MILAGRES DO PLATÔ
Autora: Morrighan
Notas:
Cris: Muito obrigada, você esta me ajudando demais, o que seria de mim sem você? Todas queriam dar colo para o Roxton. Marguerite também é minha ídala incondicional.
Maga: Sei que adora estas coisas celtas está me ajudando muito mesmo. Não é uma manteiga derretida não você é emotiva.
Cláudia: Obrigada pela review, adoro suas reviews, você realmente acha que comecei bem? Espero que goste do próximo capitulo.
Di Roxton: Pode deixar continuei, não deixarei o John sofrer ta? Essa fic é principalmente para nós fãs incondicionais da Marguerite.
Kakau: Será que a Marguerite realmente morreu? Isso só saberemos quando chegar a hora. Continue lendo!
Aline: Primeiramente agora que sabe minha identidade calada! Será que é o que esta pensando?
Nessa: Que medo do Espiafo não me pega não, um dia eu me revelo! Realmente como a fic não poderia ser misteriosa se ela tenta explicar a rainha dos mistérios?
Fabi: Não sou nova não. Nossa herdeira não pode deixar o caçador né? Coitadinho dele.
Lays: Espero que goste do próximo cápitulo
Crys: Será que Marguerite vai desvendar todo passado dela. Também espero que ela volte, afinal estamos no Platô onde tudo é possível e nada é impossível.
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O Passado
Morrighan e Marguerite passaram pelo bosque encantado. Agora faltava pouco para irem ao templo de Morrighan. Elas se depararam com um homem, montado em um lindo corcel negro. Sua aparência era idêntica à de Roxton. Quando ele as avistou, disse:
"A que devo está imensa honra, Morrighan?"
"Herne, como sempre o mesmo caçador..."
"Sabes que és somente por ti que meu coração bate..."
"Herne, conheça Marguerite."
"A outra fase tua, aquela que choras?"
"Sim, ela. Precisamos ir o mais rápido possível e chegar até Eriu."
"Então sigam, Morrighan. O tempo será seu aliado."
"Vamos, Marguerite."
Elas passaram e Marguerite olhou fixamente nos olhos do homem. Tentava encontrar Roxton, mas ele falou para ela:
"Não sou o caçador que buscas, ele te aguarda no final desta jornada."
Morrighan deu um leve puxão no braço de Marguerite e seguiram pela estrada. Agora o coração de Marguerite estava mais aliviado porque Herne falara que encontraria Roxton no final da jornada, então renascera em seu coração a esperança de estar viva. Viva para voltar para a casa da árvore, viva para seus amigos, e viva para seu amor.
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Roxton estava parado ao lado do corpo de Marguerite. Ficou lá a noite toda. Ao amanhecer, Verônica, mesmo receosa, desceu até o quarto da herdeira. Finn tentou descer em seguida, mas ficou no meio da escadaria. Verônica colocou a mão levemente no ombro de Roxton. Ele apenas olhou para ela, os olhos vermelhos de choro e falta de sono. Verônica olhou o amigo, ele se levantou levemente pousando a mão de Marguerite sobre seu ferimento, e disse para Verônica:
"Faça o que tem de ser feito."
A filha inocente da natureza balançou a cabeça, e tentava fazer as teimosas lágrimas pararem de deslizar pelo seu rosto. Roxton caminhou até a escadaria sem olhar para trás. Finn ainda tentou falar:
"Roxton, eu. é..."
Roxton apenas fez sinal de silêncio e balançou a cabeça negativamente:
"Agora não, Finn."
Ele subiu e Finn desceu, e ajudou Veronica a lavar o corpo de Marguerite. Colocaram nela sua camisa lilás, sua favorita, com sua saia e botas habituais. Passaram na herdeira seu perfume favorito, a colocaram novamente na cama, ajeitaram os cabelos negros, que moldavam a face branca, agora pálida. Verônica colocou na amiga um colar. Verônica finalmente não agüentou, caiu sobre os joelhos e começou a chorar. Chorava como criança: primeiro perdera seus pais, agora sua irmã mais velha, como Marguerite definira certa vez:
"Finn, sabe como Marguerite conseguiu este colar?" Verônica perguntou, soluçando.
"Não, Vê."
"Ela encontrou um tesouro no meio da selva, do pirata Papi. Eu e Roxton o escondemos, porque era um tesouro amaldiçoado. Marguerite não sossegou até achar, então eu fiz um falso mapa, que dava na casa da árvore novamente. Ela o seguiu, ficou muito brava conosco, e Roxton não queria de jeito nenhum se envolver." Verônica deixava as lágrimas correrem através de um tímido sorriso.
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Marguerite e Morrighan chegaram ao templo da sacerdotisa. Era em um campo aberto, com pedras em volta, um altar no meio, atrás do altar um grande círculo de bronze com a marca que Marguerite tinha gravada em sua mente, e as duas esmeraldas incrustadas no círculo de bronze, como se ninguém jamais as tivesse tirado dali.
"Impressionada?"
"Sim."
Morrighan pegou uma cesta que estava ao pé do altar, junto com umas maçãs. As maçãs eram grandes e vermelhas. Morrighan pegou uma, podia ver seu rosto espelhado nela, Marguerite chegou por trás, a imagem da mulher duplicada na maçã.
"O que somos nós, Morrighan?"
"Marguerite, você tem que saber algumas verdades."
"Então me conte, não vou a lugar nenhum mesmo." Ironizou a herdeira.
"Marguerite, você faz parte de mim. Há muitos anos, eu vi a tempestade se aproximar. Em uma tentativa desesperada de salvar nosso povo, eu retirei as esmeraldas de lá." Disse Morrighan, se aproximando das esmeraldas.
"Não sei porque, mas isso me parece familiar."
"Porque você as recuperou, e trouxe todos de volta ao seu tempo."
"Eu?"
"Sim, Marguerite, depois que retirei as pedras, fiz nosso povo se perder no tempo. Não sabia o que fazer, então com a ajuda de Fata-Morgana, achamos um jeito de encontrá-los. Ela tirou um pedaço de mim." Disse Morrighan, com lágrimas nos olhos e a mão no coração.
"E eu nessa história?"
"Você, Marguerite, é este pedaço, toda a sua vida fomos nós que escrevemos. Você ia achá-los, você ia trazê-los de volta."
"Não, isso é mentira!" Marguerite balançava a cabeça negativamente.
"Não, Marguerite, é verdade, eu sempre soube cada passo que você iria dar, toda sua vida foi conduzida para este momento."
"Então tudo foi você. Xangai. As noites frias foram você. Os orfanatos, o sofrimento, as lágrimas, a dor, tudo foi você que planejou?"
"Marguerite, era o único jeito de você vir para cá."
"Não, não era! Você me tirou meu pai e minha mãe, sem eu ao menos conhecê-los e apenas me deixou isso!" Marguerite quase gritava, as lágrimas estrangulando sua voz. Neste momento, tirou o colar que tinha, a única lembrança de seus pais. "Sabe o que é você imaginar ter uma família, ir para a escola e não ver sua mãe para te buscar? Ao invés de ir para a casa jantar, ir para um orfanato, onde as pessoas te maltratam? Não, você não sabe. Você não sabe o que é ser humilhada, o que é ser usada. Não, você sabe é fazer feitiços, poções e sair por aí sendo boazinha com todo mundo. Eu, Morrighan, eu não tive amor. Eu sofri por toda minha vida, por um erro seu! Somente SEU!"
Morrighan estava comovida com as palavras da herdeira, ela apenas a abraçou e fez com que ela se sentasse.
"Marguerite, eu também sofri com você, você sou eu! Tudo que sofreu, todas as angústias, dor, alegrias e tristezas, eu passei com você."
"E agora, Morrighan? Agora que eu encontrei uma família, você os tira de mim também?"
"Não, Marguerite, se você quiser realmente vai voltar para eles, e para o caçador."
"John, não. John só esta comigo aqui no Platô, por falta de opção. Quando chegarmos a Londres tudo vai acabar. Quando ele descobrir meu passado, passado que por sua culpa aconteceu. Por sua culpa vou perder a única pessoa que realmente me amou, e que eu realmente amei."
"Não, não, Marguerite. Ele nunca vai te deixar, ele realmente te ama, e você sabe disto. Experimente contar seus segredos para ele, ele já sabe alguns, mesmo."
"Você está doida, e incluí-lo na minha vida complicada? John já sofreu demais. Primeiro seu irmão, depois seu pai... Não, eu não quero fazê-lo sofrer mais. Não, acho até bom se eu estiver morta, assim ele não terá mais dor alguma. John poderá ter a mulher que quiser, se estalar os dedos em Londres aparecerão várias. Eu serei apenas mais uma que passou pelas mãos dele, nada mais que uma lembrança."
"Não, Marguerite, ele realmente te ama, nunca mais repita isso. O caçador estará tão feliz em tê-la ao seu lado que não vai ligar para o seu passado. Se desejar voltar, conte tudo a ele."
"Então você está me dando uma chance de escolha?"
"Estou te dando a oportunidade de voltar e viver feliz, como você realmente merece depois de tudo."
Marguerite se levantou, enxugou as lágrimas, arrumou os cabelos e falou:
"Vamos, Morrighan, temos que chegar logo até Eriu. Preciso voltar para casa."
Morrighan balançou positivamente a cabeça, se levantou, pegou a cesta e partiram. Antes de Marguerite sair do circulo de pedra, ela parou e olhou para trás:
"O que está fazendo?" Perguntou Morrighan.
"Estou deixando um passado de dor e sofrimento para trás."
Morrighan sorriu, Marguerite saiu e completou:
"Vamos, temos um longo caminho pela frente."
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Continua...
Eriu: Deusa celta do destino.
Fata-Morgana: Deusa celta do mar, das ilusões visuais, encantamentos, destino e morte. É a rainha das Ilhas Fortunato.
Herne: Herne o caçador, é o espírito de um caçador que protege os viajantes através de Windsor, é um personagem freqüente dos contos de Robin Hood.
DISCLAIMER Todos os personagens da série "Sir Arthur Conan Doyle's The Lost World" são propriedade de John Landis, Telescene, Coote/Hayes, DirecTV, New Line Television, Space, Action Adventure Network, Goodman/Rosen Productions, e Richmel Productions (perdoem qualquer omissão).
Reviews, reviews & muitas reviews!
