Curtindo a Vida Adoidado - Ano I - Mês Julho

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Capítulo anterior: No capítulo anterior, Kamus se declara ao grego e diz que o ama. Começam oficialmente a namorar, mas ainda têm receio de assumirem seu romance publicamente. As crianças especiais chegam e Milo não exita em pedir a Saori a cabeça de um professor preconceituoso. Uma briga entre o Escorpiniano e Shura preocupa o Aquariano.

... Kamus gelou. Por que o Capricorniano tinha separado "metido a roqueiro" interpretando cada uma das palavras se era uma única expressão ? O que EXATAMENTE Shura queria dizer com METIDO ? Será que era uma palavra de duplo sentido ? Será que o espanhol estava levando para o lado pornográfico ? O que ele sabia sobre a primeira vez do Escorpiniano ?

O Aquariano estreitou os olhos. Ia descobrir tudo por trás deste pesadelo. TUDO.

E não importava como.

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Curtindo a Vida Adoidado - Ano I - Mês Julho - Semana II a IV – Convidando os amigos

O mês de Julho estava realmente pesado. Com a peça e o show se aproximando, Milo estava com o sono atrasado há dias. Trabalhava feito louco, mas sabia que era por um bom motivo. Pela manhã, continuava com as aulas de música, as mesmas foram reduzidas para quarenta minutos e quase não havia intervalo entre elas; durante a tarde, o Escorpiniano se dedicada às equipes de música da peça; à noite ensaiava com a Sétimo Poder (1) e ainda ajudava os jovens cavaleiros a se prepararem para levar a Círculo de Bronze (2) ao seu primeiro grande show.

Saori estava se mostrando fora de série. Tinha contatado alguns cantores estrangeiros e conseguira recentemente, em troca de uma semana de férias na Grécia com tudo pago, ninguém menos que a banda Pearl Jam para fechar o show.

A garota era esperta. Pediu aos donos dos melhores hotéis que doassem para a Fundação uma ou duas noites de hospedagem. Para donos de bons restaurantes pediu a doação de um almoço ou um jantar. Foi desta forma que montou a semana de férias dos componentes da banda de Seattle. Os rapazes não se sentiriam desconfortáveis.

Prevendo um grande público, pedira ao prefeito permissão para abrir a bilheteria. Tudo para evitar uma superlotação e garantir a segurança do evento. Para entrar no show, bastava trocar uma doação em dinheiro ou um quilo de alimento não perecível por um ingresso.

Para a peça, a deusa fez diferente. Colocou um leilão na internet para a aquisição dos convites. O prefeito, que adorava a menina, cedeu para a apresentação das crianças uma noite no Teatro Municipal. Obviamente ele também sabia o efeito positivo que este tipo de iniciativa tinha sobre os eleitores.

Mas a visão de negócios da menina não parava por aí. Orientada por Saga, anunciou que dez por cento de toda a renda obtida nos dois eventos seria distribuída para outras entidades assistenciais da Grécia. Claro que Saori tinha preocupações políticas, mas nada que adentrasse a área eleitoreira, na verdade a garota queria fazer bonito para os investidores estrangeiros do Japão, China, Inglaterra e Alemanha, onde havia filiais da Fundação Kido para crianças.

Era interesse destes homens de negócio expandir a rota das benfeitorias para Itália, França, Espanha e Portugal, mas para isso queriam ver um bom trabalho realizado. Neste aspecto, a ajuda dos gêmeos era primordial. Todo mês Saga viajava para um destes países a fim de informar os investidores, visitar as filiais ou obter informações sobre as novas perspectivas. Kanon, na ausência do outro, auxiliava a deusa em todas as questões administrativas.

Todos os cavaleiros de ouro estavam realmente empenhados em ajudar a menina. E no momento, qualquer pequena ajuda era importante.

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Na Fundação, as crianças estavam a mil. Todas muito ocupadas, iam trabalhando para deixar tudo pronto para a apresentação.

Kitsune desenhava com mais dois meninos novos e ajudava a montar o cenário.

Pipe, muito organizada, parecia uma secretária mirim. Escrevia em uma agenda tudo o que precisava ser feito e cobrava a ação das outras crianças como se fosse um check-list.

Sinistra Negra dividia-se entre as aulas de maquiagem e os treinos de música. Assim como Pipe, queria participar da peça, mas apenas nos bastidores.

Todos estavam envolvidos em costurar, atuar, tocar, enfeitar e preparar tudo o que fosse necessário para o grande dia.

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Desde o dia da farsa entre Dido e Milo, o Peixinho e o italiano eram vistos muitas vezes juntos. Normalmente estavam segurando vários papéis que Afrodite dizia serem os scripts da peça. O Escorpiniano sabia que aqueles papéis eram mesmo da peça, mas pela troca de olhares e risadas dos dois, o grego apostava que não era isso que estavam estudando.

Os dois amantes eram incentivados por quase todos os dourados a depois da peça, realmente se tornarem amigos e não ficarem apenas no relacionamento por causa dos seus personagens.

Se eles soubessem...

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Segunda semana de Julho, segunda-feira pela manhã. Na Fundação...

A deusa precisava falar com Milo. A menina adentrava o refeitório para tomar café quando acabou encontrando o Escorpiniano na saída.

- Bom dia, Saori.

- Bom di... nossa Milo ! Que olheiras são essas ?

- É que a peça está exigindo um pouco mais e quero que fique tudo perfeito.

- Milo, não se desgaste demais, depois da peça tem o show.

- Por isso mesmo estou correndo, mas não se preocupe. Estou dentro do cronograma.

- Tudo bem, você é quem sabe. Confio no seu trabalho. É... eu estava te procurando. Precisava falar com você.

- Claro. Quer ir ao seu escritório ?

- Não. Aqui tem pouca gente. Não é necessário ir até lá. – no momento não passava ninguém no corredor - É... eu... você vai ver o Seiya hoje ? – perguntou baixinho.

Seiya vinha surpreendendo. Pegara várias dicas de bateria com Aioria e estava evoluindo bem. Além disso, tinha arrasado no teste da peça e fora escolhido por Afrodite para fazer o papel principal. O Escorpiniano tinha percebido que a deusa ficara muito feliz, mas preferiu ser discreto e não comentar nada.

- Vou sim. A Círculo de Bronze tem ensaio às três da tarde e vou ajudá-los com algumas músicas.

- Então, será que você pode entregar este bilhete a ele ? – e estendeu um papel. – E depois me dizer qual foi a reação de... – parou imediatamente e arregalou os olhos.

O grego entendeu. Percebia a troca de olhares entre os dois.

Havia uma lei que proibia o casamento dos cavaleiros. Tal lei dizia que os defensores de Atena deviam estar prontos para dar a vida pela deusa e por isso, uma esposa poderia atrapalhar. Mas isso não era nada. Havia uma outra lei, mais cruel ainda, que proibia TERMINANTEMENTE que a deusa se relacionasse amorosamente com alguém. Segundo a lei, era obrigação de Atena ficar COMPLETAMENTE disponível para prover a felicidade dos humanos. Nem namorar era permitido. Pelo menos ISSO não era proibido para os cavaleiros.

"Leis idiotas !" – o Escorpiniano pensava - Não se preocupe – comentou baixinho com a menina – Eu conto como foi a reação dele.

A garota estava séria e ainda de olhos arregalados. Era evidente. Tinha feito uma grande besteira em revelar seus sentimentos para o grego. A Lei não permitia tamanho deslize. Mas não dava mais para voltar no tempo.

- Acho que vocês dois formam um casal muito bonito. – disse ainda baixinho, para deixá-la mais à vontade.

A deusa ficou vermelha.

- Milo, não é nada do que você está...

- Não sei do que você está falando, Senhorita. – respondeu seriamente.

- Como assim ? – perguntou surpresa pelo comentário do outro.

- Disse que não adianta me falar ou perguntar sobre este assunto pois não sei NADA sobre ele. – disse mais sério ainda.

A menina sorriu. Entendeu onde o cavaleiro queria chegar. Era um segredo entre ambos.

- Não se preocupe. – disse ainda serio – Eu te aviso sobre o resultado. – levantou o papel e depois piscou discretamente para a garota – Vou torcer por vocês. – falou quase em um sussurro.

- Obrigada. – falou um pouco mais aliviada.

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Segunda à tarde. Durante o ensaio da Círculo de Bronze...

O grego entregou o bilhete a Seiya sem que os outros percebessem. Sorriu satisfeito ao ver, primeiramente, a reação de espanto do menino e logo em seguida de alegria. Fingiu estar prestando atenção em outra coisa. Fazia parte de suas atribuições preservar a imagem da deusa e aquela menina, merecia.

Os garotos entregaram o CD com a seqüência das músicas que iam apresentar e o Escorpiniano fez algumas modificações na ordem. Os meninos aprovaram.

- Milo – o cavaleiro de Fênix quis saber – você achou ruim misturarmos músicas nacionais e internacionais para apresentarmos no show ?

- Claro que não, Ikki. – o professor respondeu – Até pegamos a idéia de vocês e vamos tocar uma música nacional na nossa apresentação também.

- Fiquei sabendo que a abertura do show de vocês terá coreografia. – Shun comentou.

- É verdade – o Escorpiniano respondeu – mas isso não significa que vocês também não possam fazer. O Ikki só canta, acho que é mais fácil montar alguma coisa.

- É, o Ikki SÓ canta, mas sou EU quem estuda as músicas, EU que ouço a banda para saber se o tom está correto, EU que tenho que fazer caras e bocas, EU que corrijo os erros da galera... – o cavaleiro de Fênix se defendeu um pouco irritado.

- Ok. – disse sorrindo com o aborrecimento do aluno - Então me mostrem toda esta perfeição. Música de abertura. Podem começar. – pediu e ficou esperando.

Os meninos começaram a tocar e cantar. Ikki realmente tinha presença de palco. Milo sorriu. SEUS garotos estavam realmente ótimos. O grego estava orgulhoso dos alunos.

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Enquanto isso, na saída da aula de maquiagem...

MM estava sentado, esperando o sueco sair da aula para repassarem o primeiro ato.

- Máscara ! – o amante chamou-o – quero que conheça minha aluna MAIS BRILHANTE na arte da maquiagem. Sinistra Negra. Ela é capaz de tornar um monstro em Leonardo Di Caprio. – disse passando a mão na cabeça da garota que sorriu com o elogio.

A professora de corte e costura chamou o Pisciano e o sueco afastou-se para falar com ela.

O Canceriano olhou para a pequena. O Peixinho já tinha pedido para que ele fosse gentil com as crianças.

- Sou Máscara da Morte. – e ofereceu a mão à menina.

A garota olhou-o de cima a baixo.

- Sinistra Negra. – falou em tom arrogante, sem pegar a mão do cavaleiro.

MM já havia sido alertado por Afrodite da história da menina.

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A mãe, uma grega que fora estudar na Itália, voltara com a menina nos braços. A avó nunca aceitara a garotinha. No dia do aniversário de cinco aninhos, a mãe fugira de casa. Pouco tempo depois, a avó levara a menina a um parque de diversões. A pequena pedira um algodão doce e a avó saiu para comprar. Ficou sentada, esperando o doce prometido, até anoitecer. A avó não retornou. Tinha abandonado a netinha.

Não sabia como voltar para casa e passara frio e fome na rua. Sua sainha branca e sua blusinha rosa tinham se sujado completamente.

Nos dias que se seguiram, a pequena ficava sempre perto do parque, próxima de um carrinho de cachorro quente, onde podia pegar o resto do almoço de alguém que já estivesse satisfeito. Um dia ia pedir para lhe pagarem um lanche quando os dois meninos que comiam com o pai, atacaram a menina.

- Olha só Mekatus, toda descabelada e suja. Figura sinistra essa. - e riu para o irmão.

- E está toda negra de sujeira, credo. – o outro respondeu com cara de nojo.

- E o que dá para esperar de um bicho de rua ? – e riram.

A menina deixara as lágrimas cair.

- Veja, Dédalus, acho que o bicho é gente. Está chorando ! – o segundo menino falara e riram mais ainda.

A garota saíra correndo. As palavras dos garotos machucavam. Fora entregue a um abrigo algum tempo depois. Era muito agressiva e odiava meninos. Jamais revelara seu nome verdadeiro. Preferira juntar os dois adjetivos dados pelos garotos. Sinistra Negra. Era mais suave lembrar-se das ruas a se lembrar que fora abandonada por seu próprio sangue.

A pequena tornara-se uma criança fria, individualista e arrogante. E apenas UMA COISA causava medo à menina: ter uma nova família.

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O italiano ficara com pena da história da garota. Na verdade não sabia se REALMENTE era pena da menina ou se era o Peixinho que estava transformando seu coração de pedra.

- Eu já sabia que você não ia me dar a mão. – sorriu para a pequena. – O professor Afrodite me contou que você é durona, mas aposto que levanto mais peso que você. – desafiou-a.

A menina foi até um vaso e o levantou. O Canceriano gostou da garota. Tinha atitude. Contrariando sua fama, foi até a pequena e levantou-a no colo, com vaso e tudo.

- Viu ? Sou mais forte que você. – disse sorrindo.

A garota sorriu enigmática e soltou o vaso. Se o italiano não puxasse o pé, o vaso o teria acertado em cheio.

- E mais rápido também. – disse com um sorriso vencedor para a menina ainda em seu colo.

- É. Mais rápido também. - a garotinha repetiu sorrindo.

Os dois estavam se entendendo.

Com o barulho, o Pisciano virou-se e quase desmaiou ao ver MM com uma criança no colo. Pena não ter uma câmera fotográfica. Ninguém ia acreditar.

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Terceira semana de Julho. Terça feira à noite, depois do ensaio da Sétimo Poder. Décimo segundo templo…

- Afrodite ? – o francês chamou o morador da casa.

- Oi. Estou aqui. – saiu tirando um avental.

- Você está sozinho ?

- Estou.

- Posso conversar com você ? – Kamus pediu.

O Pisciano engoliu seco.

- Não precisa se preocupar. – deu um sorriso - Não vou colocar sua integridade física em risco. Só quero conversar mesmo.

- Claro Kamus.

O sueco conduziu o visitante pela casa. Sentaram-se na sala.

- Bem, Afrodite, você e o Milo já são amigos de longa data e... eu vim aqui para te pedir desculpas. – disse sem delongas.

- Desculpas ? Desculpas do quê ?

- Bem, para começar daquele dia que eu te peguei com o MM no jardim (3). Foi muita indelicadeza da minha parte.

- Ah, tudo bem, Kamus, essas coisas acontecem.

- É, mas eu fui muito grosso com você daquela vez. E não só naquela vez. Quando eu e o Milo brigamos e eu... bati nele, também (4). – disse baixando a cabeça.

- Desculpe a franqueza, Kamus, mas por que você está vindo pedir desculpas SÓ agora ?

- Tudo bem. – respirou fundo - Na verdade, Afrodite, eu sempre te odiei. Antes de estar com o Milo, eu apenas não gostava muito de você, mas depois que começamos a ficar, achei que você representava uma ameaça para mim.

- Ameaça ? Kamus, eu e o Milo nunca fizemos NADA ! Eu nunca dei UM beijinho nele !

- Eu sei. – disse olhando para baixo - Ele me contou. Por isso estou vindo pedir desculpas. – olhou novamente para o sueco – Estamos vivendo uma fase excelente, mas ele ainda me cobra que eu não gosto de você. Agora eu finalmente decidi resolver isso de uma vez por todas. E... depois que vi você e o Milo aquele dia - deu uma pausa - deitados no sofá (5) - nova pausa. Respirou mais forte - percebi que não adiantava ter ódio. Se ele quisesse me trair com você, tanto faz se eu te amasse ou odiasse.

- Kamus,você está enganado. O Milo te ama. Ele não vai te trair. Nem comigo, nem com ninguém.

O francês sorriu.

- Obrigado por me dizer isso. Eu também acredito que ele não vai me trair. Mas o que estou querendo dizer é que te odiar não vai melhorar o que o Milo sente por mim.

- Bem, você sabe que nós dois somos muito amigos...

- Sei e gostaria que você soubesse que vou parar de implicar com vocês.

- Puxa Kamus, que boa notícia !

- Mas não conte ao Milo que eu estive aqui. Queria que ele mesmo percebesse que estamos bem, isso é, se você me desculpar mesmo. – falou humildemente.

- Kamus, que bobagem. – Afrodite se aproximou e abraçou o cavaleiro – Eu não guardo rancor. Acho ótimo que nos darmos bem.

- Obrigado. – disse retribuindo o abraço.

- Venha uma noite aqui com o Milo para falarmos umas bobagens e tomarmos uns vinhos, só nós quatro.

- Ok. Vamos marcar.

O francês saiu da casa de Afrodite sorrindo. Tinha conseguido o que queria. Queria descobrir tudo sobre a primeira vez do namorado e fazer amizade com o Peixinho era primordial. Talvez até viesse a descobrir que o Pisciano não era tão ruim assim.

- Quem sabe ele não é até melhor do que eu penso. – falou para si mesmo sobre o sueco.

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Terceira semana de Julho. Terça feira bem tarde da noite. Bar Far From West.

O ritmo do grego podia estar alucinante, mas Milo fazia questão de chamar os amigos pessoalmente para o show. Foi em uma noite ao Far From West, bar country de sua amiga Diana (6) para distribuir alguns ingressos e levar a nova camiseta da banda.

- MI ! – Velina veio correndo e se jogou no pescoço do Escorpiniano.

Milo ofereceu-lhe o rosto.

- O que aconteceu ? – perguntou chateada – Não gosta mais de mim ?

O grego costumava cumprimentar algumas amigas mais íntimas com um selinho.

- Claro que gosto. – abraçou a menina e beijou-a no rosto – mas quero que uma pessoa me veja como um homem sério e não posso mais ficar beijando todo mundo.

- Milo, amando ? Salve-se quem puder, o mundo vai acabar ! – Diana comentou rindo e dando a volta no balcão.

- Será que você ainda não percebeu que faço tudo isso por você ? – o Escorpiniano disse deitando a loira em seus braços. – Me dê um beijo agora que eu me jogo a seus pés. Serei seu eterno escravo.

A garota riu.

- Você não tem jeito não é ? – perguntou se levantando – Você sabe que eu NUNCA vou te beijar.

- Por favor. Eu juro que não tenho sapinho ! – falou em tom de carência.

A loira riu mais ainda.

- Pelo menos no rosto eu tenho direito ? – perguntou com cara de coitadinho.

- Um só. Não quero perder meu precioso tempo com você. – replicou sorrindo.

- Confessa. – pediu puxando a garota para junto de si – Você me ama, não é ? – ficou bem próximo da boca da amiga.

- Milo, se você fosse o ÚLTIMO homem da terra... – disse passando a mão no rosto do grego que fechou os olhos e fez biquinho para receber um beijo – ...eu viraria sapatão.

- Obrigado. – falou se soltando da garota – Eu também te amo muito.

Os dois sorriram um para o outro. O Escorpiniano sabia que Diana tinha muito carinho por ele. Eram amigos há longos anos. A menina era uma loira muito bonita, pena que depois de não ser correspondida em sua paixão por Aioria tinha se tornado muito amarga.

Rolavam vários comentários que a garota era sapatão, pois sempre que estava com homens ou quando os tinha por perto, os desprezava. Milo sabia que o grande problema da menina era um coração em pedaços.

Saber que tinha servido apenas para fazer ciúme em Marin, acabara com a garota. Sentiu-se suja e usada. Aioria pedira desculpas até de joelhos, mas o amor pelo Leonino marcara seu coração. Não conseguira se envolver com mais ninguém. Sempre achava que tinha algum interesse por trás.

O Escorpiniano sabia que fazia mal à moça, pois a fazia lembrar de Aioria, mas a loira lhe dissera uma vez, em um dia de porre, que Milo era o único homem que a fazia se sentir bem. Jamais beijaria o grego, pois não queria se apaixonar por outro cavaleiro, mas não queria que o Escorpiniano deixasse de ser seu amigo por causa isso.

Milo tinha pena da menina. Apesar de mostrar que estava sempre bem, a garota era muito infeliz.

Ficou mais um pouco com as garotas do bar, cumprimentou e convidou também alguns conhecidos e foi embora. Saiu com um cheque de doação de Diana. A menina insistira para ele levar. A loira havia doado mil euros.

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Terceira semana de Julho. Quarta, fim de tarde. Santuário.

Kamus subia novamente as escadas em direção ao Décimo Segundo Templo. Afrodite era o tipo de pessoa que precisava ser cativada.

Naquela noite Milo ia entregar mais convites e pedira para ensaiarem só no outro dia.

O francês tinha planos para o aniversário do namorado e queria contar com o Pisciano para colocar suas idéias em prática. Também era mais um motivo para se aproximar do sueco e ficar "amigo" do Peixinho.

Estava tão submerso em seus pensamentos que quando deu por si já estava próximo do jardim e ainda não chamara o dono da casa. Sentiu o cosmo de Afrodite e MM. Ia chamá-los para evitar outro constrangimento, quando uma palavra o fez ficar mudo.

- ...Milo. – o italiano falou.

O Aquariano escondeu o cosmo e se aproximou da porta, ficando apenas ouvindo.

- Amore. Para quê ficar lembrando disso agora ? – o Pisciano replicou.

- Amore, eu tenho vergonha do que eu fiz com ele, mas não tenho coragem de pedir desculpas. – explicou ao Peixinho.

- Amore, o Mi não é uma pessoa rancorosa. Ele já deve ter te perdoado. Até EU já te perdoei. – replicou.

- Pode até ser Afrodite, mas no dia em que eu fui ao quarto dele, eu VI nos olhos do Escorpião, que ele AINDA tem medo de mim.

Kamus pareceu congelar na parede. Seus ouvidos se fecharam e seus pensamentos corriam à velocidade da luz. MM tinha ido ao quarto do grego. Por quê ? O que tinha ido fazer lá ? E por que Milo teria medo do italiano ? O que o Canceriano teria feito de TÃO GRAVE que fosse suficiente para se envergonhar e para o Escorpiniano temê-lo ?

Saiu rapidamente do templo. Se continuasse lá mataria MM e Afrodite em um só golpe. Não. Precisava organizar seus pensamentos. Não agia impulsivamente. Era uma pessoa racional. Pensava antes de fazer. E o que quer que fosse fazer, não deixaria provas.

Agora estava mais complicado. Shura era forte candidato a ter sido o primeiro do seu Escorpiãozinho, mas esta revelação do italiano deixava-o atordoado. Era a confissão de algum crime terrível contra o grego.

Realmente era bom que o francês tivesse amizade com o Pisciano. Afrodite sabia muita coisa e Kamus ia arrancar do Peixinho TUDO o que ele sabia. TUDO.

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Enquanto isso, longe dali...

O Escorpiniano parou sua Gata Selvagem na rua. Tirou o capacete e babou em um carro esporte prata conversível, parado próximo ao endereço aonde ia.

Mal se lembrava do lugar. Olhou para a janela do primeiro andar. A luz estava acesa. Indicava que tinha gente em casa.

Subiu o lance de escadas e parou em frente ao número décimo primeiro. Sorriu. Tocou a campainha. Uma voz masculina perguntou quem era.

- Sou eu Ian, o Mon Ange.

A porta foi aberta por um rapaz alto, magro, de cabelos castanhos quase claros. Os olhos castanhos fitaram o grego de cima a baixo. O jovem tinha algo que ia além da beleza. Tinha charme. Era um forte magnetismo que prendia seu observador.

A figura desconcertou o Escorpiniano e Milo ficou mudo. Tentou falar mas não saia som algum de sua boca.

- Você quer falar com o Ian ? – a jovem voz apenas aprofundou o grego no transe.

Era estranho. Milo costumava causar este tipo de impressão nas pessoas e agora estava sendo vítima de seu próprio veneno. Observando melhor o rapaz, ele lembrava alguém, mas não conseguia se recordar exatamente quem...

- MON ANGE ! – Ian gritou tirando-o do estado de torpor.

- Oi Ian. – falou piscando várias vezes.

O francês abraçou o amigo efusivamente.

- Deixa eu te apresentar o Giovanni. – falou com o costumeiro sotaque francês.

- Oi Giovanni.

- Oi Mon Ange. – o jovem charmoso cumprimentou-o.

O Escorpiniano sorriu. "Mon Ange". Ainda não falara seu verdadeiro nome ao francês.

- Entre. S'il vous plaît. (Por favor). – disse apontando para uma das poltronas.

Os dois se sentaram à frente do grego. Ian aparentava uns vinte e um, vinte e dois anos. Giovanni parecia ter dezessete, mas não devia ser tão novo assim. Os dois enlaçaram as mãos e o Escorpiniano não conseguiu disfarçar que olhava.

- Vê Mon Ange, – Ian falou mostrando a mão – anel de compromisso. Tirei a sorte grande. – falou dando um selinho no namorado – Agora sou completamente do lado negro da força.

- Ian ! – Giovanni falou timidamente.

- É verdade. Mon Ange, você non acha que o Gio se parece com aquele ator que fez o Darth Vader no Episódio III de Guerra nas Estrelas ?

Era isso. Olhando bem, era verdade. Era com ele que o jovem se parecia.

- Desde que este filme foi lançado meus amigos passaram a me chamar de Vader.

- Sei que parece bastante e eu A-DO-RO. – Ian comentou beijando o rosto do outro - Outro dia ele me ligou e disse que ia cortar o cabelo. Eu quase enfartei. Quando ele chegasse ia me achar aqui, durinho.

- Larga de ser exagerado, Amor. Você sabe que eu não faria nada para te chatear. – retribuiu o selinho do francês.

- Eu sei, Mon Amour. – disse ao namorado – Enton, Mon Ange... o que é isso ? – perguntou ao grego – Trouxe presente para mim ?

Milo olhou para as duas camisetas em seu colo. Ainda estava fascinado pelo comportamento dos outros dois, mostrando sua paixão sem fingimento. Depois caiu em si. Estavam em casa, não teriam ninguém para recriminá-los.

- É. É uma camiseta para você e uma para seu acompanhante.

- Que legal. É a camiseta da banda ? – Giovanni perguntou.

- Como você sabe ? - questionou surpreso.

- Eu te vi na TV ao lado de uma cara muito bonito. – foi Ian quem respondeu – Aquele é o Kamus ?

- Como ele era ?

- Alto, corpo sarado, cabelos curtos. Tocando uma guitarra.

- Tocando baixo. É o Shura. O Kamus toca guitarra e tem o cabelo comprido.

- Quando eu te vi na TV, até falei para o Gio, non é Mon Amour ?

- É. Ele me disse que te conhecia e me contou a história. Desculpe mas confesso que achei estranho um homossexual à frente de uma banda com um monte de meninas histéricas gritando. Mas aí o Ian falou que você ainda não tinha assumido.

- É. É meio complicado. – disse com um pouco de pesar - Ainda mais agora. Além de cavaleiro de Atena, sou professor de música da Fundação Kido e somos modelo de educação para as outras Fundações e até para outras entidades. A Saori ENLOUQUECERIA se eu contasse que sou gay. – disse sorrindo tristemente.

- Minha mãe quase enfartou – Giovanni comentou – Chegou a dizer que preferia que eu fosse drogado. Mas duvido que ela realmente preferisse isso. – completou pensativo.

- Mon Ange... Posso continuar a te chamar assim ?

- Claro Ian.

- Mas seu nome verdadeiro é Milo, não é ? – Gio perguntou.

- É sim.

- Mas eu prefiro te chamar como sempre te chamei. Se você non se incomodar.

- Claro que não. – respondeu ao francês.

- Enton Mon Ange, naquele dia (7) eu fiquei esperando dar a hora na França e liguei para mon papa (meu pai).

- Sério ? – o grego perguntou feliz pela notícia.

- Oui. Ele atendeu e começou a chorar. Disse que estava com saudades e queria que eu voltasse. Eu expliquei que eu realmente era gay e isso non ia mudar, mas que isso non me impedia de amá-los muito. Ele disse que tudo bem e que minha mãe queria me ver. Pedi para sair cedo do trabalho na sexta-feira e fui para a França. Fiquei todo o final de semana com eles. Me trataram como o príncipe de Gales.

O Escorpiniano riu com o comentário.

- É sério. E quando eu disse que tinha uma casa e um emprego, eles choraram. Non tive coragem de contar que comprei meu visto.

- Tem coisa que só se diz se você é perguntado. – Milo comentou.

- De fato Mon Ange, mas foi um final de semana magnifique (maravilhoso). Combinamos que eu voltaria no final de agosto, no aniversário da minha mãe. O mais engraçado é que mon papa me agradeceu por non ter levado meu namorado na viagem.

- Vocês começaram a namorar antes de você ir para a França ?

- Não. Começamos no dia em que o Ian voltou da França.

- Então não entendi o que o seu pai disse.

- Na verdade, ele tinha medo de me ver com outro homem. Eu non disse que non tinha namorado. Pelo menos se ele non soubesse disso, non tentaria me apresentar nenhuma garota.

Os três riram.

- Realmente tem coisa que é melhor dizer APENAS quando se é perguntado – Milo reforçou o comentário.

Riram mais ainda.

- Pois é. – Gio concordou – Mas no aeroporto mesmo, nos conhecemos. – e deu outro selinho do francês.

- Ah, é ? – o Escorpiniano comentou curioso.

- Assim que eu desci do avion, dei de cara com o Gio parado segurando uma plaquinha "Paolo". Quando nos vimos, posso dizer que foi amor à primeira vista. Ele veio todo sorridente me perguntar se eu era o Paolo. Eu falei que non era, mas que gostaria de ser.

Giovanni começou a rir.

- É, mas aí eu respondi que achava que ele não gostaria de ser o Paolo, pois o Paolo que eu esperava era o meu padrasto.

- E por que você foi perguntar se ELE era o Paolo, se NÃO QUERIA que ele fosse o Paolo ? – o grego quis saber.

- Era só um jeito de me aproximar. – o menino ficou enrubescido ao falar.

- Que bonitinho. Mon gretalianinho ficou vermelho.

- Greta... o quê ? - Milo perguntou.

- Gretaliano. Meio grego, meio italiano. – Ian explicou.

- Minha mãe é grega mas ADORA um italiano. Meu pai, também italiano, morreu há cinco anos. Minha mãe foi para a Itália e conheceu o Paolo. Conversaram muito na internet e ele decidiu morar com ela. No dia em que o Ian voltava, eu esperava o meu futuro padrasto.

- Ah! Entendi. Mas então você já conhecia o Paolo. – o Escorpiniano afirmou.

- Não.

Risadas.

- Coisas de mamãe. Ela só me disse que o tal Paolo era jovem e bonito. Ajuda muito, não é ?

Mais risadas.

- Mas o mais importante – Ian falou – é que ficamos conversando até o verdadeiro Paolo aparecer. Depois o Gio me ofereceu uma carona até aqui.

- Quando desci para ajudá-lo a pegar a mala, dei meu número de telefone.

- Desde enton, estamos juntos.

- Legal que...

Os três ouviram um barulho do lado de fora, interrompendo o comentário do cavaleiro. Giovanni se levantou rapidamente e foi até a janela.

- Será que é chuva ? Que droga, daqui não dá para ver se a capota do carro está levantada.

- É um conversível prata na frente da banca de jornal ? – o Escorpiniano perguntou.

- É sim.

- Está fechado.

- Obrigado. – o gretaliano respondeu.

- Bem, tenho que ir ou a Gata vai ficar encharcada.

- Gata ? – Giovanni perguntou.

- Gata Selvagem. Minha moto.

- É uma shadow negra parada do outro lado da rua ?

- É.

- Eu ADORO motos, mas minha mãe nunca me deixou ter uma. Acabei comprando um conversível para ter a sensação do vento no rosto. Ah! Não se preocupe. Não é chuva. São só umas crianças brincando com uma folha de alumínio lá em baixo.

- Que bom.

- E você Mon Ange, como vai o namoro ? – Ian perguntou dando espaço para o namorado voltar a se sentar ao seu lado.

O grego tirou a correntinha de dentro da camiseta.

- Anel de compromisso discreto. Mas é gravado. – comentou sorrindo.

- Que bonitinho ! – o francês comentou.

- Ele até quer te conhecer. – o cavaleiro completou.

- O Kamus quer me conhecer ? – Ian perguntou e recebeu um aceno afirmativo do Escorpiniano – Oh, Mon Dieu. Pourquoi (por quê) ? – questionou assustado.

- Bem... – ficou um pouco sem graça – eu contei a ele que vim na sua casa naquele dia (8).

- Pode falar à vontade. O Gio sabe de tudo.

- É. Imagino que não seja constrangedor você falar que me recusou, mas imagine eu falando que QUERIA e VOCÊ me recusou.

- MON ANGE ! – repreendeu o amigo – Pourquoi (por que) você machucou o seu amorzinho assim ?

- Porque eu sou um idiota insensível. – respondeu baixando a cabeça.

- Vocês brigaram ? – o francês perguntou.

- Agora estamos bem. Ele já me perdoou. – respondeu olhando para o amigo.

- Que bom. – Ian comentou sorrindo – Sem problème. Posso conhecê-lo enton.

- Bom, galera, não vou mais tomar o tempo e vocês. Vim só trazer as camisetas e os convites. – entregou-os para o francês.

- Eu pensei que tinha que ir até a bilheteria para trocar a doação por um convite. – Gio comentou.

- E tem. Só que eu ganhei trinta convites para distribuir e o Kamus me deu alguns dos dele também. Vocês podem fazer a doação depois, pelo banco, telefone ou internet.

- Aceitam cheque ? – Giovanni quis saber.

- Aceitam.

- Fique com a gente – o francês pediu – vamos pedir pizza.

- Eu agradeço muito Ian, mas tenho outros convites para entregar. – explicou.

- Você pode esperar um pouquinho Milo ? – o gretaliano pediu.

- Claro.

Giovanni andava em direção ao quarto enquanto discava um número no celular.

- Parabéns Ian. – o grego comentou assim que o outro saiu. – Ele me parece uma pessoa encantadora.

- E é Mon Ange. Acho que é melhor que o presente que eu pedi aos céus. Se eu tivesse feito uma encomenda acho que non sairia tão boa.

- Fico feliz por vocês.

- Merci. (Obrigado)

- Mas vocês vão ao show, não é ?

- Claro, Mon Ange. Eu non perderia isso por nada.

- ...tá bom mãe. Vou tomar cuidado. É só volto amanhã. Eu tenho cheque, pode deixar. Eu também te amo. Tchau. - o namorado de Ian retornava do quarto.

- Milo, você se importaria em levar uma pequena doação em cheque ?

- Giovanni, não é necessário dar agora. Não tenho o talão de notas comigo.

- Mas eu já queria aproveitar a sua visita.

- Tudo bem, então você pega seu recibo comigo no dia do show.

- Ok.

Falaram mais um pouco e Milo se despediu dos amigos. Giovanni puxou Ian e ficaram abraçados até o grego sumir de vista.

Quando subiu na Gata, a curiosidade falou mais alto. O Escorpiniano queria saber o que era uma "pequena doação" para o namorado de Ian. Será que eram cinco euros ? Por isso tinha perguntado se o grego se importava em levar uma "pequena doação" em cheque ?

Olhou para o conversível. Ficou momentaneamente aborrecido. Giovanni provavelmente era filho único. Esperava PELO MENOS uns cinqüenta euros de doação.

"Certamente é menos que o valor que o "filhinho de papai" gasta em gorjetas em um dia de felicidade" pensou, julgando o outro.

Quando abriu o cheque, seu coração acelerou e a boca secou. Olhou para a janela do primeiro andar. Não estavam lá. Deviam estar namorando. Sentiu-se pequeno diante do pensamento mesquinho que tivera.

Não era pelo dinheiro, mas Giovanni era uma pessoa maravilhosa. Milo gostara do namorado do francês. Ficara feliz pelo amigo. Ian merecia.

Dobrou o cheque com cuidado e colocou no bolso da jaqueta. Colocou o capacete e saiu.

A "pequena doação" era de dois mil e quinhentos euros.

-oOo-

FIM DO MÊS DE JULHO

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Próximo capítulo: No início de Agosto, Milo e Afrodite fazem os últimos preparativos para a peça. As crianças começam a apresentação.

Nota da autora - Dedicatória: Lê, aqui está o personagem que prometi para você, o Giovanni, espero ter ficado à sua altura. Beijos.

Nota da autora: Explicações

( 1 ) Banda dos Dourados

( 2 ) Banda dos Bronzeados

( 3 ) História ocorrida em Recordações - Cartas - Capítulo IV - A última carta

( 4 ) História ocorrida em Recordações - Fotos - Capítulo II - Demonstrando o potencial

( 5 ) História ocorrida em CVA – Mês Junho - Semana IV - A vitória do Peixinho

( 6 ) História ocorrida em Recordações - Fotos - Capítulo IV - Os novos amigos

( 7 ) História mencionadas em Recordações – Epílogo

( 8 ) História contada em Recordações - Cartas - Capítulo III - As cartas abertas

Nota da autora - agradecimentos

Gostaria de agradecer a todos que acompanham a fic, principalmente as que mandaram e-mail:

Volpi - Finalmente recuperou o micro. Adorou a fic e sua personagem. Acha que o Kamus está precisando de um psicólogo pela falta de confiança e quer entrar na fila para ser adotada pelo casal Gelo com Pimenta - (B.Patty) - Eu estava com saudades. Bem, o Kamye ainda terá alguns probleminhas psicológicos aí pela frente, mas ele não ficará louco não (pelo menos). O Mu e o Shaka em breve vão aparecer. Em dois ou três caps o Milo vai falar de adoção... Aguarde a surpresa...

Ia-Chan - Agora está de férias e conseguiu ler a fic. Achou muito engraçada e fofa. Também achou muito linda a primeira vez do Dido & MM. Não vê a hora deles se tornarem amigos. Quer mais Mu & Shaka. - (B.Patty) - Aqui está mais um pouquinho de Dido & MM. Quem diria que o italiano podia se dar bem com crianças ? rsrs. Mu & Shaka já estão chegando... em Setembro...

Ilia - Está com o PC dodói Ó.Ò. Amou o pedido de compromisso dos lindinhos e a música deles, ainda não foi casamento, mas está quase. Está achando as crianças muito fofas e a Sinistra Negra muito engraçada. - (B.Patty) - Oi Ilia. Pena o Shaka (Seu PC) estar dodói. Espero que ele melhore logo. Neste cap tem mais dicas, mas em breve o Kamus vai fazer uma descoberta e tanto que vai adiantar muito a investigação.

Nana - Ficou angustiada com o encontro do Mi e do Kamus. Foi um pouco dramática, mas linda. Gostou muito da sua personagem e da amizade com a Carola e a Sini. Ficou comovida com a cena da menina cantora. - (B.Patty) - Não deu para evitar o drama no romance dos dois. Que bom que vc gostou da Nana. Estou aproveitando a fic para mostrar o preconceito que há pelas pessoas especiais também. Será que este mundo tem jeito ?

Neme - Amou o cap. Romance (ahhhhhhh). Gostou de aparecer na fic e está apostando (snif!) no Shura para o primeiro. - (B.Patty) - Muita calma nessa hora sobre o Shurinha. Vc viu que a coisa está equilibrada. Mas como você disse, são necessários fatos e logo logo eles vêm. .

Nica - Bel - Adorou o cap. E ADOROU sua personagem. Achou o máximo o que o Milo fez com o professor. - (B.Patty) - Como eu disse, o Milo não poderia MATAR o professor pois tem que dar exemplo aos alunos. Logo tem mais novidades. E aqui está o Ian, namorando (e que namorado O.O, hein ? rsrs).

Pipe - Ficou preocupada com tanta criança sobre ela. Gostou do Kâ romântico, mas me lembrou que devo uma "bifa" a ela (por atrapalhar MM & Dido). Está apreensiva sobre a primeira vez e adorou a atitude do Milo com o professor preconceituoso. - (B.Patty) - Calma Pipe, as crianças penduradas em você eram apenas agarradas na sua roupa... é que como o Milo, vc também atrai as criancinhas. Vou me lembrar da "bifa" (Tadinho do Kâ). Ah! Aviso que podem ter reviravoltas no caso "Primeira vez do Escorpião". Aqui está uma.

Shakinha - Achou lindo o encontro do Kamus e do Mi. Também adorou o que o Milo fez com o professor. Está nervosa para o Kamus descobrir o autor do crime contra o Milo. Adorou a personagem dela. - (B.Patty) - Os dois juntinhos são muito fofos, não ? Falando em fofo, sua personagem estará para lá de fofa na peça. Aquele professor metido bem que mereceu ! Neste cap tem mais pistas, mas continue observando...

Sinistra Negra - Se achou muito má na fic. Está curiosa para saber a história das outras crianças. Não vai apostar em ninguém para o primeiro. Vai esperar para ver. Amou o Kamus apaixonado. - (B.Patty) - Como prometi, vc conheceu o MM. Mas precisava ser má com ele também ? rsrs (acho que ele gostou de vc). Agora vc sabe porque a Sini é tão fria. Gostou do Ian aparecer ?

Teffy - Está achando a fic muito engraçada e não vê a hora de participar da peça. Achou lindo o Kamus falar "Eu te amo". Se estive votando na escolha da menina cantora, teria ajudado o Milo a bater no professor. Também quer comprar a revista que vai sair a entrevista dos meninos. - (B.Patty) - Logo você aparecerá na peça e vai ajudar muito também. O Mi só não bateu nos professores porque tem que dar exemplos aos alunos, senão... A entrevista sai depois da peça, na banca mais próxima de você rsrs.

Calíope - Gostou muito do cap. Muito romântico e sincero. E ficou honrada pela menção da Santuário Times (e do Aioria querendo ser entrevistado por ela rsrs). Adorou o que o Mi fez com o professor mas está preocupada com represálias. - (B. Patty ) - Que bom que vc gostou do cap e da aparição da Santuário Times. Ainda bem que o Kamus estava com muita paciência com o Mi. E não se preocupe com o professor, não haverá represálias não. .

Nota da autora: contato.

Façam uma novata feliz e por escrevam para mim. Prometo que respondo todos os e-mails e que não mordo. rsrsrs

Para mandar comentários, críticas, dicas ou opiniões, podem me contatar no e-mail no erika(ponto)patty(arroba)gmail(ponto)com

- Jul/2005 -