Capítulo VIII – A Noite Inesquecível

Harry concordou com Draco em seus pensamentos. Hermione tinha Rony e Jeremy disputando por ela. Sentiu o beijo de Draco tocar seu pescoço. Passou a mão pelos cabelos de Draco e começou a acariciá-los. Recostou sua cabeça no ombro do garoto e fechou os olhos. Draco chegou para trás e encarou Harry.

Por favor, não faz mais isso comigo. Eu realmente gosto de você. Por favor... me deixa fazer parte dos teus sonhos!

Harry se ajoelhou de frente a Draco também e passou a mão carinhosamente pelo seu rosto.

Você já faz. Eu não queria que fizesse, mas faz. Tenho sonhos com você todas as noites. E é por isso que eu fujo. Eu queria parar de fugir, mas você não sai dos meus pensamentos.

Harry segurou-se nos ombros de Draco, e devagar, foi deitando-se em cima dele. Draco começou a beijar os lábios de Harry. Draco passeava suas mãos pelas costas de Harry, que segurava o rosto de Draco. Harry beijava Draco com pressa e com saudade. Sentou-se em cima de Draco e retirou o próprio terno. Afrouxou também a gravata e voltou a beijar Draco. Um calor subiu por todo o corpo de Harry. Ele arrancou os botões da camisa de Draco, abrindo-a e passando os braços por dentro da camisa. Draco tirou sua gravata e se levantou um pouco para tirar o terno também, ficando com a camisa aberta. Ele abriu a camisa de Harry , sentou-se e começou a beijar o peito de Harry. De um intervalo a outro, ele soltava algumas palavras.

Você... tem certeza?

Não. Mas se você não parar eu não terei tempo pra te impedir.

Mas e se... você se arrepender?

Eu vou me arrepender depois, mas eu vou gostar.

Harry cravou os dedos nas costas de Draco. Draco beijava seu pescoço dando pequenos puxões. Draco levou as mãos às calças de Harry e abriu, levando abaixo logo em seguida. Recostou-se no chão e fez a mesma coisa com as próprias calças. Harry fez um impulso que o fez cair para o lado. Harry se virou de costas.

Se não for agora, não será nunca mais.

Mas e se...

Eu confio em você. Até a hora em que isso acabar, então vai.

Está bem. Se doer, você me fala.

Draco começou devagar, acelerando depois de adaptar a si mesmo e a Harry. Ele aproveitou aqueles momentos como um dos únicos e últimos de sua vida. Depois do término, eles descansaram. Harry esperou um pouco e vestiu novamente as calças. Draco fez o mesmo. Harry se virou para o lado de Draco, que o abraçou. Harry deu um profundo suspiro.

Eu tenho que ir.

Não... por favor. Fique.

É melhor que você me esqueça. Isso não poderá continuar.

Porque? Você não gostou?

Isto não vem ao caso! Eu preciso ir. Amanhã eu tenho que ir embora e preciso dormir.

Eu não me importo que durmas aqui.

Harry riu.

Tudo bem. Eu fico esta noite, mas depois você me esquece, está bem?

Eu tentarei. Mas eu nunca te esquecerei de verdade.

Harry se aconchegou nos braços de Draco e não demorou a dormir. Draco sentiu o vento bater em suas costas. Puxou um dos ternos que estavam ali perto e cobriu os dois.

A noite passou tão rapidamente, que quando os primeiros raios solares chegaram aos olhos de Harry, ele achava que tinha acabado de dormir. Assentou rapidamente, o que fez com que Draco acordasse também.

Hã? Que foi?

Já amanheceu! Temos que ir antes que os carros cheguem!

Carros? Você vai de carro? Porque não aparata?

O Jeremy vai comigo. Eu tenho que ir agora!

Harry vestiu logo a camisa e jogou o terno com a gravata nos ombros. Draco tinha vestido a camisa também. Harry já ia sair correndo quando sentiu seu braço ser segurado. Ele encarou Draco.

Me larga!
Quando nos veremos denovo?

Num impulso, Harry se livrou da mão de Draco.

Eu te avisei, me esquece! Não podemos mais nos ver. Não podemos ser amigos! Por favor, me deixe em paz!

Eu não posso te esquecer!

Isso não me importa! Eu não quero estragar a minha vida. Tenho certeza que você não quer estragar a sua!

Draco soltou o braço de Harry, que se afastou enquanto o olhava. Agora Harry conseguido. Conseguira magoar aos dois. Balançou a cabeça para esquecer tudo aquilo enquanto entrava na cabana. O quarto estava vazio quando ele entrou. Pegou as malas, já prontas de trás da cama. Sentou-se na cama e começou a pensar. Estava triste, mas conhecia Draco e com certeza se decepcionaria com ele. Harry se sentiu podre pelo que havia feito. Não deveria ter feito aquilo. Ele havia desonrado a seu nme. Mas o mais absurdo foi que ele havia gostado. Por Deus, será que Harry era gay?Ele se rendera totalmente. Mas ele não iria cair novamente. Jurou para si mesmo nunca mais fazer isso. Levantou-se com raiva de si mesmo e se dirigiu para o banheiro, onde tomou um rápido banho para se livrar do odor que emanava de seu corpo. Lembrou-se da vez em que Draco se declarara ao sair. Vestiu logo as roupas para correr ao quarto e ficar ali, sozinho. Mas não tinha jeito. Lembrou-se de Draco ao chegar no quarto também. Ficou com raiva do garoto por ele não sair de seus pensamentos, mas quando Rony entrou pelo quarto todo suado e com a camisa aberta seus pensamentos foram para longe de Draco. Rony o encarou furioso. Harry se levantou, encarando com a mesma intensidade.

Qual é o seu problema? Deixar a Hermione a noite inteira sozinha não foi uma atitude respeitável!

Harry se lembrou de Hermione. Onde ela estaria?

Cadê a Mione?

Ah! Agora existe Mione, não é? Que tipo de namorado você é?

Eu perguntei onde está a Mione, nossa vida pessoal não lhe interessa!

A Mione não quer saber de você e se eu fosse você ficava longe dela! – Rony apontando o dedo para Harry, que tentou dar um tapa na mão de Rony, mas ele tirou antes que Harry conseguisse.

Quem disse?

Eu disse! A Mione não é mais sua namorada!

É? E acredito que um grande bosta como você possa comandar a vida dela?

Quem você pensa que está chamando de bosta?

O Roniquinho da mamãe... monitorzinho.. ah, que orgulho!

Rony levantou o pulso, mas ao ver Harry fazer o mesmo ele abaixou.

Nunca mais diga isso!

O quê? O Roniquinho da mamãe tem vergonha, é?

Rony, que já estava vermelho, chegou a ficar roxo de raiva. Os punhos pareciam não caber em si de tanta vontade de encostar com força no nariz de Harry.

Sabe o que acho, Potter? – perguntou com ignorância – Estas sumidas que você dá são muito estranhas. Talvez esteja tendo aulas de ignorância com o Malfoy!
Harry pegou Rony pela gola da camisa e o encostou de costas na porta. Rony gemeu baixinho de medo ao ver o pulso de Harry apontado para seu rosto.

Atreva-se a contar a alguém e eu te mato. Eu esqueço todos os anos de amizade e juro que quebro você todo! Até onde você sabe?

Eu disse que você só pode estar tendo aulas de ignorância com ele! Não vejo motivo para me matar! Ou talvez você queira ser o novo Você-Sabe-Quem e não quer que ninguém saiba!

Harry soltou Rony dando um empurrão no garoto.

Você está realmente muito estranho. E eu estava errado. Você está ignorante demais para ter aprendido com o Malfoy.

Rony saiu quase correndo do quarto, batendo a porta ao passar. Harry passou a mão pelos cabelos. Ele tinha que se controlar. Pegou as malas e levou até o lado de fora da cabana. Olhou por toda a extensão do acampamento. As montanhas, o lago, o estábulo. Estava feliz de ir embora. Estava sendo prisioneiro de si mesmo naquele lugar. Sentiu um braço percorrer seus ombros. Hermione também olhava pelo lugar.

Foi legal enquanto durou, mas eu estou feliz em ir embora.

Me desculpe por te-la deixado sozinha na festa.

Ele te pegou denovo e você não conseguiu negar?

Como você pode saber de tudo?

Eu conheço você - Hermione sorria. – Você gosta dele!

Não! Foi só um impulso!

Agora foi, mas na hora eu duvido que tenha sido.

Eu não me lembro de ter gostado. Você está feliz. Por onde esteve toda a noite?

Por aí... Não se preocupe. Eu não estava sozinha.

Rony!
Como você pode saber de tudo?

Ele estava muito estranho esta manhã. Queria brigar comigo por ter te deixado sozinha.

Foi, é? Ele parecia estranho?

Muito. Achava que eu estava te traindo. Mione... tecnicamente... você me traiu?

Bem, tecnicamente sim. Mas você me traiu também.

Então vamos esquecer tudo isso e fingir que nada aconteceu!

Eles riram e se abraçaram.

Espero que você faça a coisa certa, Harry.

Eu também espero que você seja muito feliz, Mione.

Você acha que é bom a gente dar um tempo nessa história?

Bem, a gente poderia forjar uma briga, mas depois que a gente for embora. Malfoy ainda está em cima de mim.

Como quiser. Vamos tomar o café da manhã?

Claro, estou faminto.

Por todos os cantos dos corredores andavam garotos morrendo de dor de cabeça, ou garotas de outros acampamentos e gente com muita, mas muita raiva. Depois do café os carros começaram a chegar, uns com pessoas e outros sendo dirigidos por magia. Maioria dos bruxos foram embora aparatando. Harry iria de carro e aproveitaria para levar Jeremy. Hermione seria buscada pelos pais. Rony já havia aparatado a muito tempo e Draco seguia Harry por todos os cantos sem ser percebido. Os pais de Hermione estavam em um grande e confortável carro azul marinho. A garota correu puxando Harry pela mão quando os viu. Harry saiu tropeçando e rolando pelo gramado. O Sr. E a Sra. Granger eram boas pessoas. Jovens, bonitos e muito simpáticos, ficaram rindo até se cansarem com a história de Harry e Hermione, claro, tirando Draco da história. O senhor Granger disse com toda a sinceridade que eles não combinavam. Depois que Hermione os apresentou a Jeremy foi que eles perceberam o porque de toda a história. Jeremy não parava de olhar vermelho para arry e Hermione. Quando os seus olhos encontravam os olhares dois pais de Hermione ele começava a tossir e a olhar para outro lado. Hermione prometeu aparecer em uma semana para morar com Harry. Jeremy e Harry estavam colocando as malas no carro de Harry. Harry era o último do acampamento de bruxos. Uma voz o fez sobressaltar-se.

Precisamos conversar, Potter!

Jeremy ficou observando o jeito com que Draco e Harry se olhavam. Ficou com medo de chegar perto do loiro, então inventtou a história idiota de ir buscar mais malas.

O que você quer? Eu disse pra me esquecer!

E eu disse que não consigo!

Olha, Malfoy! Fique longe de mim! Eu não quero que você fique me seguindo por todos os lugares, não quero ter mais nada com você e não quero ser nem seu inimigo!

Eu quero saber o porque! Porque eu te afeto tanto, Potter? Porque você tem medo de mim?

Ainda pergunta, Malfoy? Olha para o seu nome! Olhe para o meu! Eu tenho que honrar o meu nome!

É por isso? Você me julga por causa da porcaria de um nome? Não seja por isso! Nos casamos e eu me torno um Potter!

Eu não me importo que você seja um homem, nem que você goste de mim e nem que mude seu nome, para Potter ou para Weasley! A gente NÃO deve ficar junto!

Mas eu não apenas gosto de você, Potter! Será que não dá pra perceber que eu te amo?

Harry se sobressaltou. Realmente, agora ele conseguira afetá-lo. Harry ficou olhando para Draco. Ele estava olhando o grande esforço que Draco tinha sobre si mesmo para dizer aquilo. Apenas aquilo. Nunca ninguém dissera a Harry que o amava. Draco estava prestes a chorar. Harry o abraçou antes que ele pudesse se despencar em seus braços. Não conseguia ver ninguém chorar na sua frente.

Talvez eu também te ame.

Draco se afastou dos braços de Harry. Seus olhos estavam tão vermelhos, que Harry pensou estar com uma criança ao colo. Ambos se aproximaram devagar, até que seus lábios se encostassem. Harry sentiu as lágrimas de Draco passarem para o seu rosto, enquanto ele era envolvido pelos braços do garoto. Os dois se beijaram por um longo tempo, se envolvendo em um beijo triste, que Harry sentiu poder ser o último. Harry se livrou dos lábios de Draco e o abraçou. Quando abriu os olhos e olhou na direção do acampamento de Jeremy, percebeu que o garoto o observava da porta de lá. Se separou do loiro com a cabeça abaixada.

Eu preciso ir.

Draco pareceu perceber o que havia acontecido e olhou para o pequeno menino. Harry foi até o porta-malas e o fechou, entrando no carro e o ligando. Olhou para Draco, que tinha secado os olhos. Draco se contorcia por dentro para não chorar.

Podemos nos ver em uma semana?

Eu não quero mais me encontrar com você, Draco.

Draco sorriu.

Ótimo, eu te acho.

Harry acelerou o carro e deu a volta para ir em direção a Jeremy. O pequeno menino entrou em silêncio no carro, assentando-se ao lado de Harry. Ele encarava curioso o retrovisor, e quase deu um pulo com a cena que viu depois.

N/A: Ah, como é bom deixar o capítulo acabar em um mistério... Eu acho que vocês estão super curiosos com o que o Jeremy viu, mas não é tão difícil de se adivinhar. Vamos, pensem um pouco, mas deixem um reviewzinho enquanto pensam, porque vai adiantar muita coisa, inclusive o próximo capítulo. Não quero ver menos de três reviews no próximo capítulo, hein? Beijos a vocês e não se esqueçam dos reviews.

aNiTa JOyCe BeLiCeAhá... vejo que consegui meu objetivo e te enchi de curiosidade! Mas fica calma, você vai saber de tudo. Depois. Beijos.

Mel Deep Dark: Oi... É, você talvez tenha razão. Mas nessa fase da vida de Harry Hermione será muito importante. Talvez eu tenha estragado tudo, mas talvez seja melhor assim. Beijos.