Retratação: vocês já sabem, eles não são meus. Quem me dera!
Agradecimentos: a todos que leram, deixando ou não reviews, mas principalmente a uma pessoinha linda que tem me apoiado demais nessas fics de Gundam. Você sabe muito bem que eu falo de você. Até a próxima, gente! Ah sim...a Pipe pediu lemon, mas duas vezes em capítulos quase seguidos é brincar um pouco demais com o meu coração, né? Esse aqui é apenas um fechamento leve da fic. Obrigada mesmo, gente, à todos os comentários!
Epílogo – Lar:
Seis meses depois...
Vá atrás dele.
Nunca pensei que uma simples frase pudesse significar tanto. Pra mim, foi uma chance de recomeçar. Ou melhor, de fazer as coisas certas.
Devia ter desconfiado quando Melissa não mais me olhou, pouco antes de trocarmos as alianças, ou quando ela retraiu a mão esquerda, não deixando que eu prosseguisse com aquele ato de compromisso. Os olhos dela estavam marejados, mas não de tristeza, mas de incentivo. Era estranho ver aquilo.
Então, ela disse as palavras: vá atrás dele.
Num primeiro momento, não entendi o que ela quis dizer, mas quando os olhos dela me mostraram a direção do final do nosso altar improvisado, sabia que ela estava falando de Heero. Gelei por um segundo, pensando que ela poderia ter tomado aquilo como algum tipo de traição, mas, mais uma vez, os olhos dela estavam límpidos de qualquer acusação. Melissa sabia, no fundo, que apesar da nossa estabilidade, não havia lugar para que eu amasse outro a não ser Heero.
Corri sem olhar para trás, esperando que ele me aceitasse, depois da crua verdade, das palavras duras.
E assim ele o fez, sem poucas palavras, uma atitude digna de Heero, digna do homem que havia me apaixonado.
E agora estamos de volta onde tudo começou. Deixo o vento bater no meu rosto, enquanto observo o caminho até a casa de Quatre. Melissa finalmente tem o marido que merecia e estávamos convidados para a cerimônia. Nunca poderia imaginar que Wufei tivesse algum interesse nela, mas o que dizer? Parecia que a cada dia que passava, mais me surpreendia com as novidades que me eram apresentadas.
— No que está pensando? –as mãos de Heero passaram pelos meus cabelos soltos, que ele havia proibido de prender, desde que começamos a morar juntos.
Não disse que a vida me surpreendia? Quando podia imaginar que iria ter Heero Yuy ao meu lado, compartilhando uma casa comigo?
— Em nada, meu querido. Em tudo. Em nós.
Ele sorriu, desacelerando o carro e me puxando para um beijo. Era apenas um roçar de lábios, tão comum, mas que ainda assim me fazia feliz, tirava meus pés do chão, me fazia viajar como uma mocinha apaixonada. Pra que negar? Eu o amava e aquilo era a maior verdade já dita.
— Então era um pensamento bom. –ele completou, me fazendo gargalhar Aquele comentário era tão diferente do homem que conheci um dia, mas ultimamente fazia tanto sentido. Estava diante de um novo Heero Yuy e adorava cada segundo.
Paramos à frente do portão da mansão Winner e antes de Heero nos identificar, ele desligou o carro. Seu rosto tomou uma expressão séria e por uma fração de segundo, vi o homem de antigamente. Gelei, mas confiava plenamente nele, sabendo que não iria me decepcionar.
— Antes de entrarmos, quero dizer uma coisa. –ele disse, segurando minha mão. Assenti, sabendo que iria ouvir algo estranho. — Aceite. Não é nada demais, mas mesmo assim...
Ele atropelava as palavras, mas não me importei. Não quando uma caixinha azul marinho de veludo foi colocada das minhas mãos. Não quando lá dentro pude ver um par de alianças de ouro branco, ambas com nossas iniciais. Não pude deixar de sorrir, chorar, tudo ao mesmo tempo. Deus, por quê ele fazia isso comigo?
— Porque eu te amo, Duo. E não quero perder isso.
Ele lia meus pensamentos. Antes de verbalizar algo que já havia aceitado há muito tempo atrás, eu o abracei, beijando seus lábios como se ouvir aquele já conhecido "eu te amo" tivesse sido o primeiro.
— Eu também te amo. E nunca vamos perder isso. Nunca. –afirmei, colocando a aliança na minha mão e logo em seguida a outra na dele, selando nosso compromisso.
Ele sorriu e deu a partida no carro novamente, no mesmo instante em que os portões da mansão se abriram. Ia ser uma grande novidade a ser contada, mas era de surpresas que a minha vida com Heero era feita.
Sempre as surpresas.
Fim.
