Disclaimer: Todos os personagens pertencem à inigualável J.K.Rowling. all the characters belong to the amazing magic woman J.K. Rowling.

Nota: Agradeço as resenhas (reviews). Espero que gostem. Não se preocupem. Pode ser que eu demore um pouco a postar, por ter que mudar algumas coisas, mas no geral a história já está pronta e estará inteira aqui antes do livro seis.

Afinal, como devem ter percebido, gosto de me manter bem fiel ao canon e o livro muda tudo.

Descobertas

"Harry, presta atenção! O que está havendo? Você parece que está em outro planeta!"

"Desculpa, Rony, não sei o que há comigo." Harry estava jogando muito mal na manhã seguinte. Não conseguia se concentrar com a Gina por perto. Cada vez que a olhava, pensava nos beijos que tinham trocado e imaginava se e quando ela finalmente seria namorada dele. Olhava para as coxas dela firmemente segurando a vassoura e se imaginava tocando-as. Olhava para os braços dela e pensava como seria estar envolto naqueles braços e no que as mãos dela poderiam fazer com ele. Assim ia acabar doido. Precisava parar de pensar nisso.

Gina não estava muito melhor e lançou a goles umas três vezes completamente sem pontaria.

"Não adianta. Vamos parar. Não sei o que deu em vocês hoje."

"É que não dormi bem. E estou estranhando a nova vassoura. Quer dizer, ela é realmente boa e adorei o presente, mas ainda tenho que me habituar. Se você quiser, paramos de jogar, mas acho que ainda vou ficar voando um pouco para me familiarizar melhor com ela."

Rony desceu e foi embora. "Vou logo para o chuveiro, se vocês não se importam."

"Quanta pressa! Tem algum plano para mais tarde? Ajudar Hermione a descobrir mais sobre basiliscos, talvez? "Harry caçoou, mas gostou da idéia de ficar sozinho com Gina. Talvez assim conseguisse ficar à vontade e conversar com ela.

Assim que Rony se afastou, ele perguntou para Gina "Se importa se eu ficar um pouco vendo você voar?"

"Não. Você passou a manhã inteira me olhando, mesmo. Ser admirada um pouquinho mais não vai tirar pedaço."

"Isso a incomodou?'

"De jeito nenhum. Você me fez sentir como se eu fosse especial. Foi bom."

"Você é. Especial, quero dizer. Acha que o seu irmão percebeu que eu não consigo tirar os olhos de você?"

"Não sei. Tenho a impressão que ele também parecia distante. Só não fez besteira porque não chegamos de fato a ameaçar fazer gol."

"E você? Por que está tão distraída? Eu te perturbo?"

"Não, nada isso. Eu realmente não dormi direito. Fiquei pensando em tudo o que aconteceu ontem, em você, no Dino, no que eu sinto."

"E?"

"Ainda não sei direito. Mas acho que cheguei à conclusão que nunca me senti de fato muito ligada ao Dino. Ele é legal, bonitinho, simpático, desenha bem. Mas eu não me sinto realmente atraída por ele. Muito menos disposta a abrir mão de um pouquinho que seja da minha liberdade para agradá-lo. Suponho que um namoro assim não podia mesmo dar certo. Com você é diferente."

"É? Diferente como?

"Eu sempre tive uma atração por você. Só que, como não era correspondida, deixei para lá. Há outros caras interessantes. Mas nunca deixei de ter um carinho especial por você. Mas creio que reamente nos aproximamos neste verão, né? Eu não dei atenção, porque não me permiti. Estava com o Dino e não queria enganá-lo. Daí enganei foi a mim mesma. Mas ontem pensei com calma e imaginei o que teria havido se não tivesse rompido com o Dino. Seria terrível voltar a Hogwarts e não poder mais ter momentos de intimidade como os que temos compartilhado. Me envolvi com você e nem notei."

"Isso quer dizer que você topa ser minha namorada?" Harry perguntou, com um enorme sorriso.

"Sim. Eu preciso ir mais a fundo nesse caso da gente, mesmo que haja o risco de me machucar."

"Não vou machucá-la. Vem cá, larga essa vassoura. Sonho com o momento de ficarmos juntos desde ontem"

Gina desceu e eles se beijaram.

"Harry, será que dá para a gente não contar logo para todo mundo que estamos namorando? Ainda estou me acostumando com a idéia. Minha mãe, principalmente, ia me encher o saco sobre a minha volubilidade e que desse jeito eu vou ficar falada. Sabe como ela é."

"Tudo bem."

"Mas aí você vai ter que disfarçar o jeito de olhar para mim na presença dela."

"Essa é a parte mais difícil. Você parece cada vez mais gostosa. Olho para você e fico pensando..." De repente, ele viu que tinha falado demais.

"Pensando o que, Potter?"

"Coisas que eu não deveria mencionar."

"Que tipo de coisas?"

"Ah! Deixa pra lá e vamos aproveitar melhor o tempo que temos sozinhos."

"Não fuja da raia, Potter... Diz logo ou eu te largo imediatamente para me preparar para o banho."

"Pensando em fazer coisas com você que um cavalheiro respeitoso não devia pensar acerca da namorada."

Gina riu, dando umas mordiscadas na orelha do namorado. "Cavalheiros respeitosos são bons para donzelas indefesas. Eu espero já ter superado a minha fase indefesa."

Harry não entendeu muito o que ela estava dizendo. "Como assim, você não quer que eu me porte como um cavalheiro?"

"Para falar a verdade, não exatamente."

"Pensei que você esperasse isso de mim. O que quer, então? Não saco nada de garotas, 'cê sabe."

"Quero que você demonstre claramente o seu desejo por mim, que continue a me olhar como se quisesse me comer com os olhos, que me toque, me beije, me morda, enfim que seja tão ousado quanto quiser. Deixa que eu decida quando as coisas estão indo longe demais para mim."

"Aí, a decisão fica toda com você."

"Não. Você só se reprime quando achar melhor para você, mas não por mim. Deixa que da minha própria repressão cuido eu. Sabe, as garotas também têm fantasias e gostam de se sentir desejadas. E o que os garotos querem é muitas vezes exatamente o mesmo que elas. Cavalheiros são muito entediantes. Diga, o que você estava pensando durante o quadribol?"

"Que eu queria fazer isso ... e isso ... e..." a mão de Harry visitou partes da anatomia feminina que jamais tinha tocado, enquanto ele a beijava com fogo cada vez maior. Seus carinhos foram se tornando mais ousados e Gina respondeu na mesma moeda. Quando ouviram Rony berrando que o banheiro estava liberado, deram graças que ele não tivesse vindo até onde estavam. Certamente ele pegaria no pé deles com o que teria visto.

Depois do banho, almoçaram e conversaram sobre o que Hermione tinha conseguido em sua pesquisa. Ela passara a manhã tentando ver se nos poucos livros que eles tinham ali, havia alguma coisa que pudesse ajudá-los a pensar em como enfrentar os tais basiliscos que Pettigrew mencionara.

"Não consegui nada. Só tem mesmo aquilo que está no Animais Fantásticos. Suponho que Voldemort esteja cuidando pessoalmente dessa história, pois só um ofidioglota poderia lidar com eles."

"Não esquenta, Hermione. Dumbledore e a Ordem certamente conhecem mais do que o que você pode conseguir pesquisar aqui e já devem estar planejando algo."

"Eu sei. Mas não agüento ficar parada sem fazer nada, enquanto meus pais correm perigo."

Nesse momento, Molly apareceu. "Oi, meus filhos. Vim aqui o mais rápido que pude para tranqüilizá-los. Especialmente a você, Hermione. Conseguimos matar mais um basilisco, dessa vez uma fêmea, perto de sua casa. Agora, pelo que Perebas disse, teremos uma trégua de ao menos alguns meses, enquanto os outros basiliscos crescem. Se você quiser voltar para casa, já pode. Embora seja melhor ficar por aqui, de qualquer jeito."

"Meus pais voltaram para casa? "perguntou a moça, aliviada com a notícia.

"Não, eles vão ficar uns dias na casa de uns amigos até que consigamos ter mais informações, mas estamos todos confiantes que o perigo maior tenha passado."

"Mais alguma notícia ou recomendação? "perguntou Rony.

"Quase me esquecia de dizer. Foi bom você perguntar. Vamos fazer umas reuniões extraordinárias da Ordem para planejar o que fazer e não virei ajudá-los no jantar. O Gui também só deve chegar bem mais tarde, então vocês vão ter que se virar sozinhos. Ah! E Dumbledore deu um jeito de mandar o Perebas para a Índia, onde tem um amigo que vai mantê-lo sob observação. Assim não precisamos nos preocupar se o que ele disse sobre ter mudado de lado é verdade."

O estômago de Harry deu um salto. Eles ficariam sozinhos por um bom tempo aquela noite. Precisava dar um jeito de desviar a atenção de Rony e Hermione para ficar mais à vontade com Gina. Deu uma olhada para a namorada e pelo ar maroto dela, percebeu que ela pensava a mesma coisa. Puxou-a de lado e cochichou.

"Você não acha que está na hora de Rony e Hermione começarem a namorar e saírem do nosso pé? Alguma idéia?"

"Humm! Mais tarde te falo. Disfarça."

Rony ficou espantado quando Harry não quis jogar xadrez e preferiu ficar lendo poesias trouxas.

"Ah! Joga com a Hermione. Hoje não estou com vontade de perder mais uma vez. Já basta o tanto que fiz besteira no jogo de quadribol esta manhã. E este livro do Dylan Thomas até que tem me ajudado a superar a morte de Sirius."

"Mione, joga você, então?"

Hermione topou jogar um pouco. Depois de toda a pesquisa e da angústia da manhã, o xadrez seria uma boa forma de relaxar.

"Quem poderia imaginar? Será que os meus amigos estão tomando Poção Polissuco para me confundir?

Hermione jogando xadrez, enquanto Harry lê algo sem ser obrigado! Poesia, ainda por cima! Vocês 'tão doidos! "Rony brincou, mas na verdade estava muito feliz de passar mais tempo com Hermione.

Quanto a Harry, ele queria mesmo era um pretexto para ficar um pouco mais afastado de Rony e combinar alguma coisa com a Gina. Ela foi para o sofá junto dele, também fingindo ler e os dois puseram-se a tramar aos cochichos.

"Você não disse que os gêmeos também tinham te dado um batom daqueles? Quem sabe, eu convenço a Hermione a usá-lo? Vai lá buscar. Quero ver a cor."

Harry buscou o batom e mostrou para a namorada.

"Perfeito. Esta cor é bem diferente da do meu e combina bem com a Hermione. A gente nem precisa dizer do que se trata. Vamos fazer uma comemoração da morte do basilisco e eu tento convencê-la a usar maquiagem, para esconder as evidências da noite mal dormida e das preocupações que ficaram para trás."

"E eu vou tentar dar uma animadinha no seu irmão. Mais alguma idéia?"

"Por enquanto, não."

Pouco depois, Gina foi sugerir a Hermione que fizessem uma pequena comemoração, só entre eles, da morte do basilisco. Eles podiam abrir umas cervejas amanteigadas, dançar um pouco. E deviam se arrumar para a ocasião. Só para fazer algo um pouco diferente. Com isso, conseguiu levar a amiga para o quarto para pôr seu plano em execução.

Enquanto as garotas estavam se arrumando, Harry conversou com Rony.

"Pô, por que você teve tanta pressa de ir pro banho hoje de manhã? "Harry sabia qual era o verdadeiro motivo, mas quis testar as reações do amigo.

"Nossa, mas por que você vem com essa história agora? Sei lá? 'Tava suado, encalorado."

"Não foi para ir logo para junto de uma certa garota que tinha ficado pesquisando?"

"Qual é, hein?"

"Ah, Rony, nós somos amigos há um tempão. Por que você não confessa logo que não pensa na Hermione só como amiga?"

"De onde você tirou essa idéia? Eu me preocupo com ela, como me preocupo com você também, só isso."

"Sei. E é por isso que fica morto de ciúmes cada vez que o nome de Vitor Krum é mencionado. Ou que fica vermelho, quando os gêmeos o provocam, dizendo que ela é namorada de quem quer que seja. Admite logo, que vai ser melhor para você e acho até que pra ela também."

"Como assim?"

"Por que eu acho que ela bem que 'tá a fim de você."

"E se ela não 'tiver? Ah, não sei, Harry. Eu gosto de estar com ela, acho ela uma garota bonita, legal, inteligente. Ela me dá um eixo. Se eu gostaria de dar uns beijos nela? Gostaria. Beijo e outras coisas mais, mas tenho medo. E se ela ficar zangada? E se a gente perder a intimidade que a gente tem? Se eu não puder continuar a ter com ela o que já tenho, vai ser muito chato. Não sei se uns beijinhos compensam."

"Ah! Compensam, sim. Principalmente porque não creio que ela vá se afastar de você. Só se você pisar muito na bola."

"E desde quando você é tão entendido em beijos e garotas assim? Será que aqueles a experiência cheia de lágrimas com a Cho foi assim tão esclarecedora?"

Harry ficou vermelho, mas disfarçou. "Não foi má. E me deixou ligeiramente menos patético com as garotas."

"Tem certeza de que está mesmo menos patético? "

"O tema da conversa é você. Vem cá, vem dar um trato. Faz o feitiço de barbear direito. Passa aquela poção que a Gina me deu, que deixa a pele macia e cheirosa e chama ela para dançar. No meio da dança você vai aproximando o rosto do dela aos poucos e sente a reação. Tenta pelo menos isso."

Rony resolveu seguir os conselhos do amigo. Colocando as coisas nesses termos, não havia mesmo nada a perder. Harry achava, por sua vez, que essa proximidade seria suficiente para o batom fazer a sua parte.

E não deu outra. Gina conseguiu convencer Hermione a passar o batom, Rony convidou-a para dançar e logo os dois estavam aos beijos. Gina e Harry discretamente foram para a cozinha e, sob o pretexto de deixarem os amigos à vontade, ficaram eles próprios sozinhos.

No dia seguinte, à mesa do café da manhã, Gui colocou-os a par das reuniões da Ordem. A reunião da véspera tinha sido marcada para discutir o que fazer com as informações de Pettigrew. A morte do basilisco tirara um pouco o seu caráter de urgência, mas como já estava marcada, foi mantida. Era preciso investigar se realmente havia mais basiliscos e onde poderiam estar sendo criados. Só um ofidioglota poderia cuidar deles, mas era improvável que Voldemort cuidasse disso sozinho, pois era trabalho braçal, coisa que ele consideraria indigna dele e que tomaria o seu tempo, necessário para o comando de suas forças.

Estúrgio, que passara a observar Monstro mais de perto depois da conversa que tivera com Harry, disse que o vira uma vez falando algo parecido com silvos. Snape, que era bom em Legilimência conseguiu descobrir que realmente o elfo parecia saber alguma coisa sobre cobras, parecia estar cuidando de algumas em algum compartimento secreto da casa do Largo Grimmauld. O elfo tentara fugir dos membros da Ordem, mas acabou caindo do sótão e morrendo.

A morte de Monstro não deixara de ser um alívio, pois agora ele não poderia mais trair os segredos da Ordem, se ainda não o tivesse feito. Mas agora ficara a questão. Que segredos a casa guardava? Por que Narcisa Malfoy queria tanto ficar com ela? Os membros da Ordem que teriam mais dificuldades de levar a cabo missões entre os bruxos, como Remo e Estúrgio, ficaram encarregados de vasculhar a casa e tentar encontrar a entrada para o compartimento secreto.

"Quer dizer que o Monstro era ofidioglota?"

"Tudo indica que sim. Os Black são descendentes de Morgause Slytherin, irmã de Salazar Slytherin e houve no passado um ou outro ofidioglota na família. No século dezessete, Anacleto Black conseguiu ensinar a língua de cobra ao seu elfo doméstico, de modo a que ele pudesse criar de sua criação. Desde então os elfos da família têm sido ofidioglotas, passando de uma geração para outra essa capacidade."

"Como assim? Eles herdaram ou aprenderam a ofidioglossia? "perguntou Harry. "Eu nunca tive que aprender língua de cobra, mas o Rony me disse que falá-la era algo muito raro e mal visto entre os bruxos."

"A ofidioglossia funciona de modo diferente entre elfos e bruxos. 0s bruxos ou têm uma raríssima habilidade natural de falar com as cobras, e não precisam aprender nada para isso, ou não a têm e não podem adquiri-la. Os elfos precisam ter sim uma certa capacidade natural, mas que é relativamente comum entre eles, mas também é necessário, a partir dessa capacidade natural, aprender a língua, como se aprende qualquer língua humana ou de outros seres. Portanto é possível, e mesmo provável, que o Monstro seja ofidioglota."

"Quem sabe é preciso falar língua de cobra para entrar no tal compartimento secreto da casa? "perguntou Hermione.

"Claro "disse Harry, num tom de quem subitamente alcança a compreensão "Para entrar na Câmara Secreta de Hogwarts era preciso usar língua de cobra. Isso faria todo o sentido, numa casa cheia de objetos em forma de serpente como aquela."

"Gente, acho que vocês talvez tenham razão. Harry, você se importaria de ir comigo hoje à noite ao Largo Grimmauld? Agora tenho que ir para o Gringotes. Vejo vocês mais tarde."

"Acho que poderíamos ir todos para lá."

Depois da partida de Gui, os amigos ainda trocaram idéias sobre o Largo Grimmauld, Monstro e cobras, mas não havia mais muito a falar e Harry e Gina logo quiseram jogar quadribol. Rony, porém, preferiu curtir a sua nova namorada e ficou com ela.

"Pô, espero que você não fique distraído do jeito que estava ontem. Quero dizer, a gente tem tempo para dar uns amassos depois. Agora eu realmente queria treinar. Não quero abrir mão de fazer parte do time."

"Sinceramente, amor? Não tem pra ninguém. Você é ótima. Na verdade, nem precisaria treinar. "

"Treinar é divertido."

"Com certeza. Gina, até quando você acha que eu preciso disfarçar o que sinto por você frente às outras pessoas? Sinto dificuldade em controlar o meu olhar, as minhas mãos e tudo o mais. Quero andar de mãos dadas, de braços dados, quero te comer com os olhos."

"Quanto mais a gente conseguir se segurar, melhor. Pensando bem, pro Rony e a Hermione, até que a gente podia contar logo. "

"Também acho. Não me sinto bem escondendo isso dos meus melhores amigos. Além do mais, ficaria bem mais fácil pra todos nós, já que ficamos juntos o dia inteiro. E eles estão tão preocupados com o namoro deles, que achariam ótimo a gente também namorar. Isso dá mais espaço para eles. "

"É , mas não pra mamãe. Além de me encher o saco, ela vai morrer de preocupação de largar dois casais adolescentes sozinhos por aqui o dia inteiro. E aí vai dar um jeito de ficar no nosso pé."

"E o Gui?'

"Sinceramente, não sei. Ele é legal, mas tenho medo que resolva dar uma de irmão mais velho responsável pelos pirralhos. Se bem que esse não é muito o estilo dele, não. O Percy seria bem pior. Ou os gêmeos, que adorariam encher o saco de todo o mundo."

"É, mas os gêmeos, deixa comigo. Eles zoam muito mais com você e o Rony, que são irmãos deles. Eu, afinal, fui o financiador da loja deles, então, eles respeitam mais."

"Tomara que você tenha razão, porque de qualquer modo, mais dia menos dia eles saberão."

"Chega, né, senhora artilheira. Não adianta muito jogar contra mim, porque realmente não defendo nada. Além do mais, ainda estou meio invocado com esse negócio das cobras. Vamos descer?"

Harry já estava com saudade de tocar na namorada. "Vem cá, vem, que já faz muito tempo que não encosto em você."

E os dois ficaram um pouco se beijando e se tocando e se olhando, maravilhados pela profundidade do sentimento que brotava. Entraram na casa abraçados, o que não passou despercebido de Hermione, que estava de frente para a porta."

"Ei, olha só, Rony. Parece que não somos o único casal por aqui."

"Gina, finalmente você arranjou um namorado que presta! E você não perdeu tempo, hein, Harry?"

"Rony, vai te catar. Desde quando lhe dei essas liberdades?" Gina resmungou.

"Rony, vou propor algo, mas não me leve a mal. Eu e a Gina conversamos e achamos melhor não contar para a sua mãe que somos dois casais agora. "

"Claro, cara. Se ela souber, vai se instalar aqui. Mas não se esqueça que eu sou um dos irmãos mais velhos, pronto a defender a honra da irmãzinha."

"Rony, eu já mandei você ir se catar? Eu já tive o maior trabalho de explicar pro Harry que eu sei me defender e você está estragando tudo."

"Como assim? Por que você teve que explicar isso?'

"Gente, francamente, acho que a gente devia parar de bobeira e pensar um pouco mais sobre a questão das cobras e do Monstro. "Hermione, como sempre, tentava dar importância ao que realmente devia ser cuidado.

"Não sei muito o que poderíamos discutir, Hermione. É claro que gostaria que vocês estivessem comigo no Largo Grimmauld, até porque voltar àquela casa deve ser algo meio deprimente, mas ao fim e ao cabo, quem vai ter que experimentar falar com aquelas cobras sou eu, né? Ou algum de vocês virou ofidioglota? "Harry disse mal-humorado."

"Mas a gente pode especular um pouco sobre onde poderia estar esse compartimento secreto e onde poderia ser a sua entrada."

"Bem, há aqueles Feitiços Adesivo Permanente atrás do quadro da Sr. Black e da tapeçaria. Talvez escondam alguma passagem secreta "disse Gina.

"É mas se a passagem está escondida pelos quadros, é possível que não esteja sendo utilizada. Tenho uma outra idéia. Lembram do vampiro que estava no banheiro do segundo andar? Vampiros costumam ficar no sótão, como o lá de casa "disse Rony.

"Você está sugerindo que a entrada talvez seja no sótão e que, por causa dela o vampiro não está mais por lá?"

"É uma idéia. Lembram que quando o Monstro sumiu, no Natal passado, acabamos pensando que ele estivesse escondido no sótão? O canto dele era na cozinha, bem longe do sótão. Por que estaria por lá?

Logo depois do jantar, foram todos com Molly para o Largo Grimmauld. A hipótese de Rony se mostrou acertada. Realmente havia um compartimento secreto ao qual Harry conseguiu acesso falando em língua de cobra com a maçaneta da porta do sótão. O compartimento, porém era bem alto. As cobras estavam trinta metros abaixo da entrada e ninguém se atreveria a descer para matá-las. Afinal eram basiliscos, mesmo que muito pequenos ainda. Inundá-lo de veneno era perigoso, pois contaminaria o solo. Explodi-lo era arriscado, pois alguma cobra poderia sobreviver e aí estaria livre e solta no mundo. Provavelmente havia outra entrada, por onde as cobras seriam soltas quando chegasse a hora, mas os membros da Ordem não conseguiram encontrá-la. Talvez houvesse caminhos subterrâneos que levassem à casa de outro Comensal.

Harry desistiu de procurar outra entrada, depois de tentar com várias maçanetas e até candelabros e voltaram todos para casa um tanto cansados.

Nos dias que se seguiram, Gui, Molly e Remo os mantiveram informados sobre a situação. A Ordem procurava descobrir um modo de matar todos aqueles basiliscos sem trazer mais perigo a ninguém. Tinham que resolver logo a situação, não apenas porque em alguns meses os basiliscos teriam alcançado o tamanho para serem usados por Voldemort em seu plano, como porque havia uma grande chance de Narcisa ficar com a casa num prazo ainda mais curto. Não poderiam entregar a casa a ela, sem darem cabo dos basiliscos antes. Pelo menos, pelas informações que tinham, parecia que os Comensais não sabiam que os basiliscos já tinham sido descobertos. No entanto não chegava a ser uma gangria desatada. dava para eles pequisarem a melhor forma de fazer isso, sem colocar ninguém em risco desnecessário. Pelo menos é o que pensaram

Uma semana depois desses acontecimentos, um dia Gui chegou para eles com ar grave e disse que precisava ter uma conversa muito séria com os quatro depois do jantar, mas que não comentassem com Molly. Os adolescentes ficaram intrigados: o que estaria acontecendo? Assim que Molly foi embora, Gui disse:

"Bem, agora me digam se sabem alguma coisa acerca de métodos adequados de contracepção.

Os quatro enrubesceram e se entreolharam em pânico. Rony achou que a melhor tática era se fazer de desentendido e fingir que a preocupação do irmão só se ligava à idade deles e não à situação concreta que viviam: "Gui, você resolveu agora abrir uma classe de educação sexual? Que é, está pensando em mudar de profissão? Poderia talvez chamar mais um colegas, a Luna, o Dino..."

"Não se faça de bobo. Você sabe muito bem porque estou puxando esse assunto. Do jeito que você e Harry olham para Hermione e Gina, eu só espero que não seja tarde demais. Agora respondam à minha pergunta."

Harry gostaria que se abrisse um buraco debaixo dele que o engolisse. "Gui, você acha que eu e sua irmã estamos tendo sexo? Você não confia em nós?"

"Não, nem um pouco. Também já tive dezesseis anos e sei muito bem como é. A gente acha que nada vai acontecer conosco e quando vê, já aconteceu. Mas pelo menos, pela sua reação, presumo que não seja tarde demais. Não quero sobrinhos antes da hora. Afinal, como primogênito, é minha prerrogativa dar os primeiros netos à mamãe e tê-la cuidando só dos meus filhos, sem ter que compartilhá-la com ninguém."

Todos riram e Gui explicou as principais alternativas entre feitiços e poções contraceptivos. Harry não sabia quanto aos outros, mas ficou muito contente com a lição. Primeiro porque realmente era bastante ignorante sobre o assunto, tanto do ponto de vista trouxa, como do bruxo. Segundo, porque isso significava que Gui estava até mais à vontade com a idéia da irmã dele fazendo amor com Harry do que o próprio Harry, que ainda não se sentia pronto para dar este passo. É claro que até o fim das férias as coisas ainda avançaram um tanto nesse aspecto.