Capítulo IV – Descobrindo Sentimentos
Potter, eu sei que foi nojento, mas não precisa fazer tanta pirraça! – Draco se assentou cruzando os braços com raiva. Percebeu que Harry continuava gritando e descruzou os braços. – Potter! – resolveu ver o que o garoto tinha e se assustou ao ver Harry se debater gritando com o pulso totalmente ensanguentado.
Desceu rapidamente da cama e foi correndo até Harry, que não parava de gritar.
Calma, eu vou te ajudar!
Draco tremia enquanto pegava o desesperado Harry e o colocava na cama. Draco olhou desesperado para todos os lados procurando uma saída e encontrou, no alto da parede um aquecedor e refrigerador de ar. Os gritos de Harry pareciam estardalhaçar seu coração. Draco puxou um velho baú que estava a um canto perto da cama e colocou sob o aquecedor. Subiu no baú e puxou o aquecedor com a maior força que tinha, se desesperando com os gritos de Harry. Uma arrancada fez Draco cair para trás com o aquecedor na mão. Mais que depressa ele voltou a subir, se agarrou no suporte para cortina, que quase o levou ao chão denovo, mas ele levantou as pernas e chutou as finas grades, pulando para fora. Caiu e se ajoelhou, voltando a se levantar e a correr para a cabana a procura de alguém. Não precisou se esforçar. Rastyn andava tranquilamente pelo corredor quando foi surpreendido por Draco.
Jaeh!
Malfoy? O que está fazendo sem...
Não interessa! Potter caiu em cima de um caco de vidro e cortou o pulso lá na casa da piscina!
O quê? Chame logo Osdreeck na ala hospitalar. Eu vou ver o Potter.
Draco e Rastyn sairam correndo em direções opostas. Não demorou muito, e Draco e Osdreeck se juntaram a Jaeh, que havia feito um feitiço anestesiante em Harry. Osdreeck era um homem com uns trinta anos. Tinha a pele branca e os cabelos pretos e lisos. Eram curtos e ele os penteava de lado. Seus olhos verdes ganharam um ar muito preocupado ao ver o estado de Harry. Ele trazia consigo uma maleta. Draco percebeu que Harry não respirava. Seu coração também não tinha batimentos.
Por Merlin, Rastyn, o que houve?
Ele caiu em cima de cacos de vidro. Eu apliquei o Colactus nele.
Então temos que ser rápidos antes que ele recupere os sentidos.
Osdreeck abriu a maleta e tirou uns frascos de lá. Pingou algumas gotas de algumas poções, fez alguns feitiços, pingou mais poções... Draco resolveu se vestir, mas logo voltara. Observava de longe. Já estava complicado demais sem ele atrapalhar. Uns vinte minutos depois, Draco percebeu que Harry voltara a respirar. Rastyn e Osdreeck agora enfaixavam o pulso de Harry. Depois, colocaram algo azul, que prendia bem o pulso no lugar. Rastyn se levantou e encarou Draco. Osdreeck também havia se levantado.
Se precisar de mim...
Obrigado, amigo. Você já fez muito por hoje.
Rastyn foi até Draco.
Malfoy...
Já sei.
O que você fazia de sunga aqui?
Granger roubou minhas roupas enquanto eu nadava. Eu não podia ir pra cabana naquela ventania todo molhado e sem roupas. Então eu entrei aqui, mas eu não sabia que a porta não abria por dentro. Então eu me tranquei aqui. Foi então que eu vi o Potter.
O que ele fazia aqui?
Ele estava atrás do balcão, abaixado. Ele ouviu a porta se trancar e foi ver. Ele não tinha nada a ver com isso. Tinha deixado a porta escorada. Brigou comigo porque eu tranquei a gente aqui.
Vocês durmiram juntos?
Não... eu dormi enrolado no edredon. No chão! E o Potter durmiu na cama.
Então porque o Potter estava com o edredon enrolado nele?
Fiquei com medo que a temperatura dele caísse.
O que me intriga agora são só os cacos de vidro. Sabe me esplicar?
Ah, foi minha culpa. Eu ia beber vinho, mas aí eu tomei um tombo naquele canto e o copo se espatifou.
Rastyn fez uma cara desconfiada.
Obrigado... você agiu rápido e evitou a morte dele. Pode ir agora. Eu vou levá-lo para o quarto dele.
Draco concordou com a cabeça e saiu de lá. Foi andando com as mãos ao bolso até ser surpreendido por Hermione, que o segurou pela gola da camisa e apontou o pulso para o rosto dele, seguida por Jeremy.
O que fez com o Harry?
Deixa ele comigo, Jeremy. Anda, Malfoy! Responde! Ou quer perder o nariz primeiro.
Draco parecia super relaxado. As mãos continuavam nos bolsos. Ele encarou o garoto atrás de Hermione, que se escondeu atrás dela. Draco sorriu e encarou a garota.
Vai me dizer por bem ou por mal?
Se eu fosse você eu me soltava, sua sangue-ruim idiota!
Sangue o quê?
Vá lá, Granger. Explica pro seu amiguinho o que você é.
Mione...
Cale a boca, Malfoy! – ela resolveu soltá-lo. – se eu souber que você machucou o Harry, você vai se arrepender.
Hermione saiu com pressa com Jeremy ao seu lado.
O que ele disse sobre você?
Nada. Ele inventou isso.
Porque?
É que... nossas famílias são rivais. É isso.
É por isso que você odeia tanto ele?
Não. Ele fez coisas terríveis.
Os dois se assentaram no gramado.
Eu só tenho medo do que ele possa ter feito com o Harry.
Você tem certeza que ele sumiu?
Tenho. Ele não jantou ontem, nem durmiu no quarto... não tomou café esta manhã também.
Jeremy abaixou a cabeça. Estava sentado muito perto de Hermione. Hermione se assustou quando a mão de Jeremy repousou em seu ombro. Olhou para ele, mas o sorriso infantil e confortador que o garoto lhe lançoiu a fez relaxar. Talvez ela gostasse dele, mas no momento, só conseguia pensar em Harry.
Draco estava deitado em sua cama. Ele dormia no segundo quarto da esquerda, mais exatamente na parte de cima de uma beliche. Estava penando no que acontecera com Harry, antes que ele caisse. Todo o corpo de Draco se arrepiou naquele momento. Ele se sentiu totalmente anestesiado. Todo o seu corpo formigava, mas acabou. Resolveu que não ficaria ali daquele jeito. Ele precisava daquilo. Precisava de mais. E tinha que ser agora. Desceu da cama com um pulo e se dirigiu ao primeiro quarto. Descobriu que Harry estava no quarto ao lado do dele, o terceiro da esquerda. O garoto dormia em uma cama da parte de baixo da beliche. Draco trancou a porta e se assentou ao lado de Harry. Ele mesmo não sabe quanto tempo ficou ali, olhando para o rosto de Harry, tão sereno e macio. As faces rosadas e a boca, que tanto lhe causava tentações, molhada. O pequeno ponteiro do relógio deu algumas voltas, até que os olhos de Harry se abrissem. Ele encarou Draco, que o olhava nervoso. Esfregou os olhos e voltou a encarar o loiro.
Onde estão meus óculos?
Sua voz saiu fraca e rouca. Draco pegou um óculos que estava em uma estante, no fundo do quarto e voltou ao lado de Harry.
Se sente melhor?
Harry levantou o braço direito, que tinha o pulso enfaixado e olhou.
Melhor, eu acho.
Você se lembra do que aconteceu?
Claro. Foi uma dor que eu nunca senti. Eu achei que estava morrendo. Aí eu não lembro de mais nada, até acordar aqui.
Você tem que se recuperar. Sua namoradinha acha que fui eu que fiz algo com você.
Além de me trancar uma noite inteira naquela casa? Não, você não fez nada.
E se eu fosse você tomava cuidado. Ela tá te traindo com o bonitinho.
E você está com ciúmes. Porque não tenta roubar ele dela.
Não preciso de mais aventuras na minha vida, Potter.
Você tem medo dele te rejeitar?
Ninguém me rejeita, Potter. O dia em que alguém recusar um de meus beijos, eu estarei devendo tudo que eu sou e tudo que eu tenho a esta pessoa. Você duvida?
Já disse que vindo de você, eu não duvido de nada. Na verdade eu tenho medo de você.
Medo? Porque?
Ainda pergunta? Você matou o próprio pai.
Ele mereceu.
Me diz, porque?
Você nem imagina o que ele me fez.
Dá só um exemplo.
Draco abaixou a cabeça e fez uma cara muito nervosa.
Quando eu tinha oito anos... ele matou minha mãe. E na minha frente.
Mas eu vi sua mãe na copa mundial...
Aquela não era minha mãe. Era uma das amantes dele que ele obrigou a beber a poção Polissuco. Além do mais... ele me batia todos os dias.
Malfoy... eu não sabia.
Harry viu de relance uma lágrima escorrer em seus olhos. A pena que Harry sentiu daquele garoto naquele momento foi incomparável. Ele se assentou, se escorando no braço bom. Draco o encarou. Harry levou a mão ruim até a lágrima que havia escorrido. Alisou os cabelos de Draco e os rostos foram se aproximando. O braço de Harry tremeu e ele caiu, mas não na cama, e sim nos braços de Draco, que o sentou novamente e puxou para o tão esperado beijo. Harry tentou empurrar Draco no início, mas sem aplicar nem um pouco de sua força, até enroscar os dois braços no pescoço de Draco. Draco foi caindo para cima de Harry, deitando-se junto a ele.Draco se deitou ao lado de Harry, para não machucar mais o seu braço. Os lábios se separaram e Harry deu um leve soco, ainda sem nenhuma força no peito de Draco.
Eu tento te consolar e você faz isso?
Aquilo foi consolar? Por Deus! Eu encarei como um pedido de casamento!
O que você disso sobre trouxas, "sangues-ruim" e Grifinórios?
Você está doente, merece uma oportunidade.
Vá embora, Malfoy!
Eu não posso ir. Você está me segurando!
Harry olhou para a mão esquerda, que segurava a gola da camisa de Draco.
Ótimo! Fique! Mas se tentar me beijar denovo eu...
Ele nem viu o que tinha acontecido, só sabe que sua boca foi calada pelos lábios de Draco, que o beijou rapidamente, fazendo com que o garoto se entregasse totalmente. Harry agora puxava a camisa de Draco, grudando ainda mais seus corpos. Após alguns minutos, Harry empurrou Draco novamente.
Qual é o seu problema, hein?
Se não reparou, você estava me puxando!
Você me atacou denovo! É por isso que não se deve confiar em você!
Você me beijou esta manhã.
Oh, vamos considerar isso. Vejamos, eu achei que tinha bebido todos os copos de alcool que existe na Inglaterra, tinha acabado de acordar e estava FORA DE MIM!
Não foi o que me pareceu.
Quer saber, faça o que quiser, Malfoy. Eu não tô nem aí!
Harry se virou para a parede, mas logo após, sentiu o braço de Draco por cima de seu corpo, deslizando como uma cobra.
Tome cuidado com este braço, Potter. – ele segurou suavemente a mão de Harry. – pode machuca mais.
Harry deu um profundo suspiro e se arrepiou todo ao sentir o rosto de Draco sobre o seu.
Porque você está fazendo isso?
Porque eu te odeio? – Draco começou a beijar o pescoço de Harry.
Acho que eu devia ter pensado nisso. Você está me usando?
Não sei. Talvez. Ou talvez eu me preocupe com você e não queira você doente e triste.
Harry fechou os olhos e segurou draco pela nuca, deixando-o explorar todo o seu pescoço.
Alguem batia à porta. Harry acordou assustado. O corpo de Draco protegia o seu. Harry se virou e o empurrou da cama, fazendo o garoto soltar um leve ai ao bater a cabeça.
Achei que tinha lhe mandado embora!
Escuta aqui, eu não costumo receber ordens de ninguém a muitos anos, sabia?
Então se esconde, porque se você não ouviu alguém está batendo na porta.
Com um só movimento, Draco se enfiou para debaixo da cama. Harry se levantou devagar. Abriu a porta e olhou para o lado, porque Hermione já estava se dirigindo para fora do castelo quando ouviu o barulho da porta. Ela olhou para trás e viu Harry aparecer.
Harry! – Harry sorriu ao ver a amiga correr até ele. – Você está bem.
Nem tanto...
Hermione olhou para o braço que Harry levantou e se assustou.
Por Merlin, Harry! O que houve?
Caí em cima de cacos de vidro esta manhã.
Aposto que foi culpa do Malfoy!
Até que não.
Onde você passou a noite?
Por sua causa trancado na casa da piscina.
Minha causa? – Hermione se assentou na cama em frente à de Harry, onde ele tinha se sentado também.
Você roubou as roupas do Malfoy. Confesso que eu gostei, mas aquele idiota resolveu se esconder na casa da piscina, onde eu estava, e trancou a porta.
Puxa, me desculpe, Harry. Eu não sabia que o besta do Malfoy não tinha prestado atenção no Jaeh. Mas como vocês sairam de lá.
Não sei. Eu cortei o pulso lá e não vi mais nada. De quem foi a ótima idéia de roubar as roupas do Malfoy?
Do Jeremy. Eu contei a ele algumas coisas que o Malfoy fez com a gente e ele resolveu me ajudar.
Legal. Estou com fome.
Podemos ir até a cozinha. Já é uma da tarde, mas lá tem coisas muito boas. O Jeremy me convenceu a fazer um pick-nick ontem. Você tinha que estar lá. Foi muito legal. Você quer ir comer alguma coisa?
Tudo bem.
Harry saiu do quarto junto a Hermione, lançando um olhar para o chão para ver se alguma parte de Draco aparecera. Por sorte havia uma sombra ali que não deixava ninguém ver nada.
Onde é a cozinha?
Virando neste corredor, mas ninguém pode nos ver, porque senão vão nos dar uma pequena detenção. Dizem que todos vão querer fazer isso se nos virem fazer.
Hermione ria enquanto olhavam de um lado para o outro e entravam por uma porta, onde tinha uma grande cozinha, com fogões, algumas geladeiras e alguns armários que pareciam mesas paralelas no meio da coozinha.
Bem, Harry, sirva-se.
N/A: Olá, queridos! Mais um capítulo pra vocês, amores! Espero que tenham gostado. Tô sem inspiração hoje, ceis intendi, né? Mas eu peço que todos postem review, nem que seja pra dizer "que legal" ou "eu li" ou até mesmo um "essa é a pior bosta que possa existir". Por favor, vai. Só umzinho...
Ana Bya Potter: Eu não vou deixar de escrever, mas só se você não deixar de revisar, ok?
Bru Black: Fia, ce num precisa ter inspiração pra postar review pra mim, não. É só escrever oi e tchau que tá bom, e não se atreva a me deixar sem review, ok?
SafirA-StaR: Brigadão, continue a mandar seus reviews, ok? E nem se atreva a se arrepiar por causa do Draco, Harry está de olho, viu?
Paty Black: Mande sempre reviews, please...
Mel Deep Dark: Você sacou o lance dos cacos? Que legal! Vc foi a única... Continue lendo e postando reviews.
gmvalentin: Você anda sumido, mas não importa. O importante é que vc vai me mandar um review sempre, não é?
