Desculpem-me, a postagem desde capitulo demorou muito devido há uma porção de fatores, provas, meu chefe que não dá descanso. Problemas familiares... Enfim uma porção de coisas. Mas aqui estou eu de volta, firme e forte.

Agradecimentos e notas no final do capitulo.

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Capitulo Dois: Por que eu luto?

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Estava cansado. A maioria das pessoas estariam cansadas se tivessem feito o que ele fez.

Uma faxina das boas em seu novo apartamento de noventa e dois metros quadrados no centro de Tókio.

Xiao Lang enxugou as gotas de suor que deslizavam por sua testa com o antebraço. 'Malditas arrumadeiras... Não fazem nada direito!'.

Esquadrinhou a sala com os olhos, agora sim aquele parecia um apartamento digno de Xiao Lang Li!

Jogou-se por sobre o sofá e ligou o aparelho de televisão.

Mais uma transmissão sobre a escolha do novo Papa. A imagem da fumaça negra saindo da capela sistina demonstrava que a escolha do novo Papa havia sido adiada.

"Dane-se. Agora, tendo ou não se tendo um novo Papa..." Xiao Lang ergueu-se do sofá. Falava para ninguém em especial. "... O destino já foi traçado...".

Preparou-se para sair. Agora já estava em Tókio e também estava bem instalado. Agora vinha a parte mais difícil, descobrir quem era a pessoa a qual as antigas escrituras citavam.

Seria muito difícil fazer isto. Mais precisamente seria um lance de pura sorte, pois se o poder oculto desta pessoa não tivesse despertado ainda Xiao Lang não sentiria aura mágica nenhuma.

Pegou um casaco de inverno e preparou-se para sair. A noite parecia fria.

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Sakura tentava manter-se quentinha em baixo do edredom rosa, sua cor favorita. Assistia a algum romance barato que passava na TV a cabo.

Realmente as noites em Tókio estavam se tornando enfadonhas e chatas.

É... Alguém precisava urgentemente de um namorado...

Encolheu-se mais por debaixo das cobertas, não havia nada para ser feito no momento. Ela mesma renegara a maioria deles, segundo ela um bando de marmanjos atrás de sexo.

Não adiantava negar... Ultimamente até ela precisava disso.

Resignada a sua solidão noturna. Sakura desligou a televisão e virou de lado tentando achar uma boa posição para dormir.

Bem, ao menos ela achava que iria fazer isso. Se não fosse pelo som incessante do maldito telefone.

"Moshi Moshi..."

"Ohayo Sakura! Nossa! Que voz de sono é essa menina!" Rapidamente Sakura reconheceu a animada voz do outro lado da linha.

"Chiharu...?" Chutou, mesmo sabendo que a resposta seria positiva.

"Isso, isso! Como você está?".

"Ah... né...eu..."

"Continua solteira..." Chiharu conclui fazendo a amiga bufar de raiva do outro lado da linha. "Mas não se preocupe. Hoje mesmo a gente dá um jeito nisso, o que você acha?".

"No que é que você esta pensando hein?" Sakura bem que estava precisando fazer algo diferente do usual estava pronta a aceitar quase tudo...

Alguns minutos depois Sakura estava em frente ao espelho ajeitando a maquiagem que iria usar para a noite.

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Tókio com toda a certeza tinha um esquema climático estranho, Xiao Lang que havia saído vestindo um casaco agora mantinha o mesmo em seu ombro, a camisa verde que usava evidenciava os belos músculos do jovem.

Xiao Lang andava por uma das mais movimentadas avenidas de Tókio, gostava de ver o movimento, o vai e vem de Tókio que, mesmo naquele horário não deixava de ser grande.

Acendeu um cigarro. Mudou seu curso inesperadamente, vendo um parque. Com passos calmos e curtos entrou no parque bem cuidado.

Sentou-se em um dos balanços, erguendo o rosto fitou as estrelas que pairavam por sobre sua cabeça. Deixando que a lua banhasse sua face com seu brilho misterioso.

"O que você quer...?" A pergunta foi feita sem que Xiao Lang retirasse sequer os olhos do céu.

"Vim apenas apreciar o luar..." A figura saiu das sombras, como que do nada. Tinha olhos azuis profundos e indecifráveis, o rosto branco e de traços delicados lhe davam um ar de fidalgo, seus cabelos negros e longos balançavam ao vento e em seu nariz pendia um óculos de armação fina e delicada.

"... Afinal, este pode ser uma das ultimas luas cheias que nós humanos poderemos aproveitar, não é mesmo?" Um sorriso surgiu nos lábios do interlocutor. Um sorriso um tanto quanto cínico e maldoso.

Xiao Lang se ergueu rapidamente do banco. Os olhos agora começando a tomar um leve tom amarelado. "Quem é você?".

"Meu nome..." O homem mantinha o sorriso no rosto, mas percebia-se claramente que ele sorria apenas com os lábios. As orbes azuis estavam frias. "... é Hiragizawa Eriol". O sorriso sumiu.

"O que você quer aqui?" Xiao Lang disse já transformando a esfera negra que carregava bolso em espada. "Diga agora ou se prepare para morrer".

"Calma... calma. Não tenho intenção nenhuma de lutar contra você". Eriol mantinha o sorriso no rosto. "Minha única intenção é verificar se o que está escrito será concretizado". A voz de Eriol assumira um tom de ameaça.

"Então você está contra mim de qualquer forma". Jogando o casaco de lado, Li se colocou em posição de combate, com os olhos fixos no oponente. As orbes antes castanhas agora assumiam um tom amarelo, frio e assustador".

"Bem... se não há outra forma..." De um dos bolsos Eriol puxou algo parecido com uma chave. "Chave que guarda o poder das Trevas. Mostre seus verdadeiros poderes sobre nós. Ofereça-os e Eriol que aceitou esta missão. Libertasse!" A pequena chave havia transformado-se em um enorme báculo.

"Um mago..." Um sorriso irônico brincava nos lábios do Chinês.

Sem mais palavras Li, ultilizando-se de uma velocidade incrível partiu para cima de seu oponente "... mas isso não fará a menor diferença!".

Ergueu a espada até a altura da cabeça, planejava acabar com o mago com um golpe só, uma morte rápida.

"Escudo!" Para surpresa de Li seu ataque havia sido parado.

Com uma força incrível o corpo de Xiao Lang fora arremessado a uns cem metros de onde estavam.

´Maldito... Que força monstruosa...´ Xiao Lang ergueu-se movendo a espada colocando-a na vertical. ´Magia se contra-ataca com magia...´

Eriol se mantinha imóvel, sabia o que o mago chinês faria. Droga, não poderia atacar daquela distancia, o chinês já havia começado a conjuração, seu tempo era escasso...

Olhou para cima. As nuvens já começavam a se concentrar por sobre suas cabeças. Eriol sabia que tinha a sorte a seu lado, em forma de cartas.

Ainda havia uma chance...

"Lei ti chao lai.

Chi chi ju lû ling

LEI CHI!"

"Eu invoco o Deus do trovão com a máxima Urgência...

De acordo com o pacto estabelecido.

Ataque Relâmpago!"

Como que se os deuses houvessem ouvido, os céus responderam, inúmeros trovões retumbaram pelo céu noturno.

Sem avisos um enorme raio caiu por sobre o mago estrangeiro.

"Terra!".

Xiao Lang abriu os olhos o mais que pode, aquele cara era realmente bom! Viu com espanto quando a terra presente no solo cobriu o mago, impedindo que seu raio atingisse-o.

"Acabaram-se as brincadeiras... Xiao Lang?" Eriol deu um sorriso zombeteiro.

"Não, não... elas apenas começaram...".

Fincando a espada no chão Xiao Lang olhou para o oponente a sua frente.

"Vai criar uma barreira()? Ótimo, assim poderemos lutar com todas as nossas forças".

De dentro de Xiao Lang uma luz verde começou a brilhar, em pouco tempo ela havia envolvido todo o lugar.

"Impressionante Xiao Lang. Mas... por que você criou-a...? Pelo que você cria a barreira...?".

Ignorando a pergunta Xiao lang pegou novamente a espada fincada. "Agora... é para valer!".

"Espada!" Em um instante o báculo de Eriol havia transformado-se em uma bela e fatal espada negra().

"Ahhhh!" Com um grito de rachar os tímpanos Xiao Lang correu em direção do oponente.

O retumbar das espadas era assustador cada um dava o melhor de si. "Diga-me Li, quantas vidas seu clã tirou nos últimos tempos...?" A pergunta ferina proferida pelo mago teve apenas o efeito de enfurecer o chinês mais.

Ambos desferiram um corte transversal, fazendo com que as espadas se chocassem, medindo forças entre si. Os rostos de ambos refletiam desejo de sangue mutuo, os olhos amarelos de Li fitavam os azuis de Eriol com fúria e arrogância, sendo retribuído pelo mesmo olhar por parte do mago estrangeiro. Os rostos perigosamente próximos...

"Aqueles a quem minha família matou eram os que poderiam trazer a desgraça ao mundo... eram os mensageiros dos deuses e dos demônios. Foram mortes necessárias...".

Separaram-se ambos ofegantes e cansados. "Você considera mesmo que matar famílias inteiras, só por que elas tinham uma ínfima probabilidade de serem "hospedeiras". Vamos, eu sei que você também não partilha desta idéia, agora eu mais uma vez lhe pergunto. Pelo que você luta, Xiao Lang Li?"

Agora Xiao Lang havia parado, por que ele lutava? Para que ele matara? Era isto que ele havia transformado-se...? Um simples assassino, matava aqueles que eram mandados...? Ele que quando criança fora ensinado nas artes místicas e no cristianismo, tudo para proteger aqueles que ele amava quando aquele momento chegasse... mas...? Quem ele amava? E aqueles a quem ele matou? Será que não haviam pessoas que os amassem...?

Xiao Lang caiu com os joelhos no chão, quem aquele mago pensava que era...? Remoer com sua mente, mostrar o monstro que ele havia se tornado e que sempre tentara ignorar... Estava esgotado... Não fisicamente... Não! Mas sua mente e seu espírito estavam...

Xiao Lang só notou o quão próximo o mago estava de si quando sentiu os dedos macios e frios do mago erguendo seu rosto.

"Você sempre foi usado não é mesmo Xiao Lang? Eles usaram tudo... Seu corpo, sua força, seu espírito, sua humanidade, sua bondade, seu coração..." Eriol sentia-se compadecido, aquela criança era uma das crianças que decidiriam o destino da humanidade... Ele podia ver a alma das pessoas, desde que o chinês desembarcara em Tókio havia sentido sua presença, assim como quando o viu a primeira vez pode ver sua alma, sua aura, a principio havia assustado-se com o que vira, a aura daquele rapaz tinha o formato de asas, como as deu um anjo... Ou de um demônio...

Só pela presença ele já sabia quem era o jovem, aquele era o prodígio dos Li, Xiao Lang, aquele que desde a mais tenra idade teve que carregar mais responsabilidade que a maioria dos homens seriam capazes de suportar.

Mas o que o assustara mesmo fora à alma. Nunca havia visto uma alma como aquela, mesmo nos tempos antigos, das guerras. Ele via que a alma dele deixava um rastro de sangue... E lagrimas...

"Você odeia os humanos não é?" Eriol abaixou-se ficando frente a frente com Li, não foi necessária uma resposta do jovem, aqueles olho amarelos não eram capazes de mentir. "Eles lhe tiraram tudo o que era mais importante para você não é mesmo. Seu pai, sua alma imaculada..."

Deu um sorriso complacente. "Mas... mesmo assim você fazia aquilo que eles mandavam, para não entristecê-la não é? Mesmo que cada vez que você matava um pouco de você mesmo era destruído E... para se proteger... para não chorar mais... você foi deixando para trás suas emoções, seu coração... Mantendo apenas desprezo, arrogância e cinismo..."

Aproximou o rosto do rosto do chinês, encostando os lábios em sua orelha...

"Não se preocupe, eu vou livrar-lhe deste sofrimento..."

Eriol pronunciou mais algumas palavras, mas estas foram tão baixas que até mesmo a leve brisa as levou, impossibilitando-nos de escutá-las.

Em instantes, o corpo de Xiao Lang havia caído no chão, inerte.

A barreira criada por ele havia sido desfeita, todos os estragos que haviam sido feitos dentro dela haviam sido minimizados, não desapareceram.

"Isso aconteceu por ele não ter um motivo para erguê-la..." Como resultado parte do parque havia sido destruída.

Eriol voltou seus olhos para o corpo do chinês ao chão. "Espero, que ela lhe dê um motivo. Que lhe mostre o significado da palavra amor..."

Então desapareceu, como se nunca estivesse estado ali...

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Droga, droga, droga! À noite de Sakura poderia resumir-se a esta única palavra, droga. Ir aquele tal clube que Chiharu indicara em primeiro lugar fora uma das piores idéias que já tivera. Lá era muito barulhento e muito lotado para seu gosto.

Quando entrou achou que iria ser devorada os homens pareciam que a viam apenas como um pedaço de carne. Não podia ficar um segundo sozinha que já vinha algum com um papinho furado.

E agora para completar estava sozinha, no meio da noite, próximo a um parque totalmente mal iluminado e com um pneu furado.

"Realmente Sakura... sua vida é uma droga..."

E o pior é que ela tinha estepe. Só não conseguia trocar o maldito pneu.

Olhou para o fim da rua e viu uma cena estranha, um homem estava vindo em sua direção.

´Finalmente! Meu príncipe encantado!' Sakura pensava com os olhinhos brilhando.

Foi ai que reparou na forma como o homem andava, ele estava meio que cambaleando. Parecia um bêbado. "Oh não! Seqüestro! Ele vai me matar!" A 'valente' Sakura estava desesperada, queria correr para longe mas... Não queria deixar seu carro novinho ali, ainda por cima por que não havia pagado-o ainda.

Então como que por mágica o homem caiu. No meio da rua.

Será que havia morrido? A curiosidade aguçada de Sakura perguntava insistentemente. Decidiu averiguar.

Estranho... O homem parecia ser jovem... E pelo porte parecia ser muito bonito. Mas o que Sakura mais estranhou eram as roupas. Suas roupas eram caríssimas, talvez este homem havia sido atacado...

"Umm... senhor...está tudo bem?" Com um pouco de medo Sakura começou a balançar o corpo do homem, a principio levemente ms gradualmente aumentando a força, até ouvir um pequeno gemido.

"Ah! Que bom! O senhor não morreu!" Ajudou o homem a se levantar. Foi ai que percebeu que ele não era tão velho quanto achara. Devia ter a sua idade, e era muito bonito, com olhos castanho e cabelos bagunçados.

Levou-o até o carro, fazendo-o deitar-se no banco com muito custo, ele era muito pesado.

Não sabia por que fazia aquilo só sabia que era algo que devia fazer, sua mãe desde que era criança havia ensinado-a a ajudar as outras pessoas, assim mesmo sua cabeça sendo contra, ela iria ajudá-lo.

Mas era realmente difícil soltar aqueles malditos parafusos. Sakura agora amaldiçoava o mecânico que havia apertado aqueles malditos parafusos.

Foi com surpresa que Sakura sentiu uma mão em seu ombro, e o homem que acabara de ajudar perguntar-lhe. "Precisa de ajuda?" Com uma voz grave que fez o coração da pequena japonesa estremecer e com o sorriso mais meigo do mundo.

Sem resistência alguma o desconhecido trocou o pneu furado pelo novo, com Sakura que observava-o desde que ele começara a tarefa ficara impressionada, com a luz da lua refletindo-se no semblante do desconhecido Sakura pode ver o quão bonito este era, os traços eram másculos mas que ainda assim cultivavam um pouco de placidez, era forte, isso sakura teve certeza ao vê-lo soltar os parafusos como se estes fossem de papel.

Terminada a tarefa Sakura viu-o virar-se para si. "Obrigado! E... a propósito meu no me é Sakura Kinomoto. Prazer em conhecê-lo senhor..." Disse a japonesa esticando o braço, o homem apertou-lhe a mão e então seus olhos ficaram primeiramente arregalados, depois obscureceram-se.

"Eu..." Os olhos castanhos buscaram os verdes. "Eu... não sei..." Havia dor nos olhos dele...

...Continua...

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Notas: ()É... Eu estava sem idéias quanto a essa cena, e como estamos falando de SCC nada como usar um outro anime do Clamp como fonte.

()A espada eu achei mais correto modificá-la de acordo com o mago. O Eriol não iria ficar muito legal usando a espada rósea e fofinha da Sakura não é?

Ohayo agradeço aos comentários referentes ao capitulo anterior. Espero que tenham apreciado este, não vou fazer agradecimentos especiais neste capitulo pois estou sem tempo. Mas Agradeço a todas as reviews de coração.

Mais uma coisa.

Aqui termina a parte 1 de Meu Destino.

Eu decidi dividir esta fic por sagas. É eu sei... É frescura O.o mas assim mesmo eu achei que assim ia ficar melhor.

Bem é só isso.

Até mais.

Ran Fujimia