Retratação: CDZ não me pertence!


Roda-viva
Por Lola Spixii

Capítulo 5 – Dança da solidão (1)

Depois da incompreensível deserção de Saga e da misteriosa morte de Shion, a fuga de Mu teria passado completamente despercebida, caso ele não tivesse levado consigo a armadura de Áries, que sequer lhe pertencia. Apesar de tudo isso, agora o Santuário vivia um estranho clima de paz. Uma tranquilidadeartificial alimentada por Ares, modorrenta, asfixiante como um dia quente e sem vento. Um equilíbrio tão delicado quanto uma peça do mais fino cristal, fatalmente se quebraria.

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Camus estava inquieto em Aquário, indiferente à tempestade que se formava sobre o Santuário. Talvez a tivesse percebido, perspicaz que era, se não fizesse parte da sua inconsciente estratégia de defesa submergir completamente nos manuscritos acerca da bendita carta.Devorava aquelas páginas com fúria, dia e noite, e isso o impedia de refletir, mesmo com miserável profundidade, sobre qualquer coisa alheia à ela, inclusive sobre a estranha conjuntura que se formava à sua volta.

Mas se, por um lado, isso o cegara para a realidade mais próxima de si, afastando-o definitivamente das questões imediatamente relacionadas ao Santuário e do convívio com quaisquer pessoas, fora igualmente definitiva para o avanço no estudo dos manuscritos de Aurus.

O primeiro volume fora o mais difícil de ser vencido, além da linguagem arcaica, – a primeira anotação datava de fins de 1700 – uma parcela significativa estava escrita em húngaro. Mas depois, felizmente, a linhagem de Cavaleiros de Aquário pareceu ter se transferido definitivamente para a Rússia, cujo idioma Camus dominava. Então o ritmo acelerou sensivelmente.

Porém, não encontrou nenhuma anotação especialmente relevante até chegar aos dois últimos volumes, inteiramente produzidos por Aurus. Em uma letra muito mal-desenhada foram surgindo perante seus olhos informações interessantes. Grande parte delas tratavam de uma raça pouco conhecida e documentada de imortais, os Logos (2). Aparentemente, Aurus nunca chegou a encontrar uma boa referência sobre a passagem mitológica do surgimento dos Logos, apenas descobriu, nos parcos livros que chegavam a mencioná-los, que eles eram 11 e que, tendo surgido acidentalmente quando o universo foi criado, acabaram aprisionados pelo Caos no que, hoje, denominamos Sistema Solar.

Os Logos eram citados muitas vezes na carta mas ainda era muito nebuloso o real significado que eles teriam ali. Que tipo de interesse Athena, uma Deusa de incontestável prestígio, poderia ter pelos Logos, imortais primitivos e inexpressivos?

Refez mentalmente a pergunta enquanto caminhava de volta para a escrivaninha. Encarou pela milésima vez aquele dia a sua pilha de papéis, aproximou-se e revirou-os desordenadamente. Definitivamente precisava esquecer por alguns instantes tudo aquilo. Já fazia alguns dias que tentava inutilmente pregar os olhos, descansar um pouco. Sabia que precisava dar uma trégua tanto ao corpo quanto à cabeça, mas parecia-lhe tão difícil.

Andava de um lado para o outro, a mente vagando entre milhares de pensamentos sem se fixar em nenhum, como uma criança que tem brinquedos demais e não consegue escolher um deles. Sintoma do seu cansaço. Já não funcionava mais se apegar aos manuscritos, já não podia mais fugir da sua triste realidade.

Finalmente dava razão ao Mestre Shion quando ele lhe dizia que era imprescindível que criasse uma rotina para a prática do nada. Mas aquilo, na sua inexperiência, parecia tão absurdo, dedicar parte do dia ao vazio, uma perda de tempo. E mesmo sendo Shion o homem que ele mais ouvia e respeitava, ainda assim deixava de seguir uma orientação dele quando a julgava inadequada.

Interessante que Shion nunca o repreendera por isso. Nunca lhe dera ordens, nunca lhe impusera nada. E também nunca lhe oferecera carinho... Fazia lembrar Summerhill (3), o colégio em que fora educado até ser levado para o Santuário. Lá tinha liberdade para fazer o que quisesse, no tempo que quisesse, da forma que quisesse. Guardava viva na memória a figura da Diretora, uma mulher de meia idade, loira, que vivia dizendo que o importante era que todos fossem felizes.

– Gostaria antes de ver a escola produzir um varredor de ruas feliz do que um erudito neurótico (4) – ele repetiu em voz baixa a célebre frase da mulher.

Porém, estranhamente, nunca chegaram a lhe perguntar se era feliz vendo os pais apenas 4 ou 5 vezes por ano...

– Que belo conceito de liberdade... – suspirou.

Certamente devia agradecer à Summerhill por todas as lágrimas que deixou de verter quando da morte dos pais. E também devia ao detestado colégio a posição de Cavaleiro de Ouro de Aquário que, agora, ocupava. Por que, sem dúvida, não fora uma obra do acaso que fizera com que justamente um ex-aluno de Summerhill fosse escolhido para aquele posto. Nunca chegou a perguntar abertamente para Shion, mas tinha certeza que ele sabia bem o que queria quando o escolheu para a 11a Casa Zodiacal.

A única coisa que Shion não calculou foi que o molecote de 10 anos, que quando chegou ao Santuário sequer falava uma palavra de grego, percebesse tão rapidamente a diferença da atenção que o Mestre dedicava à Mu e à ele. Shion até tentou ser discreto nas suas demonstrações de amor por Mu, mas discrição jamais seria suficiente para esconder algo do atento olhar de Camus. Fora através dos dois lêmures que o garoto teve seu primeiro contato com uma demonstração genuína de afeto.

No começo sentia-se constrangido quando flagrava Shion afagando carinhosamente os cabelos de Mu, mas depois passou a buscar tais situações. Observava-os secretamente com muita freqüência.

Chegou até mesmo a invejar silenciosamente o amigo durante algum tempo. Não era uma inveja destrutiva, apenas desejava que Shion tivesse por ele o mesmo zelo que tinha pelo pequeno ariano, mesmo que isso significasse exigir dele a mesma obediência que exigia de Mu.

Por fim, na sua perspicácia egocêntrica e infantil, acabou por chegar à uma conclusão que se tornaria o axioma mais recorrente durante toda a sua vida. De que o amor era um recurso limitado e que devia ser canalizado para aqueles que realmente precisam dele. Podia parecer matemático demais, mas a cabecinha racional do pequeno se satisfazia plenamente. Mu era mais dependente, mais frágil que ele. Mu merecia o amor de Shion, mais que isso, Mu tinha direito ao amor de Shion, Camus não.

Ás vezes sentia-se orgulhoso disso, em seu íntimo acreditava-se superior por não precisar do amor de ninguém, outras vezes achava-se injustiçado... Mas não permitia que nenhum dos dois extremos fossem exteriorizados. Encarava sozinho tais oscilações.

Até que veio a aproximação com Miro. O garoto que tinha o diabo no corpo (5)... Para ele sempre se mostrou carinhoso, dócil. Fora tão fácil se acostumar com o amor dele, fora tão fácil permitir-se amá-lo. A dificuldade era demonstrar isso, colocar pra fora, principalmente do jeito que o grego gostaria. Miro...

Mais uma vez retornou para a mesa, para os papéis, para as obrigações. A prática do nada... Inferno! Durante os últimos meses funcionara tão perfeitamente. A solidão doía...

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– Me mostra alguma coisa que você aprendeu!

Camus levantou a mãozinha branca e se concentrou, no instante seguinte se formou uma pequena pedra de gelo, que ele entregou à Miro.

– Que linda, Camus. Parece... uma pedra preciosa... – os olhos dele brilhavam maravilhados.

– Eu já fiz algumas muito maiores que essa.

– Mas... o que você faz com elas? Tenta acertar a cabeça do seu oponente? – ele perguntou com um sorriso na face, logo atirando a pedrinha na direção do jovem aquariano, acertando na bochecha dele.

Camus lhe respondeu com um olhar assassino e colocou a mão sobre a mão dele. Aquele toque desnorteou o jovem escorpiano, era bom estar perto de Camus, ser tocado por ele então... Fazia com que se lembrasse de um tempo do qual não guardava nenhuma memória, um tempo feliz. Mas logo percebeu o propósito do repentino contato, sentiu sua mão gelar rapidamente.

– O que está fazendo?

– Te mostrando que eu não preciso acertar a cabeça do meu oponente com pedrinhas de gelo...

Quando Camus finalmente o largou a mão estava roxa mas ainda não havia sido congelada.

– Você leva muito à sério uma provocação. – disse esfregando a outra mão na congelada, afim de lhe emprestar algum calor.

– Agora é a sua vez de me mostrar alguma coisa.

– Levante-se!

– Que?

– Levante-se para eu te mostrar.

Camus obedeceu.

– A constelação de Escorpião é formada por 15 estrelas. – ele dizia enquanto mostrava, no corpo de Camus o posicionamento de cada uma delas, voltando a sentir aquele calor estranho no contato com ele.

Camus observava tudo com atenção, os olhos castanhos acompanhando cada movimento do outro.

– A 15a estrela é Antares, a mais brilhante de Escorpião, e fica bem aqui – colocou a mão sobre o peito dele, na altura do coração. Sentia vontade de abraça-lo, de demonstrar o quanto gostava dele...

– Mas o que tem esses pontos, Miro? – interrompeu, sem saber, as conjecturas que o outro fazia a seu respeito.

– Quando esses pontos são acertados pela Agulha Escarlate fazem o oponente sangrar até perder os sentidos e morrer.

– Hum... – o aquariano murmurou ligeiramente espantado, devia ser doloroso morrer dessa forma.

Sentaram-se lado-a-lado e Miro pôs-se a admirar novamente a pedrinha de gelo feita por Camus.

– É tão bonita... Uma pena que ela vá derreter.

– Não, ela não derrete nunca.

– Está querendo dizer que essa pedrinha não vai derreter nem que eu a leve para... – pensou no lugar mais quente que pudesse haver – Para o inferno de fogo de Hades?

– Ela está à –273 graus, o zero absoluto (6), nunca será derretida e nem quebrada.

– Eu acredito – Miro disse desdenhoso.

– Pois então guarde-a com você. Se algum dia ela derreter você pode me acertar nos 15 pontos da constelação de Escorpião.

– Mas aí você vai morrer.

– É...

E eu não quero que você morra... nunca.

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Apertou a pedrinha de gelo entre as suas mãos com toda a força, talvez tentando se certificar de que ela era realmente indestrutível. Sim, era. Tanto quanto o amor que sentia por ele.

Suspirou profundamente e deu o último passo antes de entrar em Peixes, sabia que Afrodite o aguardava do outro lado daquela parede e que ele era sensível o suficiente para saber exatamente o que tinha ido fazer ali. Sequer precisava ter ido até lá para acabar com aquela tentativa insana, as coisas iam de mal à pior entre eles e não surpreenderia o pisciano que Miro simplesmente nunca mais aparecesse na 12a Casa.

Mas Miro precisava daquilo, encarava como um ritual de purificação. Por mais que nunca fosse perdoado por Camus, por mais que tivesse maculado irreversivelmente o laço de amor que os unia... A traição cometida contra ele nunca seria esquecida, mas ainda devia fidelidade a si mesmo, e era em nome disso que se afastaria de Afrodite.

– Afrodite...

– Diga o que veio dizer, Miro.

– Isso nunca devia ter começado.

– Talvez você esteja certo...

– Eu espero que...

– Não... nós somos Cavaleiros e não homens, Miro, a felicidade não foi feita para nós – apesar das palavras duras a voz era melodiosa como sempre. Afrodite era a própria personificação da ambigüidade.

– Afrodite... Adeus – foram as únicas palavras de Miro antes de sair. Infelizmente concordava com o pisciano.

Chegou no 8o Templo e então finalmente se deixou largar no chão. Estava feito. Agora poderia, finalmente, desfrutar o amargo sabor da sua infidelidade. Seguiria o ritual da expiação.

Permitiria-se lembrar uma última vez de Camus. Então as memórias da sua infância deram lugar a última noite de amor que tivera com ele. Ali estava tudo, tudo o que jamais teria novamente.

Lembrou minuciosamente dos detalhes do corpo dele, cada milímetro tão bem conhecido, cada curva tantas vezes percorrida. As mãos que lhe pareciam tão possessivas naqueles momentos, o peito arfante, os lábios entreabertos, úmidos e vermelhos de seus beijos, o rosto corado e suado, os cabelos grudados pelos ombros e pelas costas...

As lágrimas começaram a descer pelo rosto, aquela seria a última vez que choraria por ele, apesar disso sorriu.

Ainda com os olhos fechados pode ver os dele, tão amados, de um castanho acobreado que parecia ser-lhe exclusivo. O jeito como ele piscava seguidamente quando ficava nervoso ou perdia o controle por algum motivo. O jeito como se estreitavam languidamente na sua direção quando o desejava. Engoliu em seco. O perfume dele tomou conta do ar e ouviu a gargalhada tão preciosa, tão rara... Em seguida os gemidos contidos, tão sensuais... Ecoavam pelo Templo de Escorpião pela última vez.

Abriu os olhos e obrigou cada sentido, um por um, a se livrar dele, e como isso doía. Saber que jamais o teria novamente era ruim, mas saber que nem as lembranças o acompanhariam era ainda pior. E era necessário, essa era a pena que impunha para si próprio: o esquecimento. Sabia que isso o faria pior, que o faria voltar a ser apenas o garoto mais desajustado das 12 Casas. Mas, que diferença? Já não fazia nenhuma diferença.

Havia apenas duas formas de escapar da auto-punição, ou a morte ou o perdão dele e Miro não lutaria por nenhum dos dois.

Saiu de Escorpião em direção à um costão rochoso que ficava fora dos limites do Santuário, mais à leste. Fitou o horizonte, a única linha perfeitamente reta produzida pela natureza, o lugar onde céu e mar se encontravam. Imaginário...

Tirou a pedrinha de gelo de dentro do bolso da calça e a arremessou na direção das ondas que explodiam sobre as pedras.

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Aquele cheiro de éter era nauseante. Natassia fixava o olhar na luz do teto afim de não prestar muita atenção na movimentação aparentemente caótica de médicos e enfermeiros por trás do lençol esverdeado. Mas estava sendo em vão. Sentia-se quase perder o controle em alguns momentos.

Teve vontade de gritar e arrancar o braço do soro, de levantar dali... E viu-se de pé com o ventre aberto, jorrava sangue e vísceras para todos os lados... enquanto ela tentava colocar tudo de volta dentro de si... todos a olhavam espantados e ninguém a ajudava.

Suava frio, ouviu longe a voz do anestesista perguntar como se sentia. Mal... Ele se aproximou e deu alguns tapas em seu rosto.

– Acho que vou morrer...

Talvez tivesse morrido poucos minutos depois, pois já não sentia mais nada.

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As pálpebras pesavam como duas cortinas de chumbo, não conseguia se localizar no tempo e no espaço. Fez força para mexer alguma parte do corpo, qualquer parte, mas não conseguiu. Uma dor aguda vinha do ventre.

Natassia concentrou toda a pouca energia que tinha e conseguiu realizar a proeza de abrir os olhos. O quarto estava escuro, mas algo na decoração a fez lembrar que tinha ido para o hospital ter o seu bebê. No momento seguinte relacionou a dor que sentia aos pontos da cesariana e logo concluiu que estava no quarto do hospital recuperando-se da anestesia.

Olhou pela janela, já anoitecia. Tentou levar o braço até a campainha que chamaria uma enfermeira, mas também foi em vão. Esperou alguns minutos e tentou novamente, dessa vez com sucesso.

Uma mulher de cabelos brancos entrou no quarto.

– Senhora Natassia, já está acordada?

– E o meu bebê?

– Está tudo bem com o seu menino.

Sentiu os olhos rasos de lágrimas.

– É um menino?

– Lindo! – a mulher disse sorrindo amavelmente.

– Eu quero vê-lo – fez força para levantar da cama mas, obviamente, não conseguiu.

– O menino nasceu com saúde, perfeito. Trate de descansar que pela manhã eu o trarei para a primeira mamada.

Natassia ficou olhando para a mulher em silêncio, esperando mais alguma revelação sobre o seu pequeno.

– Parece com a Senhora, loirinho... um anjo – disse enquanto verificava o soro.

Continuou observando-a, abobalhada, sem conseguir parar de chorar.

– Descanse!

E saiu.

Então era um menino, seu filho... Lindo... Anjo... Ficou imaginando o rostinho dele, viu as bochechinhas rosadas, os cachinhos de ouro... Vislumbrou os primeiros passinhos, as primeiras palavras, a primeira vez que a chamaria de mamãe. Em seguida imaginou os primeiros dias no colégio, os deveres de casa, a primeira vez que o deixaria sair sozinho e a primeira namorada... Depois o viu homem, beijando-lhe a testa e saindo pela porta da sua casa, partindo para construir o seu próprio destino... Que ele tivesse mãos mais firmes que as suas para isso...

Sentiu o coração apertado por estar longe do filho, afinal, durante os últimos nove meses o tivera sob o seu cuidado em tempo integral. Era ruim pensar que já não tinha meios de livra-lo de todo e qualquer sofrimento que pudesse vir a atingi-lo. Naquele exato momento, por exemplo, ele podia estar chorando no berçário. Talvez sentisse frio, ou dor... Deviam doer aquelas primeiras horas fora do conforto do ventre materno. Aliás, não só as primeiras horas...

Talvez aquela estranha sensação fosse relativamente normal, principalmente sendo ela mãe solteira e sem família ou amigos com quem pudesse contar, mas talvez fosse uma inquietação provocada pela intuição de que não teria tempo para assistir à maioria dos eventos que idealizou para o seu anjinho.

Chorou o resto da noite naquele quarto de hospital sentindo-se, pela primeira vez na vida, completamente só.


Demorou mas saiu!

Às notas, não sei por que tantas...

1 – Não pode letra de música, mas referência à musica pode! "Dança da Solidão" é uma musica lindíssima do Paulinho da Viola.

2 – Não apenas os Logos, como toda a mitologia que os envolve, foi criada por mim para essa fic.

3 – Summerhill existe e é muito famoso. O colégio fica na Inglaterra e adota um projeto político-pedagógico muito peculiar, é chamado de Colégio faça-o-que-quiser. Não existem regras rígidas, não existe hierarquia, não existem classes regulares. Bem, quem quiser saber mais (quem poderia se interessar por isso?) eu tenho o end de alguns sites.

4 – A frase pertence ao sujeito que criou Summerhill (não lembro o nome do infeliz).

5 – Quem designou assim o Milucho pela primeira vez foi Shion em Incenso e Vela, da Madame Verlaine.

6 – Segundo a Carola o Camyu nunca chegou ao zero absoluto, pelo menos foi isso que ele disse ao Hyoga nas 12 Casas. Mas eu acho que ele só disse isso para não desestimular o loirinho. Camyu, aqui na minha fic, pode tuuuudo! Hehehe.

Outros comentários, agradecimentos elavagem de roupa suja no SenseiClub (todas as formas possíveis de me encontrar estão no meu profile).

Bjinhos!

(Julho de 2005)