Olá... estou aqui para continuar a história.

Tenho agradecimentos a fazer para Juni Bristow e à Mestra Sadie Sil. Quem diria! Eu não sou a única que assiste essa série! É tão bom saber que não estou só no mundo!

Mas... se vocês assistem também... onde estão as fics! Não me deixem só nesta página!

Bom... eu fiz essa fic com o Sully como principal por que ele é o oposto do Boscorelli. São os dois personagens mais legais da série. Desculpe quem gosta, mas eu ODEIO, DETESTO. REPUDIO a Faith.

A quem possa interessar: "Parceios da vida" voltou a ser exibido pelo SBT no domingo às 06:30 h. Isso lá é horário! Mas tá valendo, depois do meu e-mail injuriado, pelo menos voltou para a programação.

Frases em negrito: informação via rádio.

Frases em itálico: rememorações, relatos do passado.

Frases normais: pesente momento.

Continuando...

55 - David . central informa distúrbio doméstico...

Sullivan fazia menção de atender a chamada.

"Cara! Detesto essas coisas." - rosnava Bosco.

"Todos sabiam o quanto ele detestava atender chamadas de ocorrências domésticas... mas foi aí que a coisa começou a ficar estranha. Quando a atendente da central falou o endereço ele foi o primeiro a responder. Nunca tinha visto aquilo na minha vida."

"Enquanto eu voava com a viatura até o local, Bosco parecia aflito com alguma coisa."

"Você está bem?" - Sully questionava o outro que parecia estar se corroendo por dentro.

"Tô" - um monossílabo foi a única coisa que ele consegui dizer.

"É alguém conhecido?" - Sully queria saber o motivo de tanta apreensão. Pensou que poderia ser aquele o apartamento da Faith, sua parceira de costume, ou a casa da mãe dele, ou coisa assim.

"A família de um amigo meu, do tempo da infantaria Ranger, mora lá. Ele ainda deve estar no exterior. Faz tempo que eu não falo com ele." - respondeu o outro, como que tentando por um fim aquele diálogo.

"Quem mora lá?" - Pela cara que o outro fez Sully percebeu que o plano dele não tinha dado certo.

"A mãe, a irmã e a sobrinha pequena. Até onde eu sei." - Boscorelli estava aflito. Era um grande amigo seu. Gostava muito da garotinha e chegou a namorar a irmã dele por um tempo.

"Vocês são próximos? Quer dizer... você e ele?"

"Ultimamente não. Nos afastamos quando eu entrei para a academia de polícia e ele continuou no exército... Por que você não vai mais rápido?" - Bosco estava nervoso. O trajeto até o local parecia durar uma eternidade.

"Por que não cala boca? Tô indo o mais rápido que dá... não tá vendo o trânsito?

Você é engraçado Bosco. Gosta do perigo, de fazer suas loucuras, mas na hora de tomar as decisões mais difíceis você larga tudo na mão da Yokas. Na hora "H " você sempre sai da reta. Não dê ordens no meu carro!" - Sully estava nervoso com a atitude do outro policial.

Bosco calou-se, parecia triste com o comentário mas não retrucou. Parecia até arrependido. Desviou o olhar para fora da janela da viatura e assim ficou até chegarem no local informado.

Tocaram no interfone, mas ninguém respondeu, então tiveram que esperar até que um vizinho abrisse a porta para eles. Subiram pelas escadas, enquanto Sullivan, por precaução informava que poderia precisar de reforços.

Bosco batia à porta do apartamento no 4° andar, mas sem resposta alguma.

"NYPD."- Sullivan avisava. Verificaram a maçaneta e a porta estava aberta. Ambos os policiais empunharam as armas, enquanto lentamente adentravam o apartamento, Sullivan à frente, Boscorelli no backup.

"Com o olhar eu vasculhei cuidadosamente o local. Tudo estava revirado, como se ninguém morasse lá há anos. Foi quando alguém começou a gritar, e eu fui atacado."

Sullivan caía quase inconsciente no chão por causa da pancada, ficando entre o balcão da cozinha e a sala do apartamento. Abriu os olhos ainda a tempo de ver uma senhora passar por ele, enquanto Bosco e o agressor lutavam, tiros sendo disparados, vidros quebrando, assim como móveis sendo arrastados pelos dois. Mas ele não pôde fazer nada. Estava completamente tonto, não conseguindo chamar reforço.

Bosco e o agressor lutavam pela posse da arma, rolando pelo chão. Foi quando ele teve a chance de ver quem o atacava:

"Chad!" - O oficial estava surpreso. Ele não deveria estar no estrangeiro nesse momento? Nesse segundo de distração um forte soco o atingiu derrubando-o por sobre a bancada. O golpe entre o queixo e o ouvido o deixara tonto, enquanto sentia o líquido quente escorrer por um corte em sua testa. Estava sangrando. Chad ainda lutava pela arma que detinha quando empurrou o policial por sobre a bancada, fazendo-o cair ao lado de Sullivan, que voltava a si, ainda zonzo e sem ação.

Os dois ainda ouviram inertes o som de dois tiros sendo disparados, olharam horrorzados a senhora que há pouco passara por Sullivan ser atingida enquanto tentava sair do lugar. A própria mãe do agressor. Bosco gritava no rádio enquanto outros disparos eram ouvidos. A equipe tática estava a caminho.

Durante a luta perdera sua arma também, então puxou a reserva que tinha em um coldre no tornozelo, levantando-se de uma vez, apontando a arma sobre o balcão, tentando visualizar onde estava o outro sujeito. Sullivan ia se levantando também quando um tiro atingiu próximo de onde estava, fazendo-o se abaixar.

"Chad? Chad?" - Bosco chamava.

"Não se aproxime!" - gritou o outro de dentro da cozinha, próximo à um armário.

"Larga a arma e vamos conversar. O que deu em você?" - Bosco estava sem entender o motivo dele ter atacado a mãe desa forma.

"NÃO!" - foi toda a resposta que obteve. Até que ele continuou. "Larga a arma você!" - disse ele, puxando uma mulher que o policial não tinha visto e fazendo-a de refém.

"Chad... não faça nenhuma loucura. Ela é sua irmã!"

Então era isso! Tudo começava a fazer sentido na mente de Sullivan. Aquele deveria ser o tal cara do exército de que Bosco havia falado na viatura. Isso explicava o fato dele chamar o outro pelo nome.

A moça, pela primeira vez olhava o local. Ficara histérica ao ver a mãe baleada no chão da sala e começara a gritar alto, mas o som de seus gritos diminuiu quando Chad apertou a gravata que aplicava em seu pescoço.

"Calma Lindsen." - Bosco tentava falar o mais calmamente possível, observando o local onde o agressor estava, olhando a mulher nos olhos. Sabia qe ela confiava nele, desde o tempo em que deiaram de ser namorados, ainda mantinham uma grande amizade, e ele ia vê-la com frequência. Sua filha o adorava.

"Fala para o seu parceiro não sair de onde ele está! Se ele levantar eu estouro os miolos dele, e se ele for até a porta e tentar sair eu mato ela e a garota!"- Chad rosnava.

"Maurice... ele está com a minha filha!" - a mulher gritava e chorava deseperada com a situação.

Bosco se lembrava da pequena Magareth, uma doce menininha de 6 anos de idade, cabelos e olhos castanhos... aquela que dizia que queria namorar com ele.

Sully ouvia Bosco conversar com o outro, tentando acalmar a ele e a mulher, tentado chamá-lo à realidade do que fizera. Ele eatirara na própria mãe! Observou Bosco dar dois passos em direção a mulher mas parou quando o outro tornou a gritar. Chad mandava que ele se afastasse. Gritava como um louco, assustando todos no local, inclusive a garotinha, que tinha começado a chorar.

"Todos vocês vão morrer!" - Chad berravam, enquanto Bosco tentva falar com a menina e manter a situação sob controle. O policial insistia para que Chad deixasse a senhora caída receber socorro.

"Chad! Pelo amor de Deus, ela é sua mãe! Meu pareiro já chamou reforço, logo a equipe tática vai estar aqui.Tá ouvindo as sirenes?"

"Não entra ninguém! Senão elas morrem!"

" Foi toda a resposta que ele recebeu.O sujeito estava fora de si, sabe. Toda aquela coisa que a gente vê em filmes, sobre caras que vão para a guerra e voltam pirados. Não é nada perto do que eu vi aquela noite. A mãe do cara estava sangrando no chão, o Bosco tentando ajudar, a mulher presa com ele, junto com a filha... eu eu lá, sentado no chão, feito um inútil.

"Chad... escuta. Eu sei que você não quer fazer isso. Se você deixar ela morrer é homicídio, foi omissão de socorro. Você sabe como funciona a coisa, não sabe? Que isso é agravado por ter sido cometido contra sua própria mãe? Deixa os paramédicos entrarem, só dois deles. Eles pegam a sua mãe e saem, ninguém precisa morrer. É sua mãe!" - Bosco implorava, por algum juízo na cabeça do agressor.

"Eu juro por Deus que nunca me senti tão impotente em toda minha vida! Eu estava lá, mas era como se não estivesse, não podia sair de onde eu estava, fosse quem fosse, tinha o controle da situação. Foi quando o Bosco começou a me surpreender, ele falava com o sujeito como se fosse um maldito advogado! Parecia que ele sabia exatamente do que estava falando, e ele nunca foi assim... pelo menos não que eu visse."

"Mas vocês, na polícia não tem que preencher relatórios? Quer dizer... lá tem que ter o artigo do enquadramento, ele deve ter feito muitos. Não?" - questionou o enfermeiro.

"Talvez. A verdade é que na polícia a parceira dele, Faith, era quem preenchia a papelada, e quando ele tinha que fazer um relatório... Deus... Ele ficava horas preenchendo as folhas! Muitas vezes tinha que refazer." - riu Sullivan enquanto lembrava do quanto o outro praguejava enquanto tinha que fazer serviço burocrático. - "Só que naquela hora ele sabia o que falava, nem eu imaginava que desse para agravar um crime daquela maneira. Surpreendentemente Bosco estava calmo, frio. Não parecia o mesmo de sempre. Era como se estivesse possuído, ou sei lá."

"O que você quer Chad? O que eu posso fazer pra que você libere uma das duas, pelo menos?" - Bosco tentava libertar uma das reféns, talvez fosse mais fácil convencê-lo mudar a atitude se libertasse uma delas.

"Qual das duas você quer?" - questioniou o outro, prestando atenção na direção de Sullivan, que se movia atrás do balcão."Diz para ele parar!" - gritou.

"Por que pergunta isso, Chad? Eu quero as duas, claro! Cara, presta atenção. Ninguém mais precisa se machucar aqui, hoje, certo?"

Sullivan queria dar uma opinião, mas Bosco parecia concentrado no outro sujeito, temeu tirar sua concentração. A situação era mais difícil do que ele imaginara a princípio. Por isso falou no tom mais baixo e calmo que era possível:

"Escute, não precis..."

"CALADO!" Manda ele calar a boca senão a garota morre! Responda a pergunta, Maurice!" - Chad gritou. Bosco fazia sinal para que Sullvan pernacesse quieto. Estava calmo, ou ao menos aparentava frieza.

Aquilo era difícil. Bosco estava hesitando, a julgar pelo tratamento de apelidos e pelo primero nome do policial, havia alguma intimidade entre eles.

"Maurice... por favor..." - Lindsen chamava, queria que aquilo terminasse logo.

"Eu já disse, Chad. Eu quero as duas. É a sua irmã e a sua sobrinha, por que está fazendo isso?" - Bosco tentava dissuadir o sujeito, mudando de assunto, atingir um ponto fraco que desse início a um diálogo, um começo de negociação... qualquer coisa.

"Escolha uma delas!"

"Não dá!" - Bosco gritou, como se perdesse a paciência, conversando com uma criança mimada.

"Então eu escolho!" - disse ele engatilhando a arma.

PS: A agravante criminal dessa fic é baseada no Direito Brasileiro (Código Penal - art. 121), não manjo muito do Direito Norte -americano por que é muito diferente do nosso.

O Brasileiro é baseado em códigos de leis (Penal, Processual, Civil, Comercial, Tributário etc., já o Americano é sistema common law, baseado nos costumes e jurisprudência, muda com muito mais facilidade, cada estado da União tem uma constituição própria, com valores próprios (daí alguns estados admitirem pena de morte e outros não.)

Beijocas da Kika-sama.

PS... Comunidade SdA... me agurade... é só terminar de formatar a máquina, que eu digito um texto.