Milagres do Platô
Autora: Morrighan
Notas:
Lays: Realmente essa foi menor, é que a fada da inspiração tinha me abandona as traças, mas agora ela esta de volta, para minha alegria.
Crys: É realmente este capitulo está muito parecido com "As Brumas de Avalon" porém qualquer semelhança é mera conhecidencia.
Di Roxton: Realmente ele está desolado, aliás, se está com dó dele por causa dos capítulos anteriores prepare-se para chorar, pois este mostra bem como ele está se sentindo.
Fabi: Minha identidade é extremamente secreta, mas quem sabe até o final já sou descoberta, o CURIOSAFO está na minha cola, especialmente uma certa madame.
Kakau: Ainda bem que está gostando, é difícil escrever tentando explicar uma coisa que mal conhecemos, especialmente sendo o passado de Marguerite. Mas depois de tanto sofrimento ela tem que ser feliz.
Cris: O titulo de Marguerite será revelado no outro episódio que certamente estarei te enviando este fim de semana. Sobre a revistinha não encontrei nas bancas :'(. Beijos e sempre, obrigada por tudo!
Aline: Cadê sua review? Estou esperando mocinha.
As Lembranças
Enquanto as garotas preparavam o corpo de Marguerite, foram tomadas por grande emoção. Roxton subiu a escadaria, ficou um certo tempo na varanda com o olhar perdido no horizonte. Challenger se aproximou cuidadosamente, e disse:
"John... Gostaria de conversar?"
Roxton se virou para olhar o velho amigo, os olhos inchados e avermelhados eram tristes, mas ele disse com um ar sereno:
"Conversar, George, não vai trazê-la de volta. Nada vai trazê-la de volta... de volta para mim." Roxton não agüentou, e deixou suas lágrimas correrem novamente. Ele estava frágil, sem nenhuma arma, sendo somente John.
Challenger colocou a mão amigavelmente no ombro do amigo, e disse:
"Quando quiser conversar, estarei sempre aqui."
Roxton respirou fundo, enxugou as lágrimas teimosas, e balançou a cabeça, agradecendo. Foi até o elevador, pegou seu chapéu, seu rifle, colocou o cinto com o coldre da arma. Malone chegou neste momento, e vendo Roxton arrumar-se como se fosse caçar ele logo disse:
"Eu irei com você, Roxton."
"Não, não vai."
"Você querendo ou não eu vou com você."
Roxton estava primeiramente irritado com a persistência do rapaz. Depois se acalmou e perguntou:
"Malone, o que fez este tempo todo longe de nós?"
"Pensei muito e descobri que tudo que sempre procurei estava bem aqui na minha frente."
"Bem, essa reposta para tudo que procura seria Verônica?"
Malone abaixou a cabeça por um momento, ficou com a face ruborizada, mas respirou fundo e encarou o caçador:
"Sim, é."
"Então, Ned, aproveite enquanto ela esta viva e diga isso a ela. Aproveite, rapaz, vá ficar com ela." Disse Roxton, saindo pela direita e descendo pelo elevador.
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Roxton caminhou até o lago e sentou-se em uma pedra. Pegou uma flor branca que estava no chão e começou a girá-la, apoiou seu braço sobre o joelho levemente dobrado. Começou a pensar em tudo que vivera com Marguerite.
Lembrou-se de seu sorriso. Do dia que se conheceram. Ele esperava que ela fosse uma velha viúva e se deparou com uma linda e enigmática mulher. Nunca se esqueceu do tiro que ela deu entre suas pernas – e que felizmente acertou apenas a mesa.
Começou a se lembrar de suas caretas, de seu mau humor pela manhã. De como odiava as longas caminhadas que lhe eram impostas. Lembrou-se do primeiro beijo que ele lhe roubara, quando ela disse que não seria mais uma conquista dele. Neste momento ele deu um leve sorriso e disse com sua voz abafada pelas lágrimas:
"E realmente não foi, Marguerite. Você não foi mais uma conquista, foi a única mulher que realmente mereceu ser conquistada a cada dia."
Roxton se lembrava todas as vezes que salvara Marguerite. Internamente sentia um certo frio na espinha diante do perigo, mas ao olhar para ela ele se sentia extremamente poderoso, e o medo de perdê-la era tão grande e apertava tanto seu peito que ele não temia o perigo, temia apenas perdê-la.
Suas lembranças foram revivendo cada feição, cada palavra, cada gesto da herdeira em todos os momentos entre eles. Até quando ficaram presos naquela caverna, onde ela confessou seu amor por ele e ali, naquele momento, a união dos corpos somente concretizou o que as almas já sabiam. Ele lembrava-se de cada detalhe daquele dia, das carícias que recebeu da herdeira. E principalmente da frase que ficou gravada eternamente em sua mente "eu te amo!".
Roxton chorou muito, colocava a mão no coração e chorava mais ainda. Sentia como se não tivesse mais chão, mais ar, mais emoção. Tudo se fora quando os olhos de Marguerite se fecharam. John estava pensando. Tinham tantas coisas para dizer um para o outro, tinham um futuro juntos. Ele já imaginava a chegada a Londres para torná-la Lady Roxton.
Já imaginava como seria bom dizer a todos: esta é Marguerite, minha esposa, mãe de meus filhos... E de repente o destino lhe prega esta peça tão grande e tão dolorosa, levando embora o amor de sua vida.
John se questionava como seria dali por diante. Sem Marguerite, sem suas críticas, sem seu carinho, sentiria falta até de seu mau humor. Sentiria falta de sua presença. Ele se perguntava: amanhã vou abrir os olhos para viver um novo dia, mas por quê? Para quê? Se a única pessoa que lhe fazia abrir os olhos para viver o dia, para protegê-la de todos os perigos não estaria mais do seu lado?
Em um breve momento John se perdeu em seu reflexo que estava espelhado no rio, quando Malone se aproximou dele, e disse:
"John, as meninas já prepararam o corpo de Marguerite. A ala esta arrumada para prestarmos a ela nossa última homenagem... Você vai ajudar a levar o corpo dela até lá?"
"Claro, Malone, vamos." Ele respondeu, com a voz surda.
John se levantou, enxugou as lágrimas, e jogou a flor no rio, vendo sua própria imagem se embaçar. Pensou somente uma coisa: "Eu te amo Marguerite, e jamais irei esquecê-la." Ele virou as costas e voltou, junto com Malone, até a casa da árvore.
DISCLAIMER Todos os personagens da série "Sir Arthur Conan Doyle's The Lost World" são propriedade de John Landis, Telescene, Coote/Hayes, DirecTV, New Line Television, Space, Action Adventure Network, Goodman/Rosen Productions, e Richmel Productions (perdoem qualquer omissão).
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