Desejos
Avisos: Esse capítulo contém cenas de um quase hentai, quem não quiser descobrir isso 'so cuide o que ler. Além de conter Yaoi/Lemon.
1x2x1
by Yoru no Yami
Faltavam pouco mais de dois dias para o Natal e as ruas já se encontravam repletas de pessoas atrás de presentes de última hora. As lojas apinhadas de pessoas querendo aproveitar as promoções que algumas ofereciam para os que deixavam para comprar os presentes mas perto da data. Heero sorriu ao lembrar que comprara o presente de Duo, quando fora a San Diego; sabia que não era um presente que Duo estaria esperando, mas desejava que o aceitasse. Ele olhou para o relógio notando que ainda eram nove horas, e que teria um almoço de negócios com alguns novos clientes - um projeto audacioso que Sam fizera questão de que ficasse a frente.
Embora tivesse pouco tempo de efetivação, sabia que era um dos melhores em sua área e Sam sabia bem disso, por isso fizera tanta questão de que a efetivação de Heero ocorresse e que o mesmo tivesse a oportunidade de ir ao congresso de engenharia e ficasse a frente do novo projeto. Ele sabia que tinha um futuro promissor na área e queria que o jovem tivesse todas as oportunidades para crescer no ramo e dentro da empresa. Sam foi até a sala de Heero e bateu na porta antes de entrar, encontrou o jovem falando ao telefone, pela voz baixa e sussurrada sabia com quem falava. O rapaz de cabelos longos que viera buscar o japonês no aeroporto a um dia atrás. Sam se perguntava se ele levaria o rapaz a festa de final de ano que a empresa oferecia a seus funcionários e parentes todo o ano.
Sabia que o jovem não tinha vergonha de seu relacionamento com o outro rapaz, mas sabia também que muitas pessoas não veriam com bons olhos tal relacionamento. As pessoas eram tão preconceituosas e mesquinhas. Viu o jovem desligar o telefone com um sorriso e se voltar para ele; era engraçado como o rapaz perdia a sensação das coisas a sua volta quando falava com o outro rapaz chamado Duo. Eles nunca haviam sido apresentados pessoalmente, mas simpatizara com ele a primeira vista, apesar do encontro um tanto rápido no aeroporto, quando partiram para o congresso. Heero levantou os olhos para encontrar um Sam sorridente a sua frente; havia encontrado um amigo no homem mais velho e quase um confidente durante a viagem a San Diego, afinal fora ele mesmo quem o incentivara a se decidir pelo presente que daria a Duo na noite de Natal.
- Vim perguntar se está tudo pronto para a reunião.
- Está sim.
Sam sorriu diante do olhar do rapaz e da face ligeiramente corada, e não pode evitar perguntar se era o outro ao telefone. Não foi com surpresa que viu a face dele se tornar mais avermelhada.
- Era ele ao telefone?
- Sim, ele queria saber se poderíamos almoçar juntos, uma vez que ele vem ao centro resolver algumas coisas pra loja, mas eu disse que tinha um almoço de negócios.
- Uma pena.
- É sim, Duo quase não vem ao centro a essa hora por causa do trabalho, ainda mais com o Natal tão perto e o movimento tão grande na loja.
- Bem vocês ainda podem sair para jantar, eu e minha esposa sempre vamos ao Fiore Restaurant na Will Cher's Boulervard. Ele tem uma cozinha deliciosa além de ser um lugar calmo e reservado.
- Obrigado, Sam, eu vou ligar mais tarde para ele e verificar se quer sair para jantar fora. Ele geralmente prefere ficar em casa e cozinhar.
- Ele cozinha!?
Heero sorriu diante da surpresa de Sam, ele também ficara surpreso, não pelo fato de Duo cozinhar, afinal ele também conseguia fazer algumas coisas na cozinha - quando se mora sozinho por muito tempo acabasse aprendendo algumas coisas. Mas o fato era de que Duo era um excelente cozinheiro, embora o mesmo admitisse que não costumava cozinhar muito quando morava sozinho, pois não havia graça cozinhar para apenas uma pessoa.
- Sim, Duo é um excelente cozinheiro, porque você e sua esposa não vêm jantar conosco um dia. Tenho certeza de que Duo adoraria, ele adora fazer as pessoas de cobaia.
- Aceitarei com prazer o convite, Heero. Eu também vim avisa-lo de que não irei com vocês.
- Você não vai conosco?
- Infelizmente não, tenho uma outra reunião agora e não sei a que horas ela vai terminar. Como você está a frente do projeto não há necessidade de nós dois estarmos presentes. Depois você me passa tudo que foi discutido.
- Está certo.
- Eu já avisei a Thomas e Fred que iram apenas vocês três.
- Está bem, Sam.
Sam deixou a sala e seguiu em direção aos elevadores para a reunião que teria em outro andar. Algumas horas depois o telefone tocou e Heero deixou sua sala com o material que iriam discutir durante o almoço. Encontrou Thomas e Fred junto a área dos elevadores. E todos seguiram no carro de Heero em direção ao restaurante. Em poucos mais de vinte minutos já se encontravam sentados com os clientes. O lugar não estava tão cheio quanto costumava ser, embora isso não fosse exatamente um problema, uma vez que tinham reservas para aquele horário. Eles decidiram por fazer o pedido e discutirem uma parte do projeto enquanto aguardavam a comida chegar. Todos estavam conversando quando um dos clientes deixou escapar uma exclamação diante da mulher que entrava naquele momento pela porta.
- Meu Deus, que mulher é aquela?
Todos olharam na mesma direção em que Rhod mantinha os olhos vidrados. Uma mulher de aproximadamente 1,75m, com os cabelos longos de um castanho dourado, vestindo um conjunto preto e uma pasta executiva. Ela sorriu quando um rapaz se desculpou por esbarrar nela, ao sair do restaurante e Heero sentiu como se seu coração tivesse saltado em seu peito. Aquele sorriso, ele conhecia-o de algum lugar, apenas uma pessoa causava essa sensação de falta de ar com apenas um sorriso. Ele a viu solicitar uma mesa e acompanhar o garçom, e ignorando os olhares embevecidos dos homens ao redor, ela caminhou suavemente até a mesa, sorrindo ao garçom que lhe entregou o menu.
Ela havia sido encaminhada a uma mesa próxima a deles, sentando-se quase em frente. Ela ignorou os olhares de cobiça e luxúria por onde passava, era como se não soubesse o efeito que causava ou já estivesse acostumada a reação dos homens e isso não representasse nada para alguém como ela. Era como se ninguém pudesse alcança-la ou pudesse satisfazer seus desejos. Ela sentou-se colocando a pasta ao lado, fazendo o cabelo escorrer por seu rosto, depois levou a mão a longa mecha, a colocando delicadamente atrás da orelha, as longas unhas pintadas de um vermelho escuro assim como seus lábios.
Heero sentiu uma necessidade estranha em saber quem era ela. Jamais uma mulher despertara nele tanto desejo, apenas Duo causara essa sensação quando desejava secretamente conhece-lo melhor. Os homens de sua mesa começaram a falar sobre a mulher que lia o jornal de negócios local, enquanto que ela parecia alheia aos olhares de desejo e das palavras sussurradas a cerca de sua beleza. O almoço de todos chegou, fazendo Heero desviar seus pensamentos da mulher. O almoço transcorreu sem problemas, o negócio havia sido fechado, embora a maior parte do tempo a atenção fosse voltada para a mulher que almoçava tranqüilamente.
Heero podia ouvir as apostas de quem teria coragem para ir até a mesa e descobrir mais sobre ela, mas por algum motivo ele não desejava que alguém falasse com ela, sentia que a conhecia e desejava descobrir se era verdade ou infundado tal pensamento.
- Quem será ela?
- Ela é maravilhosa....aposto que deve ter um corpo magnífico.
- Reparou nas pernas dela?
- Eu adoraria leva-la para cama.
- Porque não vai lá e fala com ela?
- E porque não, quem sabe eu não consiga leva-la para um lugar mais aconchegante depois.
Todos riram com exceção de Heero que ainda a observava. Por um instante ela levantou a cabeça e pareceu encara-lo, mas depois voltou sua atenção novamente ao jornal.
- Aconchegante....você quer leva-la é para a cama.
- E quem não gostaria de dormir com ela?
E sem perceber Heero se ouviu dizendo que iria até ela.
- Eu vou falar com ela.
- Heero.
Thomas e Fred se olharam surpresos, não esperavam que o japonês, sempre tão sério e fechado, fosse se oferecer para descobrir mais sobre a maravilhosa mulher. Pelo que imaginavam o japonês era introvertido demais para ter tal reação. Mas ao que parecia o charme e a beleza da mulher o haviam aprisionado, pois ele não tirara os olhos dela um minuto durante todo o almoço. Ele levantou-se da mesa, disposto a saber se era Duo realmente e o estava fazendo ali, vestido daquela forma. Ele se aproximou da mesa da mulher que fazia algumas anotações do jornal em um pequeno bloco. Assim que parou ao lado da mesa, ela levantou a cabeça o olhando, sua voz era suave e baixa, o que causou um estremecimento em Heero. A voz não era de Duo apesar de lembrar a do americano, ainda assim tinha quase certeza de que era Duo.
- Posso ajuda-lo?
- Duo, o que faz aqui?
A mulher olhou confusa por sobre os óculos escuros, franzindo as sobrancelhas, ela retirou os óculos, revelando olhos de um castanho escuro.
- Desculpe-me, mas acho que você me confundiu com alguém.
Heero por um momento não soube o que fazer a mulher a sua frente embora lembrasse o americano, não era ele. As feições eram parecidas, o tom dos cabelos, mas o comprimento deles era maior, o perfume não era o mesmo, sem falar na voz e nos olhos. Ele estava pronto para se desculpar quando ela falou novamente, deslizando sua mão sobre a do japonês, que se encontrava pousada sobre o encosto da cadeira.
- Eu me chamo Anele, e pelo que vejo você me confundiu com alguém, espero que não seja uma namorada, pois pelo que posso perceber não é noivo ou casado.
Heero sentiu um ligeiro arrepio diante do toque macio dela, mas ao ouvi-la perguntar abertamente se era comprometido, isso o fez retirar sua mão e ficar vermelho, o que a fez sorrir lindamente. Ela recolheu suas coisas e levantou-se sussurrando em seu ouvido.
- Você fica ainda mais lindo envergonhado.
Ela passou por ele deixando a mesa, e ao passar pela mesa onde o japonês estava sentado, ela parou por alguns instantes e se afastou sorrindo. Heero voltou seu olhar para a porta para vê-la sair e parar por alguns instantes na calçada, como se decidindo que direção tomar. Ele retornou a mesa para receber os cumprimentos pelo fato de ter conseguido a atenção da mulher, que havia se dirigido a eles apenas para perguntar sobre o nome do japonês.
Por volta das 19h.- Condomínio The Park Roses:
Heero chegou ao condomínio cansado e se sentindo culpado, pois passara a tarde toda pensando na estranha mulher. Tivera que agüentar as piadas sobre tê-la fascinado e ter ficado fascinado por ela durante todo o caminho de volta. Tudo o que desejava agora era chegar no apartamento tomar um bom banho e esperar seu amante chegar do trabalho, para leva-lo para jantar no restaurante que Sam lhe dissera. Mas assim que saiu do elevador a viu parada a porta de seu apartamento. Ela tocava a campainha e se virou no momento que o elevador chegou, Anele ficou encarando-o por alguns segundos, antes de sorrir e encostar-se à porta do apartamento. Viu a guardar um pedaço de papel e aguardar que viesse em sua direção.
Heero não sabia o que fazer, certamente ela sabia que aquele era seu endereço, embora não soubesse como ela o descobrira. Exasperado ele caminhou até ela e parou assim que se encontrava a sua frente.
- O que faz aqui?
Ela sorriu cinicamente antes de responder de forma irônica e maliciosa.
- Não vai me convidar para entrar?
- Porque deveria?
- Educação?
- Não costumo ser educado com quem não conheço. E como descobriu onde moro?
- Não é muito difícil quando se sabe conversar.
Heero estreitou os olhos a fazendo afastar-se para então abrir a porta. Pretendia fecha-la, mas ela foi mais rápida e acabou por entrar no apartamento. Anele seguiu pelo corredor da entrada, chegando até a sala, como se já conhecesse o lugar. Sentou-se no sofá colocando a pasta e o casaco sobre a mesa de centro. Heero colocou suas coisas na bancada da cozinha, olhando friamente para ela, que simplesmente ignorou seu olhar.
- Bonito apartamento.
- Hn.
Ela levantou-se olhando os retratos na estante, em um deles o japonês se encontrava com o semblante aborrecido e era abraçado com um rapaz sorridente de longos cabelos castanhos, presos em um trança que caia por sobre o ombro esquerdo, seus olhos de uma cor violeta eram lindos e ela sorriu segurando o retrato, que foi arrancado de sua mão. Ela olhou indiferente ao gesto e voltou-se para o japonês que recolocava o retrato em seu lugar.
- Então você é esse corpo. Que pecado!!!
- O que você quer?
- Um copo de água....
Apesar da parada nas palavras, ela não continuou o que queria pretendia dizer. Heero a olhou por alguns instantes e foi buscar a água, ao virar-se de costas ela desapareceu dentro do apartamento. Segundos depois ele pode ouvir a voz dela longe e olhou para a sala, mas ela não se encontrava mais lá.
- Para começar, mas a verdade é que eu quero você, Heero Yuy.
Heero deixou a cozinha para ir para onde a voz dela parecia vir, do quarto que compartilhava com Duo. Não foi surpresa encontra-la deitada na cama, a cabeça repousada no travesseiro do amante, as coxas aparecendo - pelo fato da saia ter suspendido um pouco. Chegando ao seu limite, Heero se aproximou da cama e segurou o braço da mulher, arrancando-a de onde estava; já tolerara por demais a presença dela. Ela iria sair do apartamento por bem ou por mal. Anele se assustou ao ser agarrada com violência pelo braço, o japonês tinha os olhos escuros e parecia conter-se para não agredi-la fisicamente. Seu braço doía terrivelmente e sabia que ficaria marcada mais tarde, mas estava disposta a ver até onde ia a resistência do japonês.
- Você vai deixar minha casa agora, antes que eu faça algo da qual vai se lamentar mais tarde.
- Tipo o que? Porque você não admite que se sente atraído por mim, da mesma forma que eu por você.
Os olhos de Heero se estreitaram e ele segurou-a pelos dois braços a trazendo de encontro ao corpo. O corpo dela tremia levemente e os olhos, antes travessos, apresentavam agora um ligeiro resquício de medo. A voz saiu ligeiramente irritada e ela procurava suplantar o medo em sua voz.
- Oras, deixe de ser teimoso... vai ser só uma transa. Eu não quero casar com você!!!
- Eu nunca trairia Duo com uma qualquer
- Interessante, o nome dele é esse? Bem eu não sou uma qualquer, Heero, além do mais, foi você quem foi até a minha mesa e não eu.
- Eu a confundi com alguém, mas deveria estar louco ao confundi-la com ele.
- Huum... seu namoradinho costuma se vestir de mulher, para excita-lo.
- Ora sua...
Heero sibilou as palavras antes de começar a arrasta-la em direção a saída do apartamento, pois a arrancaria a força de lá. A mulher resistiu tentando firmar o pé e não o deixar arrasta-la, enquanto voltava a falar maliciosamente, o que o fez parar de imediato no meio da sala.
- Se eu disser que eu quero você.Vai me bater e me arrastar para fora de sua casa?
- Sim, se for necessário. Você nem deveria ter entrado.
- Você poderia ter me impedido se quisesse não acha?
Anele sorriu e deslizou a ponta da unha no peito de Heero, descendo sua mão ate encontrar o que buscava.. Ela acariciou o meio das pernas do japonês sem nenhum pudor, o fazendo joga-la no sofá com violência, depois que a mulher se atreveu a toca-lo mais intimamente. Ela gritou e por um segundo ele pareceu reconhecer o grito da mulher que caia sem jeito no sofá. Anele gritou ao ser jogada no sofá se assustando. Não deveria ter ido tão longe, não tão rápido, mais não pudera evitar tocar o membro do japonês, tinha curiosidade em saber se ele era tão maravilhosamente dotado quanto aparentava ser.
Heero passou as mãos pelos cabelos desarrumados e olhou para a mulher que se levantava do sofá: os fios soltos bagunçados e o rosto afogueado pelo susto. Ele procurou desculpar-se por ter perdido a cabeça e quase a machucar, embora ela parecesse estar pedindo por isso.
- Desculpe-me. Você está machucada?
- Não..Eu estou bem. Ainda vai me arrastar porta à fora?
A mulher deu um sorriso malicioso e se aproximou perigosamente de Heero, o fazendo bufar. Será que ela não desista nunca? Porque cismara logo com ele, quando todos os que estavam no restaurante se mostraram mais do que dispostos a leva-la para a cama. Ela fora escolher logo ele. Tudo porque tinha cometido a burrice de ter ido falar com ela pensando que fosse o americano. Ele olhou para o relógio de pulso e viu que estava quase na hora de Duo chegar. Não queria nem pensar no que ele faria se encontrasse uma mulher dentro do apartamento, e ele com a camisa aberta. Certamente Duo não falaria com ele e nem o deixaria toca-lo tão cedo, pelo menos não até que ele parasse para ouvi-lo, e pelo que conhecia de Duo, isso seria quase que impossível de acontecer. Ele teria que amarrar o namorado para se fazer escutar e se o americano iria acreditar em suas palavras, seria uma outra história. Heero respirou fundo tentando se acalmar antes de falar e não perder a cabeça.
- Olhe, Anele...você é uma mulher muito bonita, mas eu já tenho um namorado e eu o amo e não pretendo trai-lo apenas para saciar um desejo seu.
- Não é apenas meu, Heero...eu sei que você também me deseja. Posso ver isso em seus olhos.
- Ok, digamos por alguns segundos que eu a deseje, ainda assim eu não dormiria com você.
- Não vamos dormir querido, mas transar e apenas isso.
- Hn...apenas em seus sonhos.
Por alguns instantes a mulher sorriu e Heero vislumbrou Duo através de seu sorriso.
- Bem, eu não costumo desistir do que quero, Heero, e nesse momento eu quero você. Então, ou você me leva para a cama ou vai ter que me arrastar até o elevador, pois eu não pretendo sair daqui.
- Que seja.
Unindo ações a suas palavras Heero pegou a mulher pelo braço, a puxando novamente em direção a porta. Ele estava quase chegando na porta quando a mulher de alguma forma girou o pulso invertendo as posições: agora era ele quem era seguro por ela, que de alguma forma possuía uma força equivalente a sua, ou talvez ele não desejasse tanto assim se soltar dela. Ela sorriu e o imprensou contra a parede com o próprio corpo, segurando seus braços ao lado de sua cabeça. Ele sentiu-se preso ao olhar da mulher que devorava sua boca com os olhos, e sem perceber, ele entre abriu os lábios momentaneamente e sentiu a língua quente dela invadir-lhe a boca.
Heero tentou não reagir ao beijo, mas foi impossível. Havia algo de familiar nos lábios quentes e sedentos. Ele sentiu que ela já não o segurava e também já não fazia mais diferença, pois ele não pretendia afasta-la. Ao contrário, ele girou o corpo a imprensando contra a parede e a beijando com o mesmo ardor. Os dedos das mãos de Anele se encontravam emaranhados nos fios do cabelo de Heero e suas línguas se encontravam batalhando, como se duelasse uma contra a outra pelo direito de comandar o beijo. Heero podia sentir cada curva daquele corpo, mas ele conhecia aquele corpo. Quando finalmente o cheiro de flores e laranja penetrou por suas narinas, devido a proximidade, ele percebeu que era o cheiro dos cabelos de Duo.
Heero se afastou e olhou nos olhos castanhos, tentando enxergar através deles.
- Duo?
A mulher que beijava era Duo, tinha que ser ele, ninguém mais poderia causar-lhe as mesmas sensações, ninguém poderia ser tão ardente e entregue ao seu toque quanto o americano. Ele sentiu a mulher circundar-lhe a cintura com uma das pernas e sua mão viajou por entre as pernas dela, até o lugar onde poderia certificar-se quem era realmente a pessoa que beijava. Ao tocar-lhe o meio das pernas pode sentir o volume entre elas, assim como ouviu o som de seu nome pronunciado com o mesmo abandono com que Duo pronunciava quando se amavam. A mulher sorriu e esfregou-se no japonês que fechou os olhos.
- Sim, amor.
Heero afastou-se ligeiramente para olhar para o amante a sua frente. Ele sorria maliciosamente, o que fez o japonês se aproximar novamente dele, deslizando sem pudor suas mãos pelas formas cobertas pela saia e blazer. Como não notara que o corpo que tocava era o de Duo? Ele abriu o blazer para encontrar uma blusa branca; abriu os primeiros botões para revelar um sutiã de renda branca. Ele levou uma de suas mãos para dentro da peça acariciando o mamilo escondido atrás do enchimento, ouviu Duo ofegar com a carícia e deu um meio sorriso antes de beija-lo com luxúria.
Seus lábios abandonaram os dele e Heero o virou de costas afastando os fios lisos, beijando sua nuca, enquanto suas mãos deslizavam pelas coxas cobertas pela meia fina, levantando-lhe a saia, para acariciar melhor o corpo que tanto desejava. Duo esfregava sua bunda contra o membro de Heero, que gemeu. A saia já se encontrava erguida quase à altura do quadril, e a voz de Heero saiu rouca e descompassada diante da excitação que sentia ao sentir as nádegas do namorado se esfregando em seu membro, preso em suas roupas.
- Acho que...mudei...aaaahhhhh...de idéia
- Mmmmm....aahhhhhh...quanto a que?
- Quanto a...... joga-la em minha cama e...aaahhhhh.....mmmmmm dar-lhe o que veio buscar.
- E quanto ao seu namorado?
- Acho que ele entenderia, mas devo avisa-la que não tenho uma constituição equivalente a minha etnia
- Acho que eu já notei...e mal posso esperar para sentir a eficiência.
- Terei um "enorme" prazer em lhe mostrar.
Heero a virou e a carregou em direção ao quarto. Depositou-a com suavidade nos lençóis, e abriu a calça com a ajuda dela, a deixando deslizar pelas pernas musculosas. Estava a ponto de retirar a calça, quando ela o impediu balançando a cabeça.
- Fique com elas, ele pode chegar e será mais rápido se transarmos vestidos.
Heero sorriu maliciosamente e concordou, ele a ajudou a retirar as meias e a calcinha branca que fazia conjunto com o sutiã. Ele olhou para o rosto dela, que se encontrava corado, e se inclinou, sumindo por entre as pernas dela. Podia ouvi-la arfar e gemer enquanto a tocava intimamente com os lábios e a língua. Ela gemia seu nome agarrada aos lençóis da cama.
Heero se levantou, vendo o rosto suado e a fez sentar-se sobre seu membro a penetrando em uma única investida. Ela gritou ao ser penetrada dessa forma, mas logo a dor se transformou em prazer, a medida em que sentia o membro deslizar dentro de si.
As estocadas se tornaram mais fortes e rápidas e ela se segurava nos ombros largos e fortes do japonês. O prazer vinha forte e rápido e ela alcançou o gozo no mesmo instante em que o japonês despejava sua conclusão por entre suas nádegas. Ela deixou sua cabeça cair sobre o ombro de Heero, que levantou-se com o membro ainda dentro dela a colocou deitada na cama, retirando-se de seu corpo. Ele retirou suas roupas deitando-se ao seu lado, beijando-lhe o rosto o fazendo abrir os olhos.
- Você está bem?
- Sim, amor...gostou da surpresa?
- Você é maluco, sabia? Mas sim, eu gostei.
- Que bom....a Hilde vai me matar por ter estragado a roupa da mãe dela. Ela me avisou para não fazer isso vestido, pois iria manchar a saia.
- A gente compra uma roupa nova pra mãe dela, não se preocupe.
Eles ficaram em silêncio por algum tempo até que Duo se inclinou sobre o peito de Heero sorrindo .
- Porque não saímos para dançar e aproveitamos o meu visual. Meu cabelo não estará tão liso amanhã quando o lavar e eu levei quase três horas no salão para ele ficar desse jeito.
- Não sei se quero exibi-lo por ai assim, alguém poderia paquera-lo e eu ficaria tentado a quebrar o rosto da pessoa que se engraçasse por você.
- Huumm...ciumento.
- Apenas por você....agora me diga que história foi essa de se vestir de mulher e aparecer assim no mesmo restaurante que eu.
- Uma fantasia minha, eu sempre imaginei como seria transar vestido e como uma mulher...não gostou?
- Adorei...eu também tenho algumas fantasias.
- Verdade!!! Qual?
Heero sussurrou algo no ouvido de Duo, que corou violentamente, olhando surpreso em seus olhos, sem acreditar no que ouvira. Não que ele se opusesse à fantasia de Heero, ele até tinha essa curiosidade, mas jamais pensara que o japonês também desejasse isso. Ele se ergueu sentando-se sobre os quadris do japonês, que o olhava com carinho. Ele viu Duo retirar peça por peça da roupa que vestia e se inclinar sobre si até alcançar seus lábios, sem no entanto beija-los.
- Tem certeza, amor?
- Tenho, Duo.
Duo beijou os lábios de Heero, que o puxou para mais perto de si. O beijou começou devagar sem pressa, até que se tornou sedento e profundo, com as mãos de Heero deslizando pelas costas de Duo, e em seguida ele girou o corpo, invertendo suas posições. Ele apartou o beijo e fitou o rosto do amante: Duo era sua vida e sua melhor fantasia, sentia-se capaz de pedir qualquer coisa a ele, seus mais íntimos segredos e fantasias. Como a que pedira agora. Eles ficaram se fitando e Duo viu confiança nos olhos de Heero, por isso sorriu e gemeu quando o amante beijou-lhe o pescoço e acariciou uma de suas pernas a erguendo ligeiramente.
Suas mãos alcançaram os ombros largos e ele se deixou ser explorado pelos lábios do amante, mas não era sua a fantasia que deveria ser realizada agora, e sim a de Heero. Ele deslizou suas mãos deixando que elas explorassem os músculos das costas do amante antes de alcançarem as nádegas firmes. Duo as apertou pressionando o corpo de Heero contra o seu, fazendo o japonês ofegar ao ter as nádegas apertadas e sentir os lábios dele em seu ombro, o mordendo. Ele deixou que Duo invertesse as posições e sorriu ao ver o desejo reluzindo em seus olhos. Ele jogou a cabeça para trás ao senti-lo esfregar-se em si.
Duo começou a percorrer com os lábios o dorso perfeito do amante, seus lábios encontraram os mamilos já excitados, passando a língua ao redor deles e aprisionado o bico entre os dentes, o puxando levemente. Heero levou suas mãos aos fios longos os segurando fortemente entre os dedos; Duo conseguia ser tão bom com os lábios que às vezes era impossível pensar, sua sanidade estava sendo minada aos poucos pelos lábios dele. Duo sentia o membro de Heero se pressionar contra sua coxa e ele levantou-a levemente para esfrega-la no membro desperto. Heero gemeu seu nome, perdido nas sensações que Duo lhe causava. Ele pretendia segurar o amante e vira-lo, mas Duo segurou-lhe os braços acima da cabeça.
- Não, amor...hoje é sua vez.
Heero balançou a cabeça e levou as mãos à cabeceira da cama a segurando. Duo sorriu e levou sua mão ao membro que despontava ereto entre as pernas longas e musculosas de Heero. Ele lambeu os lábios diante da visão do corpo perfeito. Sentia seu próprio membro doer em resposta diante de tal visão; Duo desejava ardentemente que ele enterrasse tal maravilhoso pedaço de carne em sua intimidade, mas sabia que dessa vez os papéis seriam trocados. Duo se inclinou e sugou o umbigo de Heero, afundando a língua dentro dele, suas mãos viajando pelas coxas grossas, acariciando a virilha, brincando com os fios que ornavam sua masculinidade.
- Duo.....
Heero fazia um esforço para não soltar a cabeceira da cama e agarrar Duo pelos braços e imprensa-lo contra a cama. O americano o estava atormentando com a língua e as mãos que se recusavam a tocar-lhe onde mais desejava no momento. Seu membro doía em necessidade de se perder na caverna úmida que era os lábios de Duo, até que ele sentiu a ponta da língua em sua cabeça e ofegou gemendo novamente seu nome em abandono.
- Duo....
Duo sentiu o gosto do liquido branco que já se acumulava na cabeça de Heero e decidiu livra-lo do delicioso tormento, engolfando de vez o membro quente e pulsante do japonês em sua boca. Ao sentiu seu membro ser engolfado pela boca de Duo, o japonês arqueou as costas soltando as mãos e gritando o nome dele.
- Duuoooo.
O americano subia e descia habilmente os lábios sobre o membro de Heero, enquanto sua mão dava pequenos beliscões em seus mamilos. Sabia que Heero enlouquecia a tão simples gesto, ainda mais quando era estimulado dessa forma. o japonês acompanhava com os quadris os movimentos da boca de Duo, o calor se alastrava como fogo em seu corpo, seus sentidos eram assaltados por todas as sensações que aquela boca fazia. Seu corpo começou a tremer indicando que o gozo viria logo e isso fez com que Duo aumentasse a velocidade do ato. O americano preparou-se para sorver o gozo de Heero, com o mesmo prazer que degustava um saboroso vinho. Com um grito rouco, Heero alcançou o gozo, despejando-o fortemente na boca de Duo, que sorveu até a última gota.
Duo abandonou o membro flácido e o namorado o puxou, tomando os lábios do amante entre os seus, provando-se através dele. Duo arregalou os olhos, surpreso diante da fome com que o japonês o beijava, e agarrou-se a ele, sentindo o membro deste começar a ganhar vida novamente. As mãos de Heero alcançaram o meio das pernas do outro, agarrando seu membro e o massageando avidamente, o fazendo ganhar ainda mais vida.
- Heero....
Duo gemeu entre os lábios do japonês, ao ter o membro agarrado pelo parceiro. Ele se encontrava perdido entre sucumbir ao controle de tão fortes mãos, ou terminar o que havia iniciado: a posse do corpo de Heero.
- Duo...eu o quero....Deus....
- Sim...aaaaahhhhhh...sim Heero....
Duo reuniu suas forças e deslizou sua mão pelas costas de Heero, procurando alcançar a intimidade escondida e intocada do namorado. Sentiu o amante apartar mais as pernas dando-lhe melhor acesso a sua intimidade. O japonês tremia em expectativa e Duo passou a ponta de seu dedo sobre a entrada que parecia pulsar em antecipação. Seria a primeira vez que seria possuído por alguém e sabia que a melhor pessoa para faze-lo seria Duo. Já algum tempo se pegara pensando qual seria a sensação de ser possuído pelo membro do americano, e por diversas vezes quase expressara seu desejo de tornar-se a parte a ser possuída no ato, mas sempre mudava de idéia ao ver Duo tão receptivo, aliado ao fato do namorado nunca esboçar qualquer desejo em ser a parte ativa da relação, assumindo sempre a parte passiva.
Duo lambeu o lóbulo da orelha de Heero antes de empurrar o dedo pelo canal estreito e quente do namorado, e encontrando certa resistência, Duo levou o dedo a boca o umedecendo. A visão do americano sugando o próprio dedo fez o membro de Heero contrair-se de prazer; não agüentando, ele puxou a mão do amante a levando a própria boca, deslizando sua língua ao redor dos dedos delgados, os sugando e mordendo levemente.
Ao ter a mão tomada e os dedos sugados, Duo sentiu seu membro pulsar dolorosamente em resposta; o desejo de preencher o japonês, possui-lo ardentemente, da mesma forma que ele fazia consigo, se tornou mais forte e ele puxou sua mão retornando ao meio das pernas do namorado para prepara-lo da mesma forma carinhosa com que costumava ser preparado pelo japonês.
Duo empurrou um dos dedos umedecidos pela saliva de Heero contra a entrada deste. Eles mantinham os olhos presos um no outro, enquanto Duo alargava a entrada de Heero com o dedo, estirando a passagem com movimentos lentos e cuidadosos. Um segundo dedo se juntou ao primeiro e Heero começou a ofegar ligeiramente, esquecendo o desconforto inicial causado pela entrada dos dedos em sua intimidade. Em determinado momento, Duo alcançou sua próstata e Heero gemeu começando a empurrar-se contra os dígitos invasores, querendo aprofunda-los ainda mais dentro de si, tentando obter uma pressão maior contra o ponto que o fizera sentir pequenas descargas por todo o corpo.
- Aaaaahhhhhh Duo.....
Duo sorriu perdido no som dos lábios de Heero pronunciando seu nome com tamanho abandono e prazer. Ele adicionou um terceiro dedo, sentindo que a passagem deles se tornara mais fácil, e continuou a entrar e sair de Heero com os dedos, até que o japonês segurou-lhe a mão e estendeu o braço para pegar o lubrificante em uma das gavetas da cama.
- Por favor...amor, me possua.
- Heero....
Duo acreditou ter morrido e indo para o paraíso ao ouvir Heero pedindo para possui-lo. Pegou o lubrificante estendido pelo namorado, despejando uma certa quantidade nas mãos, direcionando-as para o próprio membro, para cobri-lo com o lubrificante, e as mãos de Heero se sobrepôs as suas, o ajudando a cobrir o membro. Seus dedos escorregavam um nos outro cobrindo toda a extensão do membro inchado. Duo começou a gemer e a arfar à medida que Heero aumentava a massagem em seu membro, fazendo com que sua própria mão acompanhasse o ritmo imposto pelo japonês.
- Aaaahhhhh....Heeerrrooooo
- Duuuooooo..
Ao ver que Duo não agüentaria por muito tempo, Heero retirou suas mãos e deitou-se na cama, abrindo as pernas, aguardando que Duo o possuísse. O americano sorriu e se posicionou a entrada de Heero, se empurrando contra o corpo do amante, sentindo-o franzir o rosto em dor. Seus dedos não podiam ser comparados a seu membro, e ele procurou se lembrar do que Heero fizera para distrai-lo da dor a primeira vez que dormiram juntos. Duo buscou o membro do namorado entre seus corpos e começou a estimula-lo; o japonês abriu os olhos diante do estímulo, e pôde ver a preocupação na íris ametista. Sorriu se empurrando contra o corpo dele.
Seus corpos se encontravam arfantes e cobertos por uma fina camada de suor, Duo parou quando se encontrava completamente dentro de Heero, acariciando o rosto dele, procurando respirar, embora fosse quase impossível, tamanho o prazer de ter o membro aprisionado no corpo quente do namorado.
- Você....arf...você está bem?
- Sim....meu amor, mova-se.
Heero se moveu fazendo o membro de Duo massagear as paredes de seu canal, enquanto que o amante ofegava ao ter o membro massageado, até que tomou as rédeas e começou a penetra-lo lentamente, aumentando os movimentos a medida que a passagem se adequava ao membro em seu interior e que o prazer se anunciava.
Heero jogou a cabeça para trás e começou a empurrar-se contra o membro de Duo, o fazendo ir mais fundo. Eles começaram a mover-se com mais força e mais rápido, ambos com a mesma necessidade de alcançar o gozo um nos braços do outro. O japonês levou sua mão ao próprio membro, estimulando-se na velocidade em que o namorado o penetrava. Os gemidos de ambos aumentaram, os enlouquecendo. No momento em que eles alcançaram juntos o gozo, seus olhos se mantinham presos em cumplicidade e amor. A semente de Duo escorreu pelo canal de Heero tornando-o seu.
Heero gritou o nome de Duo ao alcançar a plenitude em seus braços. Havia sido perfeito e único; sua semente escorria por seus dedos e ele abraçou o amante que caía sem forças em seu peito. Sentiu-o retirar-se de seu corpo e beijou-o apaixonadamente nos lábios, antes de faze-lo repousar em seus braços. Não precisava dizer-lhe o quanto havia sido especial e o quanto o amava, estava escrito em seu olhar no momento em que eles alçaram juntos os céus. Sentiu Duo se aconchegar mais aos seus braços e depois um leve ressonar indicando que ele adormecera. Heero sorriu e pensou, antes de entregar-se ao sono e sem importar com a bagunça que haviam feito, de que às vezes se render às fantasias podia ser maravilhosamente recompensador. Ainda mais quando se está com a pessoa certa.
Owari
Mais um ahahahahahahah tô ficando boa nisso.
Mami esse é pra você FELIZ ANIVERSÁRIO (VIVA 22/12 )
Finalmente a pedidos escrevi um lemon 2x1, espero que gostem, pois vou minha primeira tentativa e talvez a única por isso aproveitem. (comentário da Lien: se vocês não gostaram do 2x1, mea culpa... Afinal a doida que dá as idéias sem graça sou eu... Se quiserem atirar pedras eu até deixo...)
Agradecimentos a todos os que comentaram e a família do coração.
