MILAGRES DO PLATÔ
Autora: Morrighan
Notas:
NIrce: Você realmente gosta de formula 1! Risos. Também espero que Marguerite se apresse, porém se dependesse dela já estaria novamente na casa da arvore, pronta para contar tudo para Roxton.
Crys: Eriu tem uma sonoridade masculina por isso você achou que era um homem. Pois é Marguerite querendo voltar para o Platô, quem diria não. E quanto ao casamento do John, até noivo ele iria correr para os braços da herdeira.
Aline: Agora pode matar a curiosidade, o desafio de Herne. Marguerite mãe de família, mulher respeitada da sociedade inglesa, com uma reputação divina. Largaria tudo, jogaria tudo ao vento para voltar para John. Agora realmente estou sendo má, fazendo ela sofrer tanto para realizar seu pedido.
Rosa: Ainda bem que gostou da cena, e nem precisa pegar fila, você deve somente disputar o primeiro lugar da fila com a Cris.
Lays: Estou lisonjeada com seus elogios. Realmente Marguerite está percebendo que seus amigos são mais preciosos que as frias ruas de Londres, e ser realmente amada, querida e protegida por alguém é bem melhor que voltar a solitária vida londrina.
Nessa: Espero sinceramente que passe no concurso estou torcendo por você menina. Obrigada pelos parabéns, mas se tratando de Roxton e Marguerite fica fácil.
Kakau: Realmente a Marguerite ter que passar por tudo isso. Mas ela tem que provar que merece uma "segunda chance". Ele descobriu o que mas queria, por que sua vida sempre foi assim. Mas no final ela deve conseguir, eu espero que sim, tudo depende de Eriu.
Cris: Minha querida, pode colocar o querida sim! Não precisa mais se agoniar ta? Dois John, você disputa com a Rosa o primeiro lugar da fila, e quando acabar esta fiction eu te mando o Herne de presente, embrulhado no papel com direito a laço de fita e tudo mais. Acho que até vou colocar o inseparável chapéu de Roxton junto...risos.
A Força
Era a vez de Herne aplicar seu desafio. Ele olhara para Marguerite, via nela a força e a coragem para enfrentar todos os problemas. Olhou para Morrighan, aquela que certa vez lhe roubara o coração. Herne se lembrou da vez em que a vira pela primeira vez no templo de Eriu. Tinha entrado, acabava de chegar de um desafio imposto pela dona do templo. Quando pisara no templo, com a caça que Eriu lhe pedira, tombara ao chão, tomado pelo cansaço físico. Após dois dias dormindo, abrira os olhos e observara a imagem da mulher a sua frente. E fora a presença dela que ele sentira a seu lado, quando dormia. Ele se apaixonou imediatamente por ela. Porém conquistá-la não foi fácil. Principalmente por sua fama de conquistador. Tivera todas as mulheres de Avalon, mas nada lhe adiantava, pois queria somente uma. E agora teria que fazer sua outra face sofrer.
Eriu interrompeu o pensamento dele, e logo disse:
"Herne, lembre-se que acima de tudo você é um deus de Avalon." Herne entendeu o recado. Lançou uma flecha no ar, Marguerite acompanhou a flecha indo em direção ao céu. Quando olhou novamente ao seu redor, viu um caminho, e disparou:
"Um caminho, Herne! Achei que seria mais difícil. Obrigada."
Quando Marguerite terminou de falar, um vendaval tomou conta deste caminho, ela não conseguia ver nada. Só ouvia barulhos, e sentia como se cortassem levemente sua pele. Sentia em seus pés como se pequenas criaturas batessem neles. Marguerite começou a correr. Os cortes em sua pele foram ficando cada vez mais profundos, e a dor em seus pés cada vez mais insuportável.
Correu mais do que podia, e de repente caiu na água. Era um pequeno rio, com poucas braçadas já estaria na outra margem. Porém, neste rio havia algo que a puxava para o fundo, Marguerite começou a lutar com toda a sua força. Alcançou com muito esforço a outra margem, estava com metade do seu corpo na água ainda, e lutava para não ir para o fundo. Mas na margem sentiu um apoio, quando levantou a cabeça havia um fogaréu, e podia sentir o calor queimando-lhe a face.
Não demorou muito e o vento voltou, lhe cortando o rosto. E a terra parecia ter mais criaturas lhe batendo nas mãos. Marguerite não conseguia mais resistir, os elementos lutavam contra ela. Não tinha mais forças, em um súbito movimento soltou-se da margem. Entregou-se e deixou-se levar para o fundo do rio. Por um instante não sentiu mais o ar, e começou a ficar inconsciente.
Parecia que tudo acabara, finalmente seu sofrimento, sua dor, suas angústias, o passado, o terrível passado, tudo acabara. Mas, de repente, começou a se lembrar de Summerlle e como ele fora bondoso para com ela. Ele entendia seus mistérios, não a criticava, nem especulava sobre sua vida. Conversara com ele certa vez na varanda, e naquele dia ele lhe conquistara como pai.
Lembrou-se de Challenger, que a fizera desmanchar suas roupas para criar a cerca elétrica, das suas invenções milaborantes mas sempre geniais. Lembrou-se de Malone, e de como ela adorava ser má com ele, lhe fazendo perder a paciência - como daquela vez em que Summerlle pedira para posar para uma foto e ela o tirara do sério mandando ele mandar para Gladys uma foto de Verônica.
Lembrou-se então da sua amiga. Quando quase foi embora para Londres no dirigível e de como sentira um aperto no coração durante a despedida. Verônica realmente se tornara uma espécie de irmã mais nova. Lembrou-se de quando brigaram por causa de Alex. Então as lembranças se voltaram para Finn, toda atrapalhada, que gostava de cuidar da horta e de ser chamada de 'Fazendeira Finn'.
Finalmente as lembranças chegaram em seu protetor. O homem que realmente a conquistara a cada dia. O homem que era exatamente como ela sempre sonhara ser seu príncipe encantado. Aquele que estava disposto a ouvir todo seu passado, toda sua história. Aquele que a perdoara dezenas de vezes e a perdoaria sempre. Aquele que trocara de bom grado sua própria vida certa vez, para salvar a dela. Que enfrentara um dinossauro t-rex para salvá-la de um casamento forçado com um príncipe.
Então uma força estranha invadiu Marguerite, como se todas as suas próprias forças triplicassem. Ela nadou com o pouco de ar que ainda tinha para a superfície. Parecia que agora os elementos a ajudavam. A água a empurrara para cima, a terra não a machucava mais. O vento violento de antes se transformara em uma leve brisa. E o fogo se abrira para que passasse por ele.
Marguerite passou. Escutou ao longe a flecha de Herne cortando o céu, olhou para o céu e a viu. Quando voltou o olhar, estava novamente no templo de Eriu.
"Parabéns, criança, passou no teste do deus caçador."
Marguerite sorriu, e viu Morrighan segurando a mão de Herne discretamente, se assemelhando a como Roxton segurava a dela. Fata-Morgana lhe deu um abraço que Marguerite retribuiu docemente. E olhando a cena de Morrighan e Herne, se lembrou que deveria ir para casa logo. Virou-se para Eriu e disse:
"Estou pronta para o próximo desafio."
Eriu sorriu, e disse:
"Sei que está, Marguerite, mas antes tire estas roupas molhadas, cuide de seus ferimentos, descanse um pouco. Morrighan e Fata-Morgana lhe prepararão para o próximo desafio, que será o mais difícil de todos eles."
As três seguiram a ordem da Senhora do Lago. Morrighan e Fata-Morgana a levaram para o templo, onde Marguerite pôde trocar de vestido e lavar seus ferimentos. Fata-Morgana lhe deu um chá que magicamente curou todos eles. Levaram-na para um quarto, onde havia uma bela cama, com um colchão macio. Havia ervas que, além do agradável aroma, ajudavam a relaxar a pessoa.
Marguerite se deitou, mas a agitação e ansiedade para voltar para sua casa eram maiores. Marguerite rolou de um lado para o outro, pensava somente em acabar logo com aquilo e voltar para a casa da árvore.
Morrighan e Fata-Morgana estavam em uma espécie de cozinha, onde mulheres trabalhavam. Lá havia pequenos buquês pendurados. Marguerite se levantou e foi até lá. Quando Fata-Morgana a viu, a repreendeu:
"O que faz aqui? Você deve descansar."
"Não consigo, sinto muito. Preciso voltar logo para casa."
"Então se alimente, Marguerite, vai precisar de toda energia possível para passar pelo último desfio. Não sabemos quem irá aplicá-lo." Morrighan explicou.
"Como assim vocês não sabem quem vai aplicá-lo?" Perguntou Marguerite.
"Marguerite, nós nem sabíamos que Herne estaria aqui. Não sabemos a quem Eriu vai pedir para aplicar-lhe o último teste, nem mesmo se será ela mesma."
Nisto Herne entra e diz:
"Morrighan, Fata-Morgana, Eriu as convoca em seu templo e pede que levem consigo a face de Morrighan que chora."
Elas obedeceram, subiram a pequena escadaria de pedra que dava para o templo da Grã–Sacerdotisa de Avalon. Marguerite ansiava tanto por voltar, que nem prestou atenção nas belezas e em todo o mistério que Avalon possuía. Chegaram até o tempo, e Eriu se levantou dizendo:
"Está pronta, criança, para seu último teste?"
"Estou, estou pronta!"
Continua...
DISCLAIMER Todos os personagens da série "Sir Arthur Conan Doyle's The Lost World" são propriedade de John Landis, Telescene, Coote/Hayes, DirecTV, New Line Television, Space, Action Adventure Network, Goodman/Rosen Productions, e Richmel Productions (perdoem qualquer omissão).
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