Olá

Esta é a primeira fic que escrevo,é sobre oSevero Snape e alguns personagens que criei...espero que leiam e que gostem... postem reviews, mandem emails, ok?

Beijão!

Ma Black


Cap. 01 – Recomeçar
Novembro de 1981.

Era final do outono e como sempre, fazia frio e garoava naquela tarde. Um vulto parecia vagar por entre as várias árvores e lápides que existiam naquele cemitério. Procurando por todas a lápides, uma a uma, e segurando alguns ramos de margaridas o vulto pára à frente daquilo que estava procurando.

"Finalmente..." – pensou.

A capa escura protegia do frio e da garoa uma jovem aparentando ter uns 20 anos, possuía uma feição delicada, apesar de ter um semblante triste. Seus olhos vermelhos de tanto chorar escondiam a cor esverdeada que eles possuíam.

Tirando o capuz que a cobria não se importando mais com a garoa, que agora estava um pouco mais forte e molhava seus cabelos anelados cor de mel, a jovem abaixou-se, distribuiu o ramalhete que trouxera sobre a lápide que estava à sua frente e na lápide vizinha. Ainda não conseguia acreditar como tudo havia acontecido e terminado:

"LÍLIAN E. POTTER (1960 – 1981)" e "TIAGO POTTER (1960 – 1981)"

– Lilly... – disse chorando, olhando a lápide da amiga – por que tinha que ser assim? Vocês mortos... Pedro morto... Remo desaparecido... e Sirius... Sirius em Azkaban... Eu sei que ele nunca entregaria vocês ao Voldemort, mas todas as evidências estão contra ele. Eu não consigo entender como aconteceu. Eu não sei o que fazer...

– Sair dessa chuva seria um bom começo... – disse uma voz tão fria quanto à chuva que caía.

A jovem virou-se para o dono da voz.

– Severo! – disse surpresa, enxugando suas lágrimas, olhando para o rapaz diante dela.

– Como vai, Alyssa? – disse Severo Snape, um rapaz que era alguns anos mais velho que Alyssa. Ele possuía um ar misterioso e sombrio.

– O que veio fazer aqui! Veio ver com seus próprios olhos que "seu mestre" conseguiu o que queria antes de evaporar? – disse com ódio.

– Não diga bobagens. – respondeu tranqüilamente.

– Eles não mereciam isso! E a culpa é de vocês! Eu sei que você há tempos está do lado dele! – Alyssa não media as palavras.

– Ora – respondeu Snape mantendo a tranqüilidade – o que eu tenho escutado é que aquele seu namorado foi quem entregou os próprios amigos e ainda matou Pettigrew e mais 12 trouxas e que ele era o fiel espião do Lord Voldemort.

– Me deixa sozinha! – Alyssa levantou-se, mas sentiu o chão rodar, ia cair quando Snape segurou-a.

– Venha, vamos sair dessa chuva, senão irá acabar se resfriando. – disse Snape apoiando-a.

– Eu estou bem. – disse soltando-se de Snape. Mas sentiu-se tonta novamente.

– Não é o que parece – disse segurando-a outra vez – Vamos aparatar daqui.

– Não. Eu já disse que estou bem.

– Não seja teimosa Alyssa. Vamos. – insistiu o rapaz.

– Eu... eu não posso Severo... – disse olhando para ele.

– E por que não! Não passou nos testes? – disse usando um tom de deboche.

– Passei... é que eu estou grávida. – respondeu quase num sussurro

Snape abriu e fechou a boca, ficou mudo e sem reação.

– Pode ir. Eu já estou bem. – continuou Alyssa.

– Você... está... grávida! – disse Snape tentando entender a notícia – Do Black? – concluindo.

– E de quem mais! – respondeu Alyssa um pouco indignada.

– Vem Alyssa, vamos sair dessa chuva. – falou puxando-a pelo braço, agora a chuva engrossara de vez.

Os dois se dirigiram apressadamente à um bar que havia ali perto. Sentaram-se numa mesa ao fundo do salão.

– O que vão querer? – perguntou a garçonete enquanto os dois se acomodavam.

– Chàpor favor. – disse Alyssa.

– O mesmo para mim. – disse Snape.

– Só um minuto. – disse a garçonete retirando-se.

Os dois estavam mudos até que Snape perguntou:

– Black soube?

– Não... Não consegui contar à ele – disse Alyssa mexendo no açucareiro de cabeça baixa – Soube há dois dias atrás.

– E alguém mais soube? – continuou o interrogatório.

– Por que o interesse? – respondeu Alyssa erguendo a cabeça e encarando Snape.

A garçonete voltou com o bule de chá para os dois.

– Aqui está. – disse a garçonete.

– Obrigada. – respondeu Alyssa virando-se para a garçonete.

Snape esperou a garçonete servi-los e retirar-se para responder:

– Alyssa, eu quero ajudar. Soube que seus pais também morreram...

– Soube é? É engraçado como várias pessoas que não eram partidárias de Voldemort morreram nos últimos tempos não? – respondeu ela meio sarcástica.

– Eu fiquei sabendo que foi um acidente... – disse Snape um tanto indignado.

– Sim, um acidente que ninguém tem explicação para a causa dele...

– Por que não pergunta ao seu namorado? Creio que ele poderá responder. – respondeu o rapaz começando a ficar irritado.

– Sirius estava comigo no dia do "acidente". Ele nunca foi um seguidor de Voldemort!

– Eu não teria tanta certeza... afinal, Lord Voldemort possuía seguidores que não se mostravam e esses eram os mais leais à ele. Isso está mais do que claro, afinal, quem iria imaginar que Black seria um deles e entregaria os próprios amigos.

– Eu vou embora. Já estou melhor. – disse ela levantando-se. Mas Snape segurou-a pelo braço.

– Espere, ainda não conversamos. Sente-se. – insistiu Snape, fazendo-a sentar-se novamente.

– Eu não tenho nada para conversar com você. – disse encarando-o

– Como eu disse, eu gostaria de ajudá-la. – falou o rapaz não se importando com a resposta da garota.

– Não preciso de ajuda. Eu sei me cuidar. – respondeu Alyssa.

– Você está sozinha. – ponderou Snape.

– Engano seu. Eu não estou mais sozinha, Severo. – falou Alyssa com um brilho no olhar.

– Seja racional pelo menos agora! – disse Snape sério – Como essa criança vai crescer sabendo que o pai é um assassino condenado em Azkaban? Você acha que ela vai conseguir conviver no nosso mundo?

– Ninguém precisa saber. – rebateu Alyssa.

– E o que você vai responder quando te perguntarem? A coruja deixou na sua porta? – disse num tom irônico.

– Acho que isso não é da sua conta! – Alyssa estava começando a ficar irritada.

– Venha morar comigo. Eu cuido de você e dessa criança. – disse Snape sério.

– O QUÊ! – disse ela espantada com a proposta.

– Fale baixo... – pediu Snape.

– Você enlouqueceu! – continuou a garota, moderando o tom da voz. – Você não esqueceu que o filho que estou esperando é do Sirius? Você não o suportava e agora quer cuidar do filho dele!

– Eu estou fazendo isso por você. – rebateu o rapaz.

– Eu já disse que não preciso de ninguém. O que deu em você? Por que ficou bonzinho de repente? Eu não preciso da sua ajuda para cuidar do meu filho.

– Alyssa, ter um filho sozinha no nosso mundo já é um problema, agora ter um filho sozinha, sendo que o pai é um assassino, é muito pior... Você vai querer isso para o seu filho? – argumentou Snape.

– Não... – respondeu Alyssa, analisando tudo que ele havia falado.

– Então, é preferível ter uma família arranjada ao invés de não ter nenhuma. Assim não terá problemas com o falatório.

– Eu não ligo para isso...

– Deixe de ser teimosa. Escute, eu conversei com Dumbledore, vou começar a dar aulas de Poções em Hogwarts. Podemos morar em Hogsmeade. Nada que chame muita atenção, mas não deixarei que falte nada à você e ao bebê.

– Que proposta mais absurda eu estou ouvindo...

– Não é absurda. É uma proposta de um amigo... e vejo que não lhe sobrou muitos...

Alyssa suspirou pensativa e apenas respondeu:

– Eu preciso pensar Severo...

– Está bem. Amanhã irei à sua casa buscar as suas coisas.

– Mas eu não decidi ainda. E também não estou morando mais lá.

– Onde você está morando então?

– Em Londres, num bairro trouxa.

– Pois bem, me dê o endereço.