Nota da Autora: Sinto muito pela demora do capítulo... Só agora que minhas aulas estão acabando (esta é minha última semana), acreditam? Não? Ah, tudo bem, não faz mal. Mas eu peço desculpas assim mesmo.
Há algumas semanas eu recebi a notícia nada agradável de que Ruby (a quem dedico este fic) teve o fic dela tirado do ar por este site. É a vida, pessoal... Muitos de vocês já sabem o que eu acho da existência de pessoas idiotas neste mundo, principalmente essas que reportam fics quando não têm o que fazer na vida.
Ruby, não desista de escrever por causa dessas pessoas! Há centenas de outras pessoas que gostam do seu trabalho e você terá apoio delas quando precisar.
(Mas quando você quiser bater em alguém, pode me chamar...)
Espero que gostem deste capítulo! Se puderem, mandem um comentário ou e-mail para eu saber o que vocês acharam! (dando uma piscadela)
Disclaimer: Vou juntar dinheiro e comprar os direitos de Tsuda Masami. Esperem mais um 50 anos para isso... Aguardem, aguardem...
Okinawa
Capítulo 1: Primeira hora: Jogando verdade ou desafio.
Para RubbyMoon
Toonami Takefumi deu um suspiro pesado ao ajeitar a mala no bagageiro do trem, fechando-o e sentando-se na poltrona, dando mais um suspiro ao se recordar do sermão que levou do pai quando teve que contar sobre a mudança drástica de alguns detalhes da viagem.
"-Mas não era só pra uma pessoa, Takefumi?
O rapaz suspirou.
-Só vou deixar porque são seus amigos... Caso contrário..."
Uma veia saltou na testa do rapaz. Que belos amigos, não?
Olhou para o teto do trem bala, chamado pelos japoneses de Shinkansen.
Sim... Ele podia chamar Arima e companhia de "amigos"... Os únicos e verdadeiros amigos que tivera desde que entrara no colégio Hokuei.
Mas Sakura... Tsubaki chamava mais atenção dele...
Engraçado que os dois nomes dela fossem de flores japonesas, porque a garota não era, nem de longe, uma flor. Era capaz de pisar num jardim inteiro de tsubaki (camélia) só por maldade.
-Toonami-kun? – Arima o tirou daqueles devaneios ao chamá-lo, vendo-o em pé no corredor e ao lado de Miyazawa Yukino, namorada dele – Podemos nos sentar ao seu lado?
O rapaz suou frio. Ele esperava por Sakura para convidá-la para se sentar ao lado dele, não que Arima e Miyazawa pedissem pelo lugar, ou lugares.
-Er... Não há outros lugares no trem? – o tom que Toonami usou para perguntar era educado e sem graça.
-Por que não esse ao seu lado, Toonami? – Sawada Aya apareceu atrás do banco de Toonami, deixando o rapaz branco por causa do susto que levou – Está guardando pra alguém?
-Sawada... – Toonami mostrou os dentes cerrados e os rangeu enquanto pronunciava o nome de família da escritora.
-Bem, se está guardando o lugar, podemos procurar por outro... – Miyazawa foi educada em falar.
-É que você é bem quieto... – Arima começou – Preferimos sentar ao seu lado que ao de Hideaki.
-Tsubasa-chan... – Miyazawa continuou.
-Sakura. – Arima concluiu.
Ao escutar o último nome, Toonami ficou estranhamente agitado e ninguém viu Aya dar um sorriso meio suspeito.
-Er... Podem se sentar, sem problemas. – o rapaz recuperou a pose para falar, deixando Aya intrigada.
"Só quer disfarçar", ela pensou. "Veremos o que vai acontecer."
Na fileira de Toonami, Miyazawa e o namorado se acomodaram ao lado do rapaz e agradeceram a gentileza, além da viagem de graça, que Miyazawa agradeceu com a cara mais "lavada" do mundo.
Mais passageiros chegavam. Entre eles estavam Sakura, Asaba e Rika.
-Ei, Tsubaki... Vai sentar aonde? – Aya perguntou – Pode sentar ao meu lado, se não tiver lugar.
-Táááá legal. – Sakura sentou-se, segurando apenas uma pequena mala, que a colocou embaixo da poltrona.
-Você também pode sentar, Asaba. – Aya convidou.
-QUÊ?! – Toonami ficou de joelhos na poltrona e olhou para trás, vendo Sakura e Asaba já sentados e ao lado um do outro, além de notar o sorriso maligno nos lábios de Aya.
-Mas acho que você não poderá sentar aqui, Asaba... – Sakura falou – Tsubasa foi comprar doces e vai sentar ao meu lado.
Ao escutar aquilo, Toonami respirou aliviado.
-Não seja por isso. – Aya resolveu apelar – Posso sentar com Rika e Tsubasa fica aqui com vocês.
-D-Droga, Sawada... – Toonami deslizou na cadeia e rangia os dentes com raiva, escondendo o rosto entre as mãos para conter a irritação.
-O que ele tem? – Yukino sussurrou para Arima.
-Não sei... Mas estou começando a achar que não foi uma boa idéia sentar ao lado dele. – Arima respondeu noutro sussurro.
Dez minutos depois:
O Shinkansen já havia partido cinco minutos antes, e esse tempo foi o bastante para que Arima e companhia previssem o quão chata a viagem seria até Kagoshima, onde o trem pararia e eles então continuariam a viagem de avião até a capital de Okinawa.
Quem visse aqueles jovens tão calados e naquele silêncio, não acreditaria que eram realmente os mesmos que conheciam no anime.
Não suportando o silêncio, Miyazawa gritou aos amigos:
-Não agüento mais, não agüento mais, não agüento mais...!!!
-Eu estou com fome! – Tsubasa falou.
-Aqui não tem muitas garotas. – Asaba reclamou.
Cinco segundos se passaram e uma discussão, que envolvia somente aquela turma, começou, irritando profundamente a Toonami.
-SILÊNCIO! – ele gritou.
Um segundo depois, só se escutava o som do trem passando pelos trilhos.
Cinco minutos depois, Miyazawa tentou falar num tom educado na hora de propor:
-Er... Pessoal...
Os amigos a escutaram. Asaba e Sakura (com Tsubasa agarrada ao pescoço) atrás deles, Toonami ao lado, Rika e Aya nas poltronas do outro lado do corredor aproximaram os rostos para ouvir, além de Arima, claro.
-Que tal jogarmos um pouquinho de "verdade ou desafio" para passarmos o tempo? Só iremos chegar ao aeroporto em duas horas mesmo... – ela falou, dando um sorriso incentivador.
-Vamos! – eles ergueram as mãos.
---
Num cubículo vazio do Trem Bala, em qualquer ponto do Japão, cinco minutos depois, os amigos conseguiram se reunir e arrumaram uma garrafa vazia de um refrigerante mundialmente famoso para jogarem.
-Vamos começar. – Arima falou, girando a garrafa pela primeira vez.
O objeto girou por alguns segundos, até finalmente parar em Asaba para perguntar para Sakura.
-Verdade ou desafio, Sakura?
-Desafio. – ela tinha os olhos brilhantes.
-Desafio você a beijar...
Toonami arregalou os olhos. E se ele pedisse para que ela beijar Asaba? Ou Arima? Ou mesmo ele?
-... Tsubasa.
-Com todo prazer. – ela levantou-se e aproximou-se de Tsubasa, que desembrulhava um bombom de chocolate da caixa que trouxera consigo – Tsubasa-chan?
A menina ergueu o rosto e viu a amiga levantá-la como se fosse um bebezinho para beijá-la no rosto, provocando um ruído de smack ao colar os lábios na bochecha rosada dela.
-Oh... – todos falaram.
-Ah, Arima! Arima! – Miyazawa puxava com violência a camisa do rapaz, deixando-o assustado – Se cair em mim, peça pra eu beijar a Tsubasa-chan! Peça, peça!
-Sakura, gire a garrafa. – Aya pediu e ignorou uma Miyazawa entusiasmada em querer tirar a camisa do senpai.
Outra vez a garrafa girou, parando desta vez em Rika, com direito de Aya pedir ou perguntar qualquer coisa.
-Rika, verdade ou desafio?
A garota colocou um dedo na bochecha e ficou pensativa por um minuto, no mínimo. Isso provocou uma grande irritação nos amigos, que tentavam controlar a vontade de gritar com a pacífica menina.
-Desafio. – ela falou num tom zen e sorrindo.
-Desafio você a organizar toda a minha estante de romances e clássicos por ordem alfabética.
Os outros arregalaram os olhos.
-Tudo bem. – Rika concordou.
-Ei, Aya! – Sakura protestou – O que é isso?!?!
-Rika vai fazer o desafio quando voltarmos pra cidade. – a escritora respondeu com tranqüilidade.
-Isso vai contra as regras, Sawada! – Toonami se revoltou.
-E quem disse que os desafios têm que ser realizados no exato momento em que são pedidos? – Aya rebateu, fazendo os amigos rangerem os dentes por causa da incrível cara-de-pau com que falava.
-Bem, se for assim... – Miyazawa rapidamente pegou a mão de Aya e a forçou a girar a garrafa, que parou em Miyazawa para pedir algo para Arima – Arima, faça meus exercícios durante um mês.
Outra vez, todos arregalaram os olhos.
-Ei, ela não perguntou "verdade ou desafio"! – Sakura protestou.
-É verdade, Miyazawa. – Arima sorria sem graça e aliviado – Essa não valeu.
A namorada rangeu os dentes.
-Vou girar. – Aya rodou a garrafa, que parou nela para pergunta para Toonami, que ficou nervoso.
-Desafio! – Toonami respondeu, apressado.
-Mas eu ainda nem perguntei... – Aya usou um tom inocente e fingiu não perceber o nervosismo do rapaz – Vamos lá, Toonami-kun... Verdade ou desafio?
Ali, durante dez segundos, Toonami enfrentou uma batalha mental para decidir o que fazer. Se escolhesse verdade, provavelmente a pergunta seria a respeito de Sakura. Se escolhesse desafio, seria alguma coisa que deixaria Toonami muito embaraçado, como abraçar Sakura... ou beijar Sakura... ou...
Se fosse isso, a garota levaria numa brincadeira e talvez...
-D-Desafio. – Toonami finalmente falou.
-Compre um carro pra mim.
Todos arregalaram os olhos de novo, impressionados com a quantidade de pedidos estranhos num único jogo.
-N-Não! – Toonami ficou irritado.
-Uma casa. – Aya pediu.
-Não!
-Mande-me nas férias para a Europa.
-Aya-chan... – Miyazawa interferiu ao ver o ódio refletido nos olhos de Toonami – Não exagere...
-O espírito do jogo é envolver perguntas de respostas verdadeiras e desafios difíceis, Sawada. – Arima explicou – Seus "desafios" fogem da questão.
-Bah! – Aya exclamou – Se for esse o problema...
A escritora deu uma pausa, na qual ficou pensativa em escolher um desafio para Toonami, até que finalmente decidiu:
-Takefumi, eu quero que beije uma pessoa.
-Q-Quem?
A pausa que ela deu para responder e o divertido sorriso maligno que exibia nos lábios quase mataram o rapaz de ansiedade e nervosismo.
-Beije Tsubasa-chan.
O rapaz caiu de lado. Os outros não escondiam as gotas ao sorrirem sem graça.
-Ah, Arima, me mande beijar Tsubasa-chan! Por favor, por favor, por favorzinho... – implorava a namorada de Arima, deixando-o assustado.
Toonami levantou-se e aproximou-se de Tsubasa, que agora comia um pacote de rosquinhas. Esta, ao perceber que seria beijada – e muito bem beijada – por um rapaz, transformou-se num gato selvagem e começou a atacá-lo, querendo arranhá-lo. Ele recuou e olhou confuso para Aya.
-Isso é um desafio, Toonami-kun. – Aya virou o rosto e ignorou o rapaz, que rangia os dentes.
-Ela vai querer me morder!
-E...? – Aya arqueou uma sobrancelha.
-Já chega! – Toonami irritou-se – Estou fora!
Um "oh..." foi ouvido e Aya girou a garrafa, que parou em Asaba para desafiar ou perguntar a Miyazawa.
-Prepara-se, Miyazawa!
-Já estou... fufufufu...
-Verdade ou desafio?
A garota ficou pensativa. Que graça teria os desafios de Asaba? Como tinha a absoluta certeza de que conseguiria cumprir todos, ela fez a única escolha que achava possível.
-Verdade.
Todos olharam a lide estudantil. Como ela conseguia ser tão calma ao escolher aquela alternativa?
-Diga-me o filme favorito de Souichirou-kun.
-Ah, é fácil... É "O Penúltimo Samurai".
Um momento de silêncio. Depois Asaba começou a rir.
-Está... E-R-R-A-D-O!!! – finalmente ele falou.
-Hein? – o sorriso morreu nos lábios dela.
Um vento frio soprou dentro do vagão.
-Como assim...? – ela forçou um sorriso, voltando-se para o namorado – Arima, o seu filme favorito não é "O Penúltimo Samurai"?
-Hã... – ele coçou um lado do rosto e deu um sorriso gentil – Não.
Quem estava de fora (daquela conversa a três) suou frio. Aquilo ia dar em confusão...
-Você está fora, Miyazawa. – Asaba declarou em tom vitorioso.
Outro vento frio soprou entre eles, levantando papéis velhos do chão.
-Oh... Tudo bem. – ela falou.
Novamente, todos arregalaram os olhos. Que tipo de reação era aquela de Miyazawa depois de uma derrota?
-Vamos continuar? – Sakura tentou mudar o clima.
-Não. – Miyazawa respondeu por todos sem ao menos saber a opinião deles – Vamos jogar outra coisa?
-Já suspeitava que ela fosse falar isso... – Sawada comentou.
-Er... – Arima interferiu ao sentir o clima pesado – Que tal comermos um pouco? A lanchonete daqui parece servir coisas boas.
-Vamos! – os outros responderam apressados.
-Vamos, Miyazawa? – Arima a convidou quando notou que ela estava afastada do grupo.
-Vão na frente... – ela começou – Vou arrumar a bagunça que fizemos – deu um sorriso sem graça e olhou para Asaba – Vamos, Asappi? Pode me ajudar?
-Claro, Miyazawa-san. É o mínimo que posso fazer depois de perder pra mim.
Outro vento frio passou, e os outros temeram pela reação da garota.
Miyazawa, entretanto, sorriu.
-Obrigada pela gentileza, Asappi.
-Er... – Sakura começou – Nós nos encontraremos na lanchonete, 'tá bom?
O sorriso de Miyazawa continuava largo.
-'Tá bom.
O grupo saiu e então Miyazawa virou-se abruptamente para Asaba, que recuou ao ver o sorriso dela tornar-se assassino.
-----
Na lanchonete, minutos depois, todos comiam e aguardavam pela chegada de Miyazawa e Asaba, com destaque para Tsubasa, que comia quase todo o estoque de batatinhas fritas do local.
- Vou pedir um sundae. – ela falou, deixando a mesa e indo em direção do caixa.
-Volte logo, Tsubasa. – Sakura falou.
-Caramba... – Aya colocou as mãos atrás da cabeça e se balançava na cadeira – Nunca imaginei a Yukinon reagindo daquela forma... O que deu nela, Arima?
-Não sei... – o rapaz coçou um dos lados do rosto e ficou vermelho – Eu devo confessar que também esperava que Hideaki fosse partido em dois.
-Acho que Miyazawa-san mudou muito depois que conheceu você, Arima-kun. – Rika sorria ao comentar – Se fosse outra época, com certeza ela atacaria Asaba-kun.
-É. – os outros falaram em uníssono.
Ficaram algum tempo em silêncio, que foi quebrado por Sakura, que olhava para os lados para procurar por Tsubasa.
-Cadê Tsubasa? – perguntou ao levantar-se, o mesmo fazendo os outros.
-ela deveria estar no caixa, mas... – Aya respirou fundo, sentindo-se já cansada. A amiga baixinha tinha sumido, confirmaram depois de procurarem-na por dez minutos.
-ARGH!!! – Sakura deu um grito, já irritada – E se alguém tiver seqüestrado a Tsubasa por ser tão bonitinha?!?!?!
-Fique calma, Tsubaki! – Aya tentou acalmá-la. Toonami, que ficou o tempo todo calado, ficou ao lado dela e ajudou a escritora a tirar as mãos de Sakura da cabeça, que insistia em tentar arrancar o próprio cabelo.
-Vamos nos separar em grupos e procurá-la. – Arima tomou a liderança – Toonami e Sakura, vocês vêm comigo. Sena e Sawada, procurem por ela nos corredores do vagão sul.
-'Tá. – todos confirmaram com a cabeça e se separaram momentos depois.
-----
-Pode ir soltando a língua, Asappi... Fufufufu... – Miyazawa dava uma risada maligna enquanto mostrava uma foto de Arima e Asaba juntos num jogo de vôlei. Nota: Sem a camisa do uniforme.
-Não!!! – o rapaz se debatia, amarrado numa cadeira – Que jogo de verdade ou desafio mais besta é esse?! – E devolva já a minha foto! É a única que tenho ao lado de Souichirou-kun!
-Então me diga qual o filme favorito dele! – ela ameaçou, autoritária.
-Não! Nunca! Você não tem o direito de saber! Vocês nem ao menos se tratam pelo nome! – o rapaz gritou, encarando-a desafiadoramente.
Miyazawa lançou um olhar de tão profundo desprezo e ódio ao rapaz que este tremeu de medo e se aguardou pelo pior. Podia ser o fim da vida dele... Para sempre, apenas para tornar a sentença mais redundante para ele.
E o final realmente o chocou: a garota rasgou a foto, separando Arima de Asaba. Sem trocadilhos.
Segundos depois, alguém gritou "Nããããão" em tom de desespero, fazendo ecoar a voz por o todo trem.
-'Tá bom, 'tá bom! Eu digo! É "Laços com Ternuras", 'tá? Satisfeita agora? Hein, hein? – o rapaz também a olhava com raiva e desprezo.
-Foi tão bom brincar de verdade ou desafio com você, Asappi... – a garota falava com doçura enquanto desamarrava as cordas que o prendiam na cadeira.
Asaba deu um rosnado como resposta a ela, mas a garota o ignorou, saindo da cabine e deixando a porta aberta.
Quem passava pelo corredor na hora não entendeu o motivo de um rapaz tão bonito cair de joelhos naquele chão sujo e chorar em cascata quando pegou os pedaços da foto e tentou uni-los. Pior ainda foi entender o sentido da frase que ele pronunciara em tom vingativo:
-Você me paga, Miyazawa Yukino...!!!
----
-Shibahime! Shibahimeee!! – Arima gritava pelos corredores do trem, separado do grupo que fora formado para procurar Tsubasa – Shibahime!
-Arima, o que foi? - Miyazawa perguntou ao rapaz quando o encontrou andando entre um corredor e outro.
-Shibahime sumiu. – ele falou em tom sério e viu a namorada levar a mão ao pescoço – Estamos procurando por ela há alguns minutos.
-Bem... Eu gostaria de ajudar se possível, Souichirou-kun. – ela falou com um sorriso.
O rapaz parou de andar repentinamente e olhou-a, corado.
-O que foi? – ela perguntou.
-Você... – ele começou, passando a mão nos cabelos e mostrando-se ainda mais embaraçado – Você me chamou pelo meu nome.
-E o que tem? – ela estava corada ao sorrir - Não posso?
-Claro... Claro que pode. – Arima respondeu, baixando o rosto.
Começaram a andar em direção do vagão em que estavam antes, mas a garota parou subitamente quando Arima a puxou pelo braço.
-Sou-Souichirou...?! – ela exclamou ao ser empurrada para dentro de uma cabine vazia, como se ambos estivessem se escondendo de alguém.
Ficaram em silêncio por algum tempo, em que apenas escutavam o som dos trilhos. Miyazawa estava encostada contra a porta e olhava fixamente para Arima.
-Podemos ficar aqui por algum tempo. – ele falou, tocando no rosto dela – Tenho certeza de que Toonami e os outros vão conseguir encontrar Shibahime, não é... Yukino-san?
Os olhos dela se arregalaram, mas a expressão suavizou depois por causa de um sorriso. Fechou os olhos e enlaçou o pescoço dele, abraçando-o finalmente.
----
Próximo capítulo:
Como procurar uma pessoa, planejar uma vingança, acertar as contas com uma escritora, unir um casal e namorar em menos de uma hora?
Capítulo 2: Segunda hora: "Paixões Avassaladoras", por Sawada Ayaki.
"-Por acaso acha que 'tá escrito 'otário' na minha testa, Sawada?"
