Olá, depois do feriadão e folga de uma semana eu estou voltando.

Só estou atualizando porque esta fic já está escrita até o fim há tempos. Só falta tempo de digitar as coisas.

No mais explico o porquê de ter parado as outras fics: FACULDADE.

Só tô dando murro em ponta de faca e quero quebrar no meio uma colega de trabalho em Direito Administrativo. No mais, o grupo não ajuda, e eu e uma outra garota estamos tendo que fazer o trabalho todo sozinhas. De todas as matérias. Provas do segundo bimestre chegando, três trabalhos pendentes, estágio e iniciação científica (fiz a burrada de me inscrever esse ano de novo.) No mais, sem novidades.

Frases em negrito: informação via rádio.

Frases em itálico: rememorações, relatos do passado.

Frases normais: presente momento.

Voltando ao assunto: Previosly on Third Watch...

"Escolha uma delas!"

"Não dá!" - Bosco gritou, como se perdesse a paciência, conversando com uma criança mimada.

"Então eu escolho!" - disse ele engatilhando a arma.

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"Tá bom!" - Gritou o outro, vendo que a atitude seria drástica, quando ele apontou a arma para o armário.

"Vai escolher?" - Questionou o outro rindo. Sabia que aquilo era uma forma de tirar a paciência do Boscorelli.

"A Margareth." - Respondeu Bosco com um suspiro. A escolha era algo doloroso, do qual ele jamais gostaria de ter que lembrar. Lindsen, a mãe, parecia mais aliviada.

"Agora você se lembra, não é?"

"O que foi que ele quis dizer com isso, Sr. Sullivan?" - questionou Cristian, que até então tinha prestado atenção em cada palavra que era dita.

Sullivan o olhou, como quem pede paciência, como se fosse um monge, que busca a perfeição. Logo todas as dúvidas seria respondidas. Pena que, na época, ele teve de esperar até um triste desfecho para saber de muita coisa, e só depois de dias do acontecido foi que ele soube de todos os fatos relativos aquela noite. O que fez crescer nele um respeito enorme pelo outro policial.

"Calma. Se escutar até o fim vai ter as respostas." - respondeu ele, pacientemente.

Naquele instante o rádio começava a estabelecer comunicação. O reforço tinha chegado. Provavelmente a equipe tática já estava em posição.

"Foi naquele momento que eu pensei que, no fim de tudo, não terminaria tão mal quanto parecia que ia ser. Mas eu me enganei." - disse Sullivan, olhando em volta, vendo que a tarde já se aproximava da escuridão azulada da noite, que vinha ao longe.

"Cara! Faz seu amigo calar esse rádio, responde logo o que eles querem saber!" - o agressor gritava. estava incomodado com o som levemente ruidoso que o aparelho fazia. Sullivan respondeu imediatamente o que acontecia, baixando o volume de modo a diminuir o ruído, mas mantendo o botão pressionado para que todos do lado de fora ouvissem o que se passava do lado de dentro, alternado com espaços de tempo para que a central pudesse se comunicar.

"55 Charlie. Temos agressor confirmado. E ele tem uma refém próxima e outra distante, mãe e filha, garota que parece ter cerca de 7 ou 8 anos de idade. Temos mulher fe..." - Parou e pensou um pouco no que ia dizer. Bosco já tinha parado de pedir a ajuda para ela há algum tempo. Provavelmente já estava morta. Mas a prudência impedia que desse algum aval médico, não era a função dele.

"55 Charlie, a comunicação foi interrompida, repita."

"Outra possível refém tentou escapar e foi ferida, foram vários disparos mas não consegui ver quantos a acertaram."

"Qual sua posição e situação interna 55 Charlie?"

"Estou sentado atrás do balcão da cozinha, não vejo nada, só a refém baleada e meu parceiro, oficial Boscorelli, que é quem está negociando. Tenho ordens do atirador para não me mover. Creio que o agressor é membro do exército, atende por 'Chad'".

Enquanto isso Chad e Bosco continuavam num impasse

"Pensou na escolha que fez, Maurice?" - questionava o outro, enquanto mantinha a arma apontada para o armário.

"Eu fiz o que você pediu. Solta a garota." - Bosco respondia com o mínimo de educação e paciência que lhe restavam.

"Reponde a pergunta, pensou ou não pensou?"

"Por que?" - O policial pensava o mais rápido que a situação lhe permitia. Tinha que ganhar tempo. Prova de resistência física e psicológica nunca foram seu forte nos treinos militares, mas era hora de passar, nem que fosse colando.

"De que adianta libertar a garota se toda a família dela vai estar morta em pouco tempo? Ela vai ficar sozinha no mundo ou viver num lar adotivo com a lembrança do que aconteceu? É isso que você quer prá ela?" - questionava o outro com visível prazer.

"Por que tá fazendo isso? É sua família!" - Aquela pergunta o deixara perturbado. - "Pára com isso!"

"Ou... melhor, de repente você muda de idéia e eu vou facilitar para você... por que libertar a Lindsen se ela, depois de perder a filha, a mãe e o irmão, vai desejar estar morta ao fim de tudo?" - Chad parecia se divertir com tudo aquilo, torturar psicologicamente quem estava lá.

"Chad... o que você quer para acabar com isso?" - Bosco perguntou. Já não sabia mais de onde ganhar tempo até uma ação do tático. Queria mais do que tudo olhar para onde estava Sullivan, para ver se ele tinha alguma opinião, mas não podia sequer desviar o olhar. Um segundo era o que dividia a linha entre a vida e a morte naquela situação.

"NADA!" - gritou o outro. "EU SÓ QUERIA ACABAR COM TUDO, COM TODAS AS ESCOLHAS, MAS VOCÊS TINHAM QUE APARECER!"

"Juro prá você, eu senti meu sangue gelar quando ele disse aquilo. Quando a pessoa não quer nada, não tem motivos para prolongar a situação por mais tempo. Não quer adiar o desastre. Sabe... são como suicidas convictos. Tem aqueles que procuram ajuda e hesitam, então você conversa e eles dizem o que querem, depois disso, eles desistem, já tem outros que não pedem ajuda, nem querem nada, simplesmente acabam com tudo. Aquele era um caso difícil de saber... em qual dos perfis ele se encaixava."

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Do lado de fora todos ouviam, pelo rádio, os gritos dados dentro o apartamento.

A situação era tensa. Tanto o Tenente Swerski quando a equipe da ESU já estavam a postos, Sullivan os informara de que o agressor não permitiria a entrada de ninguém. Era uma possibilidade a menos. A situação se complicava quando um dos oficiais da equipe tática voltava dizendo que não havia condições para um tiro mortal, pois onde o agressor se escondera não haviam janelas ou qualquer coisas que proporcionasse sua visibilidade, era um ponto cego.

Com reféns, e atiradores de elite fora se ação a única opção era aguardar um bom resultado pelos que estavam do lado de dentro.

Nesse momento um coronel do exército e alguns homens fardados chegavam lá.

"Qual a situação, Tenente?" - questionou ele ao observar a patente do outro.

Swerski se assustou com a presença de homens das forças armadas no local. Se Sullivan não tivesse dito que o agressor era possivelmente do exército ele teria pensado que se tratava de um ataque terrorista.

Saudou o coronel, embora tivesse dúvidas se devia fazê-lo, já que não eram da mesma instituição de defesa do país. O outro respondeu a saudação.

"O que o exército faz por aqui?" - questionou confuso.

"Recebemos informação que quem fez os reféns é filho da mulher que mora no local. Tenente Charles Loan. Ele estava na infantaria Ranger, mas começou a apresentar problemas e foi internado numa clínica psiquiátrica, de onde fugiu hoje de manhã, matando dois enfermeiros." - o Coronel não fez rodeios. Sabia que sempre que a situação envolvia alguém de treinamento militar de infantaria ou fuzileiros navais era sempre uma situação crítica. Não esconderia informações para que aquilo terminasse bem.

"Bom, se ele é mesmo seu homem seu não sei, mas tenho a informação de que há uma mulher baleada e duas reféns, uma mulher e uma criança. A mulher atende por Lindsen." - Swerski compreendia o que o outro estava fazendo e também não omitiria informações. Provavelmente ele conhecia melhor seu soldado do que qualquer outro para ter se dado ao trabalho de vir pessoalmente.- "Ele atende por Chad, como chamado até agora."

"Chad... era assim que o chamavam. Droga! Era um dos melhores. Provavelmente o negociador está correndo perigo com ele. Quem está lá dentro?"

"Infelizmente não temos um negociador lá, Coronel. Só dois oficiais de polícia, ambos veteranos. Um deles ferido, Oficial John Sullivan, com mais de 15 anos de casa, e o outro, que é quem está no impasse direito é o oficial Maurice Boscorelli, também veterano, com 12 anos de serviço. Mas nenhum deles tem muita experiência com esse tipo de negociação, Só que o agressor não deixa mais ninguém entrar lá." - Disse o Tenente, fazendo uma triste constatação, quando percebeu um ar de curiosidade nos olhos do coronel.

"Maurice Boscorelli? Tipo italiano, estatura média, cabelos castanhos, olhos azuis, cheio de atitude, invocado?" - questionou o outro.

"O senhor o conhece?" - questionou Swerski, que cada vez entendia menos. Mas a julgar pela perfeita descrição...

"Eu fui comandante dele nos tempos de infantaria. Não acredito que ele largou a Ranger pela polícia." - disse o outro, embora a última parte tivesse soado como sendo um comentário mais para si mesmo do que para que os outros ouvissem.

"O que quer dizer?" - o tenente da polícia estava intrigado, sabia que Boscorelli tinha um histórico militar, mas o outro soava como se houvesse alguma ligação entre o policial e o agressor.

"Não sabe do histórico dele?"

"Não, coronel, as informações na ficha de inscrição dele para a polícia tinham conteúdo bem limitado. Mas não acho que seja hora para adivinhações. Parece que ele e o agressor se conhecem, porque, segundo meu outro oficial eles se chamam pelo primeiro nome ou apelido."

"Maurice Boscorelli era capitão da infantaria sob meu comando geral, apesar de ser muito jovem. Se formou em Direito pela Universidade de NY, foi tenente, mas tinha potencial demais para ficar abaixo no comando. Eu lamentei o dia em que ele me procurou e disse que ia dar baixa, após combates na Somália e América do Sul. Parece que a família estava pressionando depois que ele foi ferido no Panamá."

"Mas ele nunca mencionou nada. Se tivesse dito que tinha curso superior ele seria, no mínimo, tenente. Por que ele nunca mencionou isso?"- Swerski estava curioso sobre o motivo de omitir coisa tão relevante sobre o passado, como Boscorelli havia feito.

Continua...

era muito jovem por que o curso de Direito nos EUA dura aproximadamente 3 anos, então se alguém entra na faculdade com 18 anos, aos 21 já está formado. E pelo Direito brasileiro, e pelo menos em relação a quem faz a academia de polícia militar do Barro Branco e algumas atividades do exército, o fato de ter curso superior já faz com que a pessoa entre na carreira com patente de oficial (de tenente para cima) os demais são praças se não me engano.

Outra coisa: eu utilizei o termo "oficial" por que é o falso cognato que eles utilizam eu que eu já me acostumei, mas o correto é "policial".

Agradecimentos:

Mestra Sadie Sil: é sempre um prazer enorme receber reviews suas. Tenho demorado para escrever sobre senhor dos anéis por que esse seriado tem mais a ver com a minha profissão, e tem base em alguns trabalhos que eu fiz sobre delegacias de polícia, negociações e fatos incriminantes de agravo e redução de penas. Mas um dia eu volto. Logo, espero.

Colega Juni Bristow (escrevi corretamente?), junto com a mestra Sadie é a única outra leitora que estas simples linhas tem, mas fico muitíssimo feliz em saber que você está gostando e que acha que o que eu escrevo se parece com o seriado. Fico honrada com seu comentário. Gosta da Faith? Ai... também não gosto muito da Cruz, mas prefiro ela a loira... sei lá, acho que a Faith é muito estilo "palmatória do mundo". Detestei as coisas que ela fez com o pobre Bosco ao longo da série.

Meus personagens favoritos são: Carlos Nieto (acho ele uma fofura), Sullivan (ele é o melhor), Alex Taylor e Grace (antigos e atuais) e é claro...o Bosco (meu tchutchuko!).

Beijos para vocês!