Capítulo 10 – Sir Willian Warwick

Dumbledore chegou a Escola pouco depois que saiu da Mansão Snape e foi direto para sua sala. Assim que entrou foi até sua mesa e sentou-se, então apoiou seu queixo em suas mãos e por algum tempo observou os quadros ao seu redor. Então disse:

- Boa Noite! Desde já agradeço o comparecimento de todos...Sei que devem estar querendo saber o motivo dessa reunião e por isso vou direto ao ponto. Naquele episódio no Departamento de Mistérios perdemos uma pessoa muito querida, Sirius Black foi jogado no véu por Belatriz Lestrange. Durante todo esse tempo que se passou fizemos inúmeras tentativas de tirá-lo de lá...Infelizmente nenhuma delas deu resultado.

- O que podemos fazer a respeito? – perguntou Anne McMillan.

- Um dos professores me disse ter visto algo sobre o véu nos arquivos secretos de Hogwarts...Mais especificamente na parte das realizações dos diretores. Portanto, deduzi que algum ex-diretor deveria saber alguma coisa sobre isso.

- E você não está enganado quanto a isso! – exclamou um homem de olhar muito triste no terceiro quadro a esquerda de Dumbledore.

- Sir Willian Warwick! O Senhor possui alguma informação sobre isso? – questionou o diretor.

- Sem excessivas formalidades, me chame apenas de Sir Willian.

- Certo! Então, Sir Willian, o que sabe sobre o véu?

- Creio que tudo...Afinal fui eu que o criei. E é por isso que está nos registros da escola.

- Você que criou! Mas por que alguém criaria uma coisa daquelas? – indagou Dumbledore.

- Não muito diferente do que está acontecendo agora, no tempo em que fui diretor de Hogwarts também havia uma guerra da Luz contra as Trevas...Em um determinado momento, com as forças das trevas ganhando cada vez mais terreno, decidi que precisávamos de uma arma para contra atacar e não deixar que a luz sucumbisse a escuridão. Então, eu criei o véu...Uma coisa capaz de aprisionar qualquer bruxo que nele caísse e que somente eu soubesse como resgatar alguém de lá.

- Mas se você escondeu o véu no Ministério da Magia, é por que algo deu errado. Estou certo?

- Quando a guerra terminou guardei o véu aqui na escola, mas precisamente no sexto andar...- Sir Willian silenciou-se, seu rosto estava banhado em lágrimas.

- Alguma criança encontrou o véu, eu suponho...- Dumbledore disse.

- Duas...- Sir Willian deu uma pausa e então continuou – Meu filho e a namorada ficaram presos lá.

- Mas você não disse que sabia como resgatar uma pessoa do véu?

- Sim...Mas o problema é que são necessárias duas pessoas para se fazer isso...Bom, deixe-me explicar exatamente como funciona.

Sir Willian passou a madrugada explicando passo a passo como retirar uma pessoa do véu. O sol já estava quase alto no céu quando Madame Pomfrey bateu a sua porta:

- Dumbledore! – Pomfrey exclamou esbaforida.

- Papoula tenha calma! O que aconteceu?

- Professor Snape! Ele chegou agora a pouco e não parecia nada bem...Mas se recusou a passar na enfermaria.

- Pode deixar que irei falar com ele agora mesmo. Mas como não sabemos como está a sua saúde vou pedir a Professora Sinistra que o substitua nas aulas de hoje. Já pode ir Pomfrey se o Professor Snape precisar eu a chamarei.

Dumbledore agradeceu a ajuda de Sir Willian e se dirigiu às masmorras. Sequer bateu na porta e entrou rapidamente nos aposentos de Snape.

- Severo! O que houve?

Snape estava em seu laboratório particular cozinhando uma poção e respondeu:

- Não se preocupe com essa poção ficarei bem e poderei dar minhas aulas.

- Olhe só para você! Não está em condições de dar aulas...Você precisa descansar!

- Alvo, o pior já passou! Não preciso de uma licença...- e Dumbledore o interrompeu.

- Antes mesmo de vir aqui já havia pedido que a Sinistra o substituísse por hoje. Isso não está aberto a discussões. Aproveite o dia e se recupere. Logo que encerrarmos as aulas de hoje iremos a Ordem...Descobri como podemos resgatar Sirius.

Dumbledore sequer deixou que Severo falasse mais alguma coisa...Despediu-se, recomendou descanso e foi embora. Snape nada pode fazer além de se conformar com a situação.