Tudo de Mim Miro e Kamus

Cap 2 – O Que Se Cala


N.A.:

Antes de começar...

GENTE! EU ESTOU INDIGNADA! Mais de 130 Hits nessa fic e NENHUM review até agora? Será que é só comigo que isso aconetce ou será que afic tá tão ruim assim ? ;; , espero alguam resposta de vcoês par esse cape pro outro, que já está em andamento... ams se ninguém disse nada... não vou passar do próximo cap e vou me dedicar à outras fics... espero mais retorno dessa vez... -.-" e ah! o desafio continua! quero ver quem consegue fazer um lemon baseado nessa fic! XD


Disclaimer : Os personagens usados nessa fic são de propriedadede Massami Kurumada e eu apenas me servi deles para compor essa fanfiction. O Enrredoq ue aqui contas contudo, são de minha autoria e me pertecem.

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Aquele friozinho do outono se fazia presente mesmo num lugar normalmente quente como o Santuário grego.

Kamus não parecia sentir qualquer diferença no clima, mas ele, Miro, já não usava mais as curtas batas de sempre e buscava por tecidos maiores e mais grossos para cobrir-se. Claro, também buscava mais repetidamente os abraços calorosos do francês envolvendo-os em seu corpo. Achava curioso como o aquariano conseguia ter um corpo tão quente, tendo crescido em lugares tão gélidos, apenas a ponta dos dedos e do nariz serem frias , o que sempre lhe causava delicados arrepios quando juntos, mas o seu corpo... ah ! como era quente ! quente e macio... delicado...acolhedor. Sentia-se quase uma criança quando o outro o aninhava em seu peito fazendo-lhe carícias em sua nuca nas manhãs em seu quarto.

Estavam juntos há algumas semanas, mas sempre dormiam juntos e raramente eram vistos longe um do outro. Os outros cavaleiros voltavam à insinuar um clima entre eles quando passavam , mas nunca se preocuparam em dar qualquer resposta, contudo, fora de suas casas zodiacais, seus beijos e carícias eram sempre furtivos e escondidos.

Ele até achava assim mais divertido , sempre gostou de segredinhos amorosos, e nada mais divertido do que embaraçar aquele francês diante dos outros quando lhe envolvia a cintura discretamente ou quando lhe roubava um beijo sem que ninguém notasse. Deliciava-se se insinuando para ele durante os treinos com roupas mais justas e com golpes que revelavam-lhe mais os contornos, colando-se à ele quando treinavam juntos, sorrindo-lhe safado quando via o embaraço do aquariano diante de seus companheiros...

É claro que todos já sabiam que eles estavam juntos, sem que fossem necessárias confirmações à respeito; mas parecia que somente Kamus pensava o contrário. Àquele escorpiano isso incomodava bastante! Por que seu gelinho teria problemas em dizer aos outros sobre eles? Sempre achava normal essa atitude dele, tendo em vista que kamus era um homem muito reservado com seus assuntos e não gostava de se expor em nenhum aspecto. Achava natural que ele não fizesse questão de confirmar ou desmentir boatos sobre eles (que sempre haviam existido e que toda vez eram sumariamente ignorados por ele), logo, quando começaram à namorar, também achou normal que ele continuasse o mesmo.

Não bastasse isso, seu relacionamento com o dono de Aquário, não era exatamente sua visão de um relacionamento ideal. Não por kamus em si... é claro que com um homem daqueles ao seu lado, não tinha do que reclamar. Mas eram certas coisas que aconteciam que o deixavam irrequieto. Coisas como esse "namoro escondido" que viviam, por mais que gostasse, não devia nada à ninguém ali para que se portasse dessa forma, coisas como quase nunca Kamus permitir que dormisse na sua casa (o que era muito comum de acontecer quando eram apenas bons amigos) e sim... não podia faltar... Kamus sempre arranjava um jeito de falar diferente, mas jamais lhe dissera aquelas três palavras... aquelas que lhe custaram tanto dizer ao outro, aquelas três que sempre soavam vazias esperando uma resposta que nunca vinha."eu te amo.", simples, completo, definido.

Nos primeiros dias, fazia questão de lhe dizer, todo o tempo, essas palavras para que não lhe restassem dúvidas à respeito do que sentia. Bem ou mal, também se sentia culpado por ter "torturado" kamus durante àquela fatídica semana, com tantas companheiras diferentes que dividiram-lhe o leito, então desde o princípio, não lhe cobrava esses "eu te amo" nunca ditos em resposta... mas é claro... após o primeiro mÊs de namoro, o fato dessas palavras nunca terem sido ditas, o estavam enlouquecendo. Ainda nesseraciocícnio, era lhe claro e transparente o modo como seu aquariano não se entregava à ele por completo, mesmo em leito. Não só fisicamente, mas algo naquele olhar de vidro, naquelaspalavras não-ditas, algo de distante havia em Kamus que não o deixava entregar-secompletamente aos seus braços...

Por dias e noites se questionava quais seriam os motivos do outro para fazer-lhe tais coisas... Pegava-se divagando sobre as possibilidades mais improváveis e distorces que poderia pensar e hoje não era diferente.

Estava encolhido em casa esperando-o. Fazia muito frio, já anunciando o inverno que começaria dali uns dias. Hoje não teria treino, mas seu gelinho, sim. E mesmo que não tivesse , no tempo que fazia hoje, Kamus treinaria de qualquer forma, adorava esse frio, mesmo que ele sequer lhe fizesse cócegas. Ele, miro, não se importava nem um pouco em perder um dia de treino para ficar rolando na cama de um lado pro outro até mais tarde enrrolado nas cobertas esquivando-sedos raios de sol que maculavam a penumbra agradável em seu quarto..

Sabia que após os treinos matinais, kamus ainda passaria em casa e depois ainda iria fazer umas compras no vilarejo próximo ao santuário. Normalmente suas servas iriam até lá, mas às vezes lhe dava esses ataques de independência e lá ia aquele francês pelas tortuosas ruas e vielas gregas através das feiras e das lojas de vinho, claro. Ele havia sido convidado, mas teria certeza de que não iria querer sair de casa somente para fazer compras no vilarejo mesmo que kamus fosse sua companhia ainda mais por que à noite seu gelinho tinha ficado de dormir com ele, então prepararia algo para agrada-lo.

Contrariando suas expectativas de ficar aninhado aquele dia entre seus lençóis até tarde, ele levantou pouco depois de duas horas da tarde após uma seqüência de pesadelos que o deixariam insone ainda algumas vezes em outros dias... Não tinha vontade para fazer nada , sua cabeça doía e era tomado por uma angústia terrífica que apertava seu peito. Acabou por fazer uma xícara de chocolate quente para tomar com o remédio e sentou-se ao parapeito da janela do quarto enrolado no edredom que havia roubado da cama. Pra ele aquele frio gelava até ossos!

Quando viu, os primeiros raios de sol se apagando nas águas do mar, é que reparou quanto tempo havia ficado ali na janela divagando . Levantou-se e começou à preparar o que faria para o jantar. Kamus havia lhe dito certa vez, logo que se conheceram, que amava um tipo de macarrão feito no forno, com molho branco e legumes e era exatamente isso que se preparava para fazer. Separou os ingredientes e preparou todo o jantar que comeriam mais tarde. Havia dispensado as servas aquela noite. Queria falar com Kamus à respeito dessas atitudes que não gostava e achou que seria mais fácil sem mais ninguém por perto em um clima mais íntimo pra eles.

Enquanto o prato assava no forno, Miro preparava a casa para receber seu amado. Juntava as poucas peças de roupas espalhadas pelo chão e punha-as para lavar, passou um pano nos móveis e escolheu especialmente os lençóis que cobririam a sua cama. Com tudo pronto, foi sua vez de se arrumar. Não queria receber kamus para aquele jantar , de pijamas e desarrumado. Encheu a banheira de água, jogou nela um pouco de óleo para o corpo, despiu-se e se deixou afundar na água quentinha. Se se dar conta, logo voltou à dormir...

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Andava através das casas seguintes á sua, atravessando Sagitário, depois lentamente passando por Capricórnio, e finalmente chegando até Aquário... andava como que num mórbido cortejo ... era acompanhado de vários vultos que se multiplicavam conforme cruzavam as casas zodiacais, todos , inclusive ele, reluziam em um dourado mais forte que o das armaduras sagradas.

Ao entrar por Aquário, os corpos à sua frente não lhe permitiam ver adiante formando um nuvem dóurea à sua frete. A sala principal estava totalmente congelada e uma forte névoa pairava no ar, um vulto branco e intensamente mais dourado que os demais se prostrara ao chão sobre um outro corpo escuro que se iluminava à medida que o tempo passava isso, somente ajudava à camuflar o que tinha adiante.

Seu coração que já sabia o que encontraria, ainda assim, não deixou de falhar uma batida ao ver parte da armadura de Aquário congelada sobre o corpo inerte de seu dono estirado no chão. Perdia a razão completamente, mas continuou seu caminho quando o corpo envolto pela energia dourada se ergueu, não conseguia evitar... aquela força o puxava para longe e ele a seguia mecanicamente.

Olhou para trás antes de deixar a Casa de Aquário, ao chão o corpo sem vida de kamus comprimido entre seus braços morenos, os seus próprios olhos encarando-o marejados e inundados de fartas lágrimas. Ouvia-se gritar algo que não entendia , mas que seu coração gritava em uníssono com as palavras do seu reflexo-vivo compreendendo-nas mesmo assim.

"por que o deixaram aqui! Levem-no também! Tragam-no conosco! Não o deixem aqui... não... não deixem..." (1)

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"Miro! Miro! Você ta bem!"

Desnorteado, era bruscamente chacoalhado pelos braços do outro fazendo a água espirrar por toda a parte. Seu sentidos retornavam um à um,lágrimas corriam junto com a água sobre a sua face quando finalmente reconheceu kamus à sua frente.

"graças à Athena você acordou! Me assustou seu inconseqüente!"

"Kamus? Co-como assim? O que houve? Porque você chegou tão cedo?" –disse-lhe tentando disfarçar o contentamento em vê-lo vivo e à sua frente-

"Cedo! São mais de nove da noite!" –retrucava impaciente-

"Nove da noite! Mas não pode ser ..." –disse o escorpiano orientando-se finalmente- "AI MEU DEUS! MEU JANTAR!"

A cena a seguir foi ridícula: Miro correndo pelado e molhado pela casa ainda sonolento, para checar o macarrão no forno. Kamus o seguindo pela casa tentando descobrir o que raios estava havendo levando umatoalha nasmãos tentando fazê-lo compor-se. E Miro gritando na cozinha quando viu o assado em cima da pia totalmente carbonizado e que mal lembrava o prato divino que havia feito.

"Miro! Vai me dizer afinal o que está acontecendo ?"

"ah não... " –disse para si, ainda ignorando um pouco o outro.-"e agora...?" – o escorpiando iniciava um choro compulsivo e desorientado. Sentia-se extremamente frágil ainda mais depois do pesadelo que tivera. Olhou para kamus ainda soluçando e correu para abraça-lo. Precisava senti-lo entre seus braços mesmo que ele não entendesse nada.-

Agarrou-se ao pescoço do outro sem rodeios e desatou à chorar por tudo o que lhe atormentava. Ficaram muito tempo assim de pé na cozinha ao som de seu choro, até que Miro finalmente se conscientizou de estar encharcando as roupas à sua frente e libertou o outro de seu abraço.

Kamus que até então permanecia em silêncio tentando compreender o que se passava, havia se limitado á apenas confortar o outro até que estivesse em condições para conversarem caso Miro assim desejasse.

Logo que Miro se desfez do abraço, voltou cabisbaixo até o banheiro em passos apressados, sentia-se estranhamente desconfortável naquele momento em permanecer despido diante de Kamus. Não que já não estivesse acostumado em deixar-se exposto dessa forma para o deleite de seu amante, mas em algum lugar ainda pretendia levar adiante a conversa que havia planejado com kamus e definitivamente, ela não aconteceria se ele permanesse sem roupas por mais tempo.

Não demorou e kamus adentrou o banheiro delicadamente apreciando enquanto Miro terminava de se enxugar. O dono de escorpião, podia ver a preocupação e o cuidado do outro, mesclados sutilmente ao olhar de luxúria e desejo de kamus sobre si através do espelho. Sem jeito, evitou aquele olhar tempo suficiente para que se enrrolasse na toalha e fosse até o quarto finalmente colocar alguma roupa sobre o corpo.

O Aquariano o observava pacientemente. Sabia que Miro só o encararia ou falaria algo quando terminasse o que quer que estivesse fazendo. Permaneceu de braços cruzados, recostado ao batente do banheiro observando todos aqueles contornos ainda úmidos serem aos poucos cobertos por mais e mais camadas de tecido até que Miro finalmente saiu do aposento e sentou-se no sofá da sala. Entendendo o convite, acompanhou-o sentando-se na poltrona de frente para o outro.

"Finalmente vai me dizer o que houve?" –foi direto ao ponto... por mais que miro tivesse um tendência à entrar nesses jogos,Kamus estamo por demais preocupado e apreensivo para se permitir rodeios. -

fez-se um curto silêncio em que os dois somente se encararam,Miro evitava os orbes azuis do outro à todo custo Com parte de seu plano carbonizado na cozinha, não encontrava palavras para dizer à kamus o que pretendia.

Kamus o observava intrigado e achou que seria melhor se ele iniciasse novamente.

"Miro..."-recomeçou envolvendo as mãos quentes dentre as suas.- "diga o que lhe perturba. Sabe o quanto eu sou péssimo para advinhar esses assuntos."

O outro simplesmente ouvia e criando coragem, encarava os azuis profundos do aquariano. Como dizer à este kamus tudo o qu pensava à respeito deles? De certo entenderia tudo às avessas e encararia aquilo como uma forma de dispensá-lo. E se não fosse nada de mais à fim de contas? E se fosse somente impressão sua toda a indiferença de kamus para com suas emoções? E se não fosse? Valeria correr o risco de perdê-lo por algo tão egoísta? Sentia os olhos marejarem, mas não voltaria a chorar. Tentava decidir o que fazer quando um Kamus impaciente e preocupado voltou à falar.

"Miro... vamos... me diga... Não é por causa do macarrão é? Não se preocupe, pedimos Às servas que façam outro e..."

"eu dispensei as servas hoje kamus." –interrompeu o outro, finalmente algo coerente deixando seus lábios por hoje.-"queria fazer um jantar pra você , mas..."

"então é por isso que está assim ?" –olhou o outro um pouco de descrente do que dizia mas tentando convencer-se do que concluira.-"não se preocupecom isso... teremos muitos dias pra que você cozinhe pra mim " –terminou divertido consolando o outro-

Miro apenas sorriu de canto de lábío permanecendo cabisbaixo.

"ei... façamos o seguinte" –recomeçou o aquariano levando uma das mãos ao rosto do outro- "você me espera um segundo, eu ajeito o meu cabelo e nós vamos jantar fora. O que me diz?".

"não é a mesma coisa"

"então VOCÊ me leva pra jantar e volta a ser a mesma coisa. Vamos... não étodo o dia que eu me disponho à sair depois do anoitecer... " –terminou manhoso... realmente depois de passar o dia pelas vielas gregas, a sua vontade não era a de permanecer no santuário... gostava do movimento da cidade, dos restaurantes... e realmente estava adorando a idéia de jantar fora com Miro.-"então... e aí? Posso em arrumar?" –terminou divertido e cheio de si-

Miro ainda o olhou por maisalguns instantes... kamus estava muito mais feliz do que de costume. Mesmo estando preocupado com ele, kamus não deixava transparecer quase em nada a sua apreensão... talvez fosse melhor deixar que seu aquariano tivesse esta noite para ele... com sorte, no dia seguinte ou durante o restante da noite,Kamus lhe daria a deixa para dizer tudo o que precisava... Com um pouco mais de sorte, talvez até descobrisse que não seria mais necessário ter essa conversa com ele...

"certo... vai se arrumar então."

"Mesmo?" –animou-se o outro- "tem certeza que quer sairmesmo miro?"

"claro... vai lá,...estou te esperando...enquanto você se ajeitaeu vou pegar uma blusa um pouco melhor... você tá todo arrumado e tal... naõ posso fazer feio perto de você né?" –tenotu brincar um pouco se levantando-

kamus lhe estalou um beijo sobre os lábiose antes de ir se arrumar completou:

"qualquer coisa voltamos... se você quiser fazer qualquer outra coisa, ou se quiser voltar pra cá, é só dizer , hein...?"

Kamus foi arrumar-se enquanto miro buscava reunir energias para seguar todos aqueles pensamentos por mais algum tempo.

Enchia-se de esperanças e expectativas... Pedia à deusa para que ela lhe desse forças e para que ela lhe guiasse em seu caminho. Aquela noite ainda prometia muito...

Continua...


(1) encarem esse sonho do miro, como uma visão minha do que seria o nosso escorpiano tendo uma premonição da morte do Kamus durante a luta das doze casas. Aenergia dourada que envolve todo mundo nesse sonho, seria o Cosmo de Athena, ela por sua vez, aparece para ele como um vulto que se destaca dos outros dando vida em aquário à quem viria ser o Hyoga. Tah... eus ei que ela andou ressucitando os cavaleiros de bronze que ficaram pelas doze casas... ams naum significa que , em cosmo, os cavaleiros de ouro que sobraram naum a estivessem acompanhando... e nisso eu incluo o milucho. Pra quem não entendeu o final desse trecho (e teve gente q foi beta-reader que naum sacou), quando o Miro se vê deixando a casa de aqua´rio seguindo com Athena eos outros cavaleiros, ele olha para trás e vê à ele mesmo segurando o corpo do Kamus e implorando que athena o trouxesse devolta à vida também. (reparem não... devaneios da titia kesh...).

Relembrando... Replys detalhados para cada Review no meu blog : Httpê Dois Pontos Barra Barra, palaciocelestial3 (ponto) zip (ponto) net

Rio de janeiro , 29 de Junho de 2005