os Guerreiros para as paredes da sala do conselho.
Ainda fortemente pressionada na parede pela energia gerada pelo corpo de Lyncyne, Dara dirigiu seu olhar assustado para a amiga, que estava tentando - sem sucesso - conter aquele excesso de energia, que a Dama da Terra reconheceu prontamente como o poder do Caos.
"Essa não... Lyncyne mal dá conta dos poderes dela..." - então, Flora arregalou os olhos, ao tomar consciência de algo que provavelmente nenhum dos outros Guerreiros havia percebido - "Se Lyncyne está recebendo os poderes do Caos, isso significa que.. droga.. não posso entrar em pânico.. vamos resolver um problema de cada vez." - Determinada, a jovem retomou a postura de líder, montando uma estratégia para controlar a situação.
"GUERREIROS, Reluzente precisa de nossa ajuda para conter o poder do Caos.... Vamos ajuda-la antes que ela ponha a mansão abaixo, ou... coisa pior" - Dara gritou aos companheiros, enquanto tentava se conectar com a energia da Terra; com dificuldade, ela conseguiu se levantar e se manter de pé, tendo o seu exemplo seguido pelos demais companheiros.
"Gaia, conceda-me tua força" - Dara clamava por sua Deusa Madrinha: seu corpo começou a ser envolvido por uma forte aura de energia esmeralda, ao mesmo tempo em que ela sentia a sua conexão com a terra sendo ampliada: agora ela era o próprio planeta Terra, forte, pulsante, fértil, doador de vida; ela também era a fúria dos terremotos, dos vulcões em erupção, da terra seca que era envolta por morte e desesperança.
"Freya, conceda-me tua luz" - Gwydion fez o mesmo, sendo envolto por uma aura de energia dourada, ao mesmo tempo em que ele se entregava completamente ao elemento ar: agora ele era o oxigênio que mantinham os seres vivos, a leve brisa que brincava com as folhas das árvores, e também os impiedosos furacões e tornados ceifadores de vida - ele sentia que todo o conhecimento do universo invadia a sua mente, deixando-o no tênue limite do saber infinito e da absoluta loucura.
"Tiamat, conceda-me teu vigor" - Brigith sentiu a aura vermelha da dragonesa-mãe envolvendo-a, conectando as profundezas de sua alma com o elemento fogo: o fogo do espírito que arde dentro de cada um de nós, o fogo que aquece, que protege, que foi fundamental para a evolução da humanidade... o mesmo fogo cujas labaredas cruéis destruíam florestas, cidades... que queimava a alma de pessoas malignas levando-as a cometer as maiores atrocidades que faziam até mesmo os Deuses antigos tremerem de horror.
"Lakshimi, conceda-me sua fluidez" - Morgan respirava fundo enquanto sua aura tornava-se azul e ela passava a se tornar parte dos oceanos, mares, rios e lagos do planeta: agora ela era capaz de sentir cada um dos seres vivos que ali viviam: seus anseios, desejos, sonhos... e também as suas mesquinharias, ódios e temores...
O brilho das auras dos Guerreiros foi aumentando, até que num dado momento, elas se concentraram num único feixe de luz que dirigiu à Senhora da Ordem, envolvendo-a completamente e dando-lhe uma oportunidade de respirar para que ela também pudesse clamar por sua Deusa Madrinha.
"Isis, conceda-me tua proteção" - Uma barreira perolada começava a ser formar à volta da Senhora da Ordem, contendo o excesso de energia que emanava de seu corpo - ela sentia que poderia explodir a qualquer momento - o poder do Caos estava muito além dos seus limites, e assustada, ela se lembrava que da última vez que ela havia tentado manipular a energia do Caos - e conscientemente - ela quase havia explodido o planeta Celtus.
Então, tão subitamente quanto havia aparecido, o poder do Caos desapareceu, fazendo com que Lyncyne, completamente esgotada, despencasse no chão, quase inconsciente. Um silêncio mortal se fez na sala do conselho, quebrado pela voz decidida de Flora.
"Auron, leve Reluzente até os aposentos dela, Atlantis, acompanhe-o e providencie cura se houver necessidade. Solaris, verifique se os estragos gerados pelos poderes do Caos não se entenderam além dos limites da mansão. Eu.. preciso pensar no que iremos fazer agora." - A Dama da Terra se aproximou de uma das janelas e permaneceu pensativa, em absoluto silencio.
Os Guerreiros obedeceram A Flora sem questionar nenhuma de suas ordens: eles sabiam que ela poderia curar Lyncyne muito mais rapidamente que Atlantis, e que o escudo mágico que Krystall havia levantado em torno da propriedade Star impedia que qualquer energia decorrente de 'acidentes mágicos' atingissem áreas externas à sede, mas eles haviam compreendido claramente a mensagem da jovem: ela simplesmente desejava ficar sozinha.
Quando finalmente Flora ficou completamente só, ela começou a se aproximar da mesa do conselho, e então, levantou a cadeira de Krystall que estava caída no chão devido aos últimos acontecimentos. A jovem passou a sua delicada mão pela estrela élfica de prata incrustada no móvel, símbolo adotado pela amiga como símbolo de poder e proteção pessoal.
"Só existe uma forma da Senhora da Ordem receber os poderes do Caos" - Ela estava completamente absorta nesses pensamentos quando percebeu a mudança repentina do ambiente a sua volta: agora, a sala do conselho estava tomado por brumas, e Dara não enxergava muita coisa além da mesa e das cadeiras à sua volta; o ar tornou-se pesado, frio... há muito ela havia aprendido a lidar com situações como aquela, mas isso não significava necessariamente que ela achasse isso algo agradável.
Um corvo grasnou, fazendo com que um arrepio subisse por sua espinha, - ela não queria virar o seu rosto na direção daquele barulho, por que aquilo poderia ser a confirmação de suas suspeitas - de olhos fechados, lentamente, Dara se virou, implorando inutilmente que ELA não estivesse lá.
Mas infelizmente, para ela, Gaia não pode atender suas súplicas desta vez.
ELA estava lá....
Sensual... Suprema... Imponente como a sua própria protegida, usando seu legendário traje de guerra, com seus brilhantes cabelos negros que passavam de sua cintura, envolta por seu belíssimo manto enfeitado por penas de corvo.
Morrigan olhava fixamente para a Dama da Terra com o seu habitual tom de ironia e pouco caso - para Dara, a coisa estava muito obvia: o incidente com Lyncyne há poucos minutos atrás e a presença da Deusa Celta da Morte e da Guerra bem a sua frente só poderiam significar uma coisa: Krystall estava morta.
NA ERA FEUDAL
FLASHBACK
Sesshoumaru abraçou Krystall com força, pressionando a cabeça dela contra o seu peito, e lembrou-se que há poucos dias atrás, eles estavam desta mesma forma - mas agora ele não sentia mais o calor do seu corpo, nem sentia aquele inebriante perfume que havia mexido tanto com ele: havia apenas um triste cheiro de morte no ar. O vazio que ele sentia no seu peito pareceu aumentar, então ele baixou o seu rosto, encostando o seu queixo nos cabelos macios de sua amada, fazendo com que a sua franja projetasse uma sombra sobre o seu rosto, ocultando um olhar tomado pela tristeza.
De repente, uma lágrima solitária, fugiu de um de seus olhos, brilhante, pura, deslizando por seu rosto, caindo como uma gota de chuva cristalina, que ao cair no rosto de Krystall, se dividiu em minúsculas gotinhas, criando uma linda mandala que refletia a luz do sol.
"Eu te amo... Krystall" - então finalmente ele admitiu, se dando por vencido, sem forças mais para lutar contra a realidade que até então ele insistia em não aceitar.
O sol se escondia, com seu brilho ofuscado pela tristeza que cobria de brumas a Era Feudal.
FIM DO FLASHBACK
A lágrima que caíra no rosto de Krystall, começou a emitir uma luz muito cálida, que aos poucos tomou força, envolvendo completamente o corpo dela. Atônito com o que estava acontecendo, Sesshoumaru não podia fazer nada além observar o que acontecia com a garota no seu colo - aquela aura prateada lentamente foi se tornando dourada, para pouco tempo depois adquirir a cor avermelhada, se expandindo, até envolve-lo também, fazendo-o sentir o gostoso calor que ela possuía, e então, de repente, aquela energia se concentrou, e seguiu para o alto, deixando todos à sua volta boquiabertos: todos os que estavam um pouco afastados do casal, puderam ver perfeitamente a figura de uma ave Fênix com as suas asas abertas envolvendo os dois, antes de seguir rumo a um destino desconhecido.
O Lorde Youkai olhava para o alto, como se ainda pudesse enxergar no infinito o destino daquela onda de energia que os envolvera até poucos momentos atrás - ele tinha certeza que aquela energia pertencia ao guardião de Krystall que ele havia destruído com a Tenseiga. Então...
"Tum-Dum" - Os olhos dele voltaram-se para Krystall: seu coração havia voltado a bater.
Uma sensação de alegria tomou conta dele; o calor do corpo dela havia sido devolvido pela Fênix, o cheiro de morte havia sido substituído pelo delicioso aroma dela, e as cores do seu belo rosto haviam retornado. Finalmente, devagar ela começou a abrir aqueles olhos brilhantes que ele tanto ansiava por rever.
"Eu.. também ... te amo, Sesshy..." - A jovem se aconchegou mais no peito dele, se sentindo amada, segura e muito, muito feliz por ter tido a oportunidade de revê-lo novamente.
Sesshoumaru não disse nem uma palavra; ele simplesmente a abraçou com mais força, como se estivesse com medo que ela fugisse dali de seus braços, para longe dele. Eles ficaram assim por bastante tempo, curtindo a emoção do reencontro, até que outra lágrima fugiu dos olhos do Lorde das Terras do Oeste... só que desta vez de felicidade.
........
Não muito longe dali, agora devidamente oculta por um feitiço, Shannon sorria, enquanto limpava algumas lágrimas de emoção que haviam fugido de seus olhos. Sua missão estava quase cumprida, faltava muito pouco agora.
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O dia havia sido desgastante para todos, e então o grupo concluiu que a melhor coisa a ser feita era se passar a noite por ali mesmo. Kagome e Shippou haviam feito uma pequena fogueira, e Miroku havia caçado alguns pequenos animais para que eles pudessem fazer uma refeição. Um pouco afastado dali, Krystall dormia confortavelmente acomodada no colo de Sesshoumaru - finalmente o casal estava descansando.
No céu, a lua começava a se mostrar num sorriso tímido, rodeada por estrelas de vários tipos, cores e tamanhos. InuYasha havia subido numa árvore bem alta, com a desculpa que assim ele poderia ficar de guarda enquanto os outros descansavam, mas na verdade, ele queria ficar sozinho para poder pensar.
A sua vida na Era Feudal nunca fora muito fácil, mas nos últimos dias, as coisas haviam sido muito complicadas até mesmo para ele, InuYasha. De onde ele estava, ele podia observar o irmão dormindo tranqüilamente com sua futura 'esposa' nos braços. Como aquela mulher havia conseguido tocar tão fundo naquele monstro sanguinário? Também tinha aquela adolescente misteriosa que o havia chamado de.. tio? Será que Sesshoumaru já era pai? Aquela meia lua na testa daquela menina, eliminaria a maioria dos argumentos de defesa de Sesshoumaru se não fosse por uma coisa intrigante: ela não tinha só cheiro do seu meio irmão, mas também o cheiro daquela garota que dormia nos braços dele.. como isso seria possível?
E finalmente: assistir a morte da sua... cunhada (?!?!), o fez pensar em Kagome ... a sua Kagome.
Ver o imponente Lorde Sesshoumaru tão fragilizado havia feito InuYasha parar para pensar: e se ele perdesse Kagome? Ele não tinha a Tenseiga para revive-la, como Sesshoumaru. Na verdade... o que ela realmente significava para ele? E como ficava a Kikyo nessa historia?
Kikyo... ela e InuYasha haviam caído na armadilha do Naraku há 50 anos, e ela havia morrido odiando-o com todas as fibras de seu ser. E esse ódio era a única coisa que mantinha o corpo dela, feito de terra e ossos vagando pelo mundo.. ele não conseguia esquece-la, mas já há algum tempo ele havia percebido que o sentimento que o prendia a Kikyo não era mais de amor, e sim o de culpa.
Ele desejava libertar a alma dela se vingando do responsável por sua morte, antes de pensar na própria felicidade, mas os acontecimentos daquele dia o fizeram encarar a possibilidade de que talvez se ele fizesse isso, ele poderia perder a sua doce Kagome também... assim como ele já perdera Kikyo no passado.
"Minha Kagome..." - O hanyou suspirou, enquanto observava o tímido sorriso da lua no céu.
"Você me chamou, InuYasha?" - Kagome se encontrava bem embaixo da árvore onde InuYasha se encontrava, quando o ouviu chamar por seu nome, e o olhava com uma expressão de tristeza.
"Ele deve estar pensando na Kikyo.." - esse pensamento a torturava, ferindo- a profundamente.
"Faz muito tempo que você esta aí embaixo?" - o hanyou estava desconcertado por ter sido pego pensando nela, reagindo como se ela pudesse ler os seus pensamentos - "Desde quando você deu para ficar espionando os outros assim?"
"Eu não estava te espionando, eu só queria saber se você estava precisando de alguma coisa. Eu até te chamei umas duas vezes, mas você estava tão perdido nos seus pensamentos que você não me ouviu." - Kagome abaixou a cabeça, desviando o seu olhar dele, enquanto a sua voz ia sumindo. Então, se calou completamente, voltando em direção ao lugar onde se encontravam Miroku, Shippou e Kirara, enquanto InuYasha começou a sentir cheiro de lágrimas.
"Droga, seu idiota, você a fez chorar de novo" - Apesar de não entender direito o motivo daquelas lágrimas, ele sentia que ele deveria dizer a Kagome o que ele estava sentido. Não que isso facilitasse as coisas para ele, mas pelo menos, ele tinha que tentar.
Agilmente, ele saltou do galho onde ele descansava, alcançando facilmente a colegial cabisbaixa, barrando o seu caminho. Kagome parou ao bater no peito dele, levantando a sua cabeça assustada, corando com a proximidade dos seus rostos.
"Você veio até aqui para falar comigo, não é? Por que você esta indo embora então?" - o hanyou ainda não havia encontrado uma forma de dizer a ela tudo que se passava no seu coração - se o insensível do Sesshoumaru havia conseguido expor os dele (ele nem sabia que o irmão conseguia sentir algo), por que ele não conseguia fazer o mesmo?
"Não era nada muito importante, era coisa minha" - ela respondeu, baixando o rosto novamente, enquanto lutava com aquelas lágrimas que tentavam fugir de seus olhos; até que sentiu a mão dele tocando em seu rosto, levantando- o, fazendo-a encarar um par de olhos dourados que olhavam muito sérios para ela.
"Nunca mais diga isso, Kagome... tudo que vem de você é muito importante. Você é muito importante para mim." - InuYasha a abraçou com força, deixando a colegial sem palavras, torcendo para que tudo aquilo não fosse apenas um sonho - "Sabe, Kagome... eu .. não sou bom para dizer o que eu sinto.. mas... eu não quero que você fique longe de mim. Eu queria... que você fosse paciente, por que .. eu preciso acabar com aquele maldito do Naraku, você me entende?"
Kagome estava surpresa: InuYasha nunca havia aberto tanto o seu coração daquele jeito, e naquele momento, ele a olhava como se ela realmente fosse muito importante para ele, e isso era o suficiente para que ela tivesse forças para atender o seu pedido.
"Eu.. entendo, InuYasha.. Eu vou estar sempre com você. Eu vou esperar por esse dia.. ao seu lado."
InuYasha e Kagome se fitaram com carinho por alguns momentos, e então, automaticamente os seus olhos se fecharam e os rostos começaram a se aproximar, com os lábios entreabertos; InuYasha a trazia para junto de si, se perdendo no perfume que somente ela tinha: a sua doce Kagome.
Ambos ansiavam há muito tempo por aquele beijo, mas, quando os seus lábios já estavam tão próximos que ambos já podiam sentir a respiração um do outro...
"InuYasha!!! O que você pensa que esta fazendo com a Kagome?!?!" - Shippou havia pulado bem encima da cabeça do hanyou, quando o casal já estava praticamente de lábios colados; fazendo-os pular um para cada lado por causa do susto, completamente sem graça.
"Eu não estou fazendo nada!!!" - após se recompor do susto, InuYasha berrou com o kitsune, enquanto o agarrava pelo rabo.
"Ah é? Então, por que vocês dois estão vermelhos desse jeito?" - Shippou apontava para o rosto deles, fazendo com que uma veia de irritação saltasse na testa do hanyou, que já havia fechado a mão para bater nele quando..
"InuYasha?" - Kagome olhava para os dois muito séria.
"Glup.. Sim, Kagome?" - InuYasha virou lentamente na direção de Kagome, levantando uma sobrancelha, já esperando pelo famoso 'senta'.
"Não bata com muita força, ta?" - A colegial sorriu para ele, se retirando em seguida. Shippou arregalou os olhos, enquanto InuYasha olhava para ele sadicamente.
Agora, Kagome estava indo ao local onde Miroku já estava descansando, vendo um pouco mais distante Krystall e Sesshoumaru: ela sorriu ao ver aquela cena tão bonita, imaginando que eles deveriam estar esgotados.
"Eu gostaria muito de conversar com ela, mas provavelmente ela ainda vai demorar uns dias para se recuperar.. tudo bem. Quando terminarem as minhas provas, nos teremos todo o tempo do mundo nos conhecermos melhor".
Aquela noite, Kagome dormiu imaginando como seria maravilhoso o toque dos lábios de InuYasha.
........
ALGUNS DIAS DEPOIS
Kagome estava de volta a Era Feudal: suas provas haviam acabado, e desta vez, ela tinha ido muito bem - inclusive na famigerada prova de matemática - de forma que suas férias tinham começado oficialmente naquele dia, liberando-a para ficar com os seus amigos o tempo que quisesse. Bem.. pelo menos até que as aulas do 2o ano começassem.
Ela já havia subido até o topo do poço, fazendo um grande esforço para jogar a sua "pequena" mochila amarela para fora dele, quando a raiz em que ela estava apoiada se rompeu, fazendo com que perdesse o seu equilíbrio. Ela começou a cair poço adentro, quando sentiu uma delicada mão segurando-a pelo pulso; e quando olhou para cima, encontrou Prisma olhando-a com uma expressão divertida no rosto.
........
"Obrigada por me ajudar, Prisma" - Kagome a agradecia, depois de sair do poço, completamente sem graça por ter dado trabalho a ela.
"Não se preocupe, foi um prazer, é muito bom poder ajudar" - Krystall comentou com Kagome - "eu vim até aqui para conhecer esse poço o irmão do Sesshy havia falado ..."
"Sesshy?" - Kagome acabou interrompendo a garota, achando graça da forma carinhosa da qual Prisma havia se referido ao youkai.
Krystall riu da observação da colegial, entendendo perfeitamente o motivo da risada: afinal Sesshoumaru não era a criatura mais meiga do universo, e ela mesma, apesar de gostar do apelido carinhoso, às vezes o usava apenas para cutucar o youkai, que começava a irrita-la com os seus costumes 'levemente' machistas.
"Meu nome é Krystall, Kagome. Prisma é um nome que eu uso para preservar a minha privacidade na nossa Era, e creio que isso não seja necessário por aqui, afinal, você ajudou a salvar a minha vida, e gostaria muito de considera-la minha amiga".
"Mas é claro!!!!" - Kagome estava exultante por se tornar amiga de uma pessoa que ela admirava tanto, se dando conta em seguida, que ainda não tinha visto Sesshoumaru por perto - "Ah, e onde estão os outros? Você não deveria ficar sozinha, afinal, andou passando por uns maus bocados, deveria estar descansando."
"Ah, a Rin está se divertindo bem ali na frente" - sorridente, Krystall apontou em direção da criança, que no momento estava correndo atrás de uma borboleta azul, e então, estreitou os olhos com o semblante aborrecido apontando em direção a algumas árvores não muito longe dali - "e o Jaken esta logo ali atrás".
"E onde esta o Sesshoumaru?" - Kagome perguntou, curiosa.
"Está por ai, e creio eu, que irritado;" - Krystall deu os ombros, com uma expressão que fez Kagome ter vontade de rir, enquanto ela continuava o seu relato, provavelmente tão aborrecida quanto o youkai citado - "eu disse a ele que eu precisava respirar, e ainda assim ele mandou Jaken e Rin virem comigo"
A colegial imaginava que alguém que vinha de uma cultura tão ligada ao feminino, e por conseqüência, feminista, deveria estar enlouquecendo com os costumes tradicionalmente machistas dos homens da Era Feudal. Será que por acaso ela não poderia ajuda-la de alguma forma?
"Escute, Krys, será que não existe nada que eu possa fazer para ajuda-la? Creio que seus amigos estejam muito preocupados com você.. eu até pensei em entrar em contato com eles, mas não é exatamente uma tarefa fácil encontra- los" - Kagome se lembrava com uma gota na cabeça, que os havia procurado até mesmo na lista telefônica on-line da internet.
Krystall calada por um momento... será que o que ela estava pensando daria certo? Bem, de qualquer forma não adiantava sofrer por antecipação, então ela resolveu arriscar:
"Bem... creio que você poderia me fazer um favor... você consegue levar coisas de uma Era para outra, Kagome, não consegue?"
"Sim, eu consigo, por que?" - a jovem havia ficado muito curiosa com a pergunta.
"Você poderia me fazer o seguinte favor ? ..." - A Senhora do Caos piscou para Kagome, enquanto começou a explicar o que ela precisava fazer.
Não muito longe dali, Jaken observava aquelas duas mulheres, conversando, e ficou incomodado ao ver que a futura Lady das Terras do Oeste havia entregue a humana do Inuyasha um pequeno e brilhante objeto, que parecia uma jóia, e a última em seguida retornou para dentro do poço come-ossos.
"Por que essssssa humana essssssta voltando para a Era dela sssssem ao menos passsar no vilarejo antessss?" - ele não havia conseguido ouvir uma única palavra da conversa entre as duas mulheres, pois estava muito longe para entender qualquer coisa. Jaken havia aprendido rapidamente que irritar Lady Krystall era quase tão nocivo à sua saúde quanto irritar Lorde Sesshoumaru, de forma que, quando ela pediu 'delicadamente' que ele se afastasse, o pequeno youkai não pensou duas vezes.
Entediado, ele se conformou em assistir Rin se aproximando de Krystall com flores, tentando convencer a Lady de deixa-la enfeitar os seus cabelos com elas, enquanto a jovem a olhava com uma cara de quem não havia gostado muito da idéia.
POUCO TEMPO DEPOIS
"Mas Lady Krystall... Glup!!!!!" - Jaken correu para se esconder atrás de Rin quando a futura Lady das Terras do Oeste estreitou os olhos na direção dele, impaciente por dizer pela terceira vez consecutiva ao dedicado servo de Sesshoumaru que ela iria sim carregar a mochila de Kagome ate o vilarejo.
"Jaken, eu acredito que a minha explicação tenha sido perfeitamente clara: eu já teria chegado ao vilarejo há muito tempo atrás, ao invés de ter andado poucos metros se você largasse a alça da mochila. Eu nunca aceitei ser tratada diferente na corte de meu pai, porque você acha que eu faria isso por aqui?"
"Simplesmente por que isso não é serviço para alguém de sua posição.. e também porque você precisa descansar" - Sesshoumaru aparecera abruptamente, deixando Jaken mais apreensivo ainda: aquela fêmea que o seu mestre escolhera, normalmente já não era nada fácil de se lidar... irritada, então... O pequeno youkai teve o bom senso de se retirar dali, carregando Rin consigo, deixando o casal a sós naquele ponto da floresta: a tensão estava tão grande entre eles que poderia ser cortada com uma espada.
"Eu já estou bem, e além disso, eu não suporto ser tratada como uma boneca de porcelana. Não pense que eu vou permitir que esse tipo de coisa aconteça com freqüência" - ela apontava para os seus cabelos caprichosamente trançados com flores silvestres, que a pequena Rin havia arrumado, mesmo debaixo de seus protestos: ela se sentia a própria Donzela de Beltane arrumada daquele jeito ( verdade que ela ainda era uma donzela, mas isso não aliviava a sua irritação ), o que fazia os seus olhos cor de mel faiscassem de raiva, raiva que aumentava a cada instante, principalmente porque Sesshoumaru ainda a fitava silenciosamente, sem expressar nenhuma emoção.
"Bem, já que você, não vai dizer nada, eu..." - Krystall havia começado a caminhar em direção ao vilarejo, mas quando se deu conta, a mochila havia sido tomada de suas mãos, e ela estava sendo pressionada em uma das árvores próximas por Sesshoumaru que a encarava muito sério, causando uma nova explosão de raiva por parte dela.
"Me solta, o que você pensa que está fazendo?" - o youkai a estava segurando pelos braços, imobilizando-a - "Não pense você que eu vou me tornar submissa como as mulheres que eu andei encontrando no vilarejo, eu não vou admitir que você me controle de jeito nenhum!!!" - apesar de ser muito mais forte que os humanos que Sesshoumaru conhecera, a jovem não tinha força o suficiente para se livrar de suas garras.
"Eu já disse que isso não é serviço para alguém de sua posição, mulher. Não me desafie." - ele a fitava muito sério, começando a se irritar com a sua rebeldia - nenhuma outra fêmea havia tido coragem de falar com ele naquele tom antes: ele precisava encontrar uma forma de subjuga-la, e rápido, antes que ele perdesse o total controle da situação - "Hum.." - foi quando um idéia muito interessante passou por sua mente.
"Eu não tenho medo de você" - ela o olhava com forte brilho de desafio no olhar - "você não v.. humpf!!"
Subitamente, Sesshoumaru a beijou, desarmando-a por completo: sabiamente, ele concluiu que aquela discussão não os levaria a lugar nenhum, de forma que ele decidiu mudar a sua forma de agir, e satisfeito, sentiu a resistência dela desaparecendo enquanto ele aprofundava aquele beijo tão inesperado.
"Todo youkai deve saber como controlar sua fêmea, não importa por quais formas, se você não for respeitado dentro de seu feudo, com certeza não o será fora dele", dizia o seu avô, com uma expressão muito séria, quando ele passou a ter a idade de escolher uma fêmea, embora naquela época, ele não tivesse a menor intenção de adquirir uma - "observação muito valiosa" - ele pensava, ironicamente.
A principio, a idéia era só desarma-la, mas aquelas carícias faziam com que o corpo dela passasse a exalar um inebriante aroma de excitação, que mesclado ao seu cheiro e ao perfume das flores em seus cabelos, combinados, começavam a agir como um poderoso afrodisíaco em Sesshoumaru, fazendo o instinto dele falar mais alto, de forma que ele não percebeu quando começou a passar dos limites. Enquanto ele se perdia naquelas sensações, suas mãos começaram percorrer o corpo dela, afrouxando o delicado quimono.
Quando Krystall percebeu o que ele estava cego pelo desejo, ela voltou a ficar na defensiva, tentando afastar-se inutilmente, até que conseguiu se livrar de seu beijo ardente.
"Sesshoumaru, pare, eu.. " - A voz assustada da Lady e o cheiro de medo que infestava o ar, fizeram com que ele voltasse à realidade, soltando-a, chocado com a sua falta de controle.
Ele virou-se de costas, enquanto Krystall caía no chão - Sesshoumaru lutava contra o seu instinto que exigia que ele a possuísse ali mesmo, para consolidar o compromisso entre eles como era exigido pelo seu clã, mas uma daquelas novas sensações que ele estava experimentando dizia a ele que as coisas não podiam ser feitas dessa forma.
Krystall ainda estava caída no chão, sem fôlego e confusa - aquelas mudanças súbitas de humor de Sesshoumaru a assustavam demais, pois era impossível saber o que se passava na cabeça dele - como ela poderia... ela corou violentamente enquanto pensava que de que forma ela poderia se pensar em se entregar a alguém tão inconstante daquele jeito? E que Atena a ajudasse.. pela primeira vez em sua vida, ela realmente havia desejado fazer isso.
Ela estava perdida nesses pensamentos, quando a voz gelada do youkai soou, gelada, comunicando-a de sua decisão.
"Eu quero que você volte ao vilarejo para repor suas energias, Lady Krystall. Estaremos partindo em poucos dias, assim que você estiver pronta para uma longa viagem." - Ele ainda estava de costas para ela, impassível.
"Partir? Partir para onde?" - seus olhos se arregalaram, demonstrando espanto: como ele podia agir daquela forma, como se nada tivesse acontecido?
Então ele se virou, enquanto a encarava, fazendo com que ela ficasse mais confusa.
"Para as Terras do Oeste, onde você será apresentada ao meu clã como a MINHA ESPOSA"
"Para as Terras do Oeste?" - ela repetiu a última frase como um eco: ela não podia partir, como ficariam a sua família e amigos? Na verdade, ela não sabia se conseguiria retornar a sua Era - e se fosse o seu destino ficar para sempre naquela terra no passado? E se ela conseguisse descobrir uma forma de voltar, o que ela faria com Sesshoumaru? Ela simplesmente voltaria para a sua época e o esqueceria? Infelizmente, ela não tinha nenhuma dessas respostas... ainda não.
Talvez, naquele momento, a sua única opção fosse esperar que Kagome pudesse ajuda-la, retornando com aquilo que poderia ser a solução do maior de seus problemas, e deixar para se preocupar com os outros mais tarde.
Um dia de cada vez. Era assim que teria que ser.
Então, ela se levantou, e depois de lançar um olhar magoado para Sesshoumaru, ela se distanciou, sem dizer uma única palavra.
O yokai ainda ficou lá parado, vendo-a se distanciar, até que finalmente, ela saiu do seu campo de visão.
"Estou ficando condescendente demais" - o Lorde Yokai resmungou entre os dentes, enquanto fazia um enorme esforço para não ir atrás daquela mulher quando ela se levantou, com lágrimas nos olhos e seguiu em direção oposta ao vilarejo, com ares de orgulho ferido.
"Feh... agora deu para ficar falando sozinho, Sesshoumaru? Eu trataria melhor a sua mulher, afinal, é ela que vai cuidar de você, quando terminar ficando gagá de vez." – InuYasha caçoava do irmão, enquanto pegava a tal mochila causadora de problemas.
Sesshoumaru queria fatia-lo vivo, como tudo naquele dia parecia testar a sua paciência, continuou imóvel, fitando o meio-irmão.
InuYasha havia assistido toda aquela cena complicada que ocorrera há alguns instantes atrás: na verdade, ele havia sentido o cheiro de Kagome, e como ela estava demorando em aparecer no vilarejo, tomou o caminho do poço come- ossos. Então, correndo o risco de ser chamado de Hanyou-voyer, resolveu ficar lá de prontidão caso seu irmão saísse da 'linha'. Ele conhecia os protocolos do clã dos youkais cachorros graças a Myouga, e temia que a personalidade 'delicada' de Krystall gerasse alguns conflitos entre o casal, quando Sesshoumaru passasse a agir de acordo com os protocolos do clã.
De qualquer forma, InuYasha já estava dando o fora de fininho, quando sentiu o cheiro de medo da garota no ar, e se a súplica dela não tivesse devolvido o bom senso ao seu meio-irmão, ele teria que intrometer entre eles, para interceder a favor de sua 'cunhada'.
"O você pensa que esta fazendo, InuYasha? Quer dizer que agora você fica espionando casais?" – Sesshoumaru respondeu visivelmente irritado.
"Bah, sua vida pessoal não me interessa, seu idiota. Eu só vim ate aqui porque eu senti o cheiro da Kagome...." – Ele se calou em seguida, embaraçado por te confessado ao meio irmão uma fraqueza obvia, e resolveu disfarçar atacando-o de volta – "mas acabei vendo aquela cena ridícula... como você tem coragem de trata-la desse jeito depois de tudo pelo o que ela passou nos últimos dias? No final das contas, o que você estava fazendo, seu idiota?"
"Há, InuYasha... Não me diga que você não sabe?" – Um sorriso malicioso despontou no rosto de Sesshoumaru, fazendo o hanyou ficar sem graça – "Bem, de qualquer forma, isso é um assunto de adultos, e não sou eu que vou te explicar " – o Lorde yokai começou a caminhar, se sentindo melhor agora, que havia conseguido constranger o irmão.
"Feh, e pelo jeito, você já tem muita experiência, não é? Eu andei encontrando a conseqüência de uma delas por ai" – InuYasha se permitiu um momento de satisfação quando o irmão parou, e mesmo sem se virar respondeu.
"Deixe de ser idiota, InuYasha, seu eu tivesse um herdeiro, eu saberia." – então, ele se virou, para encarar InuYasha com uma certa curiosidade.
"Ah, é? E como você me explica isso aqui então?" – o hanyou estendeu o braço, mostrando vitorioso a encharpe dourada que ele havia encontrado no castelo do Naraku – "A dona deste lenço tem uma meia lua na testa como você, Sesshoumaru. E ela também tem o seu cheiro."
Sesshoumaru fitou aquele pedaço de tecido por alguns segundos – tempo no qual ele se lembrou daquele vulto que ele vira durante o combate - e depois de uma rápida análise, voltou a caminhar, só que desta vez, seguindo o caminho feito por Krystall - "Não diga besteiras, Inuyasha.. O seu faro é imprestável como você, e eu não estou interessado nas suas neuroses: esse farrapo está impregnado de vários cheiros – inclusive o do Naraku, e eu não sou o único youkai com esse tipo de marca. Esse farrapo imundo tem o meu cheiro e o da Lady porque nós estávamos próximos a ele no combate".
InuYasha concluiu que não havia muito que se fazer, visto que o cabeça-dura do seu meio-irmão não queria escuta-lo, e com certeza por puro orgulho, já que verdade seja dita, o faro de Sesshoumaru realmente era superior ao dele, de forma que seria impossível ele se confundir tão grosseiramente a respeito do cheiro da encharpe: o cheiro impregnado no tecido era forte demais para ter sido obtido simplesmente durante o combate.
"Feh.. deixa esse idiota para lá.. Deixa ver o nos temos por aqui hj." – Resmungava o hanyou enquanto fuçava na mochila de Kagome, até encontrar os seus chocolates favoritos.
.......
Alívio era a palavra da semana na sede dos Guerreiros: Morrigan havia deixado duas mensagens muito claras:
1. A Senhora do Caos estava viva 2. Da próxima vez que a Senhora da Ordem se metesse em outra trapalhada mágica daquelas proporções, a própria Morrigan se encarregaria de aplicar- lhe um corretivo.
"Deixa ver ..." - Lyncyne ponderava o que poderia ser pior: a punição de Morrigan ou a de sua irmã... e por um momento, ficou seriamente tentada em propor a divindade que ela se encarregasse de suas punições dali para frente.
"Bem... sabemos que ela esta viva, mas ainda não sabemos nem onde, nem quando ela está. Puxa, Morrigan podia muito bem ter dado uma pista, não é?" - Brigith cruzou os braços, enquanto encostava-se à parede da sala do conselho.
"Na verdade... ela deu.. não que isso tenha nos ajudado muito" - Dara suspirava, enquanto lembrava da cara sádica da Deusa ao dar-lhe a dica - "Onde guerras honradas foram travadas e o astro rei é mais brilhante, hoje existe uma ponte harmônica de ligação entre varias eras - lá começara a jornada de vocês para encontra-la"
"Putz... e eu que achava que enigmas fossem coisas de Deuses Egípcios..." - Lyncyne comentava, enquanto se lembrava que ela sempre tinha problemas para tentar decifrar as mensagens de Isis.
"Hum... astro-rei... guerras honradas... Por acaso, Morrigan não estaria falando do Oriente?" - como Lorde do elemento Ar, Gwydion também tinha lá as suas idéias brilhantes.
"Muito bem, Auron... eu acredito que você esteja certo, mas ainda assim, o oriente é muito extenso, e nós não temos a menor idéia de qual época nós devemos procurar" - Morgan não se mostrava muito otimista com a descoberta do amigo.
Neste momento, o cristal que ficava no centro da mesa do conselho começou a brilhar, chamando a atenção de todos eles - o cristal mágico servia como uma espécie de comunicador, projetando uma imagem holográfica da pessoa que tentava entrar em contato com os Guerreiros. Eram poucas as pessoas que podiam acessa-los usando um cristal daqueles (o Rei de Galtus, a Suma- Sacerdotisa do antigo Coven de Rhiannon, o Guardião de Celtus, e um grupo de heróis nos EUA e outro na União Européia), de forma que ele funcionava como uma espécie de linha de emergência - significando que mais problemas estavam a caminho... e dos grandes.
""timo, era justamente o que eu estava precisando... mais problemas. Quando essas férias acabarem, eu vou precisar de férias das férias" - Flora praguejou, inconformada com a sua falta de sorte, enquanto fazia um gesto mágico para que o cristal começasse a projetar as imagens.
"Hum..." - Brigith levantou uma das sobrancelhas ao notar que a imagem do planeta Terra começava a ser projetada, focando-se em seguida no Japão, destacando por fim, a cidade de Tókio - "Guerreiros... desde quando alguém no Japão possui um cristal comunicador?"
"Japão?" - a voz dos guerreiros se fez ouvir em uníssono, enquanto eles se lembravam da mensagem de Morrigan.
"Moshi, moshi! Watashi wa, Higurashi Kagome, ne" - a imagem de uma sorridente adolescente oriental foi exibida.
"..." - Gota na cabeça das garotas - Auron e Prisma eram os únicos que conseguiam entender todas as línguas do Universo: Auron porque ele era o Lorde do elemento Ar, que regia a sabedoria, comunicação e expressão; e Prisma porque ela havia mexido os seus pauzinhos com um feitiço, ou a sua colher de pau, se vocês assim o preferirem.
"Auron... por acaso, você sabe qual foi o feitiço que a Prisma usou para compreender todas as línguas do Universo?" - Morgan perguntou, completamente sem graça por não ter prestado atenção nas explicações da amiga naquele dia.
"Bem, já faz algum tempo, mas vou ver o que eu posso fazer" - Gwydion se divertiu com a cara das amigas, fazendo o seu BOS aparecer com uma pequena conjuração - "ah, aqui esta.. a Krys me obrigou a escrever esse feitiço no meu livro das sombras, já que ele tinha a ver com o meu elemento. Vamos lá."
.......
Oie ....
Bem galerinha .. muitas emoções nesse capitulo, não é?
Espero q vocês tenham me perdoado pelas maldades dramáticas do cap 6 ... e estou aberta a criticas, sugestões.. etc
Próximas emoções : qual sera a Ideia de Krystall para voltar para casa? E se funcionar .. ela vai ter coragem de deixar o Sesshy? E por onde andará a Shannon?
Bjos, Bjos, Bjos
Artis
