Capítulo 3 – À volta as aulas
Rua dos Alfeneiros, final de agosto de 2005...
As férias nunca demoraram tanto a passar. Por segurança, Dumbledore não permitiu que Harry deixasse a casa dos Dursley para ir a Toca. Ele passou as férias, trancafiado em seu quarto. Seu único contato com o mundo exterior era as cartas que recebia dos Weasley, Hermione e Lupin. Mas essas cartas traziam pouquíssima informação sobre a Guerra que se travava lá fora, o que deixava Harry muito irritado. Afinal, depois de tudo o que ele passou como tinham coragem de esconder as coisas dele? Ele precisava saber, mais do que isso ele merecia essas informações.
Harry estava terminando de arrumar o seu malão quando uma coruja desconhecida bicou a sua janela. Inicialmente ele se assustou, mas em seguida abriu a janela e deixou que a coruja entrasse. Ela estendeu a perna e Harry pegou o pergaminho que estava preso a ela. A coruja levantou vôo e foi embora logo depois. Ele abriu o pergaminho onde dizia:
"Querido Harry,
Foi uma pena você não ter vindo nos visitar nessas férias. Sentimos muito a sua falta.
Mas sei que embora não pareça, foi melhor assim.
Para sua segurança a Ordem mandará um escolta para levá-lo a plataforma nove e meio.
Estaremos esperando por você lá. E poderemos conversar antes de vocês embarcarem no Expresso Hogwarts.
Com carinho,
Molly Weasley."
Embora ele adorasse a Sra. Weasley estava muito chateado por todos terem omitido informações dele de novo. Desta vez, ele não estava nem um pouco ansioso para voltar a Hogwarts. Ainda mais porque ele iria rever o Snape, que além de ser seu odiado Professor de Poções era também, em sua concepção, um dos principais responsáveis pela morte de seu padrinho Sirius Black.
Harry deitou-se na cama e ficou relembrando tudo o que tinha acontecido nos últimos tempos. E isso só fez aumentar a raiva que ele sentia de Snape. Ele não conseguia entender o por quê Dumbledore confiava tanto nele. Afinal, Snape não passava de um Comensal da Morte... Uma pessoa fria, sem sentimentos, vingativa e cruel. Não era digno de confiança. Não deveria fazer parte da Ordem.
Ficou tanto tempo em sua cama remoendo o passado que quando se deu conta já havia amanhecido. Logo os membros da Ordem da Fênix estariam lá.
Harry mal acabara de tomar o seu café da manhã quando Remo Lupin, Ninfadora Tonks, Emelina Vance, Alastor Moody e Elifas Doge aparataram na cozinha dos Dursley. Por sorte eles não estavam em casa. Harry ia dizer alguma coisa, mas foi interrompido por Lupin.
- A casa está sendo vigiada e por isso você irá para a escola através de uma chave de portal. – explicou Remo.
- Mas, Lupin... Eu... - E foi interrompido por Moody.
- Assim que chegar a Hogwarts poderá se atualizar, mas agora não é hora para isso – advertiu Olho-Tonto.
- Tome Harry – disse Tonks, dando-lhe um chapéu velho.
Logo que pegou o chapéu sentiu um puxão no umbigo e quando deu por si estava parado bem em frente à porta do dormitório masculino da Grifinória. Quando entrou viu que seus pertences já estavam ali. Harry, então, se sentou perto da janela e ficou esperando até que os outros alunos viessem. Assim que as carruagens começaram a chegar ele desceu para o Salão Principal.
Como de costume, no Salão Principal havia quatro mesas compridas uma para cada casa, dispostas na seguinte ordem: Sonserina, Corvinal, Lufa-Lufa e Grifinória. Os professores e o diretor estavam sentados em uma mesa ao fundo do Salão que fica sobre um tablado. Após o Chapéu Seletor ter determinado em que casa cada aluno novo iria ficar e os alunos terem terminado o seu banquete, Dumbledore iniciou o seu discurso:
- Bom, agora que estamos todos digerindo mais um magnífico banquete, peço alguns minutos de sua atenção para os habituais avisos de início de trimestre – anunciou Dumbledore – Os alunos do primeiro ano precisam saber que o acesso à floresta é proibido aos estudantes...
- O Sr. Filch, o zelador, me pediu, segundo ele pela qüinquagésima vez, para lembrar que não é permitido praticar magia nos corredores, nem fazer outras tantas coisas que podem ser lidas na gigantesca lista afixada à porta da sala dele.
- Como todos podem notar, há um lugar vago na mesa dos professores esse ano...O lugar do professor de Defesa Contra as Artes das Trevas. Por isso, um professor já conhecido de vocês ministrará a matéria este ano. E este professor é o diretor da casa Sonserina, Severo Snape, que continuará a dar aulas de Poções. - E, assim, Dumbledore terminou seus anúncios para o início das aulas.
Os alunos se encaminharam para suas respectivas casas...Tirando os sonserinos, os demais estudantes encontravam-se apavorados com a idéia de ter mais aulas com o Snape. Mas, como não havia nada que pudessem fazer acabaram se conformando com a nova situação. Exceto Harry e Rony.
