Aviso básico: as falas estão em negrito... ( o site comeu os parágrafos...)
Inuyasha sentiu-se despertar. Abriu os olhos lentamente procurando acostumar-se à escuridão. Vazio... frio... escuridão... aonde estava, afinal? Estava consciente ou tudo aquilo não passava de um sonho? Sabia que seu corpo estava em frangalhos, porém não sentia absolutamente nada, nem o ódio que a poucos instantes assolava o seu ser. O vazio o acolhera trazendo-lhe uma certa paz .
Não tinha idéia de onde se encontrava, tampouco lhe importava, já que nenhum de seus objetivos fazia qualquer sentido agora .Deitado, Inuyasha fechou os olhos novamente deleitando-se na escuridão, será que isso era morrer? Seus lábios esboçavam um sorriso.
Aos poucos as lembranças sobre o que lhe acontecera para que ele se encontrasse em tal situação retornavam a sua mente. Sentiu o corpo inteiro aquecer pela súbita revolta que o tirara do nirvana:
Sesshoumaru. Inuyasha pronunciou o nome de seu rival com rancor enquanto seu corpo balançava agitadamente movido pela ira. O jovem demônio abriu os olhos em uma tentativa inútil de afastar de si o fato de que sua vida fora poupada pelo seu maior inimigo.
Ao abrir os orbes violetas, no entanto, deparou-se com uma pequena criatura. Tinha a pele branca e cabelos prateados, trajando uma túnica igualmente branca. O contraste estavam nos seus olhos, que, apesar de violetas como os de InuYasha, não mostravam a mesma emoção... eram apenas frios e cruéis. Apesar de ter a aparência de um inocente garotinho, Inuyasha sentia que aquele ser não era confiável.
Herdeiro do submundo,vim trazer-lhe um recado de seu pai. Disse o garotinho.
Se o "todo poderoso" senhor das trevas se deu ao trabalho de enviar um mensageiro aqui é porque estou próximo de alcançar meu objetivo. Concluiu Inuyasha
O youkai fez uma reverência concordando com o demônio. Uniu as pequenas mãos e materializou uma grande alarbada sobrenatural, que emanava energia sinistra. Inuyasha estava enfeitiçado pela magia maligna poderosa.
Sou o seu novo guerreiro-servo, fui enviado para protegê-lo do arcanjo Disse a pequena criatura.
Diga a meu pai que não preciso de ajuda. Retrucou Inuyasha. Para ele, tornar-se um ser inferior e volúvel, um simples mortal, já era a pior humilhação do que um ser de sua linhagem poderia sofrer. Imagine ter que se rebaixar e ser protegido por um reles servo! Daqui a pouco ele seria obrigado a trocar as "Pampers" daquele fedelho pomposo.
Um renegado como você não está em condições de escolher... Disse o garotinho com desprezo.
Ao ouvir as palavras pouco respeitosas do mensageiro, Inuyasha atacou-o com seus punhos sem sucesso pois fora repelido por uma barreira energética, de tonalidade lilás, e instaneamente, suas feridas voltaram a atormentar o seu frágil corpo humano. A insuportável dor o consumia novamente.
Maldito! Exclamou Inuyasha ao perceber que estava impossibilitado de ferí-lo.
Acalme-se, meu senhor. Disse o pequeno com a voz e olhar inexpressíveis
Inuyasha ainda se contorcia de dor, a consciência parecia querer abandoná-lo novamente. Aquele ser que estava a sua frente e que caminhava em sua direção, emanava uma atmosfera sinistra familiar e aquilo lhe causava calafrios.
Sou Hakudoushi. Apresentou-se enfim, o mensageiro tocando-o levemente a fronte com o seu dedo indicador.
O Demônio sentiu a energia do mensageiro passar para o seu corpo como uma chama incandescente, curando seus ferimentos mais graves, sobrando apenas os pequenos hematomas e arranhões.
Agora escute-me com atenção : quando uma pessoa que possui uma alma pura e resolve abrir mão desta em prol de outra por sua própria vontade, esta alma se materializa em forma de uma jóia; que é chamada de Jóia de Quatro Almas.
Então papai vai ficar com um bônus, já que eu vou conseguir uma alma que vale por quatro... eu poderia pedir umas "coisinhas". Rebateu Inuyasha em tom de deboche, fazendo um sinal de aspas com ambas as mãos.
O meu próprio exército não seria mau, um harém com umas youkais "calientes" também não... O jovem pensava nas possibilidades como se estivesse falando consigo mesmo, usando a mão para apoiar o queixo enquanto acrescentava mais vantagens a proposta.
Naraku quer que traga a jóia para o submundo assim que a conseguir. Continuou Hakudoushi ignorando o comentário de Inuyasha.
Posso saber como isso será possível? Apenas um demônio pode ultrapassar os portões do Inferno, ou almas que sejam previamente controladas. Há muito não me enquadro na primeira situação, e tampouco na segunda, ou já se esqueceu que um ser do submundo não possui alma? O jovem indagou-o
Por isso Naraku gostaria de propor um novo acordo. Hakudoushi falava enquanto observava a lâmina de sua alarbada, que pelo brilho parecia estar afiada.
Já que você é o "menino dos recados" pode dizer a papai que não haverá renegociação! Também tem muita coragem ao chamá-lo pelo nome... O primogênito do senhor das trevas agora alterava sua voz ao perceber que Naraku mais uma vez tentava passá-lo para trás.
Após a resposta de seu senhor, o enviado do inferno gargalhou energicamente sob o olhar surpreso de seu príncipe, já que durante todo o período da conversa não havia demonstrado qualquer emoção, até agora.
Como meu senhor disse previamente, é impossível que a vossa alteza consiga ir para o submundo em sua atual condição. Disse Hakudoushi recuperando-se da sua crise de riso. Fez uma pequena pausa e continuou ao perceber a atenção do jovem demônio.
E como no acordo anterior foi estipulado que o senhor levaria a jóia para o inferno, é necessário que sejam revistas novas condições, para que este seja realizado com sucesso e viável para ambas as partes. O enviado continuava exibindo a nova proposta.
Pare logo com esse discurso em doses homeopáticas e diga logo o que o infeliz do Naraku quer! Exclamou o demônio.
Hakudoushi mostrava a sua expressão mais confiável com o intuito de convencer o seu novo senhor. Porém, Inuyasha sabia que não poderia confiar em qualquer ser que houvesse ligação com seu pai.
Ao pegar a Jóia de volta Naraku permitirá que você obtenha sua antiga forma de Youkai, mas você terá algo além disso. Posso lhe garantir que é apenas uma medida de segurança para convencê-lo a cumprir sua parte no acordo Disse Hakudoushi
Aceito. Inuyasha respondeu num fio de voz. Sabia que seu pai não permitiria que ele fosse uma ameaça ao Império das Sombras, e que lhe imporia outra condição tão humilhante quanto aquela.
Ao menos não serei mais um humano inútil... Inuyasha refletia sobre a sua futura condição, ao mesmo tempo em que o mensageiro disfarçava um sorriso, já que para ele não era segredo o plano de Naraku .
Não há ninguém que suporte as maldições do senhor do submundo, Inuyasha irá desejar ter morrido pelas mãos de Sesshoumaru... Pensava o mensageiro.
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Éter... Inuyasha murmurava ao despertar. O forte cheiro químico penetrava em suas narinas. Simultaneamente sua audição captava o som dos aparelhos os quais estavam ligados a si.
Sentia suas funções vitais se restabelecerem, ao mesmo tempo em que ouvia passos firmes se aproximarem e se misturarem ao som do irritante e constante "bip". Há quanto tempo eu to "bancando" a Bela Adormecida? E que droga de novo acordo o fedelho melequento tava falando? E eu fui idiota o bastante pra aceitar sem saber direito todos os termos!
A porta do cômodo abria-se sem emitir um ruído sequer, revelando uma jovem enfermeira de pele clara e orbes acinzentados que trajava um impecável vestido de linho branco. Era muito bela, porém possuía olhos melancólicos e lábios incapazes de resplandecer um sorriso.
Inuyasha observava a jovem se aproximar e pegar uma prancheta que estava junto ao leito seu leito. A enfermeira analisava a ficha do paciente, e seus belos glóbulos demostravam surpresa ao ver o diagnóstico descrito. A mulher então pega uma pequena lanterna de seu bolso, abre lentamente as pálpebras do rapaz examinando suas pupilas.
Como se sente? Indagou a jovem com certa indiferença enquanto guardava a lanterna em seu bolso.
Só respondo se você fingir se importar. Ele respondeu com ironia em sua voz.
Vamos transferi-lo do CTI para o leito de internação. Devemos comunicar sobre o seu estado a alguém? A jovem enfermeira continuava inabalável, ignorando o comentário de Inuyasha.
Acho que no momento você é a única pessoa interessada se eu ainda pertenço a este mundo. Devido à sua grande preocupação gostaria de lhe proporcionar a honra de ter uma inusitada tarde com direito a grande satisfação pessoal garantidíssima. Qual é mesmo o seu nome? Disse o jovem galanteador, pegando a mão da enfermeira.
Kikyo. E essa vaga já foi preenchida. Retrucou ela retirando gentilmente a mão dele da sua.
Kikyo caminhou até a porta com o seu porte esguio sem olhar para trás. Inuyasha acompanhava a jovem atraente com seus orbes cor de violenta desejando-a. A forma dela desdenhá-lo o excitava.
Mas se você insistir estou disposta a fazer uma nova seleção . Disse ela por fim, antes de deixar o quarto.
O Rapaz acomodou-se em seu leito colocando as mãos atrás da cabeça suspirado pretensiosamente. A sorte parecia voltar a lhe sorrir.
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Sango mirava os exames fixamente tentando negar a realidade. O obstetra pousou a mão em seu ombro para encorajá-la. O velho médico usava óculos de lentes grossas e possuía uma saliente barriga, se a situação que ela se encontrara não fosse tão perturbadora, Sango fatalmente sentaria nos joelhos dele e lhe entregaria a sua "lista de Natal".
Não pode ser! O que eu fiz pra isso acontecer comigo! Indagava a garota incrédula com o resultado do exame em suas mãos.
Querida, eu acho que você já está um pouco grandinha para não entender como os bebês são feitos... Retrucou o obstetra com um ar ligeiramente irônico.
Iie, não é isso, doutor... Disse ela corando. - É que eu não estou preparada para ser mãe, e...
Acalme-se senhora, já entramos em contato com o seu marido. O senhor Takeda está a caminho Disse ele calmamente.
A jovem permanecia estática. Depois de todo o trabalho que ela teve para se livrar do esposo! O destino realmente estava lhe pregando uma peça. Antes que ela pudesse expressar qualquer reação à porta do consultório foi aberta, e dela surgira um jovem rapaz esbaforido procurando sua esposa.
Kami- Sama! Por onde você andou minha adorada! Exclamava o jovem a plenos pulmões enquanto sufocava Sango em um "leve" abraço.
Me deixa respirar, Kuranosuke!( para quem não se lembra, é o jovem senhor do capítulo "Sango, só você") a moça tentava se desvencilhar do apaixonado rapaz, em vão.
Mas meu amor, eu te procurei tanto... quando me ligaram do hospital logo pensei no pior... mas quando me disseram que minha esposa estava grávida eu...
Ex- esposa, você se esqueceu! Sango interrompeu, possessa . Como ele sempre esquecia o "pequeno" detalhe que estavam separados?
Mas Sangozinha... Takeda tentava contemporizar, mirando nos olhos dela apaixonadamente.
Será que você nunca vai se conformar? O nosso casamento acabou! A jovem senhora mostrava sinceridade e compaixão em sua voz.
Mas agora é diferente... Disse Takeda alisando a barriga de sua amada.
Iie, nada é diferente. Meus sentimentos por você continuam os mesmos. Eu quero o divórcio, Kuranosuke Retrucou Sango decidida.
Vamos tentar mais uma vez? Só mais uma vez...por favor... Implorava o marido.
Uma criança deve ter a chance de possuir um lar feliz. Intrometeu-se o obstetra.
Damare! (Cale a boca) Gritaram os recém- separados.
O velho médico deixou o consultório sob os olhares revoltos do ex-casal. Sango, por outro lado, fazia uma nota mental de "lavar a roupa suja" em lugares que não sejam públicos, especialmente longe do Papai Noel, ou correria o risco de não ganhar presente no dia 25.
O que não deu certo de primeira definitivamente não vai dar de Segunda. Disse a jovem após certificar-se de que estavam sozinhos.
Mas só tentamos voltar uma vez depois que nos separamos, e olha só o que aconteceu! Retrucou ele ainda acariciando a barriga de Sango.
Isso prova que minha teoria está correta! Se da Segunda vez eu fiquei grávida não quero nem ver a terceira! Rebateu a jovem exaltada. A idéia de que não estava preparada para ser mãe continuava ofuscando seus pensamentos.
É definitivo, Kuranosuke. Mas se você quiser ficar perto de seu filho é um direito seu, só não fantasie que eu vou voltar para você. Disse ela ao sair do cômodo batendo a porta. Até porque o meu coração pertence...
...a outra pessoa. Murmurou Sango concluindo o pensamento.
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Inuyasha acabara de ser transferido do CTI para a ala B da enfermaria . Recuperava-se devagar, porém os cuidados da enfermeira Kikyou compensavam a sua penosa estadia no hospital. Apesar da enfermeira ser uma mulher muito bonita, era uma certa estudante de pedagogia que não saía dos pensamentos do jovem.
O rapaz adormeceu matutando sobre o seu martírio na Terra, a sua missão de conseguir a jóia de quatro almas e o novo acordo com Naraku.
De repente, sentiu seus lábios serem aquecidos e molhados delicadamente. E agora a bela adormecida acorda! pensou sarcástico, abrindo os olhos. No entanto foi surpreendido ao se deparar com a futura pedagoga debruçada sobre si. Aproveitou-se das circunstâncias e beijou-a profundamente expressando todo o desejo incontrolável de possuí-la desde quando a viu.
Ai merda, malditos ferimentos! Exclamou o rapaz ao ser impedido de continuar a sua "ótima ação" devido ao seu corpo ainda estar debilitado
Kagome começara a rir diante da inusitada cena na qual Inuyasha parecia um garoto mimado e o jovem deixou-se levar pelo momento gargalhando também. Ao mesmo ambos perceberam que estavam excitados devido ao beijo que trocaram.
Sango e Miroku também vieram Disse Kagome encabulada já que o rapaz percebera que ela também havia perdido o controle. Inuyasha notou que a jovem admirava o seu "membro" enrijecido enrubescida, deixando-o ainda mais prosa de seus "dotes" físicos.
A porta do cômodo fora aberta revelando Miroku e Sango. O pervertido, que não poderia passar um dia sem fazer um comentário sujo, logo comentou sobre a ereção de Inuyasha, deixando os amigos encabulados.
Ninguém merece! Só tem pervertido nessa faculdade! Exclamou Sango corando e em seguida vomitando no chão do hospital.
Miroku e Kagome estavam prestes a interrogá-la quando Kikyou revelou a todos o real estado da amiga, deixando a todos preocupados.
Você sabia que estava grávida e mesmo assim "entornou o caneco" ontem lá com a gente? Interrogou-a Kagome visivelmente chateada.
Sango continuava de cabeça baixa para esconder a vergonha em seus olhos enquanto Miroku e Inuyasha permaneciam estáticos, sem "digerir" a informação.
A senhora não poderá abusar das recomendações médicas e deveria ter vindo ao hospital antes para fazer o pré- natal. O seu esposo prontificou-se a trazê-la para todos os exames Disse a enfermeira, ignorando "o clima" que se instalara no recinto.
Recuperando-se do estado catatônico, Miroku não acreditava na palavra "esposo" ecoando em sua mente. Então Sango é casada, tem uma família... É por isso que ela não me dá esperanças Certamente ela viveria melhor com alguém menos mulherengo, mas devotado e respeitoso. Admitindo intimamente a sua derrota, o rapaz caminhou em direção a jovem grávida que ainda não tinha coragem de encarar os amigos.
Seja feliz... Miroku sussurrou no ouvido da jovem antes de deixar o cômodo.
Miroku... Murmurou Kagome ao ver a atitude do amigo. Definitivamente os sentimentos dele pela Sango não são uma simples "quedinha" pensou, com o coração apertado.
Sango sentindo-se impotente ainda hesitava se ia ou não atrás do Miroku, ao mesmo tempo em que Kagome fingia-se não se importar com a "tensão" entre Kikyou e Inuyasha. Decidida, Kagome pegou a amiga pelo braço, arrastando-a dali com um "Vamos logo" tentando não demonstrar o seu ciúme pelo rapaz de olhos violeta.
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Um mês depois...
Droga! Se algo tiver que dar errado, com certeza dar�! Praguejava Kagome tentando "driblar" o mau humor e o trânsito. Já tinha uma hora e vinte minutos que estava presa no engarrafamento, e seu carro estava quase sem gasolina.
- Argh! Esse carro bebe mais do que eu! Disse a morena, que era vítima da "Lei de Murphy".
Ainda tinha que passar no hospital e entregar a matéria para Inuyasha. Afinal, porque ela se importava tanto com esse cara que ela mal conhecia? Porque se comprometera em levar-lhe as matérias da faculdade? Porque sempre se metia a resolver os problemas que não lhe diziam respeito?
Kagome, Kagome, você tem que parar de "bancar" a Madre Tereza... Dizia a jovem para si mesma enquanto acendia o cigarro.
Finalmente chegara ao hospital, a jovem que estava cheia de livros e fotocópias procurava manter o equilíbrio levando todo o material até a ala B, o que era difícil, já que sua sacola também não pesava pouco.
- É nessas horas que eu sinto inveja das donzelas do século XVII, não havia nada errado em ser salva das adversidades... Disse Kagome para si mesma.
Não sinta. Retrucou o jovem que surgira "do nada" ajudando-a com o material, fazendo-a enrubescer.
- Que péssimo, não precisa. Mas obrigada mesmo assim Falou Kagome convicta, pegando o material de volta.
- Está certo, então... mas em todo caso, se precisar ser salva... O rapaz anotara um número de telefone nas cópias que ela iria entregar a Inuyasha, deixando-a extremamente sem graça.
Kagome fez uma reverência e continuou firme o seu caminho até Inuyasha.
Seguindo pelos corredores a jovem deparou-se nada menos do que com o seu irmãozinho:
- Miroku! Gritou Kagome correndo em direção ao seu amigo.
- Ai Cosme, pega leve! Disse ele ao ser derrubado pela amiga.
O que você faz aqui? Indagou a irmãzinha desconfiada.
- Ué, vim dar uma força pro Inu. E de "quebra" perguntar sobre a senhora Takeda Retrucou Miroku fingindo desinteresse.
- Sei... e é ex- senhora Takeda. Rebateu ela recolhendo as fotocópias que cismavam em cair no chão.
- Ho hou! O que é isso! Perguntou Miroku ao encontrar um número de telefone no meio das cópias, vendo ali a "deixa" para mudar de assunto.
- Bom, é que eu estava vindo para c�, e... Kagome tentava se explicar quando foi interrompida por seu amigo.
- Kouga, 96972256. Você não perde tempo mesmo, né? Encarnou Miroku dando um tapinha nas costas da amiga.
Neste momento surgiu a enfermeira responsável pela Ala e começou a repreendê-los:
- Silêncio vocês dois ou vão ter que sair do hospital. Disse Kikyou com sua voz autoritária.
- Parece que alguém esqueceu de descongelar o "frezeer". Alfinetou Miroku, ao mesmo tempo em que Kagome procura em vão segurar o riso.
Kikyou ignorando a provocação continuou o seu discurso:
- O senhor Taisho receberá alta hoje, mas terá que seguir as recomendações médicas.
Miroku e Kagome assentiram com a cabeça e continuaram a seguir a jovem de traje branco pelos corredores até o quarto onde o jovem demônio estava instalado. A enfermeira bateu cuidadosamente na porta e todos ouviram um mal humorado "pode entrar" do lado oposto.
Kikyou e Kagome prendiam a respiração ao ver Inuyasha vestindo a camisa à meia luz, o rapaz era simplesmente de tirar o fôlego. Presenciando a "platéia", o jovem deu um sorriso às admiradoras deixando um Miroku no mínimo, deslocado.
- Aqui estão as matérias da faculdade. Disse Kag voltando a realidade.
Quem é Kouga! Indagou Inuyasha visivelmente irritado ao ver o telefone de um qualquer na sua matéria.
- Sei lá... um cara aí! Porque pergunta se não é da sua conta? Rebateu Kagome.
Se tem número de "macho" nas minhas coisas, é óbvio que é da minha conta! Exclamou o jovem enfurecido .
- Ííí... engrossou o caldo! Disse Miroku saindo do quarto pela "tangente". E foi prontamente seguido por Kikyou, que não poderia correr o risco de "descongelar" sua personalidade no furor da briga.
Achei que eles não fossem mais sair daqui. Disse Inuyasha aproximando-se de Kagome e tascando-lhe um beijo, deixando-a sem reação.
Kagome, que a princípio estava resistindo à pressão em seus lábios, por fim cedeu ao calor daquele corpo que se juntara ao seu, sentindo uma leve vertigem ao perceber o seu corpo vibrar e suas mãos suarem frias. Estava prestes a fazer uma besteira, quase se rendendo aos carinhos das hábeis mãos do rapaz ameaçaram a ultrapassar a "barreira de algodão" formada pela camisa da jovem; com um surto de consciência interrompeu o beijo e afastou-se dele para recuperar o fôlego e a sanidade.
Péra aí! Perdi alguma coisa? Perguntou ela massageando as têmporas.
Nani? Indagou Inuyasha fazendo cara de "cachorrinho abandonado" ao mesmo tempo que se reaproximava para retomar a ação anterior, mas ela o impediu pousando sua delicada mão sobre o peito dele.
- É sério, Inuyasha! Acho que você está se envolvendo mais do que deveria. Nós somos só amigos, saímos de vez em quando, mas é só. Disse Kag convicta.
O rapaz pegou a mão dela que estava em seu peito e segurando-a entre as suas. Quando penso que a Kagome "tá na minha", ela me "deixa na mão" Inuyasha parecia dar um passo a frente e dois para trás ao se tratar no quesito conquista.
Eu sei o meu lugar, não estou interessado em nada mais do que isso. Mentiu o jovem mirando nos olhos dela. Só em sua alma completou ele em pensamento.
- Que bom! Agora que estamos ficando amigos, a última coisa que quero é magoá-lo. Disse a garota firme, ignorando o aperto que lhe oprimia o coração.
Vamos "bebemorar", então? Perguntou ele mudando o "rumo da prosa"
Só eu e o Miroku! Você vai ficar no suquinho, Bebê. Brincou ela apertando as bochechas do rapaz.
- Encontro vocês lá no Aerobar, então. Antes eu preciso dar uma passada na recepção. Disse Inuyasha botando a mochila em seu ombro esquerdo.
- "Então tá então" Concordou Kagome, ficando na ponta dos pés para estalar um beijo na bochecha do "amigo".
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- Odeio trânsito! Reclamou Kagome mais para si mesma do que para o melhor amigo que estava ao seu lado.
- Ai ai... você tá na TPM? Não sei porque tanta reclamação se quem tá dirigindo sou eu. Retrucou um Miroku aborrecido.
Kagome acendeu um cigarro para Miroku, e outro para ela em silêncio. Ignorou o amigo e pois se a olhar a janela.
- Ainda não "tirou o atraso"? Fica tranqüila que agora o Inuyasha saiu do hospital, também tem o "tal" do Kouga...
- Grrr... Kagome limitou-se a rugir e direcionar um olhar não tão amigável a Miroku. O que mais lhe irritava em seu "irmãozinho é que ele a conhecia muito bem.
Mediante a reação da amiga Miroku resolveu parar de irritá-la. Não entendia o porquê dela ficar tão chateada com as piadas que envolviam um certo cara de madeixas negras e olhos cor- de- violeta. Para Miroku, estava mais do que na hora dela resolver o trauma de não se envolver com ninguém.
Miroku estacionou o carro de Kagome, e ambos dirigiram-se à mesa para "iniciarem os trabalhos", que era o termo que os amigos utilizavam ao começarem a beber.
Após a terceira cerveja Kagome já olhava insistentemente para o relógio em seu pulso:
Cadê aquele Baka? Indagou a jovem franzindo a testa.
- Vai ver ele ficou preso no trânsito, não tinha dinheiro pra pagar a conta do hospital ou a Kikyou não foi liberada do plantão. Disse o amigo calmamente fingindo não perceber a surpresa no rosto da amiga.
Antes da morena dizer qualquer coisa, o casal paciente-enfermeira chegaram ao local combinado. Kikyou nem parecia a morta-viva do hospital, usava jeans desbotado e uma bata azul transparente. Inuyasha usava jeans escuro, camisa de malha branca e camisa flanelada com estampa xadrez (tipo Kurt Cobain).
Nossa! Vocês não precisavam vir não, o Motel "Emoções" é logo ali! Ironizou Kagome, deixando Inuyasha rubro e uma Kikyou impassível, como sempre.
É que teve batida na descida do viaduto. Explicou Kikyou sentando-se de frente para a sua "rival".
- Vou repor o meu "estoque de nicotina". Disse Miroku, levantando-se.
- Eu vou contigo. Meu cigarro acabou também. Falou Inuyasha acompanhando o amigo. As Jovens encaravam-se "analisando" os movimentos uma da outra.
Os rapazes apressaram o passo até o caixa, virando o pescoço, de vez em quando, na direção das moças. Até o momento ambas pareciam conversar civilizadamente.
Realmente houve uma batida no viaduto, ou vocês estavam se "pegando" por aí? Perguntou Miroku indiscretamente.
Houve batida sim, no entanto, a gente se "se pegava" toda vez que parava o trânsito Disse Inuyasha com um sorrisinho cafajeste.
- Sei... mas uma sabe da outra? Indagou Miroku baixinho.
- Cacete! Exclamou o rapaz arregalando os olhos. Se elas se "tocam" que eu estou saindo com as duas ao mesmo tempo eu tô fudido Pensou ele apressando o passo com o objetivo de chegar mais rápido à mesa.
- Ai ai ... amadores... Murmurou Miroku acendendo um cigarro. Vendo que o amigo esqueceu-se de comprar tabaco, pediu ao caixa dois maços antes de retornar ao grupo.
Voltando, Miroku deparou-se com uma cena insólita. Kikyou e Kagome conversando e rindo como velhas amigas de infância e um Inuyasha visivelmente transtornado, sem saber o que fazer.
Os quatro beberam e conversaram até o cair da noite. As garotas praticamente ignoraram os rapazes durante a conversa, deixando-os incrédulos. Pediram a conta, que fora paga pelos cavalheiros.
- Vou ao banheiro das meninas. Anunciou Kagome ao se retirar da mesa.
- Também vou "tirar água do joelho". Disse Inuyasha seguindo-a.
Inuyasha esperava a jovem sair do banheiro organizando os pensamentos. O que diria à ela? Tudo bem que mais cedo ela mostrou que não estava "afim" de mudar o rumo do relacionamento deles, mas o rapaz sabia que para conquistá-la deveria Ter jogado "mais limpo".
- Kag, eu quero falar contigo. Falou o jovem segurando-a pelos ombros delicadamente
- Manda ver. Rebateu ela com um sorriso nos lábios.
Desculpa por trazer a Kikyou sem avisar, sei que você não gosta muito dela Explicou-se o rapaz.
- Uma mulher tem que ser uma dama na mesa e uma puta na cama. Não se preocupe que da minha parte não haverá nenhum escândalo. Filosofou a jovem sem perder a pose.
- Bem , er... Balbuciou Inuyasha. Não esperava uma resposta tão direta dela.
- Só conte a ela que nós já saímos, t�? Ela pode ficar chateada por ser a "última a saber" Continuou Kagome com um meio sorriso.
- Quem te disse que eu tô com a Kikyou? Perguntou Inuyasha, já planejando "quebrar a cara" de Miroku.
Intimidade não se pega da noite pro dia que nem resfriado. Disse ela dando um tapinha nas costas dele.
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Passaram-se dois meses desde o acidente e Inuyasha estava readaptado ao "mundo dos vivos". O jovem demônio e a futura pedagoga estavam cada vez mais atraídos um pelo outro, apesar de ser negarem até a morte. Viviam discutindo e brigando por ciúmes na frente dos outros, porém quando todos achavam que iria sair briga os "amigos" acabavam aos beijos. Kikyou e Kouga eram os temas freqüentes da discussão. Naquela noite de quarta-feira não era exceção:
Vocês querem arrumar logo um quarto e parar de encher o saco dos outros! Reclamou Miroku que já estava cansado de ouvir aquela discussão todos os dias. Estava na cara que aquela rixa entre eles só poderia ser resolvida entre quatro paredes.
Retirando-se da mesa Miroku se preparava para buscar mais uma gelada, deixando os "amigos" sem graça. No entanto, levou mais um "fora" da ex-senhora Takeda. Com a sua cara mais humilde retornou a mesa e mal podia acreditar na infantilidade de Kagome e Inuyasha, ambos estavam de braços cruzados e de costas um para o outro.
Depois de levar uma "chamada" do irmãozinho, Kagome decide buscar a "loura gelada" para compensar o "fora" que Sango havia dado nele. O rapaz de olhos violeta resolveu seguí-la após levar umas "puxadas de orelha" de Miroku.
Eles estão demorando muito. Cadê a Kag com a minha gelada? Falou Miroku para si mesmo.
Caminhou até o bar e resolveu encarar a "fera" mais uma vez. Quem sabe a Sango não sabia onde sua irmã estava? Percebeu as "adagas fulminantes" que eram lançadas a ele pela atendente do bar.
- Já te falei que...
- Já falou sim, Sango! Não vai me vender fiado ou sair comigo... eu só vim perguntar se você viu a Kagome. Indagou ele interrompendo-a.
Ah, acho que no banheiro. Disse ela desfazendo o franzido em sua testa, e ignorando-o para atender outro cliente.
- Valeu! Agradeceu Miroku dirigindo-se ao banheiro.
Ao se aproximar do pequeno banheiro Miroku começou a ouvir gemidos abafados. What the porra is that? Perguntava-se ao ouvir os gemidos virarem gritos. Será que a Kagome tá passando mal? Pensou ele preocupado. Decidiu bater na porta timidamente, sem resposta, aumentou a potência de seus socos .
- Merda! Será que ela tá com dor de barriga? Miroku falava sozinho.
Pensando em arrumar uma boa desculpa e um balde de gelo depois, o rapaz de olhos azuis resolve olhar pelo buraco da fechadura para averiguar os acontecimentos. Qual não é a sua surpresa ao ver o rosto da amiga se contorcendo e gritando.
-Kami-Sama! A pobre tá com diarréia! Exclamou ele atraindo os olhares de pessoas próximas.
Tentando fazer com que a amiga abrisse a porta, Miroku começou a esmurrá-la com toda a sua força, ao mesmo tempo em que as pessoas ali presentes gritavam "Quebra!"
Dentro do banheiro os amantes percebiam que as batidas sutis tornaram-se socos e logo a porta iria a baixo. Como não notaram que tinha um desesperado cachaceiro que realmente precisava ir ao banheiro?
Pensa Kagome, pensa... Dizia a jovem para si mesma tentando se recompor depois da aventura que tivera.
Porque não abre a porta de vez.? Retrucou Inuyasha abotoando a calça.
Hahaha... que engraçado. Rebateu ela irônica.
Olhando para a pequena janela e, em seguida, para a Inuyasha uma expressão maligna tomou conta do rosto de Kag.
- Nem pense nisso... Protestou Inuyasha arregalando os olhos.
Ignorando a opinião de Inuyasha, Kagome subiu no sanitário e abriu a pequena janela empoeirada. Logo depois olhou para cima, indicando o caminho.
- Feh! Resmungou o rapaz antes de executar o plano da jovem.
O rapaz de olhos violetas apoiou um pé no vaso e outro na janela, o som da risada de Kagome era diretamente proporcional ao som do rasgo da calça de Inuyasha, que parecia Ter congelado no momento em que se posicionou para a fuga.
Vendo que a porta do banheiro estava "com os dias contados", a jovem empurrou-o janela a baixo e, ignorando os palavrões que ouvia , abriu a porta em seguida.
- Kagome, assim você vai desidratar! Exclamou Miroku diante o semblante rosado da jovem.
- Mais hein! Indagou Kagome mais vermelha que um pimentão.
- Vamos lá pedir a Sango preparar um soro caseiro. Disse Miroku sério.
- Eu não tô com dor de barriga, o fecho da minha saia prendeu e ...
Sei... "Cortou" ele mostrando claramente que não estava convencido.
- Quer dizer que essa demora não tem nada a ver com o seu estado de saúde? Indagou Miroku.
- Não, claro que não! Negou veemente a jovem.
Então talvez tenha a ver com o "papel de bala" ali no canto. Concluiu Miroku apontando para a embalagem da camisinha que fora usada por ela e Inuyasha minutos antes.
Kagome estava roxa, vermelha, amarela, preta com bolinhas brancas, e sem nenhuma explicação plausível para o amigo.
Continua...
Noussa! Quase não acreditei quando vi o número de reviews (16) me belisca, vai
Obrigadão a Lo e a Nika por revisarem!
shiawase higurashi: Que bom que você curtiu o hentai, eu amei fazê-lo! (hehe)
Star Angel Matsuyama: Desculpe eu não ter postado antes... minha mãezinha tava internada... Mas que bom que vc curtiu a fic! Espero que tenha gostado do cap 4.
Lo: Querida! Que honra ter você comentando a minha humilde fic! Er... a parte que eu mudei foi o hentai (tá meio censurado... fiquei com medo da minha fic ser deletada e talz) Me doeu o coração, mas eu fui obrigada a "tesourar" o cap 3. ( vcs sabiam q essa é a versão light?)
JuHh-chan: Eu tentei fazer algo diferente, à princípio esse fic é comédia, que gradativamente virará um drama (espero fazer isso de maneira sutil)
Ayumi-Tenshi: Aimeudesdocéu! Ayumi me mandou uma review! Eu sou sua fã! ( acho q já disse isso,né?)
Naku-chan: Essa também é minha primeira fic . É bom quando as pessoas dão um incentivo legal pra gente, né? O cap demorou um pouquinhu mas ta aí!
Kassie Matsuyama : Eu também amo hentai! (deu pra notar, né?) A fic vai dar "uma guinada" logo, espero que vc aprove...
Yusuke Urameshi: Amigooooooooooooooo! Demorou mas ta aqui... perdoa, vai?
Inu Chan (desculpe por não saber fazer os simbolozinhos nas laterais... é q eu num sei...): Bom, se eu te dizer que eu tenho um bom motivo para deixar o Inu como demônio e o Sesshy como arcanjo vc me perdoa? (+ idéias insanas na mente da Nand...) Espera pra ver! Please!
Nika Himura: Miiiiiiiiigaaaaaaaaaaaaaaaaaa! É a teimosa aqui, com a ajuda de amigas Insanas (Só não digo q foram a Ísis e a Bella pq...) colocamos o cap 3 no ar... ( o primeiro q não foi postado por ti, snif!) Mas td bem, esse 4 foi vc q postou, né?
Krol chan: Criativa, eu?... se eu disser que todas as piadas são baseadas no meu dia a dia na faculdade vc acredita? (só me relaciono com gente anormal... eu incluída)
Juli-Chan: Vamos fundar o clube "Eu amo Hentai"? rs... Bom saber que não estou sozinha nisso
Marcella: Espero que tenha te agrado o cap 4. Prometo que não demorarei tanto para atualizá-lo . Confesso que fiquei preocupada por saber que vc é novinha, mas faz parte, né? Se eu não choquei vc acho que não choquei ninguém. (hahahahaha)
Carolzinha: Brigada, brigada... eu simplesmente estou amando escrever esse fic! Confesso que é bastante cansativo escrever tanto. Se é que te consola eu demoro pelo menos 2 semanas pra escrever um capítulo (uau! O.O) depois passa pela revisão das minhas amigas Lo e Nika, respectivamente. Apesar de ser professora não escrevo muito bem não (abafa o caso) pelo menos em português, o meu negócio é inglês msm.
Beka Black: Deu pra perceber que eu sou 100 hentai, né? hehe!Eu ia atualizar na segunda (hj é quarta dia 30 de março) mas o site deu problema , enfim espero q vc também curta o cap 4.
beijos da tia
Mimiz: Obrigada pela força! Tô meio enrolada pra postar os capítulos, eu sei... enfim consegui! (uêba)
