Disclaimer
Os personagens de InuYasha não me pertencem, e sim a Rumiko Takahashi
Eu judio deles por pura diversao. As Guerreiras Estelares e sua historia me pertencem.
DESTINOS
Ansiosa por reencontrar Sesshoumaru, Krystall retornou ao vilarejo com a única certeza que independente do que o futuro lhe reservava, o seu lugar era junto dele - quer fosse em Galtus, Celtus ou na Terra, em qualquer época, o importante era que eles permanecessem juntos.
Ao chegar ao vilarejo, viu os aldeões trabalhando na reconstrução do vilarejo e nas tarefas diárias, estranhando não encontrar nenhum vestígio ou barulho que indicasse o paradeiro das duas pequenas pessoas que acompanhavam seu Lorde, já que ele era silencioso por natureza.
"-Sesshy?"- Com uma das sobrancelhas levantadas, olhou ao redor, ainda sem encontrar nada que indicasse o paradeiro daquele grupo tão singular. "Oras ... não é nada fácil esconder um dragão como Ah-Un... onde eles estão?", pensou frustrada por não ter sido recebida como de costume: por mais que odiasse admitir, acabara por se acostumar em estar sempre acompanhada por um deles e agora sentia falta disso.
Aborrecida, de longe pôde avistar Sangô, Miroku e InuYasha, cujo ar de preocupação que se estampava em seus rostos fez com que concluísse que deveriam estar conversando sobre algo muito sério.
Quando os olhares do trio caíram sobre Krystall, a jovem teve um mau pressentimento: será que havia acontecido alguma coisa com Sesshoumaru?
"-Onde esta o seu irmão, InuYasha?" – perguntou inquieta, imaginando se havia feito a pergunta à pessoa certa.
Confuso, Inuyasha a fitava como se algo muito errado tivesse acontecido, enquanto Miroku e Sango entreolhavam-se como se procurassem a melhor forma de dar uma noticia ruim, mas antes que um dos dois pudesse abrir a boca e se explicar...
"-Feh! Aquele idiota foi embora, eu achei que tinha ido te encontrar já que simplesmente foi embora sem dizer nada. Eu havia concluido que ele estivesse impaciente para leva-la ate as Terras do Oeste para consum..."
Peim! - Antes que o hanyou terminasse de falar alguma besteira, Miroku bateu na cabeça dele com o seu Shakujou, deixando um galo aparecer.
"-Por que você fez isso, seu monge idiota?" – Inuyasha massageava a cabeça, enquanto Miroku e Sangô o olhavam com desaprovacao.
"-Meça as palavras, Inuyasha. Você não vê que a princesa esta confusa? Vocês se desencontraram, princesa? Sesshoumaru deixou o vilarejo a cerca de uma hora e nos pareceu apressado. Como Jaken recebeu ordens de buscar Rin e Ah-Um, a impressão que nós tivemos é que vocês iriam embora de vez."
"-Ele foi embora? Krystall sentiu a cor fugir de suas faces assim como toda a empolgação com que ela chegara no vilarejo"- pela segunda vez no dia,sentiu todos os sonhos, a esperanças e promessas formadas durante a sua conversa com Brigith se despedaçando, se evaporando como água no fogo.
"-Devia saber que somente tolos acreditam em sonhos e que toda felicidade é efêmera ... "– os olhos cor de mel brilharam por um momento com a mágoa de um coração rejeitado e dando às costas ao trio, deixou a vila com passos rápidos.
O forte cheiro de lágrimas fez com que InuYasha se sentisse mal- normalmente este já era o seu ponto fraco, mas desta vez em especial o hanyou condoeu-se mais tratar-se de alguém magoada por seu meio-irmão.
Para surpresa do monge e da exterminadora, Inuyasha saltou para longe, seguindo pelo mesmo caminho trilhado por Krystall a poucos instantes atrás.
"-Ai... espero que ele não faça nenhuma besteira desta vez.", Sangô resmungou, cruzando os braços sobre o peito, enquanto Miroku suspirava pensando que era melhor ir atrás dos dois.
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"-Nossa, essa é uma estória e tanto" – Kagome fitava Shannon atentamente, conforme tentava assimilar a serie de informações que recebera: a jovem inu-youkai à sua frente era a filha de Sesshoumaru e Krystall, e estudava a arte da bruxaria com a mãe, e a disciplina dos guerreiros com o pai. Ela viera do futuro para assistir o encontro dos pais e de alguma forma havia alterado acidentalmente a linha do tempo.
Isso era algo muito perigoso, pois se os pais não ficassem juntos, ela nunca chegaria a nascer, de forma que agora ela estava tentando por os eventos de volta nos seus devidos lugares e assim garantir a sua existência num futuro não muito distante.
Kagome voltou analisar a adolescente à sua frente: os fios prateados chegavam ate o meio das costas, num corte em camadas que dava leveza e movimento ao cabelo que emoldurava o rosto claro onde uma meia lua idêntica à de Sesshoumaru podia ser encontrada. O quimono lilás parecia dar luz e vida à tez alva, ressaltando os olhos que eram dourados como os dele também, mas possuíam a vivacidade e brilho dos olhos cor de mel de Krystall, assim como os traços delicados do rosto da jovem felina.
Alem disso tudo, havia algo nessa youkai que Kagome não soube identificar logo de cara, mas era inegável que aquela garota tinha um pouco do jeito de ser de ambos.
Sim, aquilo tudo deveria ser verdade, ainda que a historia parecesse sem pe nem cabeça.
Subitamente, algo atingiu Kagome como um raio: do que aquela menina a tinha chamado mesmo? Tia?
Mas... se Shannon realmente era filha do Sesshoumaru, para que passasse a ser sua sobrinha, ela teria que ... casar com o InuYasha? A morena sentiu um calor súbito tomar-lhe as faces, ficando completamente vermelha com este ultimo pensamento.
"-Você vai me ajudar, então, ti... Kagome-sama?" – corrigindo-se de forma rápida, Shannon lembrou-se que deveria referir-se a Kagome de forma mais formal, pois elas ainda não eram parentes. Na verdade, ela ainda não tinha nascido nesta linha temporal ainda, o que tornava a situação ainda mais confusa.
Kagome achou graça do nervosismo da garota que deveria ter praticamente a mesma idade que ela.
"-Você pode me chamar só de Kagome, respondeu sincera. Posso chamá-la só de Shannon?"
Claro, eu estava meio desconfortável, não sabia como trata-la t.. Kagome – um sorriso amarelo despontou no rosto de Shannon, fazendo sua parenta concluir que para felicidade geral a herdeira das terras do Oeste havia herdado a maior parte da personalidade de Krystall e não de Sesshoumaru.
"-Bem, como eu posso ajudá-la, Shannon?", Perguntou prestativa, notando o ar de preocupação que marcava o rosto alvo da jovem à sua frente.
Os orbes dourados pareciam deslizar pelas laterais dos olhos levemente amendoados como se procurassem por algo que ela aparentemente já havia localizado com o seu faro apurado – após tanto tempo convivendo com Inuyasha, Kagome já havia se familiarizado com a forma que os inu-youkais usavam suas habilidades.
"-Para começar, vamos sair dessa trilha, o vento me diz que mamãe esta voltando por este caminho e pode estar aqui a qualquer momento." – respondeu, ainda rastreando a região, cuidadosa. "E em segundo lugar, eu preciso que você me entregue esse livro que esta em suas mãos."
Kagome arregalou os olhos ao ouvir isso – o que ela deveria fazer? Lyncyne havia confiado nela para entregar o livro à irmã ... será que..
Shannon sorriu diante a expressão de dúvida de Kagome, emendando:
"-Não se preocupe você vai entregá-lo à minha mãe conforme lhe foi pedido, só preciso fazer algumas alteraçõezinhas antes que você cumpra a sua tarefa. "Com um suave movimento da mão direita da youkai e algumas palavras ditas numa língua que Kagome não pode entender, algo que se parecia com uma caneta dourada surgiu na mão da adolescente.
A expressão marota da jovem youkai deixou Kagome curiosa: o que estaria aprontando? Se rendendo a este defeito entregou o livro à outra e após elas se retirarem para um local mais afastado da trilha principal, Shannon ergueu um escudo de invisibilidade e proteção, enquanto a Kagome a observava atentamente fazer algo que em teoria lhe daria mais tempo para que pudesse tentar unir seus pais novamente.
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Magoada e confusa pela atitude de Sesshoumaru, Krystall adentrou a floresta em direção ao poço come-ossos, de onde Kagome deveria estar chegando a qualquer momento. A jovem não via a hora de acabar com aquele pesadelo, tentar apagar a ultima semana de suas memórias e fingir que nada daquilo havia acontecido, que no máximo fora um sonho ... Um belo sonho de amor, e nada mais.
Uma lagrima rebelde fugiu dos olhos amendoados e cruzou o rosto delicado antes que ela tivesse tempo de eliminá-la: o caminho por onde esta passou ardia como se fosse um corte feito por uma lamina em brasas.
Sentiu a visão turvar pelas lagrimas que mesmo contra sua vontade pareciam brotar em cascata dos seus olhos e num gesto instintivo, ocultou o rosto com o braço sem diminuir o passo.
Sem enxergar por causa das lágrimas Krystall pisou em falso, caindo um pouco mais à frente deitada sobre a relva e permanecendo assim por alguns instantes em silencio.
A quem ela estava enganando? Ela não queria esquecer tudo aquilo, ela queria tornar aquilo REAL.
O silencio foi quebrado por um soluço abafado e pelos sons da pesada respiração da garota que já não mais lutava contra as lagrimas que insistiam em continuar brotando dos seus olhos. Lentamente, um choro suave soou, o que não passou despercebido por alguém não muito longe dali.
"-Eu queria tanto.. Tanto.. Que tivesse sido diferente... "– a voz fraca saiu entre os soluços que faziam sangrar o coração partido de Krystall, que não percebeu que o expectador anônimo se aproximava, pelo menos não até ser tarde demais.
Assustada, sentiu uma mão forte tocar-lhe o ombro, e num sobressalto deparou-se com dois orbes dourados e sérios fitando-a.
Inuyasha.
"-Aquele idiota não merece suas lagrimas, Krystall."- Coçando a cabeça completamente sem graça, o corado hanyou sentou-se ao lado dela aparentemente sem a menor idéia do que fazer ou dizer.
Krystall enxugou as lagrimas e passou a observar atentamente o irmão de Sesshoumaru: o semblante sério de Inuyasha indicava que ele tinha algo muito importante a dizer. Pacientemente, esperou que o rapazote terminasse de por as idéias em ordem ate finalmente se pronunciar.
"-Você é uma idiota também, com tantas opções melhores você foi se interessar justamente pelo maldito do Sesshoumaru? "– Após soltar esta pérola, Inuyasha calou-se, concluindo pela expressão incrédula da garota que teria sido melhor ter ficado de boca fechada ao invés de pronunciar suas ultimas palavras.
Gota na cabeça de ambos.
Krystall arregalou os olhos surpresa com o 'consolo' dado pelo rapaz a sua frente para em seguida inclinar um pouco o rosto, ocultando-o com as mechas avermelhadas.
Inuyasha levantou a sobrancelha, apreensivo, principalmente quando começou a ouvir uma leve risada que rapidamente se tornou uma sonora gargalhada: a garota parecia ter enlouquecido de vez.
Gargalhando, Krystall reconhecia que Inuyasha até podia ter boa vontade, mas realmente não tinha muito tato. "Hum... inclusive, tato deve ser o ponto fraco da família" – Pensou, enquanto se recompunha do surto de riso, lembrando-se das atitudes de Sesshoumaru.
De qualquer forma, passado o choque inicial do comentário dele, reconheceu o quão ridículo era a situação no qual se encontrava se vendo obrigada a concordar com o ponto de vista do embaraçado hanyou:
"-É verdade, não? Acho que eu devo ser algum tipo de idiota masoquista por amar tanto alguém como o seu irmão." - para alivio de Inuyasha, ao menos ela havia parado de chorar, mas assim que as risadas cessaram a expressão divertida cedeu lugar a um sorriso triste no rosto feminino.
"-Feh... Mulheres, resmungou enquanto ficava de pé. Vocês sempre escolhem os mais complicados. Acho melhor voltarmos ao vilarejo, você ainda tem que se recuperar, é melhor não ficar dando chance para o azar."
Por um instante, Inuyasha pensou ter sentido o cheiro daquela estranha que o chamara de tio, preocupando-se em tirar aquela princesa teimosa dali, pois ainda não sabia o que aquela pirralha queria no final das contas. Só desviou o olhar da mulher a sua frente quando por um momento sentiu o cheiro de Kagome, para em seguida perder o rastro do mesmo.
"Kagome aqui? Mas...", olhou para os lados confuso, imaginando se não era a sua imaginação pregando-lhe uma peça, voltando à realidade ao ouvir a voz baixa de Krystall.
"-Eu.. Quero esperar a Kagome por aqui mesmo, Inuyasha", respondeu, abaixando o olhar para uma pequena flor rasteira – "Quero voltar para casa o mais rápido possível e esquecer este tempo que passei no Sengoku Jidai... Eu.. Não quero mais me sentir assim." – num gesto instintivo, tocou o coração e emudeceu.
"Droga, mais do que nunca eu te odeio, Sesshoumaru", novamente, seu olfato foi atingido pelo cheiro salgado das lagrimas que a garota insistia em segurar, dando-lhe um deja-vu: aquela cena não lhe era familiar?
Quantas vezes ele vira a sua Kagome com aquela expressão, tentando enganar a si mesma que aquilo não era nada de mais? Tentando se fazer de forte e sem sucesso ignorar aquela dor que de tão intensa parecia ser palpável?
Os orbes dourados foram tomados pela tristeza - quem ele era para julgar o irmão, se ele mesmo fora o causador desse tipo de sensação por incontáveis vezes ?
"Droga, não quero ser como ele. Eu posso mudar, sei disso . Eu quero mudar... Só ainda não sei como", pensou com uma gota sobre a cabeça.
Assistiu a garota limpar os olhos de novo em silencio. Finalmente, tomou fôlego e resolveu tentar mudar... Pelo menos tentar : era isso que certamente faria a diferença entre ele e o meio irmão: seu lado humano era teimoso e recusava-se a desistir, ainda que se tratasse de desistir dele mesmo.--
"-Quer dizer que você vai deixar as coisas por isso mesmo?" – a indignação na voz de Inuyasha chamou a atenção dela, que o encarou de olhos arregalados – "Que aquele imbecil jogue a felicidade fora eu ate entendo, mas você fazer isso me surpreende... Onde esta aquela impetuosa desconhecida que nos jogou longe num embate de espadas?"
"-Seu irmão foi embora de livre e espontânea vontade, Inuyasha. Se ele quisesse ficar comigo não teria partido dessa forma, não pretendo procurar por uma pessoa que não quer ser encontrada." – Havia muita magoa e raiva contida naquele comentário, o que fez o hanyou fechar os olhos e sacudir a cabeça desaprovadoramente, com os braços cruzados sobre o peito.
"-Então você prefere se esconder covardemente e chorar escondido? Se você fez a besteira de se apaixonar pelo maldito do Sesshoumaru, é bom saber que youkais são assim como ele "– os olhares cruzaram-se novamente, enquanto ele continuava o seu discurso – "Saiba que o maldito abriu mão de muita coisa ao reconhecer que nutria algum tipo de sentimento por você."
"-Oh claro", respondeu irônica. "Você realmente acha que Sesshoumaru me fez um favor ao demonstrar interesse em mim? Por acaso você acha que no meu mundo não existem pessoas que me acham interessante?
"-Feh, nada disso, sua teimosa. Pela primeira vez em sua existência egoísta, Sesshoumaru teve que abrir mão do orgulho próprio e admitir que tem um ponto fraco, uma fraqueza, coisa que para ele ate então era imperdoável."
"-Fraqueza? Do que você esta falando?", Krystall perguntou, confusa.
"-O único sentimento que um youkai pode sentir sem ser considerado fraco e o desprezo. Meu irmão mudou muita coisa por sua causa, mas não espere por milagres. O aceite do jeito que ele é ou esqueça-o de vez: nenhuma pessoa muda se não estiver disposto a isso, não se iluda "– o hanyou desviou o olhar pensativo, como se parasse para refletir sobre as próprias palavras e diante do silencio de Krystall, esperava não ter dito nenhuma besteira, pelo menos dessa vez.
A expressão dela se suavizou, voltando a fitar a pequena flor rasteira.
O vento soprou como se tentasse amenizar o clima tenso de alguns minutos atrás, desalinhando os cabelos avermelhados e fazendo com que ela contemplasse as nuvens no céu.
"Sempre me disseram que amar é aceitar as pessoas como elas são e não esperar que se moldem da forma que gostaríamos que fossem... As pessoas mudam se quiserem e quando quiserem: forçar alguém a ser algo contra a própria vontade é quebrar um pacto de confiança mútua e ir contra a natureza das coisas", pensou fitando as folhas que eram carregadas pela brisa.
Mudanças bruscas eram sempre perigosas e quase nunca verdadeiras: ao mudar o leito de um rio, cedo ou tarde as implacáveis águas podem se rebelar contra as barreiras e causar grandes tragédias.
Pelo menos era assim que ela pensava: quantas vezes havia feito esta comparação?
Quantas vezes teve medo que sua força saísse do controle e machucasse aqueles que amava?
Sim, Krystall se considerava uma a força da natureza – e de uma certa forma sempre lutara contra isso -, afinal ela detinha em suas mãos o delicado equilíbrio do Caos e da Ordem.
Sua preocupação em manter este equilíbrio sempre fora tão grande, que ela tinha medo de grandes mudanças.
Tinha medo de se aproximar das pessoas.
Tinha medo de se deixar cativar.
Tinha medo de ser amada.
E talvez o maior de todos os seus medos fosse o de amar. Entregar sua vida a alguém que poderia não compreender tamanha responsabilidade.
Mas na natureza tudo se recicla e muitas vezes mudanças eram dolorosas mas necessárias.
Talvez esta fosse a hora de mudar.
Talvez não.
O hanyou recostou-se em uma das arvores próximas, decidido a esperar aquela teimosa levantar e ir embora. Afinal não tinha nada melhor para fazer.
E ainda tinha sua Kagome - se a baka não aparecesse nos próximos 15 minutos, ele mesmo iria para o mundo dela buscar-la.
InuYasha fechou os olhos, fitando a escuridão que lembrava dos sedosos cabelos da colegial do futuro. Reconhecendo que talvez devesse tentar mudar um pouco também... so não sabia como ou quando.
"Talvez na semana que vem", pensou, com uma pequena gota na cabeça, ainda pensando em reencontrar sua doce Kagome. Perdido nesses pensamentos e surpreso, sentiu mãos delicadas envolvendo seu corpo, fazendo-o olhar para a pessoa junto dele.
Krystall abraçou Inuyasha com carinho e antes que ele pudesse dizer algo beijou-o suavemente na bochecha, deixando-o da cor de seus trajes.
"-M-M-Mas.." – foi tudo que o embaraçado hanyou conseguiu dizer.
"-Obrigada, Inuyasha", respondeu ao solta-lo,"eu não desejaria nunca que o seu irmão mudasse contra a vontade dele, mas.." – apesar de suave o semblante dela ainda era triste –" assim como ele, tenho o meu orgulho e espero ser compreendida também".
Sob o olhar decepcionado dele, Krystall afastou-se por alguns passos para então parar e dizer sem virar para trás:
"-Se voltarmos a nos encontrar ate a minha partida, farei o possível para nos entendermos, mas me recuso terminantemente a procurá-lo. Essa é a minha decisão."
Antes que ele pudesse replicar algo, ela virou levemente o rosto e completou:
"-Como você disse, as pessoas mudam se quiserem. Hoje não é meu dia de mudar, grandes mudanças não ocorrem de uma hora para outra, pelo menos não de forma sincera e honesta."
Alem de muita teimosia, nas palavras dela havia muita sabedoria. E Inuyasha sentiu que aquilo também poderia ser aplicado a ele.
"Todos nós podemos mudar Inuyasha, mas eu prefiro fazer isso lentamente, sem que para isso precise deixar de ser quem eu sou", Krystall passou a caminhar de volta ao vilarejo, guardando apenas para si a sua conclusão final e decidida a não se aborrecer mais com aquilo.
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Oi gente.. depois de quase o.o er.. um ano sem atualizar, eu voltei à ativa no Cruzando Eras.. hehehe .. e voltei deixando vcs no suspense de novo não é?
Bem o.o... observa movimento das ficreaders com pedaços de pau na mão
Voces não gostariam de ver o resto da historia antes de me esfolar ? sacode manuscritos e observa as ficreaders escondendo as armas
Ufa o.o... acho melhor voltar a falar da fic!
Em primeiro lugar, gostaria de me desculpar com vcs, eu sei o que é ficar esperando ansiosamente por uma atualização... mas infelizmente aconteceu de tudo: fiquei sem micro, comecei a trabalhar como uma doida, comecei a escrever outras 3 ou 4 fics . .. resumindo: gomen mesmo!
Gostaria de agradecer as vcs por terem tido paciência e aguardarem a atualização, principalmente as minhas reviewers: Mini-chelle, Haki, Tainatsu, Lulu-lilits, sailor-netuno, Akane Kitsune, Yukyuno Hikari, By Mandora, Framboesa e Akemi-Sama.
Eu vi que vcs tem muitas perguntas o.o" e prometo começar a responde-las XD... mas hj estou meio atrapalhada ( novidade ) o próximo cap deve sair no Maximo em 2 semanas, prometo não ser tão má desta vez!
Kissus
Artis
