Encanto
Yaoi/Lemon
1x2
by Yoru no Yami
Heero olhava para Duo que empurrava o carrinho de compras a alguns passos a sua frente e procurava o cereal que costumavam usar nas refeições matinais. Era final de tarde de um sábado chuvoso, o que deixava o supermercado próximo ao condomínio onde moravam, parcialmente vazio no momento. Eles precisavam reabastecer a geladeira e a dispensa, o que os obrigou a saírem de casa. Na verdade, Duo o obrigou a deixar o apartamento para irem as compras. Seu desejo era ter ficado no apartamento, bem quentinho em baixo das cobertas ou melhor dizendo, fazendo amor com o americano o mais demoradamente possível.
Duo virou-se para encontrar um Heero sorridente, que parecia sonhar acordado. Caminhou até o namorado suavemente e olhando ao redor, verificando se ninguém os observava, esfregou o nariz na bochecha de Heero antes de sussurrar-lhe ao ouvido.
- Tendo pensamentos impuros, amor?
Duo se afastou ligeiramente, apenas para observar que o sorriso de Heero havia aumentado. O japonês puxou-o pela cintura e mordeu-lhe suavemente o pescoço, ganhando um ofego do rapaz trançado e a visão dos olhos violetas se tornarem ligeiramente mais escuros. Heero sorriu diante disso, mas manteve-se atento no caso de alguém aparecer na seção de cereais do supermercado; não queria ser acusado de atentado ao pudor por atiçar o namorado em um estabelecimento público, não que isso deixasse de o excitar.
Desde que vivia com Duo sentia-se mais ousado, e imaginar lugares para onde poderia arrastar o outro rapaz e fazer amor com ele, vinha crescendo a cada dia.
- Sempre.
Duo sorriu, refreando o impulso de beijar o japonês. Sabia o quanto Heero podia ser imaginativo no que se referia a encontrar lugares onde pudessem literalmente se amassar, e o simples fato de se encontrarem em um local público, onde corriam o risco de serem flagrados se beijando e se tocando, apenas parecia acender os dois. Mas eles precisavam terminar as compras ou acabariam voltando com o carrinho vazio, e a geladeira se encontrava verdadeiramente pedindo socorro. Ele afastou-se de Heero, que ainda o mantinha junto a si, e voltou ao carrinho sendo seguido pelo namorado.
O japonês pegou duas caixas do cereal com passas e colocou no carrinho, e quanto eles passaram por uma senhora de cabelos brancos, ela os olhou atravessado. A senhora morava no mesmo bloco que eles e sempre os olhava enviesado. Duo sorriu como sempre, desconcertando à senhora que retribuiu o gesto, envergonhada por ter olhado feio para os dois jovens juntos.
Era sempre assim. A capacidade de Duo em fazer as pessoas sorrirem, apenas sorrindo para elas era surpreendente, era quase impossível resistir ao seu olhar, e seu sorriso espontâneo e alegre. Era como se ele tivesse ao seu redor uma aura de simpatia que obrigava as pessoas ao seu redor a se submeterem voluntariamente ao seu carisma.
Engraçado que Duo nem ao menos parecia perceber o quanto seu jeito alegre envolvia as pessoas, mas Heero tinha plena consciência disso, uma vez que estava sempre observando o namorado. Podia ver os olhares de admiração e cobiça que muitos dirigiam a ele, principalmente as mulheres, mas sabia que não precisava se preocupar quanto a isso, porém era quase inevitável refrear o ciúme.
Sabia que Duo sempre seria fiel ao que tinham juntos, já que ele era incapaz de mentir e enganar. Ver Duo mentindo era algo incrivelmente interessante - não tanto quanto observa-lo dormir tranqüilamente - mas ainda assim era interessante e engraçado.
A primeira vez que vira acontecer, Heero pensou que Duo estivesse tendo uma reação alérgica a comida que fizera no dia, que pelo que se lembrava era risoto de camarões. Cada vez que o americano tentava mentir a primeira reação era a de segurar a ponta da trança, para logo depois, a medida que ele tentava mentir, a região atrás da orelha esquerda começar a avermelhar e se espalhar pelo pescoço.
O fato em si havia acontecido algum tempo depois deles iniciarem o relacionamento, em um mesmo final de sábado chuvoso, há dois anos atrás.
Heero misturou ao arroz os camarões que comprara pela manhã; era seu dia de preparar o jantar, e decidira por fazer um risoto de camarões. Olhou para o relógio que marcava aproximadamente quinze para as oito da noite. Estava começando a ficar preocupado, pois Duo nunca chegava tão tarde aos sábados. Teoricamente o americano já deveria estar em casa, ainda mais por ser feriado e a loja ficar aberta apenas até as 16hs.
Desligando o fogo e secando as mãos, Heero decidiu ligar para o celular do namorado e verificar o que estava acontecendo. Assim que pegou o telefone ouviu a porta do apartamento se abrir e a voz de Duo anunciando sua chegada.
- Heero, cheguei!
Heero recolocou o telefone na base e caminhou até Duo, parando no arco do corredor da entrada. Duo se aproximou, deixando a sacola no chão, e beijou-o com vontade, ele sentira tantas saudades de seu namorado. Estavam juntos há quatro meses e essa era a primeira semana no novo apartamento que compraram juntos. Heero esqueceu completamente do que tinha em mente, ao sentir-se beijado de uma forma tão ardente.
Ele envolveu a cintura de Duo, o puxando de encontro a si e aprofundando o beijo. Apartaram o ósculo quanto começaram a sentir necessidade de respirar. Duo descansou a cabeça no ombro de Heero, que acariciava-lhe as costas em um gesto de carinho.
- Desculpe pelo atraso, amor. Hum... tá cheiroso. O que você cozinhou para o jantar?
- Risoto de camarão.
- Adoro risoto de...aahhhh.....
Heero mordeu o lóbulo da orelha de Duo e depois penetrou a cavidade com a língua, fazendo-o gemer. Duo se esfregou em Heero ao sentir sua orelha invadida pela língua quente do japonês, sentindo a dureza de sua ereção contra sua perna. Ele beijou e lambeu o pescoço do namorado, causando um arrepio de prazer no japonês, que se afastou apenas para ver Duo sorrir antes de começar a beija-lo novamente, abrindo-lhe as roupas.
Duo abriu a camisa de Heero, beijando os músculos do tórax trabalhado. O japonês arfou ao ter o tronco beijado e lambido pelo parceiro Duo, e sentiu a ponta da trança correr por seu abdômen, ao redor de seu umbigo enquanto ouvia o americano abrir-lhe a calça.
Duo abriu a calça de Heero ouvindo as inspiradas fortes do namorado. Se deliciou ao ver a protuberância por dentro da cueca e sorriu maldosamente. Ele sentia sua entrada latejar em necessidade de ser preenchida pelo membro, que ainda não se encontrava no limite de sua potência.
- O que você tem escondido aqui, Heero?
Duo aspirou a cueca, sentindo o aroma de Heero e esfregou o rosto no membro por sobre a peça íntima, enquanto suas mãos apertavam as pernas musculosas, ouvindo o namorado gemer seu nome.
- Duo....
- Sim?
Duo sorriu e repetiu o gesto, mordendo levemente o membro escondido pela peça verde escura. Heero segurou-se na parede, sentindo que suas pernas tremiam, procurou sua voz que havia sumido e respondeu roucamente, o que causou arrepios por toda a espinha de Duo.
- Porque você não descobre o que é?
Duo sorriu e ajoelhou-se no chão, enquanto descobria o membro ereto de Heero. Ele sentiu o corpo se aquecer ao ver o membro grosso diante de seus olhos. Passou a língua pelos lábios, que haviam secado, assim como sua garganta. Duo lambeu a cabeça, antes de toca-lo com as mãos quentes e dirigi-lo a boca.
Heero mordeu os lábios ao ter seu membro abocanhado pelos lábios de Duo e abriu um pouco mais as pernas, embora não pudesse faze-lo totalmente, pois seus pés ainda se encontravam dentro de suas calças. O americano lambia e mordia toda a base do membro, enquanto uma das mãos massageava-lhe as bolas suavemente. Heero olhou para baixo e quase gozou diante da visão erótica: ele encontrava quase despido, sendo chupado por um Duo que não havia removido sequer uma das peças que cobria seu corpo.
Duo deslizava o membro de Heero dentro de sua boca, aumentando a velocidade; podia sentir as mãos do namorado atrás de sua cabeça, o empurrando, fazendo o membro ir ainda mais profundamente, tocando o final de sua garganta. Sentia um certo incomodo, mas ainda assim era maravilhoso ter sua boca preenchida pela masculinidade de Heero. Podia sentir que o japonês tremia e os gemidos se tornavam mais forte, com o membro em sua boca se tornando mais rígido, indicando que Heero logo gozaria.
Heero empurrava seu membro dentro da boca de Duo, gemendo seu nome. Sentia que faltava muito pouco para alcançar sua conclusão. Ele apertou com força os fios castanhos que haviam se soltado da trança, empurrando ainda mais a cabeça de Duo, o obrigando a engolfa-lo profundamente. Sentiu o corpo tremer e gozou, jorrando sua semente na boca do amante americano, gritando seu nome.
- DUOOOOOOOOOOO!!!!!!!!!
Duo ouviu Heero gritar seu nome segundos antes de sentir o gozo dele em sua boca. Procurou engolir tudo, mas um pouco acabou por escorrer pelo canto da boca. Ele retirou o membro já flácido dos lábios e levantou, beijando Heero, que se provou através do amante. O japonês o beijou profundamente, apertando o corpo dele a si, deslizando os lábios pelo pescoço alvo, sabendo o quanto Duo era sensível a isso. Ele pode ouvir o amante gemer seu nome e retirou os pés de dentro das calças. Afastou-se ligeiramente segurando a cabeça de Duo e olhando em seus olhos.
Duo sentia seu corpo tremer, sua respiração encontrava-se descompassada, seu membro doía preso dentro de suas roupas. Ele precisava de Heero dentro dele e sabia que o amante podia ver isso através de seus olhos. Mas ele ainda se encontrava muito vestido para que pudessem fazer qualquer coisa. Ele tocou as mãos de Heero, beijando-lhes os dedos antes de se afastar e encostar-se no outro lado da parede. Olhou Heero de cima a baixo, parando alguns instantes no meio das pernas do namorado, onde o membro já começava a apresentar vida novamente.
Duo sorriu e conectou seus olhos aos do amante, se livrando de suas roupas. Uma a uma elas ganharam o chão sobre os olhos ávidos de Heero. Ele se aproximou novamente do japonês, que mantinha seus olhos presos as ametistas. Duo beijou e mordeu o pescoço de Heero, antes de sussurrar-lhe ao ouvido, fazendo escurecer ainda mais o azul cobalto em seus olhos.
- Me possua...
Heero gemeu e virou Duo de costas contra a parede, erguendo seu corpo do chão, o fazendo passar as pernas ao redor de sua cintura. Podia sentir o membro de Duo contra sua barriga, e beijou-o, enquanto dirigia um dos dedos a entrada do americano, preparando-o para recebe-lo, ele circundou a entrada, sem penetra-lo. Sabia que precisava de algum tipo de lubrificante ou acabaria por machucar Duo durante a penetração.
- Precisamos ir para o quarto, Duo.
- Não...faça...por favor.
- Não quero machuca-lo.
- Mas eu quero...
- Duo....
Heero estava dividido entre possuir Duo sem lubrificação e ir para o quarto. Decidiu por deita-lo no sofá da sala e usar o que tivesse a mão na cozinha. Duo protestou quando foi carregado até a sala e colocado no sofá.
- Heero!?
O japonês foi até a cozinha e pegou o pote de manteiga sobre a mesa, sacudindo para Duo que o olhava chateado. Ao ver o que Heero fora buscar, seu olhar se alterou tornando-se malicioso e brincalhão.
- Vai me untar e me deixar bem meladinho, Heero?
Heero sorriu antes de se ajoelhar ao lado do sofá e mordiscar a orelha de Duo, abrindo o pote e besuntando os dedos com a manteiga.
- Apenas uma parte em especial.
Duo arqueou as costas ao sentir um dedo invadir-lhe a intimidade, enquanto que o japonês abocanhava o mamilo ao alcance do seu rosto, conseguindo um gemido de Duo. Um segundo dedo se juntou a exploração, tocando em um ponto dentro do americano, que gritou gemendo mais forte.
- Aaahhhh Heero....
Heero continuou a preparação, enquanto beijavam-se, engolindo ambos gemidos. Duo acompanhava com os quadris o movimento dos dedos dentro de si. Ele apartou o beijo, retirando os dedos dentro de si e empurrou Heero contra o chão, sentando-se sobre suas pernas e pegando o pote com a manteiga e cobrindo o membro do amante com ela. Heero gemeu ao sentir as mãos de Duo em seu membro, untando toda a extensão. Ele gemia o nome do amante, enlouquecido pela manipulação.
- Duo.... Duo... Duo...
Duo sorriu ao ver o japonês com a cabeça levemente voltada para trás, os lábios entreabertos. Então inclinou-se, pressionando o membro dele contra o seu e fez com que ambos ofegarem, até Heero puxa-lo pelo cabelo, clamando seus lábios. Duo retribuiu com prazer o beijo, levantando levemente o corpo para posicionar o membro de Heero em sua entrada, descendo sobre ele, deixando que seus gemidos, diante do prazer de ser penetrado, fossem engolido por Heero que o beijava.
O japonês abandonou os lábios do namorado, mordendo a curva do pescoço dele, enquanto o amante se acostumava com o invasor no interior do seu corpo. Duo gemeu deliciado ao ter a curva do ombro mordida e se mexeu, causando uma fricção que fez Heero arquear o corpo e empurrar-se contra ele.
Duo colocou as mãos sobre os ombros de Heero e começou a descer e a subir, fazendo com que as paredes de seu canal massageassem o membro dentro de si. Heero segurava a cintura do americano, auxiliando nos movimentos, enquanto beijava o peito de Duo, capturando os mamilos em seus lábios, sugando-os e mordendo-os levemente.
Duo gemeu ao sentir os lábios de Heero em seus mamilos e jogou a cabeça para trás. O japonês olhou para o amante: o corpo suado, os cabelos caindo pelas costas, os olhos fechados, os gemidos e palavras sussurradas; ele puxou o corpo de Duo para si e o beijou profundamente pressionando o membro do amante entre seus corpos, enquanto que suas línguas batalhavam por espaço, enroscando-se em uma dança particular.
Duo aumentou o ritmo, sentindo o êxtase se intensificar, e o corpo começar tremer, explodindo seu gozo na barriga e peito do amante, banhando a ambos com seu prazer. Heero sentiu a semente do americano explodir neles e as paredes se fecharem contra seu membro, fazendo com que gozasse, inundando a passagem de Duo com sua semente.
Duo caiu nos braços de Heero, sem forças e sentiu os lábios do amante o beijando suavemente no rosto, ouvindo a voz anasalada e satisfeita.
- Acho que precisamos de um banho.
Duo sorriu e balançou a cabeça, se esforçando para levantar e ajudar Heero a faze-lo. Eles caminharam até o quarto para tomarem banho juntos, o que acabou se tornando mais do que um banho.
Uma hora depois:
Duo comia o risoto preparado por Heero, enquanto conversavam sobre o dia. Heero o olhava gesticular e falar animadamente sobre o dia na loja, quando lembrou-se de perguntar o porquê dele ter se atrasado tanto.
- Duo, porque você chegou tarde hoje?
Duo parou o garfo na altura da boca e o colocou de novo no prato. Sua mente tentava encontrar uma desculpa para justificar seu atraso; seu olhar encontrou o de Heero e ficou vermelho, instintivamente segurou a ponta da trança antes de responder.
- Eu...tava com a Hilde.
- Fazendo o quê?
- O quê?
- É.
- Hã...
Heero estreitou os olhos diante da demora de Duo em responder. Ele colocou um pouco mais de vinho em sua taça e encostou-se à cadeira, esperando pela resposta. Duo mordeu o lábio inferior, tentando descobrir o que falar. Ele não estava com Hilde, mas sim com Karl e Charles, porém, se contasse a Heero, teria que dizer o motivo do encontro e isso estragaria a surpresa.
- Duo!
- Nós...fomos ver um...um presente para o noivo dela. Foi isso, Heero.
- Sei.
- O quê!?
Heero por algum motivo não conseguia acreditar em Duo, mas sabia que o amante nunca mentia, essa era uma coisa que não podia evitar. Ele balançou a cabeça e colocou um pouco mais de vinho na taça de Duo, quando notou o vermelho atrás da orelha e no pescoço.
- Duo, você está se sentindo bem?
- Hã?
Duo olhou para Heero sem
entender. Ele respirara aliviado quando o japonês parecera acreditar no que
dissera. Mas agora ele olhava confuso para o amante;
estava se sentindo bem fisicamente, embora sua consciência o estivesse acusando
de mentir. Não se sentia bem fazendo isso, embora o motivo fosse plausível.
- Por que, Heero?
- Você está com uma mancha vermelha ao longo do pescoço. Você não tem alergia a camarão, tem?
Duo praguejou mentalmente. Sempre que mentia ficava vermelho e sabia que a vermelhidão iria piorar. Ele começou a ficar nervoso, o que piorou a situação. Heero se levantou preocupado, colocando a mão sobre o rosto de Duo e olhando em seus olhos. O americano tentava evitar tremer, mas estava se tornando impossível, e detestava quando isso acontecia. A voz preocupada de Heero o tirou de suas divagações, fazendo ele erguer a cabeça.
- Duo, vamos ao hospital, você não está bem.
Duo olhou assustado para Heero, não podia ir até um hospital. O que diria ao médico?
"Droga o que eu vou dizer? Desculpe doutor, não estou tendo uma crise alérgica ao risoto preparado pelo meu namorado. Devo me lembra de perguntar ao Heero o que ele fez para o risoto ficar assim tão soltinho e úmido. A verdade é que eu estou tendo uma reação à mentira que eu contei aele."
Duo viu Heero se levantar e ir para o quarto, ouvindo o amante abrir o armário e se recriminar por não perguntar antes se ele tinha alergia a camarões. Tinha que descobrir uma forma de não irem ao hospital e não deixar o namorado tão preocupado e culpado. Duo se levantou e correu atrás de Heero, que estava colocando uma calça e uma blusa para saírem. O japonês sentiu um par de braços segurar sua cintura e as mãos de Duo deslizarem por seu tronco.
- Não é necessário, Heero, eu estou bem.
Heero se virou e viu que Duo estava com o peito vermelho, assim como o pescoço. Estreitando os olhos, segurou o queixo do americano analisando a vermelhidão do namorado, notando que o vermelho se tornava mais intenso e que ele parecia evitar olhar em seus olhos. Heero levantou o namorado, o jogando sobre a cama e isso fez com que Duo gritasse.
- Heero!!!!!
Heero subiu em cima do americano, prendendo os braços dele no alto da cabeça, enquanto olhava dentro das ametistas. Sua voz soou fria quando falou, e acabou causando um arrepio pelo corpo de Duo, diante das ameaças veladas no tom de voz do japonês.
- O que você está me escondendo, Duo?
- Nada, Heero. O que eu ...
- Duo, você me conta ou arrasto você para o hospital!!
Duo suspirou contrariado, sabia que a única forma de acabar com a vermelhidão era contando a verdade. Ele balançou a cabeça e Heero sentou na cama, soltando-o, que levantou e pegou uma caixa na bolsa, entregando ao amante.
- Eu fui comprar isso com o Karl e o Charles. Mas não queria que soubesse, pois eu ia entregar apenas na semana que vem, mas eu não sei mentir.
- O que isso tem a ver com...
- Eu fico assim quando minto ou sou pego mentindo. É uma reação natural.
Heero olhou surpreso para o namorado, notando que o vermelho começava a clarear. Olhou para a caixa em suas mãos e não pode evitar rir. Devolveu a caixa a Duo e se levantou, retirando a roupa e ficando apenas com o short de antes.
- Você me entrega no dia que havia planejado. Vem, vamos terminar de comer e depois eu vou...pensar em uma forma de castiga-lo por mentir para mim.
Duo sorriu e pegou a mão estendida de Heero, caminhando de volta a cozinha, para terminarem de jantar. Eles se sentaram e Duo viu que Heero se controlava para não rir, ao notar que sua pele já possuía o mesmo tom claro de sempre.
Heero sorriu ao lembrar disso, pois Duo passara o restante do jantar emburrado por ter sido pego. Lembrar que Duo parecia um tomate maduro o fez rir um pouco alto, chamando a atenção do amante, que estava terminando de empacotar os itens escolhidos.
Duo parou de colocar as compras na sacola e olhou para Heero, que ria disfarçadamente enquanto pagava a moça do caixa, ignorando o olhar de admiração dela. O japonês quase nunca ria, pelo menos não em público e ele ouvira uma risada clara sair dos lábios de Heero. Duo ficou a imaginar o que poderia tê-lo feito rir abertamente, mesmo que tivesse sido por alguns segundos. Eles passaram pelas portas do supermercado, caminhando na direção do carro e notando que havia parado de chover. Enquanto colocava as compras dentro do carro, Duo perguntou o que o fizera rir a poucos segundos no caixa.
- Que foi, amor?
Heero se aproximou de Duo, o abraçando por trás e fechando a porta do porta malas.
- Estava me lembrando o quanto você fica encantador quando mente. E o quanto você é encantador quando não o faz.
Duo sorriu ao lembrar do dia em que Heero descobrira como ficava quando mentia; tivera que passar quase uma semana ouvindo Heero chamá-lo de tomate escarlate. Mas em compensação aprendera muito bem a lição imposta pelo namorado. Ele riu mais abertamente e se virou dentro do abraço, beijando Heero.
- Mas eu aprendi a lição, amor. Eu nunca mais menti para você.
Heero sorriu maliciosamente, soltando Duo ao começar a sentir alguns pingos de chuva. Abriu a porta do carro e seguiram em direção ao apartamento deles. Olhou para o namorado, que olhava pela janela a chuva que recomeçara a cair. Tocou a metade do pingente escondido embaixo da blusa, o mesmo que recebera há dois anos, uma semana depois da lição sobre não mentir.
Uma asa, que quando aberta formava um par. Dentro dela se encontrava a inicial "D" gravada. A outra metade se encontrava ao redor do pescoço de Duo, com a inicial "H" gravada dentro dela.
Um presente encantador. De uma pessoa ainda mais encantadora e especial.
Owari
Espero que gostem. Acho que esse ficou meio tosco.
Recado da Lien: Não ficou tosco... tá muito kawaii!!! Eu ainda não consigo compreender como a Yoru faz uma capítulo fofo, mesmo tendo um grande lemon no meio... Mas ficou MARAVILHOSO!!!!!!
Agradecimentos a sis Lien pela betagem.
A Mami lindinha pelo apoio e carinho.
