Kazoku 1

Parte I

Yaoi

1x2

by Yoru no Yami

O alarme do relógio tocou as 06hs da manhã. Heero abriu os olhos sonolentos, antes de esticar o braço e desligar o alarme do relógio de cabeceira no seu lado da cama. Olhou para o amante, que ainda dormia tranqüilamente em seus braços, acariciou o rosto suavemente e o sacudiu tentando acordar-lo.

Duo, tá na hora. Acorda.

Duo esfregou o rosto contra o peito de Heero, mas não demonstrou nenhum sinal de que iria acordar realmente. O japonês sacudiu-o novamente, chamando-o em seu ouvido, mas tudo que ganhou foi um resmungo sussurrado do namorado.

Nnhumm....me deixa dormir, Heero.

Heero sorriu e sacudiu Duo novamente, com mais força. Precisava faze-lo acordar ou o americano chegaria atrasado ao trabalho; ele iria pegar o horário das oito da manhã, uma vez que trocara de horário com Karl, que trabalhava nesse horário. Duo sentiu-se sendo sacudido por Heero e esticou o braço tentando bater nele. Queria dormir, mas o japonês parecia disposto a faze-lo levantar. Eles haviam adormecido há apenas algumas horas e ainda estava morrendo de sono.

Heero segurou o braço de Duo que tentava bater nele. Sabia que o amante deveria estar com sono, mas fora ele mesmo quem inventara essa história de trocar o horário para pegar mais cedo hoje. Então Duo não poderia reclamar de não querer acordar. Heero desalojou Duo de seu peito, colocando-o deitado na cama e automaticamente o americano se agarrou ao travesseiro, murmurando seu nome.

Hummm....Heeroooooo.

Heero sorriu e sacudiu-o novamente, mesmo com pena de acorda-lo, era necessário faze-lo. Ele procurou falar um pouco mais alto, de forma a despertá-lo.

Duo, acorda... Você disse que tinha que estar às 08h na loja.

Não...

Sim...levante!!

Heero sorriu e puxou o lençol que cobria o namorado, para ver Duo abrir os olhos amuado. Ele se inclinou e beijou os lábios do namorado sonolento antes de levantar-se para preparar o café da manhã. Duo esfregou os olhos, ainda com sono e aborrecido, balançando a cabeça de um lado a outro no travesseiro.

Mais cinco minutinhos.

Não. Foi você quem inventou de trabalhar mais cedo hoje, portanto trate de se levantar antes que eu o carregue para o banheiro e o coloque debaixo da água fria.

Você é mal, Heero. Eu ainda tô com sono, você não me deixou dormir ontem e agora quer que eu levante cedo. Você vai poder dormir mais um pouco, mas eu tenho que levantar.

Eu não lembro de ouvido alguém reclamar sobre não dormir ontem. Na verdade, acho que ouvi alguém pedindo para não parar.

Duo sorriu e se espreguiçou; era verdade que não apenas implorara por mais, como pedira para que o namorado não parasse de possui-lo, quando Heero o tomara de uma forma maravilhosamente selvagem, após terem assistido a uma fita que pegaram na locadora. Ainda sentia seu corpo um pouco dolorido, mas magnificamente satisfeito.

É verdade, amor, você foi maravilhoso ontem. Mas eu ainda não quero levantar, estou com sono.

Heero também sorriu ao lembrar-se do que acontecera na noite anterior e durante a madrugada. Ele viu Duo se espreguiçar na cama e não pode evitar devorar com os olhos o corpo do amante. Mesmo que a vontade de repetir o que fizeram durante a madrugada fosse forte, não poderia ceder ao desejo ou Duo chegaria atrasado. O americano sentiu a pele arrepiar-se diante do olhar predatório de Heero sobre si e sentou-se na cama, uma vez que não poderia mesmo permanecer nela.

Se continuar a me olhar assim eu vou me atrasar, Heero.

Duo sorriu maliciosamente e inclinando a cabeça, deixou que seu cabelo caísse por sobre o ombro, como uma encharpe, enquanto que seus olhos devoravam a figura nua de Heero. O japonês sentiu uma contração em seu membro e praguejou mentalmente ao fato de não conseguir resistir ao encanto e a sensualidade natural de Duo. Ele caminhou até o amante depositando um beijo suave em seus lábios antes de responder.

Eu sei, é por isso que eu vou tomar um banho agora.

Heero foi até o banheiro, tomar um banho rápido. Precisava de uma ducha fria para relaxar ou acabaria por deitar o amante novamente na cama e repetir a sessão da madrugada. Duo sorriu e levantou-se, abrindo o armário para pegar a roupa do trabalho; depois foi até o banheiro e ficou olhando para Heero através do box transparente e para a forma como a água deslizava pelo corpo perfeito do amante.

Heero sentiu-se observado e sorriu diante do olhar do namorado. Ele parecia viajar e ter a mente em outro lugar, apesar de olha-lo com luxúria. O japonês abriu o Box e pegou a toalha, enrolando-a na cintura; passou por Duo acariciando-lhe o rosto antes de sussurrar-lhe ao ouvido.

Melhor tomar uma ducha fria, amor, acho que você também precisa dela.

Duo olhou para seu membro desperto, dando um sorriso frustrado, antes de encarar o banho frio. Ele entrou no box praguejando todos os palavrões que conhecia e se lembrava. Heero riu ao ouvi-lo praguejar, pois sabia o quanto ele detestava tomar banho frio pela manhã. Heero colocou uma calça jeans surrada, uma camisa branca e meias brancas, antes de falar com Duo e deixar o quarto.

Vê se não demora, Duo. Eu vou preparar o café da manhã enquanto você termina de tomar banho.

Duo sacudiu a cabeça ao ouvir Heero na porta, dizendo que iria preparar o café da manhã enquanto ele terminava o banho. Deixou o chuveiro e secou-se com a toalha, enrolando-a na cabeça para secar o cabelo; após voltou ao quarto e vestiu suas roupas, indo até a cozinha de onde vinha o cheiro de café fresco e pão quentinho. Sentou-se na cadeira sendo servido por Heero, porém notou que o namorado estava de calça e o mesmo não costumava usar calças quando ficava em casa trabalhando; o japonês preferia vestir uma spandex e uma camiseta.

Você vai sair, amor?

Vou levar você ao trabalho, senão você vai chegar atrasado.

Duo sorriu e se ergueu da cadeira dando um beijo em Heero, e voltando a sentar.

Obrigado, amor, não sei o que eu faria sem você.

Deixe-me ver...

Heero arqueou as sobrancelhas, como se estivesse tentando lembrar de em algo muito importante. Deu um meio sorriso irônico, fazendo Duo estreitar os olhos ao ouvi-lo falar ironicamente.

Você correria até o ponto de ônibus tentando chegar a tempo de pegar a condução que já teria passado e chegaria atrasado ao trabalho.

Duo emburrou a cara e jogou a fatia de pão, que pegara no cesto, em Heero, que se levantou a tempo de impedir que a fatia acertasse seu rosto. Ele deu a volta na mesa e abraçou Duo, que começou a bater nele para impedir que o abraçasse. Mas sem sucesso, Heero o abraçou e beijou nos lábios antes de ir à direção do quarto. Ao ser solto Duo manteve os olhos fechados por um tempo, tentando normalizar as batidas do coração devido ao beijo. Ao sentir Heero se afastar berrou com ele, pegando outra fatia de pão.

CHATO!!!!

Heero ouviu Duo o chamando de chato e balançou a cabeça, pegando a carteira e os sapatos. O americano ainda sorria quando olhou para o relógio, levantando-se apressadamente: já eram 07h15 da manhã. Ele colocou a louça na máquina de lavar e escreveu rapidamente uma lista de compras para dar a Heero; foi até o quarto para pegar sua bolsa encontrando com o japonês no corredor.

Amor, eu fiz uma lista com algumas coisinhas que vou precisar, você pode comprar para mim?

Duo, tem certeza de que você não prefere sair para jantar?

Não, Heero. Eu quero cozinhar para você.

Mais você sempre faz isso, Duo.

Mas é diferente... nós vamos comemorar sua formatura e eu quero que seja especial.

Heero viu o carinho nos olhos de Duo e acariciou o rosto do americano. Não poderia priva-lo disso; se o namorado fazia tanta questão de fazer o jantar, ele iria providenciar tudo que o havia sido pedido.

Está bem...cadê a lista?

Tá presa na porta da geladeira, amor.

Eu compro a tarde. Que horas você deve voltar hoje?

Lá pelas três ou quatro horas.

Quando for três horas eu vou ao supermercado e compro o que você me pediu.

Passa na peixaria do senhor Kin que eu vou ligar do trabalho e deixar encomendado algumas coisinhas.

Está bem, já está pronto?

Sim, vamos.

Heero deixou Duo em frente ao shopping faltando dez minutos para as oito. O americano se despediu do namorado e entrou pela porta identificando-se ao segurança. O japonês observou o outro entrar e voltou ao apartamento para trocar de roupa e correr um pouco pelo parque que havia ao lado do condomínio.

Algumas horas depois:

Duo olhou para o relógio, que marcava aproximadamente meio-dia e notou que faltava ainda uma hora antes que pudesse sair. Estava eufórico para os preparativos para a noite; queria que tudo saísse perfeito para o jantar, tanto que já deixara algumas coisas encaminhadas, como as roupas, utensílios e móveis a serem utilizados. Deixara tudo escondido, de forma que Heero não pudesse encontrar, queria fazer uma surpresa ao namorado.

Sorriu ao pensar que no dia seguinte seria a formatura de Heero. Assim que deixasse a loja pretendia comprar uma roupa nova para usar no dia seguinte, pois queria estar a altura de seu namorado. Não que fossem declarar aos quatro ventos que estavam juntos, apesar de alguns alunos do campus já desconfiarem de que eles mantinham um relacionamento,mas queria que Heero não se envergonhasse dele. O japonês havia comentado da possibilidade dos pais estarem presentes no evento, e se realmente eles aparecessem seria a primeira vez que os veria e falaria com eles. E que queria causar uma boa impressão.

"Será que eles vão gostar de mim? Espero que sim".

Duo sentira que Heero ficara um pouco tenso quando perguntara sobre os pais do japonês e se iria apresenta-los. O outro apenas dissera que a formatura não era o melhor lugar para isso, que seria melhor ele ser apresentado em um outro lugar e em uma ocasião mais oportuna. Talvez o namorado tivesse razão, mas não via problemas se isso acontecesse amanhã mesmo, em todo caso ele queria estar apresentável, mesmo que não fosse possível conhecer os pais do homem da sua vida.

Heero estava trabalhando em frente ao laptop num projeto a ser entregue em três semanas, até olhar para o relógio, que marcava cinco para as três da tarde. Duo já deveria estar se encaminhando para casa a essa hora. Se levantou salvando o trabalho e se preparando para sair; precisava comprar e buscar as coisas que Duo havia pedido. Não pode deixar de sorrir ao imaginar que surpresas seu namorado iria preparar para o jantar. Duo não lhe contara nada do que planejara para o jantar, dissera apenas que seria um jantar a moda japonesa.

Já tinha algum tempo que não provava comida típica da sua origem. Quando morava com os pais, sua mãe costumava fazer pratos japoneses todo final de semana, mas desde que saíra de casa para estudar, não degustava pratos de seu país natal. Isso o fez lembrar que seus pais deveriam estar presentes a formatura no dia seguinte. Já estava arrependido de ter contado a eles sobre o evento, mas nunca fora muito bom em esconder a verdade deles.

Mas o fato que o preocupava era que Duo estaria presente, e estava ansioso por conhece-los. Não sabia qual seria a reação de seus pais quando o conhecessem, pois não tinha tido tempo de preparar o terreno adequadamente. Tudo bem que já havia mais de dois anos que ele e Duo viviam juntos, mas nunca dissera a seus pais a natureza de seu relacionamento com o companheiro de apartamento; não pensava que fosse necessário ou que devesse explicações sobre sua vida amorosa.

Na verdade, pensando com clareza, nenhum dos dois falava muito sobre suas respectivas famílias. Parecia que elas nem ao menos existiam ou era um assunto proibido, apesar de nunca terem mencionado o assunto. Seus pais costumavam ligar uma vez ou outra, ou ele mesmo ligava para eles às vezes, geralmente na parte da tarde, quando Duo estava no trabalho.

Poderia ter contado a eles sobre Duo, mas por algum motivo nunca o fizera, pelo menos não explicitamente. No entanto, quando sua mãe ligou há alguns meses querendo ter notícias suas, se viu informando que estava namorando, comunicando por alto que morava com uma pessoa, que mantinham um relacionamento e que esse foi um dos motivos que o levara a comprar um apartamento em conjunto. Mas em nenhum momento aprofundou o assunto nas vezes seguidas que falara com os pais ao telefone. Tanto que eles nem ao menos imaginavam que essa pessoa fosse um homem, maravilhoso e ardente em sua opinião, mas sabia que isso nada significaria para seus pais.

"O que eu posso fazer para que eles não se encontrem?"

Duo chegou em casa aproximadamente as 15h15 e encontrou o apartamento vazio. Colocou a bolsa no sofá, junto com as compras que fizera no shopping, e encontrou o recado de Heero pregado na porta da geladeira, dizendo que saíra para comprar as coisas que pedira. Amassou o papel, jogando-o na lixeira e foi para o quarto trocar de roupa e começar a preparar a decoração da casa, antes que Heero voltasse da rua. Queria que estivesse tudo encaminhando antes do namorado chegar.

"Ele vai ter uma surpresa quando chegar"

Heero se encontrava na loja especializada em produtos japoneses tentando encontrar o que Duo havia pedido para preparar o jantar. Olhou para a lista de compras em sua mão:

Deixa-me ver... missô2.... ok.... tofu3... ok... hondashi4... ok.... wakame5... ok... shoyu6... ok.. azuki7... ok

Verificou que faltava apenas o sakê8. Olhou para o relógio em seu pulso, notando que faltava pouco mais de alguns minutos para as quatro da tarde. Ainda tinha que passar na peixaria para pegar as coisas que Duo havia deixado encomendado.

Ainda achava que seria mais prático se saíssem para comemorar, em vez de Duo preparar um jantar com comidas japonesas, em comemoração a sua formatura. Heero deu um pequeno sorriso mental ao pensar em sua formatura. Finalmente havia concluído seu curso de Engenharia Naval, mas Duo ainda tinha um ano pela frente antes de concluir sua graduação em Administração.

Heero encontrou o sakê e dirigiu-se ao caixa para efetuar o pagamento. Sabia que Duo planejava algo íntimo, mas não queria cansar o namorado, mesmo que soubesse o quanto o mesmo adorava cozinhar. Esse foi um dos motivos pelo qual não insistiu muito para saírem, embora ele tivesse planejado um jantar romântico em um restaurante caro em frente à praia, com uma comemoração maravilhosa na suíte de um hotel. Mas Duo insistira tanto em fazer um jantar especial e comemorarem em casa, que acabara cedendo e cancelando as reservas que nem chegara a contar que fizera.

Sabia o quão empenhado Duo estava planejando o jantar, que até mesmo saíra mais cedo para o trabalho com o intuito de chegar mais cedo e preparar tudo que desejava para o jantar. Tinha certeza o que quer que fosse que Duo planejara para o jantar, seria bem feito e perfeito.

Heero saiu da peixaria com as encomendas e seguiu para o apartamento. Havia se demorado mais do que gostaria e já eram quase cinco da tarde. O americano já havia ligado para saber onde estava e aguardava apenas as compras para poder começar a preparar o jantar.

Ele abriu a porta do apartamento e notou que a luz do corredor estava acesa e no chão, alguns centímetros afastado da porta, havia um par de suripa9. Heero estreitou os olhos, pois geralmente ele e Duo não costumavam utiliza-los. Andavam descalços, uma vez que o apartamento todo era coberto por um carpete marrom escuro, ou andavam de meias. Mas o uso de suripas era, e ainda é, um costume muito comum em casas japonesas, tanto que sempre as usava na casa de seus pais.

Heero sorriu e retirou os sapatos, deixando-os na entrada e calçando as suripas, que obviamente fora deixado para ele. Podia ouvir o aparelho de som ligado baixinho, e a voz de Duo conversando, se despedindo de alguém ao telefone. Chegou na sala e não pode evitar ficar surpreso pela decoração.

Duo se despediu de Hilde e virou-se a tempo de ver a reação de Heero diante da decoração da sala. Sorriu ao notar a expressão de surpresa e incredulidade nos olhos azul cobalto do namorado, e ficou feliz por ter conseguido surpreende-lo. Olhou para os pés de Heero e viu que o mesmo estava usando a suripa que deixara para ele na entrada. Sabia que Heero, assim que as visse, saberia que era para coloca-las, mesmo eles não tendo o hábito de usar nada nos pés quando estavam em casa.

Duo se levantou e pegou as compras de um Heero ainda surpreso. Foi para a cozinha, deixando os pacotes sobre a bancada, e voltou-se para o japonês, que ainda olhava para a sala e a decoração da mesma. Ele caminhou até onde Heero estava e beijou os lábios do japonês antes de pronunciar algumas palavras na língua natal do amante, fazendo-o ficar ainda mais surpreso.

- Okaeri nassai, koi10

Heero ainda estava surpreso, pois a sala estava completamente ornamentada a moda japonesa. A mesa de centro de mármore marrom claro havia sido substituída por uma mesa baixa, retangular, de cor escura, de madeira lustrada e envernizada. Pôr baixo, uma esteira de fibra vegetal. No centro da mesa havia um pequeno bonsai colocado no espaço reservado unicamente para ele, de forma a não atrapalhar na hora do jantar e enquanto conversassem.

Pequenas esteiras de madeira estavam colocadas uma de cada lado da mesa; sobre elas estava coloca toda a louça em cerâmica, com tons de terra e ligeiros toques amarelo e verde. A louça era composta do prato principal ao centro, na parte superior; a cumbuca para beber sake, no extremo direito; a seguir, o pratinho para a mistura de wasabi11 e do shoyu; e a cumbuca para tomar sopa. O hashi12 estava colocado sobre o extremo esquerdo do prato principal, sobre ele; e a tigela, que deveria comportar o arroz, também no extremo esquerdo. Guardanaposde linho branco foram postos do lado esquerdo de cada serviço. Um zabuton13 de cor creme foi colocado no chão, no lugar onde cada um deveria, se sentar durante o jantar.

Heero não conseguia explicar a sensação que a decoração havia causado. Era como se estivesse na casa dos avós no Japão, estava tudo simplesmente perfeito, obedecendo aos costumes japoneses. Sabia que deveria estar a alguns minutos calado, apenas observando, pois sentira quando Duo retirara as compras de suas mãos, se dirigindo a cozinha, onde os deixou. Ainda se encontrava surpreso, mas nada o surpreendeu ainda mais do que ouvir a voz suave de Duo falando em japonês. Nunca soubera que o namorado falava sua língua natal.

Ele olhou para o outro com carinho, o abraçando e beijando suavemente, estreitando-o em seus braços. Sem dúvida o jantar preparado em casa estava para se revelar algo realmente íntimo e especial. Como Duo havia dito que seria.

Eu sei que é tarde para dizer, mas... Tadaima, é bom estar em casa, amor. Não sabia que falava minha língua.

Duo deu um sorriso matreiro e foi para a cozinha preparar o jantar. Na verdade ele não sabia quase nada de japonês, apenas algumas poucas palavras que tivera a curiosidade de procurar para a ocasião da noite e para o encontro com os pais do japonês.

E eu não falo, amor, apenas procurei aprender algumas palavras. A noite é especial, além disso, não quero fazer feio na frente de seus pais, amanhã.

Duo... nós já falamos sobre isso.

Eu sei, Heero, mas se de repente eles forem e acabarmos nos esbarrando não quero que achem que eu não sei nada sobre seus costumes. Não pegaria bem, não acha.

Você não precisa mudar para agrada-los e nem aprender minha língua para impressionar ninguém, você já me tem e isso basta.

Duo sorriu e abraçou Heero com carinho. O japonês abraçou o namorado um tanto preocupado, não queria que ele se decepcionasse. Gostaria de saber como seus pais reagiriam a Duo, mas isso era algo impossível de se precisar, cada um reagia de uma forma diferente a energia do americano. Ele deslizou a mão pela longa trança, tentando não pensar na noite seguinte, pois não queria estragar a noite preocupando-se desnecessariamente. Tudo que tinha que fazer era manter seus pais longe de Duo.

"Espero conseguir fazer isso durante a noite toda"

Duo estava achando estranho o fato de Heero estar calado e deslizando sua mão por sua trança. O japonês costumava fazer isso apenas quando estava pensando em alguma coisa que o estava incomodando. Há apenas alguns instantes o japonês estava alegre e no outro...

"O que poderia ser? Nós estávamos falando sobre eu falar ou não a língua dele e então... os pais dele. Seria isso? O fato de eu ter mencionado que não queria..."

Duo se afastou ligeiramente de Heero, para poder encarar os olhos azul cobalto. O japonês ficou encarando, em silêncio, os olhos ametistas; eles pareciam receosos e amedrontados, e isso fez com que seu coração se apertasse, pois não queria vê-los assim. Ele acariciou o rosto de Duo devagar, dando um sorriso, que não se alterou ao ouvir a pergunta dos lábios do amante.

Heero, você acha que seus pais não vão gostar de mim?

Porque não gostariam de alguém como você, Duo?

Heero virou Duo de encontro o seu peito, circundando a cintura estreita com os braços, fazendo com que o americano descansasse a cabeça no seu ombro, enquanto sussurrava no ouvido dele, causando-lhe arrepios por todo o corpo.

Você é doce...encantador...inteligente..carinhoso...

Heero...

E também teimoso...cabeça-dura..

Hei!

Heero sorriu e afrouxou o abraço ao redor da cintura do namorado ao sentir um tapa em seu braço. Duo sorriu ao ouvir as palavras, enquanto sentia o carinho depositado em cada beijo em seu pescoço; deu um tapa no namorado quando o mesmo começou a tecer seus defeitos, embora eles também o fizessem ser quem era. Ao sentir os braços em sua cintura afrouxarem, se virou para encarar os olhos azuis, e deslizar mão sobre seu rosto. Sabia que era amado e que não faria diferença o que os pais dele pensassem sobre si, mas não conseguia impedir de sentir uma angústia em seu peito.

Sabia o quanto os pais podiam interferir na vida de um filho e o quanto as pressões acabavam por ganhar espaço e atrapalhar, e não queria que isso acontecesse com eles, não queria perder o japonês e sabia que tudo era possível. Heero podia ver ainda a dúvida nos olhos de Duo, podia imaginar o que ele estava pensando, mas tinha certeza de que o encanto Maxwell funcionaria com seus pais, pelo menos era o que desejava.

Eles vão gostar de você, Duo.

Mesmo eu não sendo uma....

Heero calou Duo com um beijo que lhe roubou o fôlego. Sabia o que o americano iria dizer e não importava a opinião de seus pais, o importante era o que ele achava e Duo era a melhor coisa que já havia acontecido em sua vida. Não deixaria que ele pensasse que não era melhor do que uma garota. Duo sentiu seus lábios esmagados pelos de Heero; sentia-se tão inseguro, sabia que era bobagem sentir-se assim, mas não era a primeira vez que isso acontecia, ainda mais se tratando de seu primeiro relacionamento.

Por muitas vezes, quando se encontrava sozinho, se pegava pensando se Heero não estaria melhor com uma garota do que com um rapaz como ele. Mesmo depois de tanto tempo juntos, e das coisas que compartilhavam, sentia que um dia acordaria e que Heero não estaria ao seu lado. Sabia que o japonês possuía admiradoras na faculdade, já havia visto algumas delas, eram todas garotas muito bonitas, com corpos curvilíneos e longas madeixas, e isso o corroía por dentro. Morria de ciúmes de Heero, embora nunca o mostrasse abertamente, como o japonês.

Ele não queria se entregar tão facilmente as sensações que o japonês lhe causava, mas era quase impossível. Heero conhecia seu corpo ainda melhor do ele mesmo; sabia o efeito de cada toque e carícia, como sabia que o beijo dado lhe roubaria a razão. Duo se entregou ao ósculo com o mesmo ardor e logo ambos estavam gemendo um contra o lábio do outro, inundados pelo desejo que possuíam.

Heero estranhou o fato de não sentir a alma de Duo no beijo. Percebia que ele deveria estar pensando, mas sabia que isso não duraria muito tempo, e teve a confirmação ao sentir as mãos de Duo deslizando por suas costas e seu corpo. Como ele podia pensar que não era melhor que uma garota? Não se lembrava de nenhuma que causasse o mesmo efeito em si do que Duo. Bastava sentir os lábios macios e quentes que o desejo explodia dentro de si; toca-lo era uma experiência nova a cada vez: era especial e único, e por todos os santos, ele amava o americano desesperadamente.

Heero apartou o beijo quando ambos começaram a se sufocar por falta de ar, e olhou para Duo, que mantinha os lábios vermelhos e cheios entreabertos. Sentiu novamente a vontade de toma-los em mais um ardente beijos, mas ainda não havia recuperado totalmente o próprio fôlego. A visão de Duo arfando, o rosto corado e os olhos brilhantes, sempre seria seu desejo mais secreto. Com a voz enrouquecida pelo desejo, abraçou Duo, depositando a cabeça deste contra seu peito, enquanto lhe dizia o que pensava sobre a insegurança do amante.

Eu nunca iria querer uma garota, não depois de ter conhecido você. E se voltar a pensar nisso, eu vou arrasta-lo para nosso quarto e mantê-lo lá até que isso entre nessa cabecinha oca.

Apesar do tom firme, havia carinho nas palavras de Heero. Duo sorriu e balançou a cabeça contra o peito forte, respondendo com genuína alegria.

Está bem, amor, mas eu preferia que você colocasse outra coisa em mim, quando estivermos na cama.

Não se preocupe, amor, pretendo realizar o nosso desejo logo após o jantar.

Heero deu um meio sorriso antes de completar sua frase. Duo sentiu um ligeiro arrepio na base da coluna, diante do sorriso malicioso e da esfregada sutil do amante.

Mal posso esperar.

Heero sentiu-se mais aliviado ao ouvir a voz alegre de Duo, sem nenhum resquício de tristeza de antes. Ele olhou novamente para a sala decorada e para o relógio em cima da estante e se surpreendeu ao notar que marcava quinze minutos para as sete da noite. Ele se afastou ligeiramente e olhou para Duo, apontando para a bancada da cozinha.

Bem... alguém me disse que iria preparar o jantar especial e eu confesso que estou começando a ficar com fome.

Ai, eu esqueci.

Heero sorriu e Duo tentou se soltar, mas o japonês parecia que não queria soltá-lo. O americano olhou para o amante emburrado, e Heero apenas ergueu a sobrancelha esquerda.

Heero, me solta. Eu tenho que preparar o jantar.

Quem está impedindo?

Duo estreitou os olhos e Heero mordeu a curva do pescoço dele, antes de soltá-lo com um tapa no traseiro macio. Duo arrepiou-se com o gesto no pescoço e depois gritou pelo tapa nada gentil em sua bunda.

Hei!

Vai precisar de ajudar?

Não... porque você não toma um banho e descansa. Daqui a pouco eu termino, tomo um banho e a gente janta.

Está bem, estarei no quarto se precisar.

Duo sacudiu a cabeça e caminhou até a cozinha para preparar o jantar. Heero foi para o quarto e encontrou estendido na cama dois kimonos. Pelo que sabia, nenhum dos dois possuía kimonos, ainda mais tão bonitos. Ele sorriu e sentou-se na cama, lendo o papel escrito sobre o kimono colocado em seu lado da cama.

"Para usar durante o jantar. Espero que goste da cor, eu achei que combinaria com seus olhos."

O kimono era de um azul escuro, parecido com a tonalidade de seus olhos, e possuía alguns desenhos em tons de verde escuro que complementavam a beleza do tecido. O outro, que deveria ser usado por Duo, era de um vermelho luxuriante - quase vinho - com detalhes dourados. Heero imaginou como Duo ficaria vestindo roupas orientais e não pode deixar de ficar curioso, pois tinha certeza de que ficaria perfeito no americano, já que ele ficava belíssimo vestindo qualquer coisa, ou coisa nenhuma. Embora a última costumasse prender-lhe mais a atenção. Heero se levantou e decidiu por tomar um banho e depois adiantar um pouco o trabalho no laptop.

Duo conseguiu terminar tudo que achou necessário para o jantar, e quando olhou para o relógio viu que já eram quase dez horas da noite; certamente Heero já deveria estar com fome e havia ficado de avisa-lo quanto a colocar o kimono. Ele caminhou até o escritório, onde sabia que encontraria o amante. Sorriu ao ver o japonês concentrado em frente ao laptop, tentando terminar o projeto da empresa. Ele se aproximou devagar e se inclinou, sussurrando-lhe ao ouvido.

Ocupado, amor?

Heero se arrepiou ao sentir a voz suave e o hálito quente de Duo em sua nuca. Girou a cadeira e puxou o namorado, o fazendo sentar-se em seu colo, para logo em seguida beija-lo. O americano passou os braços por trás do pescoço do outro, aprofundando o beijo, que foi apartado quando ambos ficaram sem ar.

Nunca estou ocupado para você.

Duo sorriu e levantou-se do colo de Heero, percebendo que o amante já havia tomado banho e estava, literalmente, cheirando a madeira e canela, enquanto ele tinha o peculiar cheiro de peixe.

A janta já está pronta. Eu vou tomar um banho e me arrumar, enquanto isso, você pode colocar o kimono.

Está bem, amor. Eu vou salvar o arquivo e me trocar.

Está bem, você se arruma e me espera na sala?

Ok.

Duo deu um beijo rápido em Heero e foi para o quarto. O japonês salvou o documento e se dirigiu para o quarto. Ao passar pela sala, olhou para a bancada que estava repleta de travessas tampadas. No quarto Duo já se encontrava no banho e Heero resistiu à vontade de se "lavar" novamente. Despiu, colocando o kimono que lhe era reservado. Pouco antes de Duo sair do banheiro, o japonês deixou o quarto indo para a sala, onde ligou a TV para passar o tempo.

Ele estava de olhos fechados, apenas ouvindo o noticiário, quando um pigarro chamou-lhe a atenção, o fazendo abrir os olhos. Parado no corredor, estava a visão mais bela que ele poderia imaginar: Duo, maravilhosamente sexy com o kimono vermelho de detalhes dourados. Nem em seus sonhos poderia ter formado tão bela visão. O americano havia adquirido um ar sedutor, gatuno e exótico com os cabelos longos presos em um coque alto, sustentado por palitos, da mesma cor luxuriante do kimono, e com alguns fios, que caiam levemente soltos, pelo pescoço.

Duo sorriu diante do olhar de deslumbramento de Heero e não pode evitar observa-lo da mesma forma. O japonês estava incrivelmente lindo no kimono. Ficara feliz em ter escolhido a cor certa, pois ela realçava a pele morena e os olhos azul cobalto do amante. Ele viu Heero se levantar e ir até ele, o olhar estava escuro e o desejo era refletido em seus olhos.

Duo...você está lindo.

Você também, amor.

Duo sorriu ao ter a palma da mão beijada por Heero, e não pode se impedir de ruborizar diante do gesto; era como se o japonês o estivesse cortejando. Heero deu um meio-sorriso antes de se aproximar mais e beijar-lhe suavemente nos lábios. Duo tentou não tremer diante da carícia, mas foi quase impossível não faze-lo, pois o outro sabia exatamente como seduzi-lo, e era o que ele estava fazendo no momento.

Heero...nós..temos que...jantar..

Huumm...eu preferiria...jantar outra coisa.

Mmmmmm... amor... eu não sou... a janta... mas posso... ser a sobremesa, se você... quiser.

Adoraria.

Heero soltou Duo, que procurou se acalmar diante da carga de sedução a que havia sido submetido. Enquanto esperava recuperar seu controle, ele foi até a bancada pegar as travessas; o japonês fez menção de seguiu-lo, mas Duo apontou para a mesa.

Nada disso, sente-se que eu coloco as coisas na mesa, amor.

Não quer ajuda?

Não, pode sentar-se.

Duo colocou as travessas sobre a mesa e Heero ficou impressionado com seu conteúdo. Havia Koikoku14, Ebi no Niguiri15, Gomokuzushi16, Shimesaba17, Tori no Tsuquekari18, Misso Tare19, Wasabi20, entre outros pratos. Ele olhou para Duo quando o mesmo sentou-se a sua frente, do outro lado da mesa. O americano, sem dúvida, o havia surpreendido, mas achava que era muita comida apenas para eles dois.

Duo, você não acha que é comida demais?

Duo olhou para a mesa e depois para Heero, sacudindo a cabeça.

Não, Heero. Em todo o caso, a gente pode guardar para amanhã. Mas você tem que deixar lugar pra sobremesa.

Heero sorriu maliciosamente, pois nada o impediria de provar Duo após o jantar, nem se ele se empanturrasse de comida, o que não era seu hábito. Duo era quem tinha a mania de se entupir de comida. Diante do olhar malicioso de Heero, Duo corou ao lembrar que se oferecera como sobremesa para depois do jantar. Mas não era essa a sobremesa a que se referia no momento.

Não estou falando de mim, Heero.

Não!? Que pena....então você não está mais interessado em assumir o papel?

Eu não disse isso...eu adoraria ser a sobremesa, mas é que eu também preparei algumas coisas doces para o jantar.

Algo melhor do que você? Duvido muito.

Nada é melhor do que eu, amor. Ainda assim, eu preparei Moti21 e Zenzai22, embora seja mais consumido no inverno, não pude evitar.

Tenho certeza de que deve estar "saboroso".

Pelo olhar de Heero, e a entonação das palavras, tinha plena consciência de que o japonês não estava se referindo realmente aos doces que mencionara, mas sim a sua pessoa, e a forma ávida e ardente como que o japonês o olhava apenas confirmava suas suposições.

"O jantar será mais interessante que eu imaginei"

Algumas horas depois:

Duo estava arrumando a cozinha, enquanto Heero ficara na sala observando a noite da varanda. O céu estava estrelado e uma suave brisa desmanchava os cabelos do japonês. Do 18º andar onde moravam era possível ver uma parte do lago, a alguns quilômetros do condomínio. Havia algum tempo que ele e Duo não passavam uma tarde agradável junto ao lago; talvez fosse uma boa idéia irem até lá na próxima folga do americano. Heero ouviu Duo começar a cantarolar baixinho uma canção e se virou para observa-lo. O americano ainda se encontrava vestindo o kimono vermelho, com o cabelo preso em um coque. Os olhos de Heero se escureceram diante de um gesto que pareceria comum, se não tivesse passado grande parte do jantar com uma vontade louca de despir o amante.

Em sua opinião Duo tinha ficado incrivelmente sexy e vê-lo cantarolar, inclinando a cabeça e passando a mão pelo pescoço, reacendeu nele à vontade de toma-lo em seus braços e possui-lo no sofá da sala. Duo estava com sono. Dormir tarde, acordar cedo, trabalhar e passar a tarde toda arrumando as coisas para o jantar o havia esgotado. Ele deu um meio sorriso ao lembrar que o jantar havia sido um sucesso. Fora visível que Heero havia apreciado, não apenas o jantar, como a ele também. Pode notar durante boa parte da noite o olhar de desejo e luxúria do amante e em alguns momentos imaginou que Heero o deitaria na esteira que cobria o chão e o possuiria, e se viu desejando ardentemente que ele o fizesse. Mas o jantar transcorreu sem que isso tivesse acontecido de fato, mas ele pretendia terminar a noite sendo possuído pelo japonês, senão na sala, então que fosse no quarto.

Ele procurou terminar de arrumar tudo o mais rápido que pôde, sem notar o olhar de cobiça de Heero sobre si. Na verdade, estava tão preocupado em terminar logo com tudo, que nem ao menos se lembrava que o japonês ainda se encontrava na sala. Apenas notou sua presença ao ser agarrado pela cintura e ter o pescoço atacado por lábios famintos, mas não teve tempo de registrar o que aconteceu entre ser virado e ter seus lábios clamados, e o momento em que já se encontrava na cama, despido e sendo possuído ardentemente por Heero.

O japonês se mantinha acordado, observando o sono de Duo, os fios soltos espalhados pelo travesseiro. Ele afastou alguns fios que cobriam o rosto do amante para poder observa-lo, enquanto notava que o relógio marcava aproximadamente quatro da manhã de sábado. Logo mais a noite seria sua formatura e o encontro com seus pais. Não sabia o motivo, mas tinha um mau pressentimento quanto a isso e não gostava de sentir-se assim.

"De alguma forma eu preciso evitar que se encontrem... "

Continua.....

Mami esse capítulo é pra você, pois sem você não sei o que teria acontecido. Valeu pelas dicas da etiqueta japonesa, ajudou bastante.

Agradecimentos a sis Lien pelas idéias para o cap e pela betagem.

A todos os que comentaram os cap anteriores do arco.

1 Kazoku significa família ou membros de uma família.

2 Missô massa/pasta de soja

3 Tofu queijo de soja

4 Hondashi tempero à base de peixe

5 Wakame alga marinha

6 Shoyu molho de soja

7 Azuki feijão vermelho miúdo

8 Sake vinho de arroz seco

9 Suripa chinelo

10 Okaeri nassai koi significa seja bem-vindo amor.

11 Wasabi raiz forte

12 Hashi palitos de madeira. Medem de 16.5 cm de largura por 22.5 de comprimento e costumam ser de madeira laqueada.

13 Zabuton significa almofada

14 Koikoku - sopa de carpa

15 Ebi no Niguiri - sushi de camarão

16 Gomokuzushi - sushi colorido dentre os vários tipos de sushi, este é o mais simples e fácil e, por isso, o mais caseiro. Não há mistério nesta receita, basta misturar os legumes da estação ao arroz, soltando a sua criatividade.

17 Shimesaba é um sashimi preparado ao sabor do vinagre com açúcar. Esta receita pode ser feita não só com a cavalinha como também com a sardinha, desde que esteja bem fresca.

18 Tori no Tsuquekari - frango grelhado agridoce.

19 Misso Tare – molho de pasta de soja ótimo para furai (empanados) como camarão, por exemplo.

20 Wasabi – molho de raiz forte.

21 Moti – doce de arroz

22 Zenkai - um caldo doce de feijão azuki com pedaços de mochi (bolinho de arroz).