Sussurro na Alma

APÓS 2 MONOGRAFIAS, 22 SEMINÁRIOS, 3 PALESTRAS, CEM HORAS DE ESTÁGIO E CEM RELATÓRIOS...

No capítulo anterior... (Achei melhor botar isso que eu extrapolei na demora, gomen ne...- -" )

"Quer dizer que essa demora não tem nada a ver com o seu estado de saúde?" Indagou Miroku.

"Não, claro que não!" Negou veemente a jovem.

"Então talvez tenha a ver com o 'papel de bala' ali no canto." Concluiu Miroku apontando para a embalagem da camisinha que fora usada por ela e Inuyasha minutos antes.

Kagome estava roxa, vermelha, amarela, preta com bolinhas brancas, e sem nenhuma explicação plausível para o amigo.

CAPÍTULO 5- Corrompendo a Alma (parte II)

"Hã... é... ú... sasasabe? Não sabe?" Kagome tentava formular uma mentira aceitável para o amigo, mas sua linguagem corporal não estava ajudando. Gaguejava e balançava avidamente as mãos como se esse gesto pudesse lhe inspirar, o que era impossível diante dos orbes maliciosos de seu "irmãozinho".

Miroku fitava a amiga de cima a baixo. Estava se divertindo com a situação, era cômico ver a 'inabalável' Kagome sem reação. O mais difícil era não deixar escapar nem um risinho, nem uma piadinha, apenas um olhar safado, que era tão característico dele.

"Pior que sei..." Respondeu ele dando um sorrisinho de lado coçando o queixo com o dedo indicador.

A garota ficou com os olhos arregalados e involuntariamente abriu a boca, esquecendo-se de fechá-la. 'O modo estático' dela foi o suficiente para que o amigo começasse a rir baixinho. Aos poucos a risada dele foi aumentando, até ficar ridiculamente escandalosa.

Ao ver o amigo soluçar de tanto rir, Kagome piscou os orbes duas vezes, saindo de seu 'estágio vegetativo' passando então a acompanhá-lo naquela sinfonia louca, onde as gargalhadas dela se misturavam aos soluços dele. A jovem pensava em como era humilhante aquela situação, ser pega transando no banheiro do bar não era algo que alguém poderia sentir orgulho.

"Haha...ai ai..." Suspirou a jovem ao terminar a sua crise de riso. Apoiando-se contra a parede deixou que suas pernas relaxassem, afinal tinha feito bastante 'exercício'.

"Sabe de uma coisa? Agradeço quem tenha lhe feito o 'favor'" Pronunciou-se o amigo com um meio sorriso e acendendo um cigarro em seguida.

"Nani! E por um acaso eu sou algum 'canhão' para que me façam favores? Sou eu que estou prestando serviços, bem!" Retrucou ela, gesticulando para que o amigo lhe desse um trago do cigarro.

" Só acredito vendo... e infelizmente não pude comprovar muita coisa" Disse Miroku dando uma piscadinha cafajeste para ela

"Você está cada dia mais hentai, num poupa ninguém!" Exclamou ela fingindo surpresa pelo comentário dele, e devolvendo o cigarro em seguida.

"Eu conto o milagre, mas não digo o nome do santo..." - comentou a jovem depois de uma pausa para a tragada, dando um empurraozinho carinhoso no amigo

"Sei... Vamos tomar uma gelada, então?" Disfarçou ele dando um último trago e jogando a gimba fora, Miroku já suspeitava quem tinha dado uma 'geral' na amiga.

Os dois seguiram abraçados em direção ao bar ignorando os comentários que ouviam durante o caminho, depois do escândalo era certo escutarem gracinhas, no entanto ambos já estavam mais do que acostumados com piadinhas dos 'defensores' da moral e os bons costumes.

O 0 O 0 O

Inuyasha amaldiçoava o arbusto que fora plantado justamente em baixo da janela. Graças a isso estava mais quebrado do que de costume. Indagava-se se sua sina era viver sangrando e cheio de buracos.

"Que merda! Será que eu não posso me dar bem ao menos uma vez?" O jovem demônio falava com si mesmo.

"Quando eu finalmente 'pego' uma gostosa eu acabo caindo em cima do galho!" Exclamou Inuyasha ao constatar a dura realidade, literalmente.

O herdeiro das trevas olhava o 'rombo' que ficara no seu jeans que ia das nádegas até o gancho na calça, ou seja, era indisfarçavel. Tinha duas opções: ou assumia o seu lado 'Punk' e desfilava aquele modelito 'stylish' , ou procurava um varal e , com sorte, acharia algo que cobrisse o seu corpinho lindo. Optou pela segunda alternativa.

Inuyasha esgueirava-se na penumbra com a esperança de não ser encontrado por ninguém. Devido ao 'esforço' suas pernas estavam trêmulas, e o solo irregular contribuía para que os tropeços fossem mais uma regra do que exceção. Para cada passo em falso o famoso 'feh' era pronunciado por seus lábios.

(Não sei porque faço tanta questão de voltar para o Inferno, se a cada dia este maldito lugar se assemelha a um.) Pensava o rapaz após mais uma topada em uma pedra. Como um reflexo, Inuyasha chutou-a e ,pelo barulho, concluiu que inusitadamente havia atingido uma janela.

"Janela... casa... varal!" O rapaz sorriu ao perceber que nem tudo estava perdido.

Seguindo o som da vidraça quebrada, o jovem apressou seus passos até chegar ao seu destino. Pelos seus cálculos não deveria estar mais de 200 metros da casa, mas o breu o impedia de vê-la. O que parecia uma desvantagem à principio era, na verdade, providencial já que o demônio teria total liberdade para achar uma vestimenta de seu agrado sem se preocupar com flagrantes desagradáveis.

Pé ante pé Inuyasha seguiu em sua missão impossível: cobrir os fundilhos. (Macho que é macho não fica por aí mostrando o cofrinho!) Pensou ele. Mas o fato é que estava 'desprotegido' e o ventinho sudoeste estava refrescando a 'área restrita' mais do que deveria. Felizmente chegou ao quintal da casa, e esta parecia estar vazia ( Só falta esse povo ter cachorro! Isso não, nenhum vira-lata vai morder o meu ' filé'!) Pensava o jovem temendo por seus 'atributos'.

Quando avistou o seu objetivo, Inuyasha percebeu que para a sua (in)felicidade, o varal estava cheio de 'roupas' de origem exótica

"Tá de sacanagem!" Exclamou o rapaz ao perceber que a peça mais decente estendida ali era um cuecão de couro

"Como é que essa gente tem coragem de pendurar essas fantasias sadomasoquistas no varal? A 'festa' foi boa!" Falou ele debochado, ao constatar a grande quantidade de peças íntimas nada convencionais.

Sem opção, Inuyasha acabou por vestir uma sunga amarelo-limão que, de longe, era a vestimenta menos chamativa dali. No entanto ao experimentá-la ,o rapaz de olhos violeta, sentia como se estivesse acabado de desfilar na parada gay. (Quem sabe eu não faturo 'umzinho' fazendo strip-tease?) Refletindo ironicamente sobre o traje ridículo, o demônio balançou negativamente a cabeça e, com passos pesados, buscava uma maneira de sair sorrateiramente da casa, afinal era nos arredores da faculdade. Não precisava de ninguém para testemunhar seu embaraço

O 0 O 0 O

O bar da faculdade continuava lotado. Sango observava os estudantes indagando-se como eles conseguiam passar nas provas, já que estava claro que pelo menos cinqüenta por cento dos educandos estavam ali. Sentia-se mais cansada que o normal apesar de sua barriga ainda estar bastante pequena, mas o que realmente a deixava louca eram os calores (Não sabia que ser mãe e estar na menopausa tinha os mesmos sintomas! Tirando os enjôos, claro!) Disse para si mesma, em pensamento.

A futura mãe decidiu sair um pouco de trás do balcão. Mesmo sendo teimosa ao extremo, Sango admitiu que não sabia o que estava mais quente: se era a chapa ou seus hormônios em ebulição. Porém, não esperou para ver o resultado, e largou o velho pano de prato no canto da cozinha, pondo-se a caminhar em busca de ar fresco.

Kagome e Miroku estavam eu seu 'mundinho fraternal' particular apenas discutindo amenidades. Apesar disso, o rapaz percebeu que sua irmãzinha estava diferente. Não era notável à primeira vista, no entanto Kagome parecia ter despertado algo dentro dela, uma certa euforia em suas atitudes fez com que ele desconfiasse que as 'defesas' da amiga já não eram tão fortes assim. Embora soubesse que se ele perguntasse sobre sua vida particular, era certo que a jovem negasse veemente que estava envolvida emocionalmente com alguém.

"Estou de bom humor, hoje!" Disse Kagome ao jovem de olhos azuis. Estava um pouco 'alta' por causa da bebida, mas não perdia a compostura.

"Talvez não por muito tempo, acabou o 'doce'! " Declarou o amigo mostrando a caixinha de cigarros praticamente vazia.

"Ainda tem um cigarro, dá pra gente compartilhar o cachimbo da paz." Resolveu ela pegando o último e acendendo-o .

Kagome e Miroku estavam tão entretidos com a conversa que não notaram a grande movimentação feminina que se formava no bar, as mulheres se aglomeravam como formigas. Só perceberam que algo estava acontecendo quando as ouviram e gritar em coro a plenos pulmões.

"Tira! Tira! Tira! Tira! Tira!" Berrava o núcleo feminino da faculdade freneticamente.

"Ôpa! Tão distribuindo amostra grátis de homem!" Exclamou Kagome sarcasticamente, se levantando para dar uma 'checada' no movimento.

"Ou isso, ou tá rolando um ensaio masculino da Paparazzo" Retrucou Miroku, que preferiu permanecer onde estava.

Higurashi forçava a passagem com o corpo adentrando na multidão movida pela curiosidade, os gritos de 'gostoso' e 'tesão' atiçavam ainda mais a sua vontade de ver o que estava acontecendo ali. Quando chegou ao centro da roda sentiu o seu sangue esquentar ao ver Inuyasha trajando apenas uma cueca florescente sendo alisado, beliscado, beijado e arranhado por um bando de mulheres da AMEM Associação das Mulheres Encalhadas Mesmo. No chão estavam os resquícios do que fora a blusa camuflada dele.

O rapaz de olhos violeta estava visivelmente satisfeito com a situação, fazendo Kagome ficar rubra de raiva, quando a jovem estava prestes a tomar uma atitude, uma outra garota surgiu no meio da confusão e tascou um beijo no 'belo espécime masculino'.

Reconhecendo Kikyou, que era a 'oficial' dele, Kagome sentiu em seu peito um aperto. (Ciúmes... eu estou com ciúmes... estou com uma inveja desgraçada daquele 'gesso' de quinta categoria, 'barro com duas mãos de Suvinil', resto de 'construção da obra do Sérgio Naya'...) Kagome cerrou os punhos ao pensar nos 'adjetivos' de sua rival, estava prestes a estapeá-la quando a razão voltou a si.

"O que que eu tô pensando?" Indagou-se ela com voz inaudível (Eu não tenho nenhum compromisso com Inuyasha, fui eu mesma que quis assim.)

Kagome retirou-se da multidão ainda confusa com relação aos seus sentimentos, não tinha o direito de cobrar nada do rapaz. (Provavelmente eu estou confundindo as coisas)Refletiu ela. Não era mulher de 'gamar' em homem só porque tinha se entregado a ele.

(Ai ai, Kagome...deixa de ser neurótica!) A jovem monologava em pensamento enquanto balançava negativamente a cabeça.Foi então que a garota percebeu que estava agindo igual as mulheres em geral ,que 'dormiam' com um cara e já achavam que tinha 'algo mais' entre eles.

"Estou vendo muita comédia romântica ou devo estar na TPM" Disse para si mesma esboçando um sorriso. Ao se conscientizar que a sua 'crise' não tinha fundamento algum, Kagome substituiu a 'dor -de –cotovelo' de ver Kikyou arrastar Inuyasha para o banheiro onde poucos minutos antes eles haviam se entregado, por pena.( Essa 'pobre' não merece tanto 'chifre', mas fazer o quê? Eu odeio concorrência.)Refletiu a garota, agora com um largo sorriso cínico nos lábios, o orgulho falava mais alto dentro dela e agora 'jogaria pesado' com o jovem demônio. (Se Inuyasha acha que vai sair de bom na história está muito enganado...) Pensou ela.

O 0 O 0 O 0 O

Sango observava a movimentação ao longe. Nunca vira tanta mulher junta. (Seja lá o que esteja acontecendo, com certeza cheira a testosterona! ) Pensou ela .Apesar de não dar ter sorte com o 'sexo forte' sempre achou ridículo o fato das demais mulheres estarem sempre 'à caça'. Suspirou a esse pensamento enquanto caminhava refletindo sobre a sua vida.

"Não posso julgar ninguém... Eu também fiz merda..." Disse ela, em um timbre de voz bastante baixo. Não teria condições de dar aquele bebê uma vida normal, não teria uma figura paterna constante, era simplesmente impossível viver com Kuranosuke.

Imersa em seus pensamentos não percebeu que Miroku a observava atentamente de sua mesinha cativa, só quando seus orbes castanhos inevitavelmente buscou os dele é que sentiu as esferas azuis do rapaz pousadas em si, o que a fez enrubescer. Sabia que estava apaixonada , no entanto não era digna de pensar em si mesma, para ela só existia seu primogênito. A passos rápidos decidiu ir conversar com o jovem, ao menos o teria como amigo, já que não era possível consumar o que lhe ia no íntimo.

"Posso me sentar?" Perguntou Sango ao perplexo Miroku, que ainda não acreditava na 'visão' em sua frente.

O rapaz estendeu a mão para frente e inclinou a cabeça, em um gesto aprovador que a fez sentar. Porém, sentiu-se incomodada com os olhos indagadores de Miroku sobre si. ( Está mais difícil do que eu imaginava... mas tenho que tentar.) Refletiu ela.

"Como vai?" Indagou novamente Sango com o objetivo de "quebrar o clima"

"Quase me rendendo ao 'lado negro da força' " Retrucou ele acendendo um cigarro com um sorriso meio de lado.

"É sério... Vamos acabar com essa nossa 'guerrinha' que não vai nos levar a nada" Insistiu Sango um pouco tímida, mordendo o lábio inferior enquanto suas mãos pousavam inquietas sobre o colo.

" Não foi eu que comecei isso, mas se quer mesmo saber como anda a minha vida..." Miroku deu uma tragada antes de continuar.

"Estou me sentindo como um noivo em lua-de-mel... Só foda em cima de foda!" Declarou Miroku exibindo uma fileira de dentes bem cuidados apesar do fumo.

Sango sorriu de volta, e sentindo-se mas confiante, pousou as mãos sobre a mesa e encarou-o enigmaticamente, precisava usar as palavras 'certas'.

" Então não está de todo ruim, não é?" Perguntou a jovem piscando levemente o olho.

"Se fosse no sentido literal não seria, mas eu só me ferro mesmo" Respondeu ele divertido.

Sango encheu-se de coragem, era agora ou nunca! Mas precisava de Miroku, tinha que dizer isso a ele, e não imaginava que qualquer pessoa fosse cumprir esse papel melhor do que o rapaz.

" Miroku... eu quero te dizer uma coisa, na verdade é um pedido." O tom de voz dela era sério, e a jovem mirou tão fixamente nos orbes do rapaz que este sentiu as pernas bambearem. O modo suave com que Sango falava impedia que ele lhe negasse qualquer coisa.

" Como se eu pudesse negar qualquer coisa a você" Disse ele pegando as mão da jovem dentre as dele.

" Você aceita ser o padrinho do meu filho?" Indagou ela sinceramente.

As palavras de Sango tiveram um impacto em Miroku muito maior do que ela poderia imaginar, o rapaz 'perdeu' a cor de seus lábios e ficou em estado catatônico. Ainda retia as mãos da futura mãe entre as suas, porém em seu olhar havia um brilho indefinível.

Durante alguns segundos ela o encarou esperando uma reação, quando ela estava prestes a pronunciar qualquer palavra, Miroku soltou as mãos de Sango, e levantou-se fazendo-a repetir a ação como um reflexo. O jovem deu dois passos a frente e deu-lhe, repentinamente, um longo abraço em resposta. Sentindo o calor do corpo dele, Sango fechou os olhos aproveitando um dos poucos momentos de felicidade que tinha em sua vida, aninhando-se no corpo dele.

O 0 O 0 O

No box, vapor embaçava o espelho e fazia gotículas nos azulejos. De olhos fechados, Inuyasha relaxava deixando a água quente cair em seu dorso. Seu corpo estava marcado por arranhões profundos, mas não se importava. Sorriu ao recordar-se que o seu plano havia surtido o efeito desejado.

" Finalmente consegui captar alguma 'emoção' naquela cretina" Disse ele feliz com o resultado. Os orbes esbugalhados de Kagome a poucas horas atrás transmitiam raiva, não era exatamente o que o jovem de madeixas de ébano esperava, mas ao menos já mostrava que ela tinha um coração que exercia funções emocionais também, por mais que muitas vezes ela não deixasse transparecer.

Terminado o banho, o rapaz pegou uma toalha e começou a secar-se não percebendo que 'algo' se materializava por trás dele.

" Progresso?" Indagou Hakudoushi com sarcasmo.

" Merda! Que diabos você tá fazendo aqui?" Perguntou Inuyasha incomodado por não sentir a presença de Hakudoushi e ao mesmo tempo ser interrompido 'na intimidade'.

"Você então já percebeu..." Declarou o mensageiro com suas esferas lilás enigmáticas.

O herdeiro do trono das trevas encarava o mensageiro na esperança de perceber 'sei-lá-o-que' que o 'anão do submundo' queria.

"Não... subestimei a sua inteligência, vou explicitar para ficar mais fácil... os seus poderes de demônio estão diminuindo" Disse o mensageiro com desdém.

"Por isso não notei a sua presença... mas, isso não estava no acordo com Naraku! Eu não tinha um prazo para entregar o que ele queria!" Rebateu Inuyasha cerrando os punhos indignado.

"Mas isso, 'chefinho', nada tem a ver com o acordo e sim com a jóia de quatro almas" Explicou Hakudoushi como se dissesse a coisa mais óbvia do mundo.

"Nani?" Indagou o rapaz

"A jóia de quatro almas o está purificando. Você tem passado muito tempo com aquela garota e depois do 'contato íntimo' que vocês tiveram ..."

"Como assim? Quer dizer que depois que a gente 'trepou' ela purificou o meu corpo? Tá de brincadeira!" Protestou Inuyasha incrédulo.

"Não, não estou. Quanto mais você ficar com ela, mas sua energia sinistra diminuirá, então eu sugiro que seja rápido. Ou você pode aceitar a minha ajuda... Sugeriu Hakudoushi com olhos maliciosos e um sorriso cínico nos lábios.

"Nem pense nisso! Não se 'preocupe' que eu darei conta do recado, como pode ver eu 'resolvi o problema' de duas hoje, e estou disposto a deixá-las satisfeitas " Gabou-se Inuyasha.

"Você pode até 'resolver' o 'problema' das duas... de cada vez. Pelo que eu saiba só tem uma mulher em sua cama neste momento. Ao invés de perder tempo com distrações, você deveria se concentrar em sua missão, caso contrário irei interferir." Disse Hakudoushi desaparecendo em seguida.

"Cacete, era só o que me faltava! Aquele demônio subdesenvolvido querer competir comigo!" Disse Inuyasha passando a mão nervosamente pelos cabelos molhados. Decidiu se acalmar e relaxar, pensaria em uma estratégia mais eficiente pela manhã. Deixou a toalha no banheiro e caminhou nu até o quarto. (Agora vou me divertir um pouco) pensou ele, já que no cômodo ao lado Kikyou o aguardava.

O 0 O 0 O 0 O

O sol estava escaldante apesar de ser apenas sete da manhã, mas ainda assim Kagome cumpria à risca seus exercícios matinais no Campus da faculdade. O forte calor molhava o traje de lycra que acentuava suas generosas curvas, realçando a sensualidade natural da jovem.

A morena parou à sombra de uma árvore para recuperar-se dos três quilômetros que havia corrido e estava prestes a realizar a atividade de mais ibope durante as manhãs : o alongamento. Semi-flexionando os joelhos, Kagome alongava os braços, o pescoço, as costas, e a parte mais aguardada pela ala masculina que também se exercitava ali, as pernas. O momento em que afastava as pernas e tocava o chão deixava em êxtase os rapazes que ali passavam, já que tinham uma visão panorâmica das nádegas de Kagome.

Ignorando a euforia dos rapazes, a garota terminou o alongamento e com o squeeze (chamado popularmente de garrafinha de academia) molhou a boca, fronte e colo, encerrando o espetáculo com louvor. Kagome olhou para o relógio em seu pulso e constatou que estava atrasada para o estágio e isso não ficaria bom em seu histórico na faculdade. Decidiu se apressar para realizar a atividade mais desejada por todos mas que não haveria platéia, o seu banho relaxante.

Dentre todos os olhares, no entanto, a jovem não percebeu que estava sendo observada por uma criatura em especial que diminuíra a sua energia celestial para não levantar suspeitas. O arcanjo estava impressionado com os poderes da jovem, não pensara que ela pudesse purificar um demônio em tão pouco tempo, sequer sabia de onde vinha a pureza emanada da alma da garota.

Sesshoumaru adquiria uma expressão indefinível ao lembrar-se da missão que fora designada a ele pelos céus, além de exterminar Inuyasha, estava encarregado de proteger Kagome. Não entendia o porquê de ter que se envolver ainda mais nos negócios do submundo, livrar-se de Inuyasha era antes de tudo uma questão de honra para o ser superior, mas a humana não era tão importante, ao menos não deveria ser.

"O que deve ter de tão especial na alma desta humana dentre tantas que foram igualmente condenadas?" Perguntou-se o enviado do mundo superior, agitando suas asas e desaparecendo momentaneamente do mundo terreno.

O 0 O 0 O

Já passava das nove quando a senhorita Higurashi assinou o ponto sob o olhar desaprovador da secretária. Girando os olhos Kagome segurou-se ao máximo para não dar uma resposta mal criada ao ter o seu educado 'Bom dia!' respondido com um suspiro debochado da tão 'gentil' colega de trabalho.

Ignorando a grosseria matinal, Kagome dirigiu-se a sala de coordenação batendo na porta delicadamente antes de entrar. Por trás da mesa uma senhora pouco simpática falava ao telefone e sinalizava para que a jovem se aproximasse.

A senhora aparentava uns 65 anos e, baseado em sua grande e sedentária forma, vivia à base de doces e salgadinhos. Tinha longos cabelos brancos e, graças a uma catarata, não enxergava com o olho esquerdo.

"Com licença, dona Kaede" Disse Kagome ao ver que a senhora terminara a ligação.

"Ah, Kagome. Preciso que faça algo para mim." Disse a velha senhora pegando um monte de

currículos e, em seguida, depositando-os em cima da mesa.

"Em que posso ajudá-la?" Indagou a garota, sem a mínima idéia do que faria.

"Como você sabe a Ayame será promovida a monitora dos estagiários, portanto será preciso contratar uma nova secretária." Declarou Kaede, não percebendo a leve ruga que se formara na testa da jovem estagiária. (Aquela secretária já controla a minha vida sem necessidade, sendo obrigação dela então...)

" Não seria então melhor a Ayame fazer a seleção para o antigo cargo dela? Eu sou apenas uma estagiária." Disse Kagome, humildemente.

"Era, devido à sua contribuição ao novo Projeto Político Pedagógico, você está mais do que apta a ser promovida a monitora-chefe." Disse Kaede, deixando-a surpresa.

"Obrigada pela oportunidade." Agradeceu Kagome com uma reverência, tentando ao máximo controlar a respiração e os batimentos cardíacos. Pegando os currículos da mesa de Kaede pediu licença, retirando-se do aposento.

Segurando as diversas folhas de currículo, Kagome dirigiu-se a sua agora ex-mesa, deixando a papelada sobre esta. Prendeu os longos cabelos com um nó e analisou seu rosto com um pequeno espelho de mão.

"Deus do céu, estou parecendo um panda!" Constatou ela ao reparar nas suas enormes olheiras. Com um suspiro cansado pôs o delicado óculos de grau, começando então a selecionar os currículos mais adequados a função. Sob a fraca luz da luminária estreitava seus olhos puxados quando alguma informação 'mais relevante' aparecia. De repente, um nome familiar chamou a sua atenção.

"Houshi Miroku..." Balbuciou a jovem constatando a enorme coincidência. Sorriu discretamente decidindo dar uma pausa lá no 'fumódromo', pois já tinha selecionado um candidato.

O 0 O 0 O

O sinal das seis da tarde tocara indicando o fim do expediente, Kagome tivera um dia cheio já que ao assumir um cargo de chefia precisava reorganizar suas coisas em sua nova sala, além de ter uma reunião com os estagiários para estabelecer os parâmetros de serviço. Infelizmente suas idéias para melhorar o desempenho dos funcionários que estavam sob sua responsabilidade não eram nem um pouco similares a de Ayame, a antiga secretária, que impunha todos os obstáculos possíveis nas reformas propostas.

"É muito cacique pra pouco índio!" Filosofou a jovem por fim. Afinal, Ayame parecia mais interessada em exigir serviço dos estagiários do que executar a função de auxiliá-los.

Despedindo-se de todos, Kagome saiu como uma flecha de seu local de trabalho, já que hoje tinha prova de Psicologia da Educação. O tempo estava mudando, as nuvens negras indicavam que uma forte chuva cairia a qualquer momento.

Mais que depressa, a jovem entrou em seu carro e deu a partida. No exato momento em que ela cruzou o portão da garagem a tempestade desabou.

"Mas era só o que faltava!" Exclamou a morena exaltada. Com a chuva densa ela pegaria mais trânsito, e por conseqüência, demoraria a chegar na faculdade.

Ao chegar na estrada o fluxo de carros seguia lento, Kagome acendeu um cigarro enquanto matutava sobre como chegaria a tempo na prova. Decidiu pegar um atalho pela estrada velha, apesar de ser mal iluminada e estar em piores condições, não havia outro modo de chegar em seu destino antes das sete da noite.

Desviando do trânsito, a jovem tomou o atalho, tinha meia hora para chegar na faculdade. Ignorando o bom senso, Kagome dirigia a cem quilômetros por hora em uma estrada onde havia mais buraco do que asfalto. Em uma derrapada a garota acabou por acertar uma 'cratera', furando o pneu.

"Cacete! Quando algo está ruim sempre pode ficar pior!" Protestou Kag, batendo com ambas as mãos num acesso de fúria.

Ligou para Kouga, já que ele lhe dera o número caso ela precisasse ser salva. Ao ouvir a mensagem 'fora da área de cobertura ou desligado', Kagome rosnou e controlou o ímpeto de jogar o celular longe. Pensou em Miroku, mas seu 'irmãozinho' insistia em viver sem a invenção de Graham Bell.

"Não, eu não vou ligar para o Inuyasha." Disse para si mesma, ao lembrar-se de que havia uma terceira alternativa.

A jovem, sem alternativas, resolveu pôr as 'mãos na massa', ou melhor, no pneu. Ligou o pisca-alerta e pegou uma lanterna do porta-luvas. Desceu do carro sob a forte chuva, com o intuito de realizar aquela sofrível ação. Arruinando as delicadas sandálias de salto fino, Kagome seguiu em direção ao porta-malas, abrindo-o.

Ao pegar o estepe, atolou o salto na lama, o que a fez desequilibrar e sujar o belo vestido de chiffon verde que trajava. Percebendo que praguejar de nada adiantaria, a jovem rolou o pneu pelo acostamento de maneira desajeitada, sujando a barra do vestido e, em seguida, apoiou o estepe na lateral do veículo, depois voltou ao porta-malas para pegar o macaco.

Retornando com o macaco, encaixou-o debaixo do carro girando a manivela para erguê-lo lentamente. A chuva aumentara ainda mais e a visibilidade na estrada era praticamente nula. Molhada da cabeça aos pés, Kagome tentava prosseguir sem sucesso. Sentia frio e estava cansada, não entendia o porquê do carro não sair do lugar.

Estava prestes a largar tudo e começar a chorar quando uma moto parou ao seu lado. Um rapaz desceu desta e, retirando o capacete ofereceu ajuda.

"Deixe-me ajudá-la, senhorita... Kagome!" Indagou o rapaz surpreso e corado, já que o vestido da jovem estava transparente.

"Houjo-kun!" Exclamou a jovem, igualmente surpresa.

Houjo retirou a jaqueta de couro que vestia, pousando-a nos ombros nus de Kagome. Fazendo-a a ruborizar também, pois só agora percebera que estava 'semi-nua'.

"O macaco atolou... por isso você não conseguia levantar o carro." Explicou ele, colocando uma pedra em baixo do macaco, erguendo o carro facilmente. Trocou o pneu e guardou o que estava furado novamente no porta-malas.

"Muito obrigada mesmo! Se não fosse pela sua ajuda eu não sei se conseguiria sair daqui" Agradeceu ela, devolvendo a jaqueta.

"Não, fique com ela. Está frio e seu vestido está..." Disse Houjo colocando novamente a jaqueta sobre os ombros da jovem.

"Obrigada mais uma vez" Disse ela beijando a face do rapaz.

"Vamos que eu te escolto até a faculdade" Ofereceu ele gentilmente, e a jovem agradeceu com uma reverência.

O 0 O 0 O

Estava na hora do intervalo quando Kagome e Houjo chegaram a faculdade. Apesar dos esforços a jovem não conseguira chegar a tempo para a prova.

"O que não tem remédio, remediado está" Disse a jovem para o rapaz.

"Vamos tomar uma cerveja então?" Propôs ele.

"O que fizeram contigo? Foi abduzido por ETs?" Brincou Kagome, já que Houjo não era de matar aula pra beber no bar. O rapaz sorriu e acompanhou-a até o boteco.

Kagome atraía olhares pela maneira como estava 'vestida', mas estava decidida a 'levar na esportiva' os comentários masculinos sobre o seu traje transparente. Dirigiu-se a mesa onde sentavam Miroku e Inuyasha, vendo em sua companhia uma maneira de se vingar do cretino por causa da noite anterior.

"Boa Noite" Disse ela, 'filando' o cigarro de Miroku que estava em cima da mesa.

Os dois rapazes que estavam sentados apenas fitavam as formas da jovem, com desejo. No entanto, ela puxou a cadeira e sentou-se jogando as longas madeixas molhadas para trás.

"Boa Noite" Disse Houjo, sentando-se ao lado de Kagome. Só então os amigos perceberam a presença deste.

"Que saúde, hein irmãzinha!" Brincou Miroku fitando a amiga de cima a baixo.

"Para de show, Miroku" Disse ela, dando um tapinha no amigo.

Inuyasha ia tecer algum comentário sobre a jovem, quando percebeu uma forte energia sinistra no ambiente, que estranhamente emanava de Houjo. Fechou os olhos para senti-la melhor e mirou o rapaz fixamente , após identificar nele a energia de um demônio. Qual foi a sua surpresa ao ver que por um instante, os orbes de Houjo mudaram de castanhos para lilás.

Não havia dúvidas, aquele ser que estava sentado a sua frente era do submundo. Não era um humano, e possuía uma energia sinistra que lhe era familiar.

"Hakudoushi... é você, não é seu desgraçado?" Indagou Inuyasha agressivamente, levantando-se da cadeira. Houjo sorriu discretamente, deixando o jovem demônio ainda mais possesso de raiva

Kagome e Miroku observavam a cena sem compreender o que acontecia.

"Qual é o seu problema, Inuyasha? A sua incompetência fundiu aqueles dois neurônios que você tinha ? Debochou Houjo levantando-se da cadeira.

Inuyasha tinha que se controlar, não poderia cair no jogo de Hakudoushi e atacar 'Houjo' sem qualquer explicação. O mensageiro das trevas estava em um corpo humano como ele, isso queria dizer que suas fraquezas eram as mesmas.

"Que se dane!" Exclamou Inuyasha acertando a cara de Houjo com o punho, fazendo-o cair no chão.

Ainda sem compreender, Kagome e Miroku olhavam a cena com espanto, enquanto Houjo se levantava lentamente sentindo o gosto de sangue em sua boca e o maxilar dolorido.

"Realmente as orelhas lhe fazem falta... se bem que com a sua burrice, faltalmente você pisaria nelas" Disse Houjo, já de pé, preparado para a briga.

"Vamos ver..." Retrucou Inuyasha acertando Houjo novamente.

Neste momento uma roda formou-se para assistir a briga, deixando Kagome e Miroku sem ação. Aquela noite iria ser longa.

(Isso, sua besta! Me acerte bastante, daqui a pouco estarei exatamente aonde quero...) Refletiu Hakudoushi, ainda no chão.

Continua em breve (prometo, tah!)

Recado da Nand:

Mil perdões pela grande demora... quero agradecer a Lo por revisar uma parte do capítulo. Infelizmente o resto ficou sem revisão mesmo. Espero que não tenha ficado muito ruim, mas é que as provas e monografias sugaram os meus neurônios.

Outra coisa, quem tiver tempo (e saco...) dá uma passada na minha outra fic "Sempre há uma escolha" (mas vou logo avisando que é o oposto dessa, bemmmmm melosa...)

Finalmente as Reviews:

Star Angel Matsuyama Satuki: Noussa, o seu Nick tah cada vez maior, hehe! Realmente a pobre da K-chan não tem sorte... ser pega assim no flagra é dose, né? Eu também riria de mim mesma ... Brigada por lembrar da minha mãe (ela está melhor agora), você é fofa e muito talentosa! (adoro suas fics, viu?)

Satuki Nika: Mami! Que saudades de ocê! Agora a gente quase num se vê, né? Sinto falta das nossas conversas. Vamos ver se agora que a faculdade (praticamente) acabou eu consiga por o nosso papo em dia.

Dani Higurashi: Que bom que você curtiu! Já postou a sua fic? Se sim me dá um toque pra eu conferir, tá?

Mary: Você me mandou 3 reviews? Uau, brigada! Eu sei que deve Ter mais gente lendo sim, mas a falta de tempo é terrível... as vezes não dá pra comentar...snif! Mas eu perdôo a todos. Desculpe a demora, tá? Mas eu estava no meu último período da faculdade, aí o bicho não pega, agarra! Beijão.

Otaku-IY: Sim, haverá algo mais entre a K-chan e o Inu. Não se preocupe que não será só atração sexual, mas a princípio, como na vida , nenhuma pessoa ama outra assim loucamente, acho que tudo é um processo de transformação. Tá calei a boca com a minha filosofia barata...- -' (mas espera pra ver que a coisa vai acontecer)

Marcella: Oi querida! Você é uma leitora que acompanha a fic desde o início, portanto o seu comentário é muito importante, tá? A Kagome vai virar o jogo daqui em diante, eu prometo! Desculpe a demora absurda...( Nand se escondendo...) vou atualizar logo o cap 6, valew? Beijinhus!

§Inu-Chan§ : Acertei o símbolo? Senão desculpe... foi malz pela demora, não foi péssimo... mas tá aí

o cap 5, espero não Ter perdido o pique...

Sango Web: Brigada pelo comentário! Espero que cap5 seja de seu agrado também. Demorei muito

Pra atualizar... não pretendo fazer isso denovo.

Tenshi-Yuki: Amiga! Você comentou! Nas minhas duas fic! Bigada, Bigada pela força e o incentivo, tá? Te adoro, fofa!

Lori-chan: Vai Ter mais hentai sim! Eu amo hentai! Hehe. Valew pelo comentário, beijão.

Kirana: Tentei não demorar... mas não deu... perdoa, vai? Brigada por ler a minha fic

Tamiris: Será que demorei demais e você desistiu? Espero que não... o próximo ainda sai esse mês, prometo, tá? Valeu pela forcinha, hehe , beijão.

Juba: A Kagome é uma figura mesmo, apesar de ser um 'pára-raios' para 'pequenas desgraças' ela acaba se saindo bem, não é? Obrigada por apreciar minha fic... prometo que um dia vou melhorar, e escrever que nem gente grande!

Kagome Higurashi Satuki: Achou o hentai fraquinho? Eu também...(mas tive que colocá-lo nos limites da decência, senão a fic poderia ser deletada, sabe?) Pelo menos deu pra rir um pouco, né? Fico feliz que tenha gostado! Beijinz da Nand.

Mimiz: Oi! Estou tentando botar a fic com a idéia original sem tirar o humor... tá difícil... e a sua fic, menina? Também quero ver um cap novo, tá? Hehe

Naku-chan: Desculpe eu por demorar a postar... Espero que goste desse cap assim como vc gostou do anterior. Beijão!

Kagome Naegino: Valew pelo comentário! Assim como você tentei fazer algo diferente, mas como ainda é a minha primeira fic não está 100... um dia um chego lá! Ah se chego...

Obrigada a todos que leram! O incentivo de vocês é muito importante!