Oie pessoal o/

-Peço encarecidas desculpas pela demora... mas desta vez a culpa n foi so minha não, hehehe.. Alem do fato de eu ser uma pessoa naturalmente enrolada, desta vez eu comecei um novo projeto, uma fic de Harry Potter que eu estou escrevendo com a Bella-chan e com a Sofy-chan, e uma outra fic que nasceu desse projeto que no momento eu estou desenvolvendo com a Mikky.

-Então, se vcs pretendem cumprir as ameaças de morte ( tira a adaga fincada com um bilhete ameaçador da porta ) eu aconselho vcs a virem de turma, hehehe ... o Seth andou fazendo um curso de artes marciais e já ate arranjou um bico de segurança no Esbath da Lua Azul no dia 31/07.

-Bem, eu agradeço as reviews de Framboesa, Akeminu, Kasumi e Shampoo Sakai, espero que a gente consiga se trombar mais no msn por ai, meninas. Adoro vcs XD.

-Então, vamos la... afinal não é nada educado deixar as minhas vitimas me esperando não e? – (autora vê InuYasha e Cia começam a fugir de fininho)

-Seth... please ( Autora pede para o dragão por os personagens nos seus postos )

-GRRRRRRR ( Seth sai Cuspindo fogo e recuperando os fujões )

-Seth... o Inu não tinha cabelos prateados? - Gota na cabeça da autora enquanto dragão providencia uma peruca para o InuYasha, q se entra preto como um carvão e com os cabelos levemente 'chamuscados'.

-Certo, agora sim... aqui vamos nós. Boa Leitura!!!

Disclaimer .. Os personagens de InuYasha não me pertencem, e sim a Rumiko Takahashi. As Guerreiras Estelares e sua historia me pertencem.

LAR É ONDE SE ENCONTRA O CORAÇÃO

ERA ATUAL

Dara falava ao telefone enquanto pegava algumas roupas no closet, sendo constantemente interrompida por Lyncyne.

"Muito obrigada, Ariadne. Mais uma vez me desculpe por te jogar esta bomba tão encima da hora. Sai daí, Lyn!!!! Não, não foi com você, me desculpe, a Lyncyne ta me atrapalhando aqui." – Dara passou pela amiga furiosa e colocou o vestido dentro da mala – "Legal, amiga, olhe isso não vai acontecer de novo, eu prometo. Certo, deixe os documentos ai, estaremos chegando em pouco tempo." - Dara desliga o telefone e estreita os olhos para a Senhora da Ordem, enquanto fecha a mala e começa a arrumar uma outra.

"Pronto, Lyn! O que você quer afinal? Alias, o que você ainda esta fazendo aqui no meu quarto que ainda não foi arrumar as suas malas?" – a Dama da Terra continuou a arrumar a sua mala como se a amiga não estivesse soltando fogo pelas ventas, e prevendo qualquer ato danoso da amiga, sem se desconcentrar do seu trabalho emendou – "Antes que você resolva fazer qualquer coisa, acho bom te avisar que se você quebrar um vidro de esmalte no meu quarto, a Krystall vai ser a menor das suas preocupações".

"Glup!" – a jovem resolveu se acalmar um pouco, e então continuou – "Perai, Dara. Como assim, o que eu quero? Eu quero saber porque ao invés de nos prepararmos para nos teleportarmos até o Japão você fica pendurada no telefone e fazendo as malas com as roupas de tournée?".

Nesse instante chegam os outros Guerreiros, que seguindo a orientação de Dara, prepararam malas com roupas de show das Panteras, e mesmo que não tivessem a mesma coragem (ou falta de senso) de Lyncyne em contrariar a Dara a aquela altura do campeonato, também estavam curiosos como a Senhora da Ordem.

"Bem, eu quero fazer as coisas direito dessa vez, sem trocar os pés pelas mãos; não vou arriscar mais nenhuma trapalhada mágica, de forma que as nossas férias estão oficialmente suspensas, e estaremos indo ao Japão para fazer um show beneficente que acontecera dentro de dois dias. Já está tudo preparado para a nossa partida, e o jato particular da corporação Star já esta nos aguardando no aeroporto de Londres".

"Show?!?! Você enlouqueceu Dara? Eu nunca vou conseguir organizar um show de vocês em dois dias com a quantidade de problemas que nos temos para resolver neste momento!?!?" – Gwydion estava com os cabelos em pé, e imaginava se a vice-líder não teria perdido o juízo.

"Você não vai precisar organizar nada, Gwydion: o show já esta programado, nós só iremos fazer uma participação especial, e depois, poderemos permanecer por lá o tempo necessário para trazer Krystall de volta, sob a alegação que nós iremos continuar as nossas férias por lá".– Dara tentava fechar a enorme mala de viagem se sentando encima dela (a 3a mala consecutiva).

"Nós precisávamos de uma excelente desculpa para conseguir um visto rápido, e essa foi à maneira que você encontrou de fazer isso, não Dara?" – Brigith comentou, admirando a sagacidade da amiga.

"Exatamente! A não ser que vocês queiram se arriscar com o teleporte da Lyncyne" – Dara batia suas mãos uma na outra com cara de 'missão cumprida'.

"Qual é o problema com o meu teleporte?" – Lyncyne levantou uma sobrancelha enquanto uma veia saltava em sua testa.

"..." - Gota na cabeça de todos os Guerreiros, inclusive na de Lyncyne, ao se lembrarem que da ultima vez, e em Galtus, ela havia teleportado todos para a boca de um vulcão.

"Ah, deixa para lá, já to indo arrumar as minhas malas" – Lyncyne suspirou, resignada, enquanto se dirigia para os seus aposentos.

"Terra do sol nascente, se prepare. Aí vamos nós" – Gwydion olhava pela janela do quarto de Dara, o sol que brilhava com a intensidade do meio-dia.

......

NA ERA FEUDAL

Krystall caminhou sem destino por horas, ate que o seu corpo cansado forçou- a a sentar-se para descansar, ao mesmo tempo em que lágrimas quentes corriam pela sua face.

"Porque exatamente eu estou chorando?" – tantas coisas haviam acontecido naquela semana: talvez ela estivesse chorando por ter perdido completamente o controle da sua vida... Ou talvez ela estivesse chorando simplesmente por nunca ter podido se dar esse luxo antes.

De olhos fechados, a jovem abraçou as pernas e acomodou o seu rosto nos joelhos, enquanto todas as lágrimas represadas há muito tempo, agora corriam livremente, libertas num raro momento de fragilidade emocional da Senhora do Caos – ela sempre se apresentava forte e decidida, e a origem dos seus poderes a obrigava a manter suas emoções sempre sob controle, o que fazia com que as pessoas que não fizessem parte do seu circulo de convivência a considerassem uma pessoa insensível.

Claro, ela nem chegava perto de Sesshoumaru no quesito frieza, mas ela tinha os seus motivos: se ela não tivesse disciplina o suficiente, não seria possível controlar os poderes do Caos, e isso com certamente resultaria numa catástrofe de proporções inimagináveis. Toda essa responsabilidade fez com que a jovem se retraísse, isolando-a cada vez mais de todos: de seus amigos, sua família e ate mesmo de seu ex-namorado.

"Thomas..." – Eles haviam se conhecido numa missão nos EUA, ele era um agente do FBI que trabalhava com os heróis, os famosos meta-humanos. Durante a missão, eles foram se aproximando e aos poucos acabaram por se apaixonar, ou pelo menos, ela achava que sim. Alguns problemas começaram a surgir, e mais obvio era a distancia entre os mundos em que viviam: suas realidades eram completamente diferentes.

Apesar de trabalhar num esquadrão especial, ele não possuía nenhum poder, e por várias vezes, ele correu risco de vida simplesmente por estar junto dela. Toda vez que Krystall o livrava das garras da morte, ficava se torturando pensando no que poderia ter acontecido se não tivesse chego a tempo – ela conseguiria viver com este peso em sua consciência? Ele sempre estava disposto a correr esse risco para ficarem juntos, mas essa decisão seria recíproca?

Quando finalmente, o relacionamento começou a evoluir, um novo nível de intimidade começou a ser exigido, fazendo com que ela tomasse consciência de que estava fazendo a coisa errada: ela gostava muito de Thomas: ele era um tipo de homem ideal: inteligente, sensível, bonito, gentil, sexy... Mas ainda assim faltava alguma coisa, ela não o amava.

Ela o desejava sim, como não desejar um Deus grego daquele? (Aqueles olhos azuis como o céu, a pele clara onde se destacava o rosto rosado e o seu sorriso cativante, os cabelos negros que chegavam aos seus ombros, desfiados num corte que o tornava o seu rosto ainda mais sensual, mas que ficavam impecavelmente presos ao se apresentar em serviço); mas há muito ela havia aprendido que o seu corpo era tão sagrado quanto à terra fértil a seus pés, ou a água cristalina dos rios e mares, o ar que nos respiramos. Que espécie de bruxa ela seria se honrasse e respeitasse a mãe-natureza, mas não tivesse a capacidade de respeitar o próprio corpo? Não se tratava de puritanismo ou hipocrisia: aquela havia sido a sua decisão, ele queria algo mais que simples luxuria.

Só que com Sesshoumaru algo diferente havia acontecido.

Ela não sentiu somente a chama do desejo queimando-a por dentro, era uma sensação diferente: o toque das mãos dele em seu corpo, o beijo ardente que ansiava por muito mais do que ela já havia cedido a qualquer outro, a magia do momento: tudo isso despertara algo dentro dela, um chamado que ela nunca havia sentido antes, como se eles fossem uma só alma, separados pelas ironias do destino, mas que desejavam desesperadamente se unir novamente. Aquela sensação forte de urgência a assustou, fazendo-a recuar.

"Como o destino é estranho.. Passei 3 anos da minha vida achando que o homem da minha vida era o Thomas, um homem sensível e gentil... e após chegar nesta era maluca, o meu coração é arrebatado por um youkai insensível que deteve a decisão da minha vida em suas mãos... que ironia".

Num determinado momento, as suas lágrimas pareciam ter acabado, e então ela levantou o rosto e passou a prestar atenção no local onde se encontrava: ela não estava mais na floresta, que havia ficado a poucos metros atrás; à sua frente se encontrava um grande precipício, à sua direita havia um belo vale florido, e à sua esquerda, um caminho que parecia levar a uma cadeia de montanhas não muito longe dali.

O canto de um pássaro chamou a sua atenção para o céu azul no qual um pequeno número de graciosas nuvens que pareciam pedaços de algodão-doce eram carregadas pelo vento. Em seguida, dirigiu o seu olhar para além do precipício: era uma visão maravilhosa, com verdes planícies, florestas intocadas, rio de águas cristalinas... A natureza em completa harmonia. Tudo simplesmente perfeito, perfeito como em Celtus.

"Por que eu não consigo me sentir feliz então? Por que eu quero tanto voltar para casa?" – Um brilho molhado retornou aos seus olhos, enquanto ela desabafava para si.

Longe o suficiente para não ser notado por Krystall, mas próximo o suficiente para escutar o seu desabafo, estava Sesshoumaru – ele a havia encontrado há alguns instantes, apenas observando-a e velando por sua segurança.

"Então... ela não deseja ficar aqui, ao meu lado?" – naquele momento, a dor sentida pelo príncipe youkai só poderia ser comparada com a frieza do seu olhar.

Subitamente, ao redor de Krystall formou-se um circulo de fogo, fazendo com que Lorde Youkai ficasse de prontidão para atacar um suposto inimigo ate então desconhecido. Ele se manteve imóvel, atento a qualquer movimento, e ficou confuso ao notar que a expressão de susto no rosto da Lady deu lugar a uma expressão tranqüila, enquanto a mesma se levantava.

"O que esta acontecendo? Quantos segredos mais essa mulher ainda guarda de mim?" – Boquiaberto, ele assistia um espiral de fogo se formar em frente a Krystall, para logo em seguida, dar lugar a uma formosa mulher de pele alva e de longos cabelos vermelho fogo, que caiam em cascatas por seus ombros e costas. Ela estava vestida como uma guerreira, e como Morrigan, também exalava poder e sensualidade; mas havia uma diferença gritante entre as duas: o seu olhar era terno e carinhoso.

Já de pe, a Krystall fez uma respeitosa saudação à desconhecida bem à sua frente:

"Sua protegida a saúda, nobre e resplandecente Brigith".

"Eu lhe trago minhas bênçãos e cura, criança sagrada" – Com um leve movimento das mãos da Deusa Celta da Vida, Cura e Magia, Krystall começou a ser elevada do solo, sendo envolvida em seguida por uma espiral de fogo, que logo se tornou um muro flamejante ao seu redor.

De olhos fechados, ela podia sentir o seu corpo sendo envolvido pelo poder curativo e revigorante de Brigith, se deliciando com aquela sensação de estar recuperando em ritmo acelerado: ela mesma levaria cerca de um mês para atingir aquele equilíbrio energético com que ela estava sendo presenteada.

Sesshoumaru assistia a tudo perplexo: aquela energia que envolvia Krystall começou a soltar algumas mechas de seus cabelos, que passavam a ser balançados ao sabor do vento, refletindo o brilho escarlate do muro flamejante ao seu redor. As flores que se soltavam de seus cabelos, ao tocarem no solo se transformavam num belo tapete florido onde antes descansava a Senhora do Caos.

Quando Brigith voltou a coloca-la no chão, as chamas que a envolviam passaram a se concentrar num único ponto entre as duas mulheres, até tomar a forma da majestosa ave Fênix.

"Minha fiel Lasair Enid" – Krystall reconheceu prontamente a sua guardiã, que fazia uma respeitosa reverencia a sua mestra.

"Esta guardiã foi um presente meu a você, minha criança, e fico feliz em saber que ela tem cumprido com as suas obrigações de protege-la. Entretanto, muitos outros assuntos me trazem a este lugar, que serão decisivos não somente para o seu futuro, mas para o de várias pessoas".– Brigith havia assumido uma postura mais condizente com uma divindade, prendendo a atenção de sua protegida.

"Sim, existem muitas perguntas sem resposta..." – Krystall ponderou, enquanto seu olhar se perdia no infinito – "Por que Morrigan foi tão condescendente comigo, permitindo que eu retornasse à vida?".

"Você se encontra tão infeliz agora que preferia ter continuado no mundo avernal, jovem Krystall?" – Brigith olhava seriamente para Krystall, consciente que Sesshoumaru ouvia a conversa entre elas.

"Não é isso. Não é que... eu esteja... infeliz. Eu estou muito confusa, Senhora." – Krystall mantinha o seu semblante contemplativo, e se manteve em silencio por alguns segundos antes de continuar o seu desabafo - "Eu sinto falta de minha família e de meus amigos. Eu... eu só queria ter a minha vida de volta" .

Sesshoumaru fechou suas garras com força, e não sentiu quando se feriu com elas, de onde escorreu um fio de sangue.

"Eu sinto falta do meu mundo, do meu lar" – A jovem voltou a olhar para o céu, enquanto o youkai sentia o seu coração sangrar, assim como o ferimento em sua mão.

"E quanto ao Lorde das Terras do Oeste?" – Brigith continuava a forçar a jovem a encarar a realidade de frente, não importando o quanto isso fosse difícil – afinal, é para isso que ela havia ido aquela terra do passado, não é?

"Sesshoumaru..." – Um olhar carinhoso iluminou o semblante triste da jovem – "Ele consegue me tirar da realidade... ele foi a única pessoa que conseguiu tocar em minha alma, como se nós fossemos feitos da mesma essência".

Então uma sombra de amargura tomou o lugar do brilho radiante de seu rosto, e ela continuou:

"Mas nós vivemos em mundos tão diferentes, em épocas diferentes, como isso poderia dar certo? Talvez fosse melhor esquecer tudo isso de uma vez, e evitar maiores transtornos".– Krystall tentava desesperadamente vestir todas as suas couraças de insensibilidade, mas mesmo assim uma grossa lágrima escapou de um de seus olhos, alcançando rapidamente o solo. Lágrima que não iremos chamar de solitária, pois uma outra a havia acompanhado, deslizando no rosto do belo Lorde Youkai que agora se retirava dali.

"Que mundo é esse do qual você esta falando, criança?" - a voz de Brigith soou, cortante, gelada, assustando Krystall – "Antes de passar por todas essas provações, você se sentia deslocada nos mundos em que vivia: de onde você sente falta? De Galtus, Celtus ou da Terra?".

Krystall não sabia o que responder. No momento, nada mais parecia ser tão certo quanto ela achava que era há alguns minutos atrás, e por isso, continuou ouvindo em silencio.

"Se você voltar à Terra, você terá os seus amigos, mas ainda assim não é o seu mundo. Se você voltar a Galtus, você terá a sua família, mas você continuará a não pertencer aquele lugar, e nem terá os seus amigos, e por fim, se você retornar a Celtus, você estará no seu mundo, mas não terá nem a sua família ou amigos" – Brigith nunca parecera tão cruel a Krystall.

"E o que isso quer dizer?" – a jovem a olhava com lagrimas nos olhos.

"Que você nunca será feliz em nenhum desses lugares hoje. E você sabe o porque?" – A frieza de Brigith era inabalável.

"Porque os Deuses são cruéis, e resolveram me ressuscitar somente para se divertirem com o meu sofrimento?" – a mágoa no olhar da Senhora do Caos feria muito mais a Brigith que ela pudesse imaginar.

"Não, minha criança... Simplesmente porque o seu coração não está em nenhum desses lugares. Você me perguntou o porque de você estar nesta era; pois bem: você esta aqui para aprender a escutar o seu coração".- Brigith colocou a mão na cabeça da jovem, tentando acalmar a ira da mesma.

Krystall arregalou os olhos, sem entender nada, continuando a ouvir em silencio o que Brigith lhe dizia.

"Até mesmo a implacável Morrigan compreendeu algo muito importante, permitindo que você retornasse, e que assim aprendesse a sua lição". – A voz da divindade passou a ser mais terna, quase maternal, o que a incentivou a desabafar.

"Eu quero voltar para a minha casa... para o meu lar" – lagrimas voltaram a brilhar nos seus olhos cor de mel.

"O lar é o lugar onde se encontra o coração, minha criança... Seja sincera consigo mesma, e me diga: onde esta o seu coração?".

Krystall fechou os olhos, enquanto levava as suas mãos ao peito, sentindo as batidas do seu coração: lembrou de várias situações importantes em sua vida: vasculhou as suas lembranças de Celtus, suas aventuras na Terra e em Galtus... Mas somente nas suas últimas lembranças encontrou a resposta desta pergunta: uma sensação de felicidade tomou conta da alma da garota, dando-lhe pela primeira vez em sua a certeza que ela também poderia se feliz.

"Com Sesshoumaru... ele fez o meu coração de refém de seus olhos dourados" – ela abriu os olhos com aquele brilho de vivacidade que há muito Brigith não via em sua protegida.

"A recíproca é verdadeira, jovem princesa. Vocês são almas gêmeas que se pertencem um ao outro, e desde o inicio dos tempos vocês tem se procurado. Nenhum de vocês será feliz, independente de onde estiverem se não permanecerem juntos".

"Almas gêmeas... como na lenda grega".– Krystall se lembra da lenda grega que conta que antigamente, as pessoas nasciam unidas, em pares e felizes. Um homem e uma mulher, às vezes dois homens, ou duas mulheres que se completavam mutuamente, de forma que não existiam almas infelizes. Mas como tudo que e perfeito parece estar fadado a durar pouco, a ira de Zeus caiu sobre a terra, e com os seus trovoes separou as almas gêmeas, que desde este dia passaram a se procurar numa jornada eterna.

......

Na cachoeira próxima ao vilarejo, a pequena Rin tomava o seu banho refrescante sozinha quando ouviu uma voz conhecida atrás dela:

"Olhando você se divertir assim Rin, ate da vontade de mergulhar também!!!" – Shannon estava sentada nas pedras próximas das margens da cachoeira observando a sua futura irmã mais velha se divertir.

"Oieeeee!!!!" – a criança nadou ate a margem onde a youkai se encontrava, com um belo sorriso nos lábios – "Rin esta muito feliz! Sesshoumaru-sama e Krystall-sama vão ficar juntos! Rin vai ter uma família de novo!".

A alegria de Rin era algo contagiante e essa era uma característica que ela conservaria ate mesmo na idade adulta – quantos nobres de Galtus tiveram os seus corações arrebatados por aquele olhar repleto de doçura e aquele sorriso encantador? Shannon riu, concluindo que a irmã sempre fora uma bruxa nata, mesmo que não soubesse disso.

"Que bom que o Lorde e a Lady estão bem. Eu creio que a minha promessa já foi cumprida então, não é?" – a adolescente foi presenteada com outro sorriso da criança.

"Shannon, vem brincar com Rin, vem nadar também" – a pequena jogou um pouco de água na direção da jovem de cabelos prateados, que agilmente saltou para outra pedra.

"Não faça isso, Rin!" – a youkai riu da brincadeira, enquanto se ajoelhava novamente para poder conversar com a pequena – "Bom, eu vim ate aqui para me despedir: agora que as coisas já estão mais tranqüilas, eu creio que eu deva voltar para a minha casa".

"Mas você já vai?" – o rosto da criança tornou-se triste – "Rin vai te ver de novo, Shannon?".

"Mais cedo do que você imagina, pequena, e garanto q iremos nos ver bastante" – A youkai beijou a testa de Rin, que abriu um daqueles lindos sorrisos que eram a sua marca registrada.

"Promessa é divida" – a criança parou de falar ao ouvir o barulho de passos se aproximando.

"RRRRRRIIIINNNN!!!! Onde você esssstaaa ssssua pirralha?!?!?!?!" – ambas identificaram a estridente voz de Jaken ficando cada vez mais próxima.

"Rin vai ajudar você a se esconder, Shannon" – Antes que a adolescente tivesse tempo de pensar, Rin aplicou uma idéia muito infeliz que havia nascido em sua cabecinha.

"EPA!"

plash!!!!

"Glub" – A pobre bruxinha sentiu o seu braço que estava servindo de apoio na pedra ser puxado por Rin, e logo em seguida, o impacto gelado da água da cachoeira no seu corpo. Antes que ela se recuperasse e pudesse esbravejar com sua irmã, a pequena a afundou na água sentando-se nas suas costas.

"Rin esta aqui, Jaken-sama, o que foi que aconteceu?" – Shannon parou de se debater ao ouvir o nome de Jaken, guardando o seu fôlego enquanto tentava ouvir algo da conversa, mesmo sob a água.

"Seshoumaru-Sama ordenou que você se aprontasse e que retornasse imediatamente ao vilarejo, iremos embora daqui".

"Mas Jaken-sama, Rin achava que Lady Krystall precisava descansar mais alguns dias antes de viajar".

O pequeno youkai permaneceu em silencio por algum tempo, ate que por fim completou:

"Ela não ira conosco, Rin. E antes que você fale alguma coisa, eu devo avisa-la que Sesshoumaru-Sama se encontra de péssimo humor. Seja uma boa menina e não faça pergunta, eu nunca o havia visto desta forma antes".

"Como assim, Jaken-sama? Ele esta muito bravo?".

"Não, Rin" – Jaken olhou a sua volta para se certificar que não haveria ninguém a sua volta para escutar o que ele diria a seguir – "Eu diria que ele esta muito triste... como se tivesse perdido parte de sua alma".

"Mas Jaken-Sama... Ai!!!" – Rin havia tomado um beliscão de Shannon que começava a ficar sem fôlego –"Pode ir à frente, Rin já vai se arrumar e ir para o vilarejo" – a menina tinha uma gota gigante sobre sua cabeça, enquanto Shannon já estava ficando lilás como o seu quimono.

"Moleca, o que é que você esta aprontando? Você esta agindo de uma forma muito estranha..." – Jaken olhava desconfiado para Rin.

"Jaken-Sama não acha melhor ver se Sesshoumaru-Sama não precisa de alguma coisa?" – A menina suava, preocupada com a youkai que começava a se agitar.

"Certo, mas veja se não demora, sua pirralha" – Jaken corria em direção ao vilarejo, enquanto Rin dava tchauzinhos, vendo o fiel serviçal de Sesshoumaru se afastar rapidamente.

"ARF, ARF" - Quando o pequeno youkai some de vista, Shannon se levanta complemente roxa e sem ar, jogando longe a jovem Rin.

"Gatos não gostam de banho de água fria, Rin." – Shannon tinha ânsias de esfolar viva a irmã do passado, que ria sem parar do estado no qual ela se encontrava, tanto que ela estava quase arrependida de tê-la tirado da água.

A risada da pequena foi cessando aos poucos enquanto Shannon a ajudava a se vestir sendo substituída por um choro abafado. Ver a irmã chorando daquele jeito, cortou o coração da adolescente –"Rin por que você esta chorando?".

"Quem deveria estar fazendo isso com Rin era Krystall-chan... ela ia ser a nova mãe de Rin... E agora você também vai embora, Shannon".

"Acontece que eu acabei de mudar de idéia" – Shannon piscou para a pequena – "Eu vou ficar até nós duas conseguirmos fazer aqueles dois cabeças duras ficarem juntos" – a jovem falou com grande determinação, o que fez Rin parar de chorar, abraçando com força o pescoço da garota que estava de joelhos para arruma-la.

"Você promete, Shannon?"

"Sim, Rin, eu sempre cumpro as minhas promessas. Agora vamos, antes que Jaken apareça de novo".

E lá se foram as duas irmãs: a humana da era feudal e a bruxinha-youkai do futuro, de mãos dadas ate o vilarejo, com a importante missão de unir os seus pais.

......

ERA ATUAL - MTV-JAPAO

"E aí galera? Para os fãs da banda britânica "As Panteras", temos novidades quentes: as gatérrimas se ofereceram para fazer uma participação especial no show que e ocorrera em Tókio em prol das pesquisas e tratamento para aidéticos na Ásia. Como essas beldades nunca haviam feito nenhum show por aqui antes, essa pode ser a oportunidade para que os seus inúmeros fãs matarem dois coelhos com uma só cajadada; ver as cantoras ao vivo e ainda fazer uma boa ação.

"Nossa, elas são bonitas mesmo" – Os olhos do pequeno Souta brilhavam enquanto ele assistia o clip de um hit de sucesso das Panteras. Seu avô estava passando pela sala e resolveu acabar com a festa do garoto.

"Souta, você não deveria ficar tanto tempo na frente da tv vendo essas coisas. Essas artistas de tv não passam de ilusão, não são reais, não fique sonhando que um dia elas estarão batendo em sua porta. Quando eu tinha a sua idade..."

Gota na cabeça do menino, pelo jeito o seu avô ia começar com um daqueles discursos intermináveis.

Dlin, Dlom – o som da campainha não poderia ter vindo em melhor momento, Souta estava salvo das chatices do avô.

"Pode deixar que eu atendo!!!! Zupt!!!" - mais rápido que um raio, o garoto saiu em disparada em direção a porta.

"Pois na....." – O garoto ficou mudo, enquanto seus olhos se arregalavam ao ver as sorridentes visitas à sua porta.

"Oi... Esta é a casa da Kagome Higurashi, não é?" – Lyncyne se apresentava na sua forma humana, e todas as garotas vestiam o uniforme de entrevistas da banda, enquanto o pobre Gwydion tentava se equilibrar com as dúzias de malas das garotas.

Ploft!!! – O pobre menino caiu desmaiado no chão, enquanto Lyncyne se perguntava o que ela havia feito de errado desta vez.

........

NA ERA FEUDAL

Sesshoumaru caminhava silencioso como sempre, seguido por Jaken e pela pequena Rin, que agora estava montada em Amon. O Lorde youkai não se lembrava de um outro momento fora aquele que a menina se mantivesse em silêncio por tanto tempo, nem que o seu semblante se mostrasse tão apagado pela tristeza.

Ele tentou não dar importância, mas não conseguia esquecer que o motivo da infelicidade da criança era o mesmo que o dele, principalmente porque Rin exalava quase o mesmo cheiro de Krystall. Na verdade, o cheiro que se misturava ao dela era o mesmo que Sesshoumaru havia sentido no campo de batalha, o mesmo cheiro que impregnava o farrapo dourado que InuYasha havia lhe exibido naquele mesmo dia.

"Aquela maldita mulher conseguiu me enlouquecer" – Sesshoumaru sibilou entre os dentes, fazendo Jaken se encolher, diminuindo ainda mais o seu passo, ficando lado a lado com Ah-Uh passando a observar Rin com atenção.

"A moleca não deu um único pio desde que deixamos o vilarejo. Isso é muito estranho" - A pequena se mostrava muito abatida, mas ainda havia um brilho nos seus olhos que incomodava Jaken, que após alguns momentos chegou a conclusão que no final das contas, não havia nada de mais que ela pudesse fazer, retornando então para mais perto de seu mestre.

Enquanto isso, Rin observava as nuvens no céu, enquanto pedia a Kami-Sama que ajudasse Shannon a cumprir a sua promessa.

......

"Droga, Droga, Droga!!!! E agora, o que eu vou fazer?" – Shannon andava em círculos, fazendo os pobres animais silvestres ao seu redor olharem curiosos para aquela youkai adolescente praguejando para quem quisesse ouvir, inclusive bandidos ou outros youkais que estivessem passando por ali.

"Deixa ver, se papai foi embora... talvez mamãe vá atrás dele." – Uma gota apareceu na cabeça dela, ao concluir que a única coisa maior que o senso de justiça de sua mãe com certeza era o seu orgulho – "É.. eu acho que eu to com problemas de verdade desta vez ..."

A jovem olhava para o céu, enquanto batia nervosamente com o seu dedo indicador no seu queixo, com uma expressão muito séria, ate que o seu instinto a alertou de um movimento brusco próximo a ela.

"Hehehehe... seus problemas são maiores do que você imagina, fêmea...".- paft!!!!!! Um enorme youkai urso havia surgido de trás das arvores da floresta e se lançado em direção a Shannon, que com um ar de pouco caso ergueu um escudo de proteção sem nem ao menos se dar ao trabalho de tirar a sua mão de seu rosto jovial.

Quando o desorientado urso tentou por-se de pé, um sorriso maldoso despontou no rosto da jovem que lembrando-se livre do controle de sua mãe nesta Era, resolveu aplicar um de seus feitiços punitivos preferidos – com algumas palavras mágicas e gestos secretos, o assustador youkai urso foi transformado num mimoso esquilinho.

"Não se preocupe, você só vai ficar assim por uns dias, tempo o suficiente para você aprender como é difícil ser mais fraco" – Rindo, ela pegou o assustado animal pelo rabo, que se debatia desesperadamente.

Ao ser solto, o ex-urso correu para se esconder no primeiro tronco de arvore desocupado que ele encontrasse, fazendo a jovem decidir que esquilo seria uma boa escolha da próxima vez que o hentai do Miroku Jr tentasse passar a mão nela de novo.

"Bem, onde eu estava mesmo?" – Shannon retornou para a sua postura contemplativa – "Ah é, eu preciso fazer aqueles dois ficarem juntos... e isso tem que acontecer até"..– ao fazer uma rápida conta nos dedos, os olhos da jovem se arregalam - "Putz!!!! Até a próxima lua cheia?!?!?! Tão encima? Eu vou ter pouco mais que uma semana pra fazer isso? To perdida. " – Gota.

"Não vou entrar em pânico, de qualquer forma, mamãe ainda não se recuperou o suficiente para abrir o portal, e nem ao menos ela tem o meu livro com ela, o que vai me dar mais algum tempo." – A duvida que assolava Shannon era: o que iria acontecer com ela caso os seus pais não a encomendassem naquela era? Ela simplesmente deixaria de existir, ou ficaria presa num passado diferente, e que por conseqüência mudaria o seu futuro.

A jovem sentiu uma forte onda de energia se aproximando, o que a fez subir numa arvore bem alta e conjurar um escudo de proteção ao seu redor. Não que a energia fosse agressiva, mas porque ela era conhecida: de onde estava, a youkai podia ver a figura esguia de Krystall seguindo em direção ao vilarejo.

Krystall tinha uma expressão serena e se encontrava completamente revigorada. Shannon podia sentir que os poderes de sua mãe haviam sido restabelecidos, fazendo com que a jovem começasse a ficar preocupada de verdade, enquanto assistia a Senhora do Caos sumir do seu campo de visão.

"Putz... desta forma ela já tem condições de abrir o portal e voltar para a era dela. Eu preciso agilizar essa reconciliação, senão eu não vou nem chegar a existir! Droga, eu jurava que eu seria encomendada em grande estilo, no famoso castelo das Terras do Oeste".

Shannon gostava de imaginar que o amor de seus pais havia sido consumado entre macios travesseiros de penas de ganso e riquíssimos lençóis de seda, num ambiente acolhedor e romântico, como manda a imaginação de toda adolescente sonhadora.

"Hum... papai desta época não me parece do tipo que faz surpresas românticas... que passado esquisito" – uma enorme gota aparecera na cabeça da garota quando se lembrava do Sesshoumaru da era feudal.

Ela ponderava que aquela viagem ao passado estava sendo uma experiência muito enriquecedora: ver faces tão diferentes de seus pais estava sendo muito interessante: mesmo que Sesshoumaru nunca fosse muito caloroso em publico, sempre fora um pai muito dedicado, carinhoso e superprotetor dentro da privacidade de seu lar, principalmente com relação aos pretensos pretendentes de suas filhas.

Agora ela entendia as brincadeiras de sua mãe, que dizia que Sesshoumaru havia mudado da água para o vinho desde que eles haviam se conhecido; e a própria Krystall desta era lhe parecia muito rebelde, quase selvagem se comparada a nobre monarca do planeta Galtus – ela nunca levantava a voz, sendo um exemplo de elegância e cordialidade, já que normalmente um simples estreitar de seus olhos era o suficiente para encerrar qualquer discussão.

"Pelo menos o livro não esta aqui... agora preciso me focar em unir estes dois. Ainda bem que nesta época mamãe ainda não havia escrito o feitiço que eu pus no meu Livro" – A jovem desceu da arvore e agora coçava a cabeça tentando achar uma forma de resolver aquele quebra cabeças amoroso do qual dependia a sua existência.

Mal Shannon pensa nisso, Kagome vem caminhando animadamente e distraída pela trilha que a levaria ate o vilarejo, enquanto olhava completamente encantada as imagens cuidadosamente pintadas a mão do livro que a bruxinha imaginava estar a alguns anos e milhas de distancia.

Na verdade, Kagome estava tão entretida que não vira Shannon, e a ultima, estava tão preocupada que não sentira a aura de Kagome se aproximando dela, de forma que a colegial distraída trombou nela e ambas foram para o chão.

"Gomen, eu estava distraída..." – Kagome emudeceu ao vislumbrar a jovem que batia exatamente com a descrição que InuYasha havia dado no dia do combate com o Naraku.

"Tia Kagom..." – Shannon levou as duas mãos a boca, tapando-a rapidamente, mas já havia sido tarde demais: Kagome já a havia ouvido chamando-a de tia, fazendo com que ambas tivessem grandes gotas em suas cabeças.

Enquanto Shannon praguejava a sua falta de sorte, ela notou que a versão jovem de sua parenta tinha o seu livro de magias no colo, fazendo-a ter uma idéia que poderia ser a solução de todos os seus problemas.

......

ola people

Sei que desta vez alem de demorar eu fiz mais uma maldade ... mas eu espero que vocês sejam leitores compreensivos, e não mandem ninguém me matar.. não agora que o esperado momento hentai-lemon esta para aparecer .

Bem a cena já esta escrita tem uns dois meses, rs, mas eu resolvi judiar mais um pouco dos personagens, afinal, eles vão ter muito tempo para serem felizes.

Enquanto eles não chegam la, eu continuo judiando XD.

Aguardo comentários e criticas o/

Ja ne!!!

Artis